28-03: a Parti de agora Tudo Muda escrita por Tiuni-Chan


Capítulo 3
03: Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Gente, gomem a demora, mas é que eu tava reescrevendo o capítulo, ele tava muito bagunçado. Como já disse antes, muitos fatos ainda estão no "passado" para os novos acontecimentos do mangá!



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III Capítulo: Reencontro

Sakura chegou ao hospital e logo foi encaminhada para a sala onde teria que realizar a cura de alguém, que como disse Tsunade estava em uma situação muito grave. Ela estava insegura e ao mesmo tempo nervosa, achava que seria por causa da responsabilidade que teria de fazer um trabalho que era de sua mestra, mas poderia ser mais que aquilo.

Sakura trocou sua roupa normal para uma branca, uniforme do hospital, que era mais apropriada na ocasião e que também estava invicta de algo do dia-a-dia que pudesse contaminar os pacientes.

Pegou e preparou todos os remédios que poderiam ser utilizados e os colocou em uma bandeja que tinha alguns algodões e outros recursos médicos.

O quarto em que o paciente de Sakura estava era arejado e não tão pequeno, mas era indicado para apenas um paciente.

Sakura pegou a bandeja e foi até o quarto. Antes de entrar sentiu algo estranho apertando seu peito. Agora não era insegurança, poderia ser nervoso, mas estava muito forte e incompreensível. Queria entender aquilo, mas não no momento. Ela precisava primeiro fazer a cura da pessoa que a esperava.

Quando entrou no quarto, o paciente estava deitado de lado, de costas para Sakura, debilitando a visão da konoichi sobre seu rosto.

- Olá. Sou Haruno Sakura. A Tsunande-Sama que iria vim aqui, mas ela está muito ocupada, então pediu para que eu viesse em seu lugar. – Sakura explicou, mesmo sabendo que o paciente não estava a ouvindo. - Sei que você não está me ouvindo, a Tsunande- sama disse que você está em uma situação grave, mas mesmo assim, não custa nada falar, não é?!

No que momento em Sakura falou a pessoa que estava deitada se despertou, movendo-se um pouco. Saindo da posição que estava, deitando-se de ?barriga para cima?, seu corpo inclinou-se um pouco possibilitando uma melhor visão de seu corpo. Entretanto, ainda não se podia ver sua face.

- Bom, parece que você não está tão mal assim. Pelo menos consegue se mexer. Está consciente?

Era um garoto, mais ou menos da idade de Sakura. Tinha cabelos negros que cobria metade da sua face, inclusive a parte dos olhos, impossibilitando melhor visualização de Sakura ao paciente. Sakura não pode deixar de notar que aquela pessoa a sua frente era-lhe familiar, mas não conseguia se lembrar com quem a pessoa parecia.

Sakura aproximou-se bem dele. Iria medir sua temperatura apenas com as mãos, observar seu estado e assim concluiria o que ele tinha para poder curá-lo.

Com uma das mãos segurava à badeja e com a outra iria afastar as mechas negras que caiam sobre a testa e olhos dele. Distraída nem se atentou a deixar a bandeja em algum lugar enquanto afastava as mechas do rosto do rapaz.

Devagar afastava cada pedaço do cabelo. Faltava uma mecha para poder observar o rosto do rapaz. Ela afastou um dos ultimo pedaços, já se podia ver parte de seu rosto.

- Ah!... - Surpreendeu-se Sakura, “perdendo” a voz.

- O que foi testudinha?- Surpreendeu-se também com tal ato de Sakura. - Eu não pareço um fantasma para você ficar desse feito!

-Ah Ino! Que susto. – Suspirou Sakura com um tom de alivio. 

- Olha... Bom... Eu sei que dia é hoje e por isso... Uhm... TOMA!- Ino entregou para Sakura uma coisa embrulhada em pequeno papel muito bonito.

- Nossa Ino, não precisava. – Sakura fala sem jeito e com pequeno sorriso surpreso no rosto, não esperando tal atitude da outra médica-nin a sua frente. 

