Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 65
.Chapter Sixty-Five.




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Gerard foi até o quarto de hóspedes e verificou como estava seu pai. À sua mãe, havia dito que ele estava em uma viagem do parlamento. Mesmo sendo transformado, Donald demorava a acordar. Será que sua já avançada idade teria influenciado em sua recuperação e transformação.
Gerard tocou-lhe o rosto: estava frio. Bem, transformado ele já estava. Só restava a ele abrir os olhos e lidar com a novidade. Com grande pesar, Gerard deixou o quarto. Precisava resolver sua vida, antes que fosse tarde demais.

Lauren olhava para o teto de seu quarto, pensativa. Lembrava-se das últimas horas. O velório... O enterro de seu pai. Apesar de tudo que ele já havia feito de errado, não conseguia guardar rancor dele. Amava-o. Era algo inevitável.
Pensou em sua mãe e no estado de choque em que se encontrava. Desde que encontrara o marido morto na sala de estar, não teve reação alguma. Mesmo vendo o caixão sendo abaixado lentamente, não derramou uma lágrima que fosse.
Ryan não havia deixado a noiva sozinha um segundo sequer. Embora sua presença a enjoasse, ela não sabia se seria melhor, realmente, aceitar seu destino e conformar com o mesmo. Depois do que vira, passou a temer Gerard, o homem a quem tanto amava. Como as coisas mudavam de uma hora para outra!
Um pequeno ruído a tirou de seus desvaneios. Ao olhar em direção ao mesmo, avistou Gerard em pé, em frente à janela, olhando-a.
- O que faz aqui? - ela disse enquanto se encolhia na cama.
Gerard não disse nenhuma palavra. Apenas encaminhou-se a ela e a jogou em seu ombro, enquanto ela se debatia.
- Solte-me! Gerard! Está surdo? Deixe-me em paz!
Gerard encaminhou-se novamente para a janela e saltou de lá. Amedrontada, Lauren fechou os olhos, abrindo-os ao sentir-se flutuar. Então, percebeu que voava com Gerard pela cidade londrina. Adentraram uma janela de uma grande casa e Gerard a colocou de pé em um quarto escuro e com um forte odor conhecido.
- Será que agora você poderia me escutar? - disse a ela, enquanto ela o olhava ainda amedrontada.

- Quando atacaremos? - Michael perguntou subitamente.
Angelus olhou para os vampiros, que tranqüilamente bebiam seu sangue fresco.
- Em breve... - disse apenas.
- Breve quando?
- Saberá na hora certa, Mikes.
Michal o olhou de soslaio. Odiava apelidos. Bem, não todos. A forma carinhosa como Rebecca o chamava de "Mikey" o deixava encantado.
- Não seria, então, mais sensato treinarmos mais?
- Já treinamos o suficiente. Precisamos nos alimentar, não é mesmo? - Angelus dirigia-se aos outros vampiros.
Todos responderam de uma forma confusa e bagunçada.
- Então posso ir embora?
- Não.
- Mas... Se não vamos mais treinar, por que não posso ir embora?
- Mia deseja falar com você.
- Ela não me disse nada.
- Mas... Disse a mim. - Angelus sorriu, cínico.
- Onde ela está?
- Na biblioteca.
Michael anuiu e seguiu para a biblioteca. Ao chegar lá, bateu duas vezes na porta antes de abrí-la.
- Mia?
A jovem vampira folheava alguns papéis.
- Entre, Michael. - Mia disse, indiferente.
O tom de voz dela o alarmou.
- Disseram-me que queria falar comigo. Algo aconteceu?
- Sim. Você vai se casar?
- C-como sabe? - Michael a olhava com os olhos levemente arregalados.
- Michael, eu sou sua criadora... O que eu não sei?
- Desculpe-me.
- Por quê? - Michael fez uma careta confusa. - Michael, você é livre. Só o pedi que lutasse conosco nesta guerra porque Gwendolyn corre risco naquela aldeia. Mas... Você acha certo fazer isto com a jovem?
- Isto... o quê?
- Você poderá não voltar, Michael.
- Você viu alguma coisa, Mia?
- Não Michael. Eu não tenho este dom. Mas todos os homens que participam de uma guerra tem a consciência de que podem não voltar, certo?
- Eu tenho esta consciência. Darei o melhor de mim para voltar são e salvo para ela.
Mia riu.
- Você a ama!
- Muito. - suspirou. - Mesmo que ela não confie em mim...
- E você se casará com alguém que não confia em você?
- Sim. Não podemos mandar em nosso coração, Mia. Se é que vampiros tem algum... - Michael riu, acompanhado de Mia.
- Temos. Porém está mais frio e calculista... Bom, pode voltar para casa. Não quero prendê-lo mais. Conte comigo para o que precisar.
- Muito obrigado, Mia.
- Não me agradeça. Agora vá. Preciso terminar com estes papéis.
- Do que se tratam?
- Coisas minhas. Vá.
Michael anuiu e deixou a biblioteca.

Lauren ainda olhava para Gerard, muda.
- Lauren... - ele arriscou um passo em sua diração, porém ela recuou. - Você... tá com medo de mim?
- O que espera? Se quer me matar, faça-o logo.
Gerard a tomou para si e a beijou desesperadamente. Em seguida, tomou-lhe o rosto entre as mãos.
- Acha mesmo que eu mataria você? Por todos os morcegos negros em noites sem lua! Eu a amo, Lauren!
- Você matou o meu pai!
- Ele quase matou o MEU pai! Lauren...
- Não, Gerard! Não!
Lauren se esquivou de Gerard e saiu correndo do quarto. Ao passar pelo corredor, esbarra em alguém.
- Desculpe-me, eu não vi você e... - ao ver quem se tratava, Lauren ficou boquiaberta e sem reação.
- Lauren?
- Becca! - foi apenas o que conseguiu dizer, antes de abraçar a amiga carinhosamente.

 


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