Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 33
.Chapter Thirty Three.




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Michael voltava para casa com um gato negro em suas mãos. O mesmo, em tentativa vã de escapar, arranhava-lhe o braço. Os arranhões cicatrizavam-se imediatamente, causando apenas a dor como incômodo para Michael.
Mais que a dor de seu braço, outra dor incomodava-o. Uma dor estranha... Diferente. Um aperto no peito. Algo inexplicável e jamais sentido antes. Sentia-se triste, desprotegido... sozinho.
Ela o odiava. Ele a amava. Sim. Amava-a. Sabia disto, naquele momento, mais do que nunca. Havia a perdido. Como convencê-la de que estava errada, que ele não havia matado seus pais?
Isto seria apenas com o tempo. Teria de prová-la o quanto a amava e seria incapaz de fazer-lhe algo que a magoasse. Restirou o sangue do gato e jogou a carcaça do mesmo em um cova que havia feito e o enterrou. Em seguida, levou o sangue para Rebecca, que estava sentada em frente a janela, enquanto olhava fixamente para o jardim.
- Sua refeição.
- Não quero.
- Mas se alimentará.
- Você me obrigará? - olhou-o com deboche.
- Se for preciso, sim. Não pode deixar de se alimentar por pirraça. Por estar com raiva de mim, para me afetar...
- Não preciso afetá-lo. Você não é nada para mim. - Michael sentiu o aperto no peito aumentar de intensidade. - Deixe-me ir?
- Não. Prometi que cuidaria de você e o farei.
- Você não precisa se redimir da morte dos meus pais. Sua maldade não será compensada por cuidar de mim, Michael. Você pagará por isto, mais cedo ou mais tarde. - Michael continuava a olhá-la, impassível. Rebecca suspirou profundamente. - Já que não me deixará ir, poderia, então, me deixar sozinha?
Michael a olhou por alguns momentos. Virou-se e se retirou do quarto, deixando-a sozinha, como havia o pedido.

- Preciso ir...
- Ah! Mas já?
- Lauren, todos os convidados já se foram... Sua mãe já se retirou e eu não quero incomodar seu pai... - Gerard olhava para Oscar, sentado em sua poltrona com um copo de vinho em mãos, encarando-o de modo sinistro.
Lauren seguiu o olhar do, então, noivo e assentiu.
- Tudo bem, Gerard... - disse tristonha.
- Oh! Não faça esta carinha... - a enlaçou com carinho. - Amanhã eu voltarei para te ver.
- Promete?
- Prometo! - deu-lhe um beijo rápido e olhou para Oscar, que ainda o encarava do mesmo modo. - Preciso ir agora, ok?
Ela novamente assentiu.
- Até amanhã, meu amor.
- Até amanhã, meu anjo.
Gerard saiu, andando de costas, sem conseguir tirar os olhos de sua amada. Ela, por sua vez, também não conseguia tirar os olhos dele. Estava feliz. Tudo fora rápido demais... Rápido e intenso.
- Lauren...
Ela sentiu um frio na espinha e virou-se para o pai.
- Sim papai. - disse sorrindo.
- A noite acabou. Vá para seu quarto.
- Sim papai. A benção...
- Está abençoada.
Ela lançou um último olhar para Gerard e subiu para seu quarto. Oscar se levantou da poltrona e foi até o futuro genro.
- Sr. Way...
- Sr. Cowell.
- Tenho apenas um aviso para o senhor... - Gerard, assustado, apenas o olhava. - Pense muito bem no que fará a minha filha. Qualquer tropeço estarei lá, assistindo de camarote e pronto para dar-lhe a recompensa merecida. Boa noite. - sem esperar por respostas, o patriarca da família Cowell despediu-se da família Way e, desculpando-se, retirou-se.

Após a saída de Frank, Madeline se jogou em sua cama e chorou. Sentia-se vazia. Exatamente oca. Scott, minutos depois, apareceu em sua casa, e chamava por ela em sua sala.
- Vá embora Scott!
Ele seguiu o som da voz dela e adentrou o quarto, encontrando-a deitada de bruços com o rosto mergulhado em seus braços.
- Madeline...
- Já disse para ir embora! - jogou-lhe o travesseiro.
Scott desviou do mesmo e continuou a se aproximar dela.
- Acha mesmo que a deixarei sozinha?
- Acho. Vá!
- Não. - Ela levantou o rosto e o encarava. - Não tenho medo de cara feia. - Ele sentou-se na cama e começou a alisar-lhe os cabelos. Ela deitou sobre o colo dele e chorou mais ainda. Scott, por sua vez, sofria junto. Não possuía, naquele mundo, nada que o atingisse tanto quanto as lágrimas daquela mulher.