- Ah testuda, não abre agora, sei que está ocupada.

- É Ino porca estou mesmo...

- Tudo bem então. – Ino abriu um sorriso se despedido, indo em direção a porta. - Ahn... Parabéns.

- Obrigada. E Ino... – Antes que a konoichi loira atravessasse a porta Sakura completou: - Não conta pra ninguém sobre meu aniversário.

- Tudo bem. Vou indo. - Ino saiu do quarto depois de ter atrapalho Sakura no que estava fazendo. Ino nem reparou e nem observou o rapaz que estava na cama.

Não querendo atrasar mais a cura do rapaz que a esperava, Sakura deixou para abrir o presente que Ino lhe dera para mais tarde, quando estivesse mais livre, mais sossegada.

Voltou para seus afazeres, queria medir a tempera do seu paciente e para isso teria que retirar mechas que cobriam sua testa e seus olhos. Começara a retirá-las, antes de Ino a interromper, e notou que quando voltou havia mais mechas que antes.  Estranho, pois ela tinha certeza que não estava assim antes, e o rapaz pouco se importava nem tinha finais que o mesmo estava acordado. Rapidamente, não mais retirando uma por uma, afastou as mechas negras que serviam como franja para traz. Agora era nítido o rosto do rapaz.

Splattt. Um som agudo o suficiente para doer os tímpanos percorreu o ambiente quando diversos potes e demais coisas de vidro e metal chegaram com força ao chão do quarto, derramando remédios, algodões e gases, fazendo um tremendo estrago. A bandeja que Sakura segurava com apenas uma mão caiu no chão.

Sakura não podia acreditar no que estava vendo. Só poderia ser ilusão. Um turbilhão de sentimentos inexplicavais percorria sua mente em um só segundo. Chocada, paralisada ali, sua voz falhou, sua pernas tremiam, seu olhar assustado encarava os que estavam a sua frente, negros como os cabelos e inexpressíveis.  Não conseguia transmitir reação, seu coração batia muito rápido. Ela estava pálida. A única palavra que conseguiu sair de sua garganta foi:

- Sasuke-Kun...

Sim, era real. Ele estava a sua frente com aquele mesmo jeito inexpressivo, aquele mesmo olhar. Descobrira então com quem o paciente era familiar. Mesmo quando não o estava vendo por completo, parecia demais. Familiar não. Era ele mesmo, Uchiha Sasuke.

O rapaz também não se mexia. Continuava como estava, na mesma posição. Ao contrário de Sakura não estava surpreso ou nervoso. Olhava para um ponto fixo, parecendo não ligar muito para a reação de Sakura ao revê-lo.

Naquele momento ela não sabia como agir ou como se comportar. Sua vontade era abraçá-lo outra vez, igual como fez no passado, mas não era adequado. Como explicaria aquele abraço do nada após tantos anos longes um do outro sem nem terem tantas afinidades como antes?!

Incomodada com o silêncio que permanecia desde que percebera quem estava ali, ela queria mostrar para ele que havia mudado, deixado de ser aquela garota que ele dizia que era irritante. Sakura decidiu tentar agir normalmente, como se fosse outra pessoa qualquer que teria que curar. Não iria falar de assuntos como “Sasuke-Kun, volte para Konoha”, não queria tentar mudar o seu caminho no momento, ela tinha que agir com cuidado.

- Ahn... O-oi Sasuke... Eu vou curá-lo. Parece que está consciente, então poderia me ajudar falando o que você tem? - Ao falar, Sasuke mexeu a cabeça e lançou um grande olhar para a garota. Agora estava Ônix x Esmeralda.

Essa ação fez Sakura perder de novo quase todo o controle que tentava manter. 

“Ai Sasuke, como seu olhar é lindo"- Pensava ela diante de ta fraqueza que se encontrava.

