Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 4
Chapter Four




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Donna

Gerard chegou ao seminário e encontrou um curioso Thomas a sua espera.

- Ta tudo bem, Gerard?

- Está sim, Thomas. Obrigado por perguntar. – sorriu cordialmente.

- Por nada... – Gerard continuou a andar e Thomas, então, o seguiu. – O que o Frei queria com você?

- Desculpe-me, Thomas, mas não quero falar sobre o assunto, ok?

- Okay.

E Gerard continuou seu caminho, deixando Thomas para trás com um big ponto de interrogação em sua testa.

Ao chegar a seu quarto, viu, junto aos seus terços, um envelope branco. Quando olhou o selo, viu que era de sua família. Sentiu-se emocionado ao sentir o perfume de sua mãe no envelope. Fazia muitos meses que não a via. A saudade era imensa.

Com cuidado, abriu o envelope e retirou uma folha, também, branca de dentro do mesmo.

“Meu filho amado e querido,

Como vai? Aqui estamos todos bem, na medida do possível. Sentimos muito a sua falta.

Seu pai foi a uma viagem de encontro com os antigos membros do Parlamento esta semana. Antes de partir, pediu-me que na carta, eu lembrasse de dizer a você que ele o ama muito e que ainda aguarda ansiosamente por sua visita. Assim como seu pai, também espero ansiosamente por vê-lo, meu querido.

Seu irmão continua nas noitadas. Não quer saber de trabalhar e cultivar ainda mais a riqueza da família. Chega em casa tarde da noite e com forte cheiro de rum impregnado em suas roupas. Por mais que eu fale com ele, não me dá mais ouvidos. Dorme durante todo o dia e à noite desaparece em suas andanças.

Mas o que estou fazendo? Não estou escrevendo para contar sobre nossos problemas, e sim para tentar matar um pouco desta saudade que a cada dia aperta mais meu coração.

Espero que você tenha encontrado sua tão esperada paz, meu filho, e esteja muito feliz.

Com muitas, muitas saudades e com muito amor,

Donna.”.

Gerard dobrou novamente a carta. Lágrimas escorriam por sua face. Ao mesmo tempo em que se sentia feliz ao saber de sua família, se sentia triste por não estar compartilhando aqueles momentos junto a eles. A cada dia, adiava ainda mais suas visitas, algo que não deveria fazê-lo, mas achava que seu confinamento lhe seria útil. Pelo visto, nem tanto...

Ali estava ele: o pecado. Seduzindo-o, induzindo-o, mas ele não permitiria. Não...

Guardou a carta de sua mãe com as outras. Outra hora responderia com todo carinho que a mãe merecia. Aquele não era um momento próprio para aquilo. Suas palavras não transmitiriam o real sentimento, uma vez que ele estivesse tão perturbado.

Na mesma carta, ele adiaria mais uma vez sua visita. Não estava em condições de sair do confinamento, não depois do que houve na igreja. No momento certo ele atendia ao pedido dos pais. No momento certo...

Pegou um de seus terços e se ajoelhou. Tinha muito a ser perdoado. Tinha muito ao que pedir perdão. Começou, então, sua oração.

Donna abriu lentamente a porta do quarto de Michael. Sim, ainda dormia tranqüilamente. Como ele conseguia trocar assim o dia pela noite?

Nos últimos dois anos, desde a ida de Gerard para o seminário, Michael mudou totalmente seu temperamento e sua forma de viver. Sabe-se lá se foi pela falta que sentia do irmão, ou se era simplesmente sua personalidade aflorada.

Havia apenas um fato: Donna não estava gostando nada daquilo. Aquele não era seu filho caçula, o mesmo a quem tanto protegeu, a quem tanto ensinou o quer era certo e o que era errado.

Aquela atitude seria esperada para Gerard, que sempre aparentou ser o mais rebelde da casa, mas, ao contrário do esperado, Gerard surpreendeu a todos com sua decisão de entregar sua vida a Deus. Seria por alguma decepção amorosa? Não se sabe ainda...

Donna fechou a porta do quarto de Michael e encaminhou-se para o seu quarto. Fazia quinze dias em que Donald foi ao tal encontro e não deu-lhe nenhuma notícias desde então. Já estava ficando preocupada. Se o Parlamento havia sido extinto, por que aquela reunião? E por que seria na Holanda? Muitos mistérios a serem desvendados e muitas confusões na cabeça de uma só mulher...


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