Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 9
9 - I gotta feeling


Notas iniciais do capítulo

não fiquei muito satisfeita com a quantidade de reviews do último capítulo porque senti que estão me abandonando :/ KK não quero ser fresca nem nada, é que eu realmente sinto falta dos comentários de vocês. é importante pra mim :)
enfim, esse capítulo é a comemoração de UM MÊS de fic *-* que lindo /ou não né. haha

boa leitura amores :D



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Capítulo 9

I gotta feelin'
that tonight's gonna be a good night

I gotta feeling – Black Eyed Peas

Acordei cedo na manhã seguinte para ir ao escritório. A neve já havia derretido e, apesar de difícil, o caminho de carro já não era mais tão impossível como outrora. Aquela rotina de acordar cedo nos sábados era comum em minha família. Na verdade, Jasper provavelmente já até estaria lá com seus montes de casos.

A única coisa que não era muito responsável de minha parte era deixar duas crianças sozinhas em casa. Minha vizinha é que tomava conta de Travis e Ella, até mesmo quando eu me esquecia de pedir a ela. Susan Tanner era uma boa pessoa – e era mesmo. Se não fosse, eu já teria perdido a guarda de meus filhos, certamente – e, além de tudo, tinha uma filha, Bree, que tinha a idade de Travis e acabava brincando com Ella também.

Naquela manhã, eu bati à porta dos Tanner para pedir o usual serviço de babá - que elas faziam questão de fazer de graça, alegando não ser nenhum incômodo -, mas ninguém me atendeu. Dez, quinze minutos de espera e nada. Aquilo era muito estranho, mas eu não tinha tempo para investigar.

Apertando o passo, entrei de novo em minha casa em direção, primeiro, ao quarto de Travis.

-Trav? – eu o chacoalhei. Ele abriu os olhos, sonolento. Eram apenas 8 horas da manhã de sábado. – Levante e vista uma roupa, por favor. – eu saí sem lhe dar tempo para nenhum “mas”. Ao lado, entrei no quarto de Ella e fiz o mesmo com a minha pequenina.

Digamos que as reações foram controversas.

-Que droga, mãe. Hoje é sábado, eu quero dormir!

-Jura que a gente vai trabalhar com você hoje, mamãe?

-Não tem escolha. – eu respondi para Travis, e depois me virei para Ella. –Sim, e você vai ver minha sala. – seus olhos brilharam e eu dei um sorriso involuntário - Agora vão se vestir.

E, para variar, Ella saiu pulando e batendo palminhas – atitude original de Alice, vale lembrar – e Travis saiu bufando e batendo os pés no chão. Que ótimo. Mas pelo menos Jasper estaria lá e seria a tão esperada companhia masculina para o meu primogênito. Por algumas horas, Travis não seria tão rebelde... Ou pelo menos assim eu queria acreditar.

Apesar de nossa conversa da noite anterior, nada mudara permanentemente.

Cerca de meia hora depois – Ella seria sempre como Alice no quesito de se arrumar -, eu dei a partida no carro.

-Mamãe, eu quero ouvir a Beyoncé. – Ella reclamava. E então eu coloquei na rádio onde tocava uma musica da cantora. Travis fez cara feia.

-Eu quero ouvir Muse! – ele rebateu, irritado.

-Ótimo, nós vamos ouvir o que eu quiser. Assim vocês ficam felizes. – eu dei de ombros e, aleatoriamente, cliquei em um dos números do rádio do painel. Tocava, felizmente, uma banda que os dois gostavam.

-Black Eyed Peas! – Ella bateu palminhas, como geralmente fazia.

-Menos mal. – Travis disse ao meu lado. Com aquelas palavras, ele queria dizer algo como “legal”. Suspirei. Pegar meu filho de bom-humor era bem raro depois de eu e Royce termos nos separado.

I gotta a fellin’ that tonight is gonna be a good night

A letra da música ecoava em minha mente. À noite eu iria à casa de Julie, mãe de Emmett – isto é, se pelo menos Jasper pudesse me acompanhar – e era extremamente contagiante ouvir aquela música tão logo cedo. Eu era uma pessoa estranhamente ligada a sinais. E, de uma forma bizarra, meu corpo reagia àquilo. Pelo menos naquele momento, eu queria estar naquela festa, por uma vontade desconhecida por mim até então.

-Bom dia. – Jasper cumprimentou a mim e aos meus filhos assim que passamos pela porta de vidro, que dava acesso a empresa Hale. – Vejo que tem companhia hoje, Rose.

-Pois é... A senhora Tanner não me atendeu hoje de manhã. – eu dei de ombros, de repente me lembrando da situação.

-Como assim? – Jasper pareceu tão surpreso quanto eu. Ele conhecia minhas vizinha tão bem quanto eu.

