Changing Lifes escrita por Maty


Capítulo 28
De verdade dessa vez




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    Eu estava sentado no balanço onde eu e Beatrice dividimos nosso primeiro abraço, observava o jeito que ela brincava com Tessie. Ela agora andava se segurássemos em sua mão. Teresa tinha seus cabelos quase na altura do ombro extremamente lisos como o da mãe... Eu nunca me cansava de olhar para ela, gostava de observar cada semelhança sua comigo e pensar que ela era metade eu. Minha filha era o meu mundo agora.

-Mais um mês, Tom... – sussurrei para mim mesmo.

    Ela estava agora com 11 meses, isso significava que faltava apenas um mês para aquele maldito contrato expirar. Ficava me perguntando se Beatrice pensava nele, se ela realmente iria embora apesar de todo o esforço que eu fiz para fazê-la ficar.

-No que está pensando? – perguntou-me caminhando lentamente segurando a mãozinha de Tessie. Ela estava tão agasalhada com aquele casaquinho e bota que mal conseguia se movimentar. Devido ao frio suas bochechas estavam extremamente vermelhas.

-Nada. – sorri, estendendo meus braços e tirando Tessie do chão, colocando-a no meu colo e me balançando de leve. – Já sabe o que vamos fazer no aniversário de um ano dela?

-Não sei ainda... Está um pouco em cima da hora para organizarmos uma grande festa, não acha? – sentou no balançando ao lado. – Talvez uma pequena comemoração só com a família seja o bastante.

-Não era disso que eu estava falando. – sussurrei. – Aquele contrato, o que acontecerá depois que ele expirar?

-Não sei...


   E aqui estava eu, parado como uma estátua no meio da sala de estar. Faltavam 3 dias para o aniversário de 1 ano da Teresa... Eu esperava Beatrice chegar, ela foi á uma consulta médica e ainda não voltara.

-Ué... Você está aqui? – questionou-me. Normalmente a essa hora eu estava no estúdio ocupado com as gravações do novo CD. Ela deu-me um demorado selinho.

-É o que parece... – sorri. – Como foi lá?

-Nada demais, é só uma gripe. – sorriu aliviada. – Onde está sua mãe?

-Ela foi embora... Já que eu estava aqui não tinha necessidade dela ficar tomando conta da Tessie.

-Hum... E falando nisso, cadê a pequena?

-No berço. – respondi-lhe nervoso. Beatrice sorriu e tomou o rumo para o quarto de Teresa. Eu a seguia nervoso.

   Teresa estava em pé em seu berço, apoiada nas grades e sorriu quando nos viu entrando balançando-se para cima e para baixo. Em volta do seu pescoço balançava a corrente que eu havia colocado, contendo a delicada aliança de ouro branco com detalhes de brilhante e um pequeno diamante. Beatrice não demonstrou nenhuma reação, só ficou ali parada no meio do quarto observando a nossa pequena.

-O que é isso?

-Não é óbvio? É um pedido de casamento, Bea. – sussurrei em seu ouvido, abraçando-lhe por trás.

-Mas... Eu já sou sua noiva. – virou-se e me encarou confusa. Eu sorri e tirei a velha aliança de seu dedo.

-Não... Isso daqui não significa porra nenhuma. – disse, jogando a pequena jóia pela janela.

-Tom! – exclamou surpresa olhando para a janela aberta. – Aquilo devia ter custado caro!

-E daí? – segurei seu rosto entre minhas duas mãos trêmulas e a encarei por alguns segundos. – Eu já estava pensando em substituir esse anel já faz algum tempo. Dessa vez por um de verdade. Por que você usa um anel de noivado que não foi comprado pelo seu noivo, eu te trato como minha noiva, mas nunca realmente fiz o pedido.

      Os olhos de Beatrice estavam enormes, e eram tão azuis e vidrados que quase ficavam assustadores. Sentindo-me de certa forma ridículo eu andei até o berço e tirei com cuidado o cordão do pescoço da Teresa, abri-o e segurei a aliança em minhas mãos observando-a por alguns segundos pelo simples fato de estar me sentindo sem graça naquela situação.

-Bê, você... – respirei fundo. - Você quer ser a minha noiva? De verdade dessa vez? – a cena parecia tão absurda na minha cabeça que eu acabei rindo. – Por favor, diga que sim, por que eu não sei o que farei se você levar o contrato a sério e sair dessa casa com a minha filha.

-Sendo sua noiva ou não, você continua sendo o pai da Teresa.  E você é um bom pai, Tom... Eu nunca a privaria de estar com você. – aquela pequena confissão trouxe-me um enorme conforto no peito, suspirei e a abracei.

-E a sua resposta é...?

-Eu aceito. – sorriu beijando-me. Eu coloquei o anel em seu dedo, felizmente encaixou perfeitamente. Ela sorriu e observou sua mão. – Você é cheio de defeitos... Está sempre bebendo, sempre esquece nossos combinados e chega atrasado nos nossos encontros. Você me fez passar por coisas muito ruins quando eu engravidei e eu já nem sei quantas vezes chorei por sua causa... Mas o que eu posso fazer se tudo isso some quando você me beija? E quando me abraça e quando eu vejo você brincando com a Tessie? – ela acariciou meu rosto e beijou meus lábios mais uma vez. – Lá no fundo você é uma boa pessoa, um bom pai e eu tenho certeza que também será um bom noivo pra mim... De verdade dessa vez. – rimos os dois.

-Eu te amo. – beijei a ponta de seu nariz e ela sorriu me abraçando forte.

-Eu também te amo... – sussurrou. – Eu já te disse que acho engraçado quando você é romântico? De certa forma não parece você.

-Eu sei...

-Mas eu gostei. Devia fazer isso mais vezes.

-Talvez, se eu não me sentisse um completo idiota...

-Você realmente não faz o tipo romântico, não é?

-Naah... Sou mais o tipo sexual, sabe? – apertei sua bunda puxando-a em meu encontro. Nos beijamos e fomos obrigados a nos separar devido aos resmungos de Teresa. – Qual o problema? Está com ciúmes? – tirei-a do berço apertando-a em meus braços. Joguei-a para cima arrancando-lhe uma grande e sonora gargalhada.

   Eu fiquei a observando por alguns segundos e então encontrei-me em uma daquelas situações onde você tem a impressão de que a vida é bela novamente. Por mais ridículo que pareça... O simples pensamento de que eu estaria para sempre aqui junto da mulher que eu amava vendo minha filha crescer trazia-me uma sensação extasiante.

-Você nunca vai embora? – perguntei-lhe, Beatrice sorriu.

-É claro que não.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo (último):

" Katharine estava sentada no meu sofá. Ela estava no meu sofá e minha filha estava no seu colo. Ela estava no meu sofá, segurando minha filha no colo enquanto minha esposa estava sentada ao lado dela.

—Você é um bundão, Tom Kaulitz. "