Prólogo by Gah Aluada

Prólogo

Um dia tipicamente frio na cidade de Forks. O vendo soprava em direção leste com toda a sua força. Sorte do rapaz ruivo de olhos verdes que conseguira chegar em seu destino a salvo. Ele se encolhia em quanto batia com força na porta para que os empregados de seus pais o viessem ajudá-lo.

-Senhor Cullen! – finalmente a criada atendeu a porta fazendo o jovem entrar.

-Obrigada Madallene – Edward Cullen, o filho mais novo do Dr. Cullen falou – Onde está meu pai?

-Já está para chegar senhor – ela retirou o casaco pesado do amo e o levou, em seguida ela voltou com um sorriso, secando suas mãos no avental – Há quanto tempo senhor.

-Estava muito ocupado Madallene – ele respondeu com frieza – Sabe se meus irmãos virão?

-Com certeza senhor – ela sorria – Nenhum deles perde a ação de graças. E o senhor Emmett e sua esposa disseram que tem novidades.

-Espero que não seja algo que aquela esposa maníaca dele aprontou – Edward pressionou os dedos nas têmporas mostrando claramente seu sentimento irritadiço –Gostaria de um aposento para me deitar um pouco Madallene, até meu pai não chegar.

-Claro senhor – ela começou a subir as escadas e Edward a acompanhou – Poderá ficar no seu antigo quarto. Está em completa ordem – ela parou no corredor imaginando que ele saberia onde é.

-Obrigado – ele disse passando por ela e seguindo para seu quarto.

O tempo para Edward descansar foi pouco, em questão de minutos ele ouviu a voz de seu irmão mais velho e sua esposa Rosalie Hale, que Edward detestava com toda sua alma. Ela era filha de indivíduos ricos e poderosos e Edward sabia muito bem que eles não eram de boa índole, com a filha não seria diferente.

-Edward! – ele ouviu a voz do irmão chamando e seguindo pelo corredor – Edward! – ele abriu a porta e Edward abriu os olhos que até então estavam cerrados – Edward meu irmão! – Emmett falava alto e abria os braços.

-Olá Emmett – Edward levantou ainda sonolento o que noção o fez perceber quando Emmett o abraçou fortemente.

-Como vai o meu irmão mais novo? – ele perguntou bagunçando o cabelo de Edward. Emmett era grande e adulto apenas no tamanho, pois era o mais infantil mesmo sendo o mais velho dos três irmãos.

-Vou bem Emmett – Edward sorriu ao ver as expressões alegre do irmão – E você meu irmão?

-Estou perfeitamente bem – ele sorriu mostrando seus dentes brilhantes e Edward apenas lançou um sorriso franco – Vamos descer, o nosso pai já está lá.

-Vou apenas lavar o meu rosto – Edward disse seguindo para a bacia cheia d’água, onde lavou e secou seu rosto.

-Agora pare de coisas afeminadas e venha – Emmett o puxou para que fossem para o andar de baixo.

Lá estavam já todos na sala de jantar: Jasper Cullen o filho do meio, Rosalie Hale esposa de Emmett e o patriarca da família Cullen, Carlisle Cullen.

-Boa noite – Edward falou baixo.

-Meu filho! – Carlisle veio até ele e o abraçou com força – Há quanto tempo. Esqueceu do seu velho pai?

-Não pai – ele disse constrangido – Apenas os estudos que tem me tirado muito tempo.

-Entendo – ele disse – Mas deixe de coisas e sente-se – Edward se sentou e Carlisle voltou para o seu lugar – Acabei de chegar e Madallene só me avisou agora que já havia chegado.

-Ela já esta ficando velha – Emmett falou e todos riram, menos Edward que ultimamente não tinha muitos motivos para sorrir.

 -E então meu filho conte-nos sobre a universidade, ainda ensinam como no meu tempo? – Carlisle perguntou e todos se viraram para ele.

-Acho, meu pai, que está na mesma coisa – Edward respondeu sem muito entusiasmo – Mas é muito interessante, gosto do que aprendo.

-Que bom meu filho, que bom – Carlisle falou com um sorriso para o filho.

Depois que o jantar terminou, Edward estava mais feliz e parecia se alegrar ao conversar com seu irmão, Jasper, o irmão mais próximo dele, ao contrario de Emmett, Jasper era mais serio e com certeza o mais sensato dos irmãos. Já Edward era uma mistura dos dois irmãos, era mais alegre que Jasper, mas era mais responsável que Emmett.

No final Emmett anunciou que sua esposa estava grávida. Todos os Cullen ficaram animados com a notícia, afinal era muito esperado que obtivessem mais um membro na família. Apesar de ser uma noticia feliz e entusiasmada, um dos pontos negativos era o fato que os irmãos Edward e Jasper precisavam de uma esposa, e se eles não escolhessem logo, seu pai seria obrigado a tomar a decisão de interferir por eles, coisa que Carlisle não queria.

A conversa se prolongou mais um pouco, com todos dando os parabéns para a mãe e o pai do pequeno que crescia dentro de Rosalie Cullen. Um pouco depois os dois foram embora deixando apenas os irmãos solteiros e seu pai que seguiram para a sala de visitas para uma conversa mais a vontade.

-Que maravilha – Carlisle estava radiante – Meu primeiro neto.

-É realmente uma ótima notícia – Jasper falou também expressando suas emoções com um sorriso.

-Espero que vocês não se atrasem para trazer uma boa moça para a nossa família – ele falou serio – Uma coisa é não achar a pessoa certa, outra é enrolarem para não ter compromissos.

