Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 44
.Chapter Forty-Four.




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- Michael! - Gerard voltou a rir. - Eu sabia que você era um tanto... esquisito... mas jamais imaginaria que você fosse capaz de acreditar em tais histórias.
- Não são histórias, Gerard. Você mesmo confirmou que sentia-se estranho.
- E isso o leva acreditar que sou um vampiro?
- Sim.
- Michael, escuta... Isto é loucura!
- Não, Gerard, não é. Belle o transformou em uma... aventura que ambos tiveram.
- Aventura?! - Gerard olhava para Michael, visivelmente interessado, já que não lembrava-se de quase nada da noite anterior.
- Sim... Na verdade, não sei ao certo o que ocorreu dentro daquela capela, apenas sei que o encontrei nu. Ela também não estava vestida...
- Deus Misericordioso! Em uma capela?
Michael sorriu.
- Não se lembra de nada, não? - ele negou apenas com a cabeça. - Ela o hipnotizou, seduziu-o. Provavelmente vocês.. bem, você me entendeu. E, assim, aproveitou a oportunidade para mordê-lo.
- Mikey, que história maluca é essa? Está escrevendo um livro?
- Gee! Pelos Anjos Negros do Inferno! - ao ouvir esta expressão, Gerard sentiu um estranho calafrio subir-lhe a espinha. - Ouça-me, homem! Com que intuito eu mentiria para você? Se você pensa que se tornar vampiro seja algo bom, tenha a certeza que não é. Digo pela mais amarga experiência...
- Mikey, vá dormir. É disso que você precisa... Sua aparência está péssima.
- A sua também não está uma das melhores... - Gerard tocou o próprio rosto. Em seguida, foi até o pequeno banheiro, onde havia o espelho com o qual se barbeava. Tentou-se ver no mesmo mas não conseguiu.
- Mas.. O que...?
- Não consegue se ver, exato?
Gerard voltou para o quarto, assustado.
- Não.
- Pois bem... Acredita em mim agora?
- Não.
- Inferno! Gerard, você me obriga a tomar medidas drásticas.
- O que f... - Gerard parou de falar ao ver Michael se transformar em uma espécie de monstro. Seus caninos ficaram extremamente maiores, seus olhos muito vermelhos e as olheiras ainda mais escuras. - Ai meu santinhoprotetordosex-padresassustadoscomumacriaturaparanormalemseuquarto, - vomitou as palavras. - salve-me!

Madeline tomava seu desjejum sozinha em sua casa, quando ouviu uma batida na porta. Sem vontade, foi atender.
- Bom dia! - Scott disse, sorridente, carregando uma cesta de pêssegos.
- Bom dia... - Madeline respondeu secamente.
- Desculpe não ter aparecido ontem.
- Tudo bem. - Madeline permaneceu parada à porta, sem se mover.
- Trouxe-os para você. Sei o quanto adora pêssegos. - ele lhe estendia a cesta, sorridente.
- Obrigada. - aceitou o presente, mas sua expressão não havia mudado.
- Madeline? - Ela levantou a cabeça e o olhou. - Tudo bem?
- Sim, só preciso ficar sozinha, Scott...
- Eu já disse que nunca a deixarei sozinha.
- E eu já disse que nunca serei capaz de amá-lo. Desista, Scott. Não quero magoá-lo.
- Tarde demais, Madeline. Você já me magoou... Como pensa que me sinto ao ser tratado desta forma?
- Scott...
- Eu não exijo nada de você... Sei que está magoada, ferida... Já disse que a esperarei para sempre. Não desistirei e respeitarei seu tempo...
Madeline o encarou nos olhos por alguns segundos.
- Já tomou o desjejum? - perguntou em repente.
- Ainda não...
Ela abriu um pouco mais a porta, dando passagem para Scott.
- Entre e me faça companhia.
Ele sorriu, triunfante, e entrou.

Angelus perambulava pela casa das Moore. Havia dormido ali, pois havia se distraído com uma dasconvidadas e não viu quando o primeiro raio de sol apontou no horizonte.  Caminhava em direção à escada, quando Alfred o surpreende.
- Senhor Angelus...?
Assustado, ele virou-se para o mordomo.
- Você sempre surge do nada?
- Desculpe-me assustá-lo, senhor. Precisa de alguma coisa?
- Sim. Sabe se Gwendolyn já acordou?
Alfred sorriu apenas de um canto dos lábios. Angelus não desistiria nunca?
- Não a vi hoje, senhor... Certamente deve estar dormindo.
- Sim... Certamente. Bom, procurarei um quarto para mim e dormirei também. Bom dia, Alfred.
- Bom dia, senhor.
Angelus subiu as escadas, decidido. Abriu a porta do quarto de Gwendolyn e não a encontrou lá dentro. Provavelmente deveria estar fazendo sua toalete antes de dormir. Esperaria por ela ali, em sua cama. Despiu-se e se deitou. Esperou por ela até que o sono e o cansaço falasse mais alto. Acabara adormecendo.

Gwen acordou sentindo os braços de Frank envolvendo pela cintura. Pelo modo como ele respirava, pôde perceber que dormia profundamente. Brincou com os dedos em seu peito, enquanto lembrava dos acontecimentos de horas antes.
Deveria se sentir magoada com ele por ter sido usada, mas não conseguira... O amava demais para isso. Sim, ela o amava. Soube disto a desde quando o viu novamente. Nunca tinha havia se sentido de uma forma tão intensa quanto se sentira naquele momento.
Afundou o rosto em seu pescoço e aspirou o perfume másculo que tanto a enlouquecia. Ela sentia-se triste. Ele a odiava. Nunca amaria de verdade... Apenas a usaria até que ela, finalmente, saciasse seu desejo de vingança. Restaria saber até quando.
Ele a abraçou mais forte. Teria acordado? Sim. As mãos masculinas acariciavam suas costas de modo envolvente e sedutor. Gwendolyn se manteve imóvel por alguns momentos. Depois, afastou o rosto e o encarou. Aqueles faróis verdes a encaravam de pronto. Ela, em um impulso incontrolável, acariciou-lhe o rosto.
- Queria tanto que as coisas tivessem acontecido de modo diferente, Frank...
- Eu queria poder acreditar em você, Vampira. Mas não posso...
Os olhos dela encheram-se de lágrimas, mas ela mantinha-se firme.
- Infelizmente, isto só depende de você. Já disse que não tive outra alternativa. Não podia deixá-lo morrer... Apesar de que estava morto quando deixei sua casa... Eu... não sei como funcionam as coisas... Nunca transformei ninguém em toda a minha vida... Frank... - em um gesto de desespero, segurou-lhe o rosto entre as mãos. - eu... - ele a olhava intensamente. Não. Ainda não era o momento para dizer-lhe como se sentia.
- Você...?
- Eu... só queria salvá-lo. - disfarçou.
Frank a analizou por alguns, eternos, momentos. Como não acreditar nela? Como acreditar, também. Estava confuso, terrivelmente confuso... Levou a mão até o rosto delicado dela e secou-lhe uma lágrima com o indicador. Depois, a puxou para mais perto, em um abraço terno. Permaneceram assim até adormecerem novamente.


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