Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 18
Capítulo 16 - Performance




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Capítulo 16 – Performance.

Finalmente o grande dia chegara. Era sábado e a festa no palácio imperial teria início por volta das nove horas da noite. O teatro opera estava a todo vapor. As bailarinas ensaiavam seus passos, Bella cantava, monsieurs Phillip e Charlie acertavam as papeladas acumuladas durante a semana, e James fazia as vistorias gerais.

- Vamos, de novo! – Renée dizia às bailarinas. – Fuetê, Plier... Gira, salta... Muito bem!

Enquanto todos estavam concentrados demais no grande espetáculo de logo mais, James descia as escadas atrás do palco e ia em direção a câmara dos suplícios, um lugar que havia um candelabro e fotos de pessoas que haviam falecido. James observava a foto do violinista Swan, pintada na porcelana. Mas o que ele não sabia, era que atrás do vitral, em que – curiosamente – estava pintado um anjo da música, alguém o observava.

O visconde olhou ao seu redor e viu, mais a frente, um arco e seguindo abaixo dele, havia uma escada, também de pedra. Ele seguiu silenciosamente por aquele túnel, quando se deu por conta, estava na galeria. Mais a frente, havia outra porta, e na tentativa de chegar a um lugar – embora ele mesmo não soubesse onde -, acabou por chegar à sala de música.

- Visconde! – alguém o chamava.

- Sim? – Ele respondeu.

- Você tem visita no saguão principal. Por favor, venha comigo. – a serviçal falou.

Os dois seguiram por corredores, agora mais claros e bem iluminados, que deram imediatamente no saguão. De costas, observando as estátuas em mármore, próximas à escadaria, estava uma dama vestida em verde, cujos cabelos eram ondas de fogo. Victoria sorriu ao ver o Visconde.

- Bonjour, mademoiselle. A que devo sua visita? – James perguntou educadamente. – Não vai poder me acompanhar hoje?

- Oh, não. Apenas estava passando por aqui e pensei em lhe dar um oi. E quem sabe, chamá-lo para tomar um café. – Victoria disse.

James ponderou. Apesar dos pesares, ela seria sua noiva em poucos dias e ele teria que dedicar-lhe atenção.

- Então me acompanhe, vou pegar meu casaco, e você aproveita e conhece um pouco mais do teatro. – James sorriu e lhe deu o braço. – Na próxima semana, vamos estrear um novo espetáculo, virá comigo.

- Fico honrada. – Ela sorriu, exibindo os dentes brancos e as pequenas sardas, comuns em ruivas.

James e Victoria seguiram pela escadaria principal, um salão majestoso, decorado em mármore branco, creme, entalhes em ouro e madeira da mais nobre. O teto era alto, com pinturas ao estilo Michellangelo, de anjos com harpas e instrumentos musicais. Havia um grande lustre, seus caniços eram pintados de dourado e as cúpulas eram de cristal. Assim que passaram pela porta de entrada do auditório, Victoria soltou um suspiro.

No alto daquele lugar, havia um lustre ainda maior que o primeiro, feito da mesma maneira, porém, muitas vezes maior. A cúpula central, onde ficava pendurado o lustre, tinha uma pintura que lembrava um céu azul, com pequenas nuvens brancas. Todo o lugar era em mármore branco e creme. O palco era de madeira e as cadeiras acolchoadas em veludo vermelho.

- É lindo, James. – Ela falou. – Estão ensaiando para hoje?

- Sim. Mas terminei por aqui. Eu precisava apenas vistoriar algumas coisas e garantir que tudo chegasse ao palácio imperial em estado impecável. – Ele falou. – Venha.

- Monsieur Visconde! – O maestro exclamou, assim que terminou a última repassada na sinfonia. – Oh, que bela dama. Quem é?

- Esta é a baronesa Victoria de Barbarac, minha futura noiva. – James apresentou-os. – Victoria, este é o Maestro Lefevre.

- Prazer em conhecê-lo, monsieur.