A família Way havia chegado em casa. Estavam exaustos.
- Faltou apenas Michael na festa...
- Você conhece nosso filho, Donna. Sabe como ele é anti-social.
- Mas foi o noivado do irmão dele!
- Não tem problema mamãe. Eu não me importo...
- Claro que se importa Gerard. Ele é seu único irmão. TINHA que estar presente!
- Mamãe, eu já disse que não me importo. Agora, com licença. Estou um pouco cansado. Preciso dormir. Sua benção papai. - beijou a mão de Donald.
- Que Deus te abençõe, meu filho.
Gerard, então, beijou a mão da mãe.
- Sua benção mamãe.
Donna ainda o olhava penalizada.
- Que Deus te abençõe, meu menino... - Gerard virou-se para subir as escadas, então a voz de sua mãe o interrompeu. - Perdõe seu irmão, meu filho.
- Ele não tem motivos para ser perdoado, mamãe.
Assim dizendo, Gerard virou-se e subiu as escadas. Adentrou seu quarto, tirou sua roupa e se jogou na cama.
A quem tentava enganar. Era evidente que estava chateado com Michael por não ter comparecido a seu noivado. Gerard levou as mãos até o rosto e suspirou. Leves batidas soaram em sua porta. Por um momento, Gerard pensou que se tratava de Donna.
Levantou-se e abriu a porta.
- Thomas? Onde tinha se metido a todo este tempo?
- Voltei mais cedo para casa... Vi seu irmão hoje...
- Michael?
- Sim. Estava discutindo com uma mulher... Mas ela eu não cheguei a ver... Apenas ouvi sua voz.
- Discutindo? De novo? Michael não tem jeito... - Gerard revirou os olhos.
Thomas se silenciou. Apenas olhava para Gerard, como se quisesse dizer-lhe algo, mas não tinha coragem.
- Aconteceu alguma coisa, Thomas?
- Não... Nada...
Gerard decidiu se manter quieto. Se ele não queria falar, o melhor seria a discrição.
- Thomas, preciso de sua ajuda...
Thomas mudou tragicamente de fisionomia para uma mais alegre.
- Diga!
- Tenho um plano em minha cabeça há alguns dias e preciso de sua ajuda para colocá-lo em prática.
- Qual plano?

Michael voava pelas ruas de Londres. Avistou seus pais e Gerard à caminho de casa. Passou por eles, despercebido, claro. Será que sua mãe reconheceria seus lindos olhinhos em um morcego negro e nojento?
Continuou em seu vôo até a casa de Mia. Era o único lugar no qual pudesse se acalmar. Por mais que Mia também o tirasse do sério, ela possuía o dom de acalmá-lo com seu "jeitinho", se é que me entendem...
Entrou e sobrevoou o quarto da mesma. Estava vazio. Onde ela estaria? Assumiu a forma humana. Retirou o paletó, o colete e desabotoava a blusa quando ela abriu a porta, trancando-a, com o poder da mente, atrás de si.
- Finalmente apareceu!
- Adoro quando apenas sente a minha presença... - ele caminhou até Mia, segurando-a pela cintura e colando seus corpos. Ele se sentia um tanto carente, e qualquer contato o deixava excitado.
- Vejo que hoje está faminto...
- Sim, estou. Faminto por você!
Beijou-a intensamente. Ela terminou de desabotoar-lhe a camisa e passeava as mãos pelo peito pálido e sem pelos dele. Descia os lábios femininos pelos pescoço, alternando entre beijos e mordidas.
Michael deixou a cabeça pender para trás, quando Mia desfivelou o cinto e abaixou sua calça. Gemidos escapavam-lhe de seus lábios enquanto ela o acariciava de modo bem ousado. Ele segurava-lhe os cabelos com força e, com uma leve pressão, a levantou. Beijou-lhe os lábios com volúpia e rasgou-lhe o vestido, impaciente.
Um gemido escapou dos lábios de Mia, o que fez Michael sorrir. Após deixá-la completamente nua, a apertou contra sim em uma força e desespero tão grande que chegou a assustá-la. Mia interrompeu o beijo e olhou para Michael, extremamente curiosa.
- O que há com você?


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