Sasuke não parava de fita-la com semblante sério. Sakura sentiu seu rosto arder, sabia que corava facilmente quando estava perto de Sasuke. Tentando disfarçar o vermelho do rosto moveu o rosto indo para mais perto do garoto para examiná-lo, pois o mesmo nada havia dito sobre a dor que estava sentindo e o que havia ocorrido com ele para estar ali.  

Ela passava sua mão sobre a testa do Uchiha e sentia sua temperatura, tocava-lhe o peito para vê se estava tudo normal e analisava os batimentos pelo pulso. Aquele passeio com a mão por algumas partes do corpo dele havia deixado Sakura arrepiada e corada ainda mais.

Depois de toda a análise ela já sabia o que ele tinha e o que iria fazer.

- Já sei o que você tem. Eu fiz um grande estrago aqui com a badeja. Vou pegar algo que quebrou. Já volto. – Falou. Logo após seguiu até a saída do quarto.

Que tinha quebrado as coisas que estavam na bandeja era verdade, mas o que ela disse para ele só tinha sido uma desculpa para sair daquele lugar. Pelo o que analisou o tratamento não necessitava de nenhum remédio, apenas curaria com o Chakra.

Saiu para pensar direito no que estava acontecendo. Tinha que pensar como agiria daqui para frente.

A surpresa de rever Sasuke tinha sido ótima, agora ela tinha muitas chances de convencê-lo a ficar em Konoha, já que ele já estava na própria vila. Tinha que saber o jeito certo de convencê-lo a ficar, não poderia ser de um jeito repentino, apenas com as palavras, pois não iria adiantar, sabia que a mente do Uchiha estava tomada pela vingança e só palavras nessa situação não iria convencê-lo. Precisaria o deixar perceber que estava errado, que vingança não iria adiantar, e isso tinha que ser feito com ele vivendo o que deixou para traz, percebendo assim que os seus maiores laços sempre estiveram na Vila Da Folha. Essa era sua idéia.

Não iria contar para Naruto sobre a presença de Sasuke. Sabia como era o jeito loiro e sabia que o maior desejo de Naruto no momento era trazer Sasuke de volta para a vila, e para isso ele faria qualquer coisa. E essa “qualquer coisa” que Naruto faria, poderia interferir na sua idéia.

Essa sua atitude poderia magoar muito Naruto, pois o tanto que ele lutava para salvar o amigo era uma coisa de admirar. Ela não queria esconder isso, mas era preciso. Os atos de Naruto poderiam ser desastrosos e afastar ainda mais Sasuke. Depois que conseguisse algum resultado da sua idéia, contaria para Naruto, e assim os dois poderiam terminar juntos, a tentativa de trazer Sasuke de volta. Seria difícil, mas tentaria.

A parti daquele momento agiria normalmente diante dele, como tentou fazer logo quando o reviu. Ela não iria tentar fazê-lo mudar de caminho agora, o deixaria perceber isso sozinho, como na sua idéia. Iria ao quarto o curar e pronto. Naquele momento não iria fazer mais nada, apenas isso. Mesmo que seria difícil, porque quando o via tinha vontade de sorrir, falar e fazer muito mais.

Sua mente estava mais organizada depois daquela pausa para refletir no que iria fazer. Poderia entrar logo no quarto, que achava que não ficaria tão sem palavras como antes.

Pegou o remédio para ele não desconfiar que ela havia saído apenas para livrar-se daquele lugar que há tinha deixado tão insegura.

Enquanto voltava, pensava no que Tsunande havia dito:

- “Grave, não é Tsunande-Sama?! Sei... Você só me disse isso para que eu me reencontrasse com ele. Por que achou que eu seria a pessoa adequada? Porque não botou o Naruto? Ah é, o Naruto não é ninja medico.”—

                                                         

                                                                  ***

Voltou para o quarto e deparou-se com Sasuke ainda do mesmo jeito apenas com os olhos fechados, mas não parecia que estava dormindo.

