Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 64
.Chapter Sixty-Four.




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Lauren havia seguido para sua casa com Ryan. Durante todo o caminho não trocaram uma palavra sequer. Ao chegar em casa, Lauren subiu diretamente para o quarto sem, nem ao menos, olhar para os lados. Trancou-se no mesmo a fim de não ser incomodada por ninguém. Jogou-se na cama e desatou a chorar.

Donald sorriu para Gerard e ambos seguiram para a casa dos Cowell. Foram atendidos por uma dos criados e em pouco tempo Oscar adentrava a sala de estar. Ao ver Gerard, seu semblante endureceu:
- O que faz aqui?
- Ele está comigo, Oscar...
- Está sabendo o que seu filho aprontou esta noite?
Donald olhou, confuso, do filho para Oscar.
- Não...
- Raptou minha filha. Sorte que foram encontrados a tempo...
- Raptou... sua filha? - Donald parecia incrédulo.
- Exato.
- Não a trouxeram de volta? Então esqueçamos este assunto. - Gerard disse friamente. - Meu pai está aqui por um motivo muito sério, não papai?
Donald ainda digeria a novidade. Era difícil acreditar que seu primogênito havia tido tal atitude. Esperaria a mesma de Michael, mas nunca de Gerard. Pigarreou e disse em alto e bom tom:
- É verdade sim. Bem, Oscar. O parlamento já sabe da verdade?
- Verdade? - Oscar parecia um tanto desconfiado. - Que verdade?
- Que você trai o parlamento contando todas as decisões para o Rei. - Gerard vomitava as palavras. Sentia-se indignado por tamanha falsidade.
Oscar, em um gesto inesperado, soltou uma alta gargalhada.

Lauren, ouvindo a gargalhada estrondosa do pai, levantou-se e saiu do quarto pé-ante-pé, curiosa. Chegou à escada e avistou Gerard e Donald. Ainda mais curiosa, escondeu-se atrás da mesma e continuou a ouvir a conversa.

Gerard e Donald trocaram um olhar confuso.
- Descobriram-me, então? E... o que pretendem fazer?
- Você será desligado do parlamento...
- Eu sabia que esta hora chegaria. Bem, eu não me importo. Quem o mandou aqui? Houve votação para o afortunado que viria me dar a tão calorosa notícia? - Oscar dizia enquanto ria, irônico.
Gerard teve de se segurar para não dar a Oscar o que ele merecia. Como conseguia ser tão crápula?
- Eu me ofereci.
- Quanto rancor em seu coração, Donald. Tudo isso porque tomei Georgia de você? Saiba que fiz isso com todo o prazer... Você era um perdedor... E Georgia... Tão linda e tão... sensual. Aquelas curvas dela enlouqueciam toda a cidade...
Donald avançou sobre Oscar, que tirou uma pequena pistola do casaco e atirou em Donald à queima roupa. O último caiu ao chão com a mão ao peito.
Gerard, irado, transformou-se no ser da noite e voou sobre Oscar, atacando seu pescoço, sugando sua jugular. Porém, parou ao ouvir a voz tão conhecida gritando:
- Não! Pára! Pára Gerard.
Ele olhou em direção da voz, ainda com sua aparência transformada, e viu Lauren, que se assustou com o que viu, correndo dele.
- Quem é você?
- Lauren, escuta... - Gerard voltou à sua habitual forma.
- Não me toque! Seu... seu.. mostro!
Ele a olhou, extremamente magoado.
- Tem razão, Lauren... Sou um monstro. Não mereço você. - colocou o corpo de Donald, facilmente, em suas costas e saiu de lá, sem olhar para trás.
Oscar jazia no chão. Os olhos ainda abertos, aterrorizados, olhando pra cima. Foi a pior cena já vista na vida de Lauren.

Seguros em casa, Gerard deitou Donald sobre sua cama. Não sabia que fazer, enquanto ouvia os gemidos cada vez mais fracos de seu pai. Sem pensar muito, mordeu-o. Sua primeira transformação, em um ato de amor. Aos poucos, Donald foi se transformando. Gerard via no pai todo o sofrimento que ele ainda passaria. Não era uma tarefa fácil ser o que era. Para ele então...
Após a transformação, Donald adormeceu. Exausto demais para indagar qualquer coisa.

- Se eu aceitar...
- Prometo fazê-la feliz. Toda mágoa, dor e sofrimento serão recompensados com muito amor, carinho e atenção. - Michael a olhava com seus olhos brilhantes e suplicantes.
- Tudo bem, Michael. Eu aceito. Mas antes...
- Antes...?
- Você terá que me provar que tudo será da forma como propõe...
- E como farei isso?
- Isso é algo que você terá que descobrir... - Assim dizendo, Rebecca levantou-se e seguiu para a pequena banheira. - O que acha de um banho a dois?
Michael sorriu. Por mais ansioso que estivesse pela resposta de Rebecca, sabia que tudo viria no tempo certo. Levantou-se e encaminhou-se à ela. Colocou água para esquentar na lareira enquanto a tomava para si. Em poucos minutos, ambos haviam adentrado a banheira e banho... bem... era a última coisa que pensaram em fazer...

.24 horas depois.
Gwendolyn tinha aulas junto com os guerreiros. À principio, os homens não aprovaram muito a idéia de lutarem ao lado de uma 
mulher. Alguns supersticiosos diziam que poderia trazer-lhes má sorte, ainda mais por se tratar de uma mulher da espécie do inimigo.
- Eu também sou da espécie do inimigo... - Frank dizia. - E luto ao lado de vocês. Nossa espécie não influi nas nossas decisões e emoções. Gwendolyn está aqui para nos ajudar. Sabe mais das fraquezas do inimigo do que qualquer um aqui.
Ao terminar de falar, olhou para a amada, que sorria-lhe. Um sorriso aberto e... lindo. Frank teve de controlar-se para não tomá-la nos braços ali mesmo, na frente de seus homens. Disfarçando, afastou-se um pouco para se "acalmar", enquanto ajudava dois guerreiros com as espadas.
- Frank... - ele sentiu uma das mãos delicadas de Gwendolyn em seu ombro.
- Sim. - virou-se para ela.
- Tive uma idéia para ajudar...
- Idéia?
- Sim. Idéia!
- Mas... Qual?
- Alho. - Frank a olhava, desentendido. - Alho nas espadas. É fatal, Frank.
- Fatal...?
- Sim. Alho é tão fatal quanto água benta, crucifixo e estaca de carvalho.
- Você, então, não lutará com estas armas...
- Frank...
- Eu não deixarei você correr risco de vida, Vampira...
- Frank... é preciso que...
- A única coisa que é preciso, pelo menos para mim, é que você esteja ao meu lado. - Gwendolyn o olhava com lágrimas nos olhos. - Portanto, deixe que os Werewolves apenas lutem com estas armas que são inofensivas a eles. Não quero perdê-la, Vampira... Não posso perdê-la.
Gwendolyn não sabia se sorria ou chorava. Até mesmo o apelido, antes repugnado, havia se tornado tão carinhoso e gentil. 
Tentou se aproximar, mas ele impediu, olhando para os homens. Ela entendeu e sorriu. Então voltou-se para o treinamento, passando ao lado dele, enquanto dizia de forma envolvente:
- Mais tarde o agradeço por ser tão adorável... - Frank sentiu um frio percorrer-lhe a espinha. Olhou, maravilhado, a silhueta da amada à caminho dos inúmeros soldados.


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