- O prazer é todo meu, baronesa. – Lefevre falou. – Preciso lhe informar que já está tudo pronto. Acabei de mandar os novos instrumentos ao palácio.

- Monsieur, - Renée falou. – Estamos encerrando as atividades. As meninas precisam de um bom descanso para que estejam bem e formidáveis esta noite.

- Que assim seja. Esta noite será nosso ingresso para o mundo. – James falou com uma certeza contagiante. – Estão dispensados. Avise Charlie e Phillip que já me retirei.

- Até mais ver. – Eles disseram.

No teatro, todos encerraram suas atividades, para descansarem por cinco merecidas horas.

Em seu aposento no teatro, Bella conversava animada com Alice e Rosalie sobre a apresentação que fariam naquela mesma noite. Alice estava encantada com o Lago dos cisnes, com o salão imperial e com toda a pompa que aquela festa teria. Rosalie, por sua vez, estava nervosa; e Bella, estava apenas... Sendo ela mesma, com sua confiança de sempre.

O alvoroço corria solto por todo o teatro, até mesmo os guardas estavam sentindo-se incomodados com a pressão daquele grande evento. Madame Renée e algumas costureiras e artesãs, corriam para todo lado. Não tinham tempo para folga. As dançarinas riam alto, cada qual com seu afazer. Charlie e Phillip fechavam o escritório, quando um pequeno envelope branco, com familiar selo em forma de caveira, caiu aos seus pés.

“Meus queridos, monsieur Charlie e Phillip.

Recebam minhas congratulações pelo grande esforço deste espetáculo.

Estou ansioso para ver como a bela Isabella ficará em seu papel de Aurora.

Nos vemos no palácio.

De seu caro amigo,

F. de Ó.”

- Uma carta do fantasma! – Uma das bailarinas exclamou. - Andem, o que ele diz?

- Está orgulho com nosso esforço. Pelo menos a este exigente ser estamos agradando, não é mesmo? – Charlie ironizou.

- Donos intrometidos, bailarinas enxeridas! – Uma voz grave ecoou no salão, silenciando a todos. – Por que tanto silêncio, bons senhores? Só porque os elogiei acha que vou abandoná-los?!

Bella, Alice e Rosalie, saíram do quarto em que estavam. Bella estava entorpecida, envolta em algum tipo de transe causado pela voz de seu mentor barítono quando lhe afundava pelos tímpanos. Ela sabia quem ele era, embora não soubesse o exato por que, mas ainda sim, sabia quem ele era. Mas o que surpreendeu, não foi ver o fantasma aterrorizando novamente; ela percebera que, mesmo sabendo de quem era o rosto por detrás da máscara, ainda sentia-se atraída por aquela voz, ainda sentia-se envolta naquele mistério todo... Ele até parece outro, ela pensou.

- Venha à mim, Anjo da Música. – Ele cantarolou. Todos ali encararam Bella estupefatos.

- Devíamos enjaulá-la e então descobrir quem é esse monstro! – Bradou um dos guardas.

- Prepotentes e arrogantes, são todos vocês. Jamais saberão qual o rosto que a máscara cobre. – O fantasma exclamou. – Descobrirão a fúria do Fantasma, se encostarem um dedo nela!

- Parem!! – Bella exclamou. – Parem de uma vez por todas!! Ele não é o monstro que pensam, ele me ajuda com ensaios, foi ele quem me ensinou a cantar! O fantasma da Opera é meu mentor, como podem perceber. Se... Se encostarem um dedo nele, se o prejudicarem... tenham absoluta certeza que minha vida vai se esvair junto com a dele!

Bella virou-se abruptamente e trancou-se em seu camarim. Girou a chave duas vezes e a guardou no bolso de seu robe, então, puxou o espelho e passou pela passagem. Os corredores, mais uma vez, estavam frios e úmidos. As velas apagadas e aquele cheiro de baú fechado contaminavam o ar. Ela apressou seus passos até chegar à grande escadaria, onde finalmente, fez todo o percurso correndo.