Decidida a seguir em frente, foi logo até onde o Uchiha estava para começar logo com o tratamento. Com tantas emoções e surpresa que teve assim que reencontrou o moreno de olhos ônix, ela esqueceu-se completamente que havia derrubado bem perto da cama a bandeja e havia diversos algodões, vidros quebrados e líqüidos dos remédios que caíram e mais diversas coisas todas espalhadas no chão. Desatenta, pisou no grande estrago dos itens espalhados. Escorregadio não pode evitar a queda, caindo diretamente em cima do “paciente- parceiro”, que até então estava de olhos fechados os abriram imediatamente assustado.

“O que o Sasuke-Kun vai pensar de mim?”- Eram as únicas palavras que gritavam em sua cabeça depois do incidente. Não era para acontecer aquilo, definitivamente não era. O sasuke devia está pensando que ela não mudara nada, que era a mesma inútil, desastrada e idiota de antes. Que impressão boa era essa que ela queria causar? Entretanto uma coisa ela tinha que admitir, ele estava mais cheiroso do que nunca.     

- Desculpa. – Corada e nervosa, ela pediu imediatamente desculpa pelo incidente. Ele nada disse. Tentando disfarçar o nervoso ela prosseguiu.

- O que você tem, é nada mais que dores em algumas partes do corpo, não é verdade?- Um pouco mais recuperada de seu nervoso, começou a dizer suas análises sem o olhar diretamente. - Isso pode ter acontecido por atividades excessivas. Você deve ter treinado muito ou lutado até seu limite.  O que poderia ter conseqüências mais graves se não tivessem o trazido para aqui logo. Vou dá um jeitinho.

Ela colocou as mãos na testa dele e liberou uma enorme quantidade de Chakra. Depois de alguns minutos parou. Tinha acabado. Agora ele não sentia mais nenhuma dor no corpo.

- Terminei. Você não deve está sentindo mais nada. Agora não abuse. Você tem que ficar descansado aqui para que o que eu fiz não tenha sido inútil. Não poderá se esforçar assim até mais que seu limite. - Indiferente tentava mandar ao máximo o controle de suas ações e palavras. - Por favor, não saia daqui, amanhã eu volto para lhe ver e dizer se já estará de alta. – Depois de um breve silêncio Sakura, com um olhar terno, lhe pergunta algo que Sasuke não imaginaria ouvir:

- Conseguiu matar seu irmão e se vingar? Ou todo esse esforço é pra tentar cumprir seu objetivo? — Fala com um tom de voz normal, sem nenhuma ironia ou raiva, mas não obtém resposta, então deixa do quarto. Ela esperava que ele seguisse o que ela pedira.

Após a saída de Sakura, ainda confuso com as ultimas palavras da mesma, Sasuke pensava:

- “Como ela mudou. Nem fez nenhum escândalo, nem tentou me convencer de ficar na vila, hum – Sorriu intrigado-, e ainda se interessou pela minha vingança. Não parecia discordar da vingança, mas sim saber o seu andamento. O que será que ela está tentando aprontar para está tão diferente?”— Sasuke desconfiou das atitudes de Sakura, mas não levou adiante com os pensamentos. Estava cansado e adormeceu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Minna-san! Senti-me obrigada a vir aqui, neste ultimo capítulo publicado e envergonhadamente pedir desculpas. Essa foi a minha primeira fic, começada em 2008. Nossa, já vai fazer 3 anos.

Devido a alguns acontecimentos e inclusive falta de tempo, não pude terminá-la. Eu já tinha mais 2 capítulos prontos, só que os perdi depois que meu HD queimou. Realmente eu não queria abandoná-la, mas como é algo escrito há tanto tempo, após relê-la senti que havia tantas coisas incoerentes em meios aos novos acontecimentos do mangá... Sem falar que a perda dos capítulos seguintes me desestruturou completamente.

Se um dia houver um milagre e eu ainda tiver inspiração para terminá-la, prometo que o farei... Mais uma vez queria desculpar-me a todos até então não tinha desistindo dela. O que posso oferecer-lhes são minhas one-shots postadas. Essas sim estão terminadinhas e eu não os desapontarei no quesito "sem fim".

Kissus. :*