Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 24
.Chapter Twenty-four.




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Thomas tomava um longo gole de sua bebida, quando quase engasgou. Havia tido uma visão? Nádia, sua doce Nádia havia voltado do mundo dos mortos para seus braços?
Tentou se levantar, mas como estava muito alterado pelo álcool, caiu ao chão, atraindo a atenção de todos. Ao levantar seus olhos, ela já não estava mais ali.
Thomas, então, chorou feito um bebê. Amava-a muito, ainda. Ele sabia que a amaria para sempre e, um dia não muito longe daquele, vingaria sua morte.

O jantar se seguia em um clima agradável. Bem, para Lauren parecia mais uma tortura. Gerard não parava de olhá-la, incomodando-a.
Ele, por sua vez, se sentia ainda mais “enfeitiçado”. Quando a viu, ainda na sala de estar, sentiu que faltava-lhe o ar. Ficou estático. O que conseguia era olhá-la. Era coincidência demais ou o destino estaria brincando com ele? Teria que jantar justamente na casa da família dela? Era tão linda... tão encantadora! O quê mais poderia fazer senão olhá-la, admirá-la?
Fim do jantar. Os Cowell andavam mais a frente, sendo seguidos pelos convidados. Acomodaram-se nos sofás da sala de estar, enquanto esperavam pelo café, conversando animadamente sobre arte e artistas da época. Gerard demostrou muito interesse e pinturas e esculturas.
- Lauren, minha querida, porque não mostra a Gerard nossas estátuas do jardim?
- E-eu, mamãe?
- Sim, minha querida, você! - Georgia insistia.
- Tudo bem, mamãe.
Na verdade, Lauren sabia o que sua mãe realmente queria. Já não tinha escrúpulos. Queria casá-la realmente com o primeiro par de calças que aparecesse a sua frente. Quem dera se aquele par de calças estivesse disposto a desposá-la.
Lauren deu um sorriso amarelo e Gerard ofereceu-lhe o braço. Pela segunda vez, naquela noite, seus olhares se encontraram. Não muito diferente da primeira, suas pernas ficaram bambas, a boca seca e o coração acelerado. Hesitante, aceitou o braço.

Angelus viu quando Gwendolyn se revelou para o inimigo. Grave erro ao pensar que os prepotentes Werewolves ficariam vulneráveis à presença de vampiros.
Ao ver, também, que o lobo a atacou, se assustou. Estava prestes a descer e acabar com sua vida, quando um forte e tentador cheiro de sangue limpo e fresco chegou-lhe às narinas. Um mortal se aproximava. Em seus braços leves arranhões , provavelmente causados por espinhos ou galhos de arvores.

Uma voz se fez presente, impedindo que o Werewolf a atacasse.
O que diabos está acontecendo aqui?
Gwen se assustou e mais uma vez sofreu metamorfose, esta, porém, reversa. O lobo rosnou, dizendo em seguida:
- Vá embora, Frank.
- Não. Ela é minha. Pare imediatamente com isso...
- Pensei que Madeline fosse sua.
- E é. - Gwen apenas observava, escutava e tramava uma forma de sair dali. - Mas eu a quero.
- Você não faz idéia do que esta mulher é.
- Sim, eu faço. Solte-a e a deixe comigo.
- Não posso, meu amigo.
- Scott! Por favor!
O lobo olhou de Frank a Gwen e libertou a jovem. Frank a segurou pelo cotovelo e quase a arrastava para a casa.
Lá chegando, a jogou ao chão e fechou a porta, trancando-a.
- Grosso!
- Grosso? Acho que não entendi bem. Você me de chamando de grosso? Salvo a sua vida e ainda sou considerado um grosso?
- Não te pedi nada!
- Mas que merda, garota! Será que você não sabe o significado de gratidão? Depois de tanto trabalho para protegê-la, cuidar de você, e repentinamente você decide fugir, mais do que isso, se matar.
Gwen, ainda altiva, continuava olhando-o. De repente, caminhou, decidida, para a porta. Frank a prendeu pela cintura.
- Me solte.
- Será que falo grego? Você é louca? Depois do que aconteceu ainda quer ir embora?
- Você não me conhece, Sr. Iero. Não sabe nada sobre minha vida. Eu não posso ficar na aldeia dos Werewolves.
- Você está comigo. Enquanto estiver, estará protegida. Será que sempre devo pedir que confie em mim? - Ele a abraçou com carinho. - Não quero o seu mal... - sussurrava-lhe ao ouvido enquanto massageava-lhe as costas.
Ele tentava se manter alheio e distante quanto a presença daquela mulher. Ela despertava-lhe algo jamais sentido antes.
As carícias em suas costas foram se intensificando e Gwen levantou seu rosto encontrando o dele muito próximo ao seu.
Frank, tomando a iniciativa, colou seus lábios aos dela que os abriu de pronto, em um convite sutil para uma exploração mais profunda.

Mia saía de mais uma taverna. Nada de Gwendolyn. Ninguém a havia visto. Nenhuma pista encontrada, nada.
Ela só não se desesperou porque confiava em Angelus e no amor que ele sentia por Gwendolyn. Ele não permitiria que nada de ruim acontecesse à sua amada “Dolly”, como costumava chamá-la. Preferia prejudicar a si mesmo do que a ela.
Quando saiu da ultima taverna, viu que não tinha mais nada a fazer ali. Já era hora de voltar para casa e aguardar qualquer notícia que Angelus poderia trazer.
Uma jovem, que passava por ali, a olhou desconfiada. Mia a observava de longe. Estava faminta. Não comia desde a noite anterior. Não esperou muito e voou sobre o pescoço delicado da jovem, bebendo-lhe quase todo o sangue. Sentiu-se satisfeita e voltou para casa, onde aguardaria ansiosamente por noticias de sua irmã.