- Vamos, voltem a seus afazeres! – Exclamou Renée. – Não há nada a ser visto! Não ousem perturbar a paz desse teatro!

Em dois segundos, já estavam todos de volta as suas tarefas. Coisas eram empacotadas e organizadas, e roupas eram dobradas e guardadas. Bailarinas iam para as tinas banhar-se, enquanto as partituras da noite eram guardadas. Neste meio tempo, o pequeno bote que havia no subterrâneo da Opera, chegava ao covil do Fantasma. Ao ver a bailarina descendo rapidamente do pequeno barco, o Fantasma saiu de um dos túneis que se enfiara. Ele esboçava um sorriso nos lábios.

- Por que está rindo? – A expressão de Bella era nula. – Não vê que assim, só o que vai conseguir é que todos comecem a procurá-lo? Acha que não vão descobrir esses túneis? Acha que ficará para sempre atrás dessa máscara, monsieur Fantôme.

- Achas mesmo que só porque me revelei a vossa senhoria, eu deixaria aqueles bastardos pensarem que os abandonei? – Contradisse o Fantasma, numa voz grave. – Perdão, minha doce bailarina, não posso evitar fazer este tipo de coisa. Mas em breve, o Fantasma da Opera terá de sumir, então é bom que comecemos a fazer isto acontecer. – Ele disse suavemente. – Feche seus olhos e renda-se.

O fantasma a puxou, gentilmente, pela mão, aproximando-a de seu peito largo. Suas testas estavam coladas, suas respirações se misturavam num aroma agridoce. Bella arfava, entorpecida com todo aquele charme e sensualidade que exalava do fantasma... ele escorregou sua mão por sobre o corpete, girando-a, colando seu peito largo e definido nas costas da bailarina. Num suspiro, ela deixou sua cabeça pender para trás, caindo sobre o ombro dele, seus olhos se fecharam quando sentiu a carícia gentil.

Levando uma de suas mãos até a bochecha livre da máscara, Bella não se conteve e colou seus lábios ao dele. Por Deus, pensava ela, não consigo me manter longe. A mão coberta pela luva negra acariciava a pela branca e sedosa da bailarina. Um arrepio percorria toda a extensão de sua coluna. Uma das mãos de Bella arrancou a máscara que cobria metade daquele rosto, logo em seguida, beijou o par de bochechas e então sorriu.

- Jamais entenderei como consigo me entregar a você dessa forma, Edward. – Ela disse baixo.

- Minha doce bailarina. Minha Bella. – Ele dizia, roçando seu nariz no vão de seu pescoço. – Infelizmente, precisarei levá-la de volta. Aqueles idiotas sentirão sua falta.

(...)

O salão era adornado em ouro e prata. Havia retratos de vários reis e rainhas e suas famílias, espalhados por todo o salão. Todo o comprimento estava preenchido com duas grandes mesas, nas laterais, onde todos os convidados servir-se-iam de comida. Não havia tantos convidados a comportar naquele salão, não era como se toda Paris tivesse sido convidada. Os dois grandes lustres estavam acessos e a decoração era em tons azulados e branco, misturado a fios de prata.

A equipe do teatro já estava posicionada atrás das cortinas do grande palco que fora posto ali. Uma boa parte da corte da cidade estava ali, pronta para ver a primeira performance de um Tchaikovsky pelo Opera Populaire.

- Vossa excelência, o Imperador Napoleão III! – Disse um homem. Logo em seguida, quando o – pomposo – imperador entrou no ambiente, todos se curvaram.

- É nesta grande noite, por meio de nossas conquistas, que trago o mundialmente famoso Opera Populaire, patrocinado por meu amigo... O Visconde de Chagny. – Dizia o imperador. – Espero que todos possam desfrutar do espetáculo e da boa comida, servida por monsieur Vatel*.

- Excelentíssimo imperador, senhoras e senhores... A pedido do Imperador, Tchaikovsky... A Bela Adormecida. Espero que com este delicado e gracioso espetáculo, vossas senhorias aproveitem a noite. Com vocês... Opera Populaire! – James disse formalmente. Quando terminou saiu do palco, dando lugar às cortinas abertas e a um lindo cenário.