-Simplesmente nem ela ou sua filha deram sinal de vida. – continuei. – Mais tarde vou aparecer para ver se está tudo bem.

Jasper assentiu e se virou, voltando para sua sala.

-Ah. – me lembrei da ligação na noite anterior. – Jazz, por acaso a senhora Jenkins falou com você ontem?

-É mesmo. – ele pareceu se lembrar. – A festa de despedida dela, não é?

-Isso mesmo. – eu assenti. – Vamos?

Ele deu de ombros, o que interpretei como um sim.

-Hmmm, pode me fazer um favor agora? – pedi, aproveitando a distração de Travis e Ella, que agora estavam sentados em um sofá que havia por ali.

-Eu fico com  ele. – ele sorriu, entendendo-me de imediato. – Ei, Trav! - Jasper chamou. Ele me conhecia bem o suficiente para saber de minha relação mal-resolvida com meu filho. Suspirei com meu pensamento.

-Obrigada. – agradeci em um sussurro, enquanto Travis chegava.

Os dois desapareceram por entre os corredores, e provavelmente ficariam sumidos pelo menos até a hora do almoço. Agora, minha única preocupação era com Ella.

-El. – chamei por ela, que ainda estava sentada no mesmo sofá de antes, balançando as perninhas que não chegavam ao chão. Ao me ouvir, ela correu até onde eu estava. – Vamos ver a minha sala agora.

Ela me lançou um sorriso e, sem dizer ao menos uma palavra, me deu a mão. Sorri de leve por aquele pequeno gesto, e comecei a caminhar até o escritório.

Emmett POV

Mais uma festa que minha mãe queria inventar. Na verdade, eu já estava farto daquilo, mas hoje eu faria questão de ajudar. Além de receber minha merecida folga do hospital depois de três longos plantões, ainda era o dia do meu aniversário de 30 anos.

Era meio triste completar três décadas de vida sem nem ao menos um único relacionamento no passado que durasse por mais de um ano, mas eu estava feliz. Quer dizer, feliz na medida do possível, já que era eu quem estava passando a manhã inteira comprando tudo o que seria preciso no supermercado.

-Mais alguma coisa, senhor... – a mulher do caixa fez uma pausa sugestiva, mas eu não estava no melhor dos humores para paquerar logo cedo. Ela disfarçou, olhando meu nome no cartão de crédito e completando sua frase. – McCarty?

-Não, obrigado. – maneei a cabeça negativamente. 

-Então são cento e sessenta dólares e vinte e três centavos. – ela avisou, me fazendo arregalar os olhos. – Crédito? – ela perguntou, olhando para o cartão que já estava em sua mão.

-Sim. – eu respondi, mas ainda estava chocado demais com o valor da compra. Eu era um homem solteiro que morava sozinho. Não era habituado a fazer compras de uma vez só no supermercado, muito menos a dar grandes festas.  E, logo no meu aniversário, eu tinha o presente de gastar aquele dinheiro todo. Ótimo.

A mulher do caixa imprimiu dois comprovantes de venda, fazendo com que eu assinasse um e ficasse com o outro.

-Obrigado. – eu disse, quando a compra já estava efetuada.

-Obrigada a você. – ela falou quase ao mesmo tempo que eu. – E meus parabéns. – ela deu um sorriso de leve, me devolvendo o cartão.

-Obrigado. –agradeci novamente, percebendo a data de nascimento no meu dinheiro de plástico, e saí com um carrinho cheio de sacolas. Nesse momento, meu celular começou a vibrar no bolso.

Eu já sabia quem era até mesmo antes de atender, mas, mesmo assim, conferi no visor antes de fazê-lo.

- Oi mãe. – saudei.

- Emmett – ela começou. – Você já fez as compras que eu pedi?

Suspirei. Sempre tão desesperada.

-Claro. – eu a despreocupei. – Estou saindo do supermercado agora com um carrinho cheio, que a propósito me custou mais de cento e sessenta dólares. – provoquei.

-Passe em minha casa então e deixe tudo por lá. – ela continuou, me ignorando.

Revirei os olhos.

-Sim senhora, general. – fiz uma pose desajeitada no meio do estacionamento, onde eu agora seguia em direção ao meu carro estacionado. Algumas pessoas que estavam por lá riram da minha graça.

-Hmmm, Emmett? – minha mãe estava imprevisível hoje. Ela só ignorava minhas piadinhas infames em vez de falar mal delas.

-O que foi que esqueceu agora? – impliquei.

-Feliz aniversário. – finalmente se lembrou. Que toquem os acordes para Aleluia! – E até mais tarde.

Ela desligou.


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Notas finais do capítulo

e aí, mereço reviews? *-*e, antes que eu esqueça, quero agradecer a vocês por UM MÊS de Escolhas. estou bem feliz, sério. obrigada de verdade :)beijos!