- Como ela está? – Perguntou Integra.

Sir Integra Fairbrook Wingates Hellsing. Atual comandante da Ordem Real dos Cavaleiros Protestantes, a Organização Hellsing. Ela estava prostrada em frente à maca onde jazia Celas Victoria, subordinada de seu subordinado Alucard.

- Vai ficar bem. Apenas precisa descansar um pouco e beber um pouco de sangue. – Respondeu-lhe um dos médicos.

Os médicos observaram que os monitores estavam começando a se alterar. Havia uma máquina que mostrava vários dados sobre as condições físicas dos vampiros. Os números de Celas cresciam de maneira rápida e assustadora. Alteravam-se em demasiado descontrole. Integra se afastou e se encostou à parede e pôs-se a observar.

- Céus! Segurem-na, já!! – Gritou um dos médicos.

Celas gritava e debatia-se violentamente na maca. Seis médicos tentavam, em vão, segurá-la. Ela os derrubou facilmente e se levantou. Virou a maca no chão e destruiu os equipamentos do quarto. Virou-se para Integra, que a encarava sem mover um único músculo e sem sequer fazer menção de alterar sua expressão facial. Arreganhou os dentes e correu em sua direção ferozmente como um animal selvagem, urrando.

Integra a via correndo em sua direção. Não se movera nem por um instante. Quando Victoria se preparava para o bote, eis que surge entre ambas Alucard, colocando-se entre a fragilidade de um ser humano e as presas mortais de um vampiro. Ele colocara uma de suas pistolas na frente de Victoria, que a mordeu e agora a mastigava vorazmente.

- Policial. – Disse para uma enlouquecida Victoria. – Pare imediatamente. – Continuou. Apenas sua voz já era o bastante para chamar a atenção dela.

Victoria foi se acalmando lentamente, a respiração ainda ofegante. Quando voltou a si, endireitou-se e pôs a mão sobre o peito. Observou, espantada, o cômodo destruído à sua volta e, quando reencontrou os olhares severos de Integra e Alucard, levou a mão direita à testa numa breve continência e se retirou do local sem lhes dirigir palavra.

Integra olhou ao seu redor para os médicos desacordados no chão.

- Alucard, leve-os para outras salas para que descansem. Cheque se não se machucaram.

Com um último olhar e uma expressão de “esse não é o meu trabalho” ele acenou com a cabeça e os levou para fora. Integra cuidaria de Victoria. Não toleraria mais missões não cumpridas. Ela daria um ultimato em Victoria.

- Nenhuma subordinada minha deve se dar ao luxo de demonstrar fraquezas. Entendo os motivos pelos quais ela se feriu, mas é melhor que isso não se repita, pelo seu próprio bem. Por enquanto, é melhor que ela descanse um pouco. Toda aquela raiva não veio do fracasso da missão. – Comentou consigo mesma.

Integra continuou por alguns instantes dentro do quarto revirado. Assim que ela dá as costas para o pequeno cômodo para sair do local, Alucard reaparece a seu lado. Parou sua mão a meio caminho da maçaneta.

- Não sei o que ela viu em você... – Disse Integra. – Estes acontecimentos de agora... Não foram por causa da última missão, foram Alucard? – Ela perguntou sem olhá-lo, enquanto fixava a maçaneta da porta.

Ele não respondeu. Retirou-se do aposento, os olhos de Integra acompanhando-o ao longo do trajeto, até antes de ele entrar na parede e desaparecer.

- Ele não tem jeito... – Pensou.