N/A: Como não era possível trazer a todas vocês um balé sobre A Bela Adormecida inteiro, trouxe uma pequena cena, o ápice de toda a história. A cena é quando a Princesa Aurora se machuca na roca posta por Cabarosse (A Fada Má).

Acidente de Aurora – A Bela Adormecida

Todos os convidados sentaram-se em seus lugares quando a luz foi diminuída. O cenário era o salão principal de um teatro, onde algumas fadas apareciam para dar seus presentes para a Princesa Aurora, a filha do rei Florestan e da rainha. Mas de repente, uma fada má, Cabarosse, surge no salão e também dá seu presente à pequena princesa, já que ela não havia sido convidada para a festa, e com isso ficou irritada.

O papel de fada má havia ficado com Tanya, que aceitou de bom grado, uma vez que ela poderia contracenar com Bella e, de alguma forma, mostrar seu talento superior. As outras fadas, ficaram por conta de algumas bailarinas.

Tanya vestia um longo e fluido vestido negro. Seus passos eram delicados, porém continham a força que Cabarosse impunha no lugar. Então, Cabarosse diz a todos que quando a princesa completar seu décimo sexto aniversário, ela vai se ferir em uma agulha e adormecer eternamente. Mas felizmente, uma fada que ainda não havia presenteado a pequena princesa, diz que ela não dormirá para sempre, mas até que um príncipe venha e lhe beije os lábios. Assim, o rei proíbe objetos pontiagudos em seu reino.

No segundo ato, a princesa já havia completado 16 anos e estava em um baile dançando com seus pretendentes. Só que de repente, uma velha aparece e lhe oferece um ramalhete de rosas. A princesa, sem perceber, acaba perfurando seu dedo. E, numa dança agonizante e dramática, Bella, no papel de Aurora, dança para os dois lados, até que finalmente desmaia e adormece profundamente. Nesse instante, a velha transforma-se em Cabarosse, que está exultante em ter cumprido seu juramento. Só que uma pequena fada – Alice, interpretando a fada Lilás – ressurge e relembra a fada Má de seu presente.

Ao final do segundo ato, um grande cenário desce e cobre todo o cenário do palácio, colocando no lugar, uma floresta encantada. Os espectadores sorriam e aplaudiram, incluindo o imperador.

No terceiro e último Ato, o Príncipe Desiree caça pela floresta encantada, quando encontra a fada Lilás e Canarius. Elas lhe mostram a imagem da princesa adormecida e ele apaixona-se a primeira vista. O príncipe, com a ajuda das fadas entra no castelo, derrotando a fada Má e beijando a princesa Aurora, que logo em seguida desperta. Logo que ela desperta, todos despertam e voltam a vida. Na última cena, o príncipe se casa com a princesa e... Vivem felizes para sempre!

- Bravo!

- Magnífico! Maravilhoso! – Diziam alguns.

- Estupendo! – Disse o imperador. – Estupendo! Está de parabéns, Visconde. O Opera Populaire é digno até mesmo de tomar o lugar do balé russo.

(...)

- Amigos Condes! – Disse o Imperador.

- Excelência. – Edward, Jasper e Emmett se curvaram. – Apreciando a noite?

- Maravilhosamente bem, monsieur Jasper. Esta é uma de minhas melhores festas. – Ele dizia. – Oh, e quem são essas belas damas?

Os três viraram-se e encontraram Alice, Rosalie e Bella, sorrindo e fazendo uma pequena reverência.

- Excelência, esta é Isabella Swan, baronesa e uma das principais do balé.

- Vossa excelência. – Bella reverenciou. – Espero que tenha apreciado o espetáculo.

- Oh, certamente. Estão de parabéns. – Ele sorriu.

- Estas são Alice Pavlova Brandon e Rosalie Hale, bailarias. – Jasper apresentou-as.

