Vampire Kiss escrita por Sakurahime


Capítulo 3
Capítulo 3 - O encontro


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, Sophia resolve olhar os humanos com outros olhos. E a vida de Elize está mais próxima do que nunca de mudar! Escrevi esse capítulo meio rápido de mais, to com medo de ter exagerado nos detalhes e ter passado muito rápido pelas cenas. Comentem! Vou adorar receber críticas. Beijos.



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Sophia narrando.

Era sexta feira. Olhei-me váááárias vezes no espelho. Nada de reflexo! Ahh que desespero! Como será que eu estava? Ok, eu passara mais de 1000 anos me arrumando sozinha, sem me ver. Nasci vampira. É, vampiros podem ter filhos, mas é meio raro. Queria que mamãe estivesse aqui agora... Ela tinha um espelho enfeitiçado, que ganhara de uma amiga bruxa. Senti-me triste, de repente. Sentia falta de mamãe. *toc toc* Alguém batia na janela.

Abri-a. Diego.

- Quando vai aprender a tocar a campainha, Diego?

- O dia que eu gostar de seu pai.

- Há! Então temos mais uma eternidade pela frente... – disse, cumprimentando-lhe com um beijinho.

Ele me olhou por alguns segundos.

- Aonde pensa que vai, Sophs? Em algum evento cosplay?

Ri. Ele tinha razão. Meu visual devia estar extremamente Lolita. Uma saia preta, cheia de babados e detalhes em diferentes tons de azul. Um espartilho preto, bota, meia-rastão. Uma Lolita gótica, quem sabe.

- Mas está bonita... - Ele falou. - Só tire isso. – disse enquanto retirava minhas marias-chiquinhas. Meu cabelo preto, todo repicado, balançou até atingir minha cintura. Diego acariciava-me, passando a mão nele. Senti um calor. Merda, por que sempre tenho que ser tão fogosa? Acho que isso é um mal de quem vive para sempre, só pode!

- Sabe? Temos um tempinho à toa, Diego... – murmurei próxima aos seus lábios, retirando sua jaqueta de couro.

\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t     *

Elize narrando.

21h30min Teddy apareceu em casa.

- Qual é, Teddy? – berrei, furiosa – Já está meia hora atrasado!

Jéssica colocou a cabeça para fora do carro.

- Baby, você realmente não acha que vamos voltar cedo, acha? Então relaxa...

Foi aí mesmo que senti meu estômago embrulhar.

Chegamos num prédio de tijolo a vista. A música alta parecia que poderia derrubar aquelas paredes tão delicadas.  Havia alguns coqueiros na entrada, uns holofotes e um grande letreiro luminoso cor-de-rosa “Cherry Bomb”. Era meio brega. Lá dentro estava lotado. Tentei me entrosar na festa, dançar um pouco, mas além de ser apertado, parecia que lá não era meu lugar.

- TEDDY, SERÁ QUE VOCÊ PODE ME LEVAR EMBORA? –berrei, por causa do som. – TEDDY? –olhei em volta. Nada. – JÉSSICA?

Ótimo, além de tudo, estava perdida. Tive vontade de chorar. Em vez disso, sentei-me no barzinho e pedi um drink. Outro. E mais outro. Após alguns minutos, minha cabeça rodava, o olhar estava pesado. Que bom, estava bêbada! Olhei para alguns bancos mais a frente. Tinha uma menina curiosa ali. Senti minha boca fazer-se num sorriso. Era tão linda! A pele era branquinha tal como neve. Era toda delicadinha, vestia-se de um jeito engraçado. O cabelo enooorme, era tão liso e brilhante! Uma franja toda rebelde caia em sua testa, o cabelo negro possuía algumas mechas Pink. Era estilosa. Foi quando percebi que ela me encarava também, rindo. Seus dentes eram muito brancos, igual a ela. Seu rostinho fino e pequeno possuía dois grandes olhos azuis. Tão azuis que pareciam ser brancos também. Senti-me atraída por ela. Como se ela fosse um imã, digo. Parecia que ela dizia para mim “venha aqui”. E eu fui.

Sentei-me do lado dela. Ela virou-se. Tomava um drink estranho, cor de sangue. Vi seus lábios cheios se mexerem.

- Olá! – ela falou, com um grande sorriso colgate. Aquela voz era tão doce, angelical. Quase infantil.

- Oi... – respondi. Minha voz estava meio mole. Álcool...

Ela me olhava atentamente, como se nunca tivesse olhado para uma pessoa por mais de 3 segundos. Aliás, ela olhava TUDO como se tudo fosse novidade.

- Quantos anos você tem? – ela perguntou.

- 15... 16. É, fiz 16 há pouco tempo...

Ela riu como se eu tivesse contado uma grande piada. Olhei ao meu redor. As pessoas dançavam, trêbadas. E, alí num canto, Jéssica aos amassos com Teddy. Eu sabia.

- Qual seu tipo sanguíneo? – ela perguntou. Senti-me num interrogatório. Ela me olhava com aqueles grandes olhos azuis, esperando a resposta.

- Hm, não consigo lembrar...

Ela bufou.

- Por que vocês dançam? – ela fez outra pergunta, apontando para a multidão.

- Boa pergunta... – respondi. – EU não danço.

Ela achou que isso era divertido, porque não parava de rir.

- Então venha! – falou, puxando-me pela mão para a pista de dança. Estremeci quando me tocou. Era tão gelada...

- NÃO ESTÁ COM FRIO? – perguntei, no meio da multidão já.

Ela simplesmente riu, dançando energicamente. Isso me contagiou, fui balançando no ritmo da música, junto com ela. Quando eu vi, nós duas ríamos como duas doidas. Abracei-a, como se fosse uma velha amiga minha. Isso gelou meu corpo.

- VOCÊ É TÃO LEGAL! TÁ ME FAZENDO DANÇAR! – gritei. Depois peguei um papelzinho na minha bolsa e anotei meu celular. – ME LIGA PRA GENTE DANÇAR MAIS VEZES! – e entreguei o número.

Ela me encarou levemente surpresa.

- Você está bem alterada... Dando telefone para estranhos...

- O QUE?

Ela balançou a cabeça, sorrindo. Ela sorria demais! E me puxou novamente para o bar. Deixei que me conduzisse. Lá, ficamos conversando por um bom tempo. Na verdade, era mais um interrogatório. E eu ia respondendo... De repente, soltei, do nada:

- Ai nossa, estou carente. Quero beijar!

- Hihi! – ela exclamou. Elize seu nome, né? – ela se aproximou de mim e me beijou. Sério, ela me beijou! Foi só um selinho, doce e delicado, mas mexeu comigo. – Cuidado, pois um beijo pode tirar-lhe a vida, Lize. - Falando isso, vi ela apertar as mãos contra seu colo, agressivamente. Seus olhos azuis, por um momento, lampejaram um brilho vermelho. Nossa, eu realmente estava bêbada! E depois disso, ela saiu correndo, furiosamente.


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