Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 6
Chapter Six




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Durante o jantar, Geórgia mantinha uma conversa agradável, como uma boa anfitriã. Logo após o mesmo, ela se dirigiu com o casal Campbell para a biblioteca, onde foram discutir política, enquanto Lauren e Rebecca subiram para que pudessem conversar melhor. Chegaram ao quarto de Lauren e sentaram-se animadas sobre a cama.
- Agora me conte tudo sobre sua viagem!
- Não foi muito divertida, sabe? Fiquei o tempo todo em casa. Fui a apenas alguns bailes. Nem cheguei a usar todos os vestidos que levei, muito menos as jóias... Foi um tédio.
- Imagino...
- Você me parece um tanto desanimada, Lauren. Aconteceu alguma coisa?
- O de sempre. Minha mãe e sua velha mania de querer me casar com o primeiro par de calças que sorri para mim.
- Oh! Isso é péssimo. Mas... são bons partidos?
- São horrorosos! Cada um pior que o outro. Às vezes penso que minha mãe me odeia!
- Credo, Lauren! Não diga isso. Ela é sua mãe.
- Mas não sinto como se fosse... Já disse a ela que não me casarei... NUNCA me casarei, Becca!
- Nunca é muito tempo, Lauren...
- Se não me casarei com quem eu quero, não me casarei com ninguém!
- Ainda está apaixonada por Gerard Way?!
- Shhh! – Lauren levantou-se de sua cama e fechou a porta. – Fale mais baixo, sim?
- Desculpe!
- Respondendo sua pergunta, sim, Becca, estou ainda perdidamente apaixonada pelo Gerard Way.
- Mas Lauren...
- Eu sei, Becca! – a interrompeu. – Já estou tentando com todas as forças não pensar nele, mas está sendo impossível, já que até meus sonhos ele invade.
Rebecca abraça a amiga.
- Oh minha amiga! Não fique assim... Tudo vai se resolver.
- Assim espero, Becca. Assim espero.

- Gerard? Você está acordado?
- Sim Thomas, pode entrar.
Thomas entrou no quarto de Gerard encontrando-o lendo algo.
- Cartas de sua família?
- Não. Trechos da Bíblia.
- Sabe, Gerard... Estou um pouco confuso...
- Com o quê, Thomas?
- Com algumas coisas que ando vendo aqui no seminário...
- Tipo o quê?
- Não é o momento de falar. Eu poderia ser castigado não apenas pela justiça dos homens se eu levantar falso a alguém.
- Está certo. Mas... O que veio fazer aqui?
- Vim conversar com você. Hoje você não fez as refeições com os outros. Fiquei preocupado. Desde a conversa com o Frei você não me parece muito bem.
- Você seria capaz de guardar um segredo, Thomas?
- Sim, claro! Todos.
Gerard, calmamente, organizou seus papéis enquanto criava coragem de começar a falar.
- Alguma vez já se sentiu... enfeitiçado?
- Você conheceu alguma bruxa, Gerard? – Thomas disse com os olhos muito arregalados.
- Que eu saiba, não. Não é exatamente deste feitiço que estou falando...
Thomas olhou para Gerard por um longo tempo, como que se meditasse e tentasse entender as palavras do amigo. Fosse qual fosse a tentativa, fora em vão.
- Como assim?
Gerard levantou-se de sua escrivaninha, foi até a porta, fechando-a e começou a andar pelo quarto.
- Não é necessariamente um feitiço, mas é como se fosse... Algo que queima por dentro, mas sentimos frio por fora. Algo eu dói, mas nos remete a uma vontade de sorrir. Também sentimos como que se o vento brigasse com algo aqui dentro. – apontava para seu estômago. – Mesmo sabendo que nada disto é normal, que não pode ser uma coisa boa, não conseguimos tirar os olhos da fonte de tudo isso...
Gerard parou de falar. Estava levemente ofegante. Thomas, que o encarava, piscou duas vezes. Nunca havia ouvido tantas palavras que descrevessem apenas um sentimento...
- Você está apaixonado...

Mikey acordou no início da noite, estava faminto. Precisava sair e se alimentar o mais depressa possível. Ao sair de seu quarto, deparou-se com Donna, que o olhava apreensiva.
- Boa noite, querido!
- Boa noite mamãe. – disse rapidamente.
- Já está de saída?
- Sim, mamãe. – sua voz já soava impaciente.
- O jantar está quase pronto, meu querido. Se alimente antes de sair.
Michael limpava seus óculos redondos em um lenço branco. Olhou para seu reflexo no espelho. Não conseguia se ver há algum tempo.
Como passava o dia todo dormindo, sua pele estava mais clara a cada dia e profundas olheiras começavam a apontar em seu rosto. Sabia disto pelas inúmeras vezes em que sua mãe falava-lhe que o sol era importante e que, pela falta dele, poderia ficar doente, isso se já não o estivesse. Mal sabia ela...
Com seu pente de bolso, penteou seu cabelo para trás antes de responder à sua mãe de uma forma bem ríspida.
- Desculpe. Já estou atrasado. – e saía apressado.
- A-atrasado? – Donna praticamente corria atrás do filho. Estava meio ofegante, devido ao esforço: - Mas... atrasado... para o quê?
- Este é um assunto que a senhora jamais compreenderia, mamãe. – beijou-lhe a testa e saiu, deixando Donna, mais uma vez, sozinha naquela enorme casa.
Michael andava cada vez mais apressado pelas ruas frias de Londres. Temia que, mais uma vez, perdesse seu controle. Teria que se afastar dali o quanto antes.

Thomas

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