- Aproveitem a noite, miladys. – O imperador sorriu. – Agora se me derem licença, preciso cumprimentar outros convidados. – Dizendo isso, o imperador afastou-se.

- Realmente ele tem razão. – Emmett falou. – O espetáculo foi, de fato, exímio.

- Isso se deve a habilidade de nossas melhores bailarinas, certo? – Alice brincou.

- Com toda a certeza, fada Lilás. – Jasper beijou-lhe a mão. – Me acompanha numa dança?

- Por que todos não vamos dançar? – Emmett perguntou sorrindo.

Cortejando. Parte II

Think Of Me

Todos se juntaram e a música começou animada, pois naquela noite, após as conquistas de paz com a Inglaterra, o Imperador não queria saber sobre lamúrias. Edward puxou Bella pela mão, disfarçando, enquanto valsavam por todo o salão, até que chegaram próximo a uma porta, por onde saíram para os jardins iluminados.

- Você estava perfeita como Aurora. – Ele elogiou.

- Obrigada. – Ela disse sem jeito.

- Sabe, não fui tão cortês com você desde que descobriu sobre o... – Ele falava. – E mesmo assim, aceitou a mim como sou, mesmo sem saber de tudo.

- Quando estiver preparado para contar, irá me contar. Por que a pressa? – Ela riu baixo, deslizando seu dedo, coberto por uma luva branca, pela lateral do rosto dele.

- Sim, sei disso. Porém, gostaria que... – Edward sibilava, enquanto suas mãos percorriam todo o braço esquerdo de Bella, retirando a luva. – Ficasse com isso.

Edward abriu uma pequena caixa de veludo azul. Nela, estava um pequeno anel de diamantes e ouro branco.

- Edward isso é... – Ela arregalou os olhos.

- Seu pai não está mais entre nós para que eu possa pedir sua mão de forma correta, então peço imediatamente a você. – Ele sussurrou, colocando o anel no dedo. – Não estamos juntos há tanto tempo quanto gostaria, mas sei que isso não importa, Lady Swan, pois quero que você seja minha esposa e companheira. Quero transformá-la em Condessa, Isabella Swan.

Bella estava em choque. Não horrorizada, mas em choque, porque bem sabia que amava Edward, por mais que tenha sido um tanto turbulento quando descobriu uma parte da verdade sobre ele. Ela saiu de seu transe quando Edward levantou-se e beijou-lhe gentilmente.

- Aceito! – Ela exclamou abraçando-o. – Aceito, Edward!

- Bella... – Ele sussurrou.

- Hum?

- Eu te amo.

Eu te amo. Aquelas palavras ecoaram de uma forma tão profunda em sua mente, que de início, pensou ser alucinação. Eu te amo. Ela ouviu novamente, então, abriu um sorriso.

- Pense em mim, pense com carinho. – Bella cantarolou. – Lembre-se de mim, de vez em quando. Prometa que vai tentar.

- Pensarei em você em todo o momento, minha doce bailarina.

Bella deu um passo em direção ao noivo e o abraçou, entregando-se ao abraço morno. Edward, mesmo trajando aquelas roupas espessas, sentiu um choque percorrer seu corpo, como se milhões de fagulhas explodissem ao mesmo tempo. Eles ficaram durante alguns minutos naquela posição, apenas curtindo-se, ouvindo o som calmo da respiração um do outro, o farfalhar das folhas e cricrilar dos grilos.

- Vamos manter isso entre nós por enquanto? – Perguntou Bella, olhando para o anel reluzente em seu dedo.

- Não sei, talvez seja melhor ocultarmos nossa união, pelo menos por algum tempo. – Edward deslizou sua mão pelo dedo anelar dela. – Por hora, use neste dedo. Se perguntarem... Diga que é um presente. Vão achar que estou lhe cortejando. – Ele esboçou um meio sorriso.