Mikey e Rebecca chegaram à cabana de Behwi, encontrando a ultima, claro, preocupada.
- Desculpe-me não ter avisado, Behwi.
- Pensei no pior, Michael. Não posso mentir, infelizmente.
- Mais uma vez, desculpe-me.
- Quem deve desculpas aqui sou eu, por tentar fugir. Se não o tivesse feito, Michael não teria saído comigo.
Behwi começou a rir.
- Você tentou fugir?
- Sim, por quê?
- Você nunca conseguiria! - Behwi continuou a rir e Rebecca a olhava com um enorme ponto de interrogação em sua testa. - Lancei um feitiço sobre a cabana e a área em volta dela. Uma barreira imaginária. Não importa o quanto você corra, você nunca sairá do lugar.
- Então era por isso...
Behwi assentiu e Rebecca saiu zangada, adentrando a cabana.
- Ela é louca!
- Você a provocou...
- Preferia que ela fugisse?
- Não. Estive pensando...
- Em quê?
- Está na hora de a tirarmos daqui...
- E para onde pretende levá-la?
Michael a olhou misteriosamente.

- São muito lindas...
- São sim... - Lauren se sentia um tanto tímida na presença de Gerard.
Ele apontou para um dos bancos em um convite para que se sentassem. Ao fazê-lo, Lauren olhou para o céu.
- Adoro a noite. - os olhos de Lauren possuía um brilho jamais visto por Gerard antes. Ele continuou a olhá-la. A luz da lua iluminava o perfeito rosto feminino.
- Eu também...
Lauren o olhou por um momento e, desviando o olhar, perguntou:
- Abandonou mesmo o seminário?
- Eu teria que voltar, mas não quero mais...
- Por quê?
- Vejo que não é para mim...
- E o que é para você, Gerard?
- Você.
Lauren o olhou novamente. A surpresa estava presente em seus olhos. Tentou desviá-los, mas Gerard segurou seu rosto entre as mãos e a beijou, surpreendendo-a ainda mais. Lauren não sabia como reagir. Nunca ninguém a havia cortejado. Nunca havia beijado um homem em toda sua vida. Aquele momento era mágico, especial e novo para ela.
Lauren apenas repetia os movimentos dos lábios de Gerard sobre o seu.
- Abra a boca... - ele sussurrava, levemente ofegante.
Lauren não conseguia dizer nada. Apenas abriu os lábios como ele havia pedido, permitindo que a língua voraz de Gerard a invadisse.
Gerard havia percebido que se tratava do primeiro beijo de Lauren. Por mais que o desejo de tirar-lhe o fôlego parecia querer consumí-lo, ele se mantinha calmo e preocupado em dar a ela o momento mágico que ela, certamente, já havia sonhado.
A magia foi quebrada por Lucy, que em um sussurro, dizia-lhes:
- Desculpe interrompê-los, Srta. Cowell, sua mãe a espera na sala. - Gerard e Lauren se levantam automaticamente e seguem a ama. Ele segurava-lhe a mão, enquanto ela evitava olhá-lo a todo custo.
Antes de adentrar a casa, Gerard a puxou pela mão e a abraçou.
- Espero que tenha sido tão maravilhoso para você como foi para mim.
Lauren se aninhou a ele e apenas conseguiu pronunciar as palavras:
- Sim, Gerard. Foi maravilhoso.
Ele sorriu-lhe.
- Precisamos entrar.
Lauren assentiu e os dois entraram, encontrando as duas famílias conversando alheiamente, nem sequer imaginando o que tinha acontecido naquele jardim.
- O que achou de nosso jardim, Gerard?
- Encantador, Sra. Cowell.
Georgia sorriu-lhe e olhou para Lauren, que estava levemente corada. Se seus sentidos maternos não falhassem, poderia jurar que algo havia acontecido naquele jardim. Preferiu ignorar. Teria ainda uma árdua tarefa pela frente: ignorar a presença do grande amor de sua vida, fingindo que nada ali acontecia.

Gwen levantou os braços e abraçou Frank pelo pescoço. Ele, por sua vez, explorava-lhe a cintura, as costas, a curva do quadril...
Ele se afastou, relutante e ofegante.
- É melhor pararmos...
- Eu... não quero parar... - Gwen capturou-lhe novamente os lábios, fazendo com que Frank soltasse um gemido rouco e a jogasse em sua cama.
Sem tirar os olhos dela, foi despindo-se. Gwen levou a mão aos botões do vestido, fazendo o mesmo. Em poucos minutos, ambos estavam nus. Frank encobriu o corpo feminino com o seu, enquanto explorava-o. Gwen suspirava profundamente a seu ouvido, arranhando-lhe as costas levemente e mordiscando-lhe o pescoço. Por vezes sentia-se tentada a mordê-lo, mas sabia que não era sensato.
Frank segurou em suas pernas, abrindo-as e posicionando-se entre elas. Neste momento, a porta se abre em um arrombo e uma terceira voz se fez presente:
- Gwendolyn, sua vampira vadia e venenosa...


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