Neste instante, James aparecera do outro lado do grande jardim de Napoleão III. Victoria estava ao seu lado, embora ele estivesse ali só de corpo, pois sua cabeça se ocupava em pensar em algo muito mais além da baronesa de Barbarac. A dama ruiva pareceu perceber o silêncio do rapaz e imediatamente estacou. Edward e Bella, escondidos, conseguiam escutar a conversa.

- James? James? – Ela o chamava.

- Perdão. O que dizia?

- Que vossa senhoria parece estar coma cabeça nas nuvens. Por acaso estou fazendo papel de uma boba da corte? – Ela questionou. James sentiu-se atingido.

- Desculpe, não pensei que estivesse se sentindo assim. – Ele disse baixo.

- Eu sei qual o seu problema. – Ela falou. – É aquela maldita bailarina. Sempre que diz o nome dela suspira. Devia esquecê-la, sabe? Acho que ela já está acompanhada... Eu a vi com o Conde Cullen.

- Como é? Não, quer dizer... Estou com problema com um indivíduo no teatro. – James explicou-se.

- Sim, também sei sobre o tal Fantôme. Tanya me contou que todos têm problemas com ele. – Victoria desdenhou.

- Ao menos Isabella Swan parece não ter... – James comentou.

- Talvez seja só um pervertido.

- Um pervertido que diz que uma das minhas melhores bailarinas e cantoras pertence a ele. – James respondeu. – Pode parecer estranho, vindo de mim, mas não posso deixar isso acontecer. – Ele deu um desculpa qualquer sobre sua obsessão com Bella.

Quando Edward já puxava Bella pela mão para saírem dali, Victoria disse algo que chamou muito a atenção do Conde e, certamente, que iria lhe trazer problemas ou, que seria a solução de tudo.

- Talvez ele seja um conhecido de Isabella.

- Talvez. – James concordou.

Já dentro do salão, acompanhando a dança conjunta, Edward juntou-se a seus irmãos, que estavam acompanhados pelas outras duas bailarinas. Alice encarou Bella por um instante.

- Aconteceu alguma coisa. – Ela sibilou.

- É, Victoria parece querer ajudar James em sua busca. – Bella sussurrou, não deixando de estar certa. A Baronesa de Barbarac queria apenas manter Isabella Swan longe de seu futuro noivo.

- E tem mais alguma coisa, ou estou enganado? – Jasper ergueu uma sobrancelha. - Fez aquilo?

- A-qui-lo? – Emmett disse pausadamente.

- Oh Deus! Aquilo? Aqui? Vocês não tem vergonha? – Alice falou.

- Não! Não aquilo. – Bella ruborizou.

- Eu estou pedindo a mão da baronesa Isabella Swan. Para todos os efeitos estou apenas cortejando-a, tudo bem? – Edward sorriu, pegando discretamente na mão de Bella.

- Então daremos um fim no sujeito mais rapidamente, assim vocês ficam livres. – Emmett bateu uma mão à outra.

Embora Bella tivesse certeza de que sua relação com Edward seria bem vista pela sociedade, o antigo dilema estava de volta. James iria simplesmente aceitar e esquecer o fantasma? Ou ele seria esperto o suficiente e ligar a imagem de Edward ao mascarado? Mas enquanto ela estava perdida entre seus próprios pensamentos, Edward já formulava um plano, ao passo que James também. O único problema, era que o plano de Edward não iria dar tão certo como ele pensava, pois James já tinha pensado nas mesmas possibilidades.

Já sei como vou te pegar, monsieur Fantôme. Fique esperto. James pensou.


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Notas finais do capítulo

Oiiii pessoas :D

Gostaram do capítulo de hoje?
Para variar, desculpem a demora, mas ando meio ocupada.

Anyway... Queria pedir, que, para quem gosta de filmes e livros, passasse no meu blog > www.imaginary90.blogspot.com < e comentasse por lá... Atualmente postei a minha crítica de um livro que acabei de ler hpa uns dias atrás ^_^ tenho ctz que vão gostar..

Enfim.. comentem bastante, porque senão faço o James se vingar hein!!!
muahuahua

Beijinhos