-Sabe que não é bem assim, pai – Edward falou se levantando e mirando a lareira que ardia em fogo – O tempo é escasso, assim que eu terminar a...

-Já ouvi essa conversa antes Edward – Carlisle parecia realmente irritado – Você disse que assim que entrasse na universidade no mínimo encontraria uma namorada ou noiva, e até agora nada.

-Tente entender meu pai... – Jasper interveio mais Carlisle o interrompeu.

-Você também não fica por menos – ele também levantou e apontou para Jasper e ficou de frente para Edward – Você já terminou os estudos e até agora nada. – Jasper abriu a boca, mas Carlisle não o deixou terminar – Já chega de desculpas para mim! – ele falou irritado – Ou vocês arrumam uma noiva em um mês ou eu arrumarei e os farei casar.

-Não estamos mais na idade das cavernas e muito menos somos crianças para sermos obrigados a casar – Jasper respondeu ficando de pé e encarando o pai.

-Você me respeite, é adulto, mas eu ainda sou o seu pai – Carlisle disse empurrando o filho de volta ao sofá – E enquanto estiver na minha casa, escutará minhas leis.

-Meu pai – Edward colocou a mão no ombro de Carlisle tentando o acalmar – Ouviremos o senhor, só queremos mais uma chance para encontrar alguém que realmente gostamos.

-Ok – ele disse derrotado – Mas dois meses e nem um dia a mais, entendido?

-Sim meu pai – Edward olhou para Jasper que queria retrucar, mas quando viu o olhar do irmão, como se informasse a ele para conversarem mais tarde, ele se calou.

Mais tarde daquele mesmo dia Edward passando na frente do quarto do irmão ouviu alguns murmúrios e coisas sendo batidas. Quando abriu a porta devagar viu Jasper colocando suas roupas que já estavam no guarda roupa de volta a mala.

-O que está fazendo? – Edward perguntou.

-Eu estou cansando de ser tratado como criança! – Jasper falou emburrado jogando uma peça no malão com raiva.

-Então pare de se comportar feito uma – Edward riu, mas Jasper não. Como sempre o irmão mais novo se comportava como o mais velho.

-Edward você não está vendo a gravidade da situação, não?

-Estou vendo muito bem – Edward falou entregando a peça que Jasper havia jogado na mala – Acha que quero me casar com qualquer uma? Alguém que não amo?

-Ah! – Jasper exclamou e logo sem mais nem menos começou a gargalhar – Você acha que o meu problema é que eu quero uma garota que eu “ame”? – Jasper falava zombeteiro e Edward ficou sem entender.

-Achava isso até você falar de modo sarcástico – Edward falou sinceramente.

-Meus problemas são um pouco maiores do que “amor” Edward – ele disse jogando a peça de roupa novamente na mala – Primeiro porque eu não acredito em tal patacoada, amor é coisa de pessoas ingênuas, sei que acredita nisso, mas caia na real meu irmão, isso não existe – Edward não falou nada apesar de se sentir ofendido com o comentário – Segundo, estou até o pescoço de problemas, uma mulher resmungando no meu ouvido não é algo que eu queira no momento.

-Puxa que ruim. – Edward falou irônico – E eu me preocupando com você. Realmente Jasper, você não muda – Edward falou dando as costas pro irmão e seguindo em direção a porta.

-Acha que estou de brincadeiras?- Jasper falou segurando o irmão pelo braço.

-Não me interessa Jasper – Edward falou puxando o braço, ele dificilmente ficava irritado, mas Jasper havia conseguido – Afinal, nunca interessou!

-Edward sabe que não é verdade – Jasper parecia arrependido – Desculpe, é que...

-Eu já sei o que! – Edward falou rispidamente – Acha que eu não sei o quanto você se afunda em jogos e apostas?

-Co-como sabe? – Jasper perguntou e ficou tremulo.

-Todos sabem – Edward disse franzindo o cenho – Todos menos o nosso pai, e sinceramente espero que ele nem saiba, se não terá um enfarte.

-Edward você não pode contar para ele que... – Jasper estava desesperado.

-Por enquanto não tenho razões para dizer nada, mas se continuar se afundando assim eu irei contar – Edward ameaçou – Sabe como o vovô se acabou em jogos, mas mesmo assim você aposta e perde tudo o que tem. O que tem na cabeça?

 -Edward você não entende – Jasper parecia amedrontado e ao mesmo tempo irritado com Edward – Mas olha com quem estou falando, não é? O senhor perfeição. Sinto muito por não ser o preferido e perfeito – Jasper falou ironicamente.

-Lá vem você novamente – Edward jogou os braços pro alto – Quer saber? Acho que vou fazer o mesmo que você. Fazer minhas malas e ir embora daqui. Esse lugar é um pesadelo – Edward quase gritou de tão alto o tom de voz.

-Claro – Jasper disse ironicamente – O senhor “perfeição” não convive com reles mortais!

-Jasper cale-se! – Edward disse irritado na frente do irmão.

-Qual é o problema “Perfeito”, não consegue se comunicar com um irmão imperfeito, como eu? – Jasper ainda zombava.

-Qual é o seu problema? – Edward gritou.

-Eu é que pergunto! – Jasper também gritou.

-Eu estou cheio de ter que encarar essa família! – Edward disse se virando para sair novamente.

-Então por que não arranja outra? Assim não precisará mais lidar com um irmão viciado em jogos e apostas, uma cunhada louca, irritante e narcisista, um pai velho e falante e uma mãe que se revira do tumulo cada vez que cada um de seus filhos faz uma escolha ruim, igual a sua de nos rejeitar como se fossemos lixo! – Jasper jogou na cara de Edward por fim.

-Eu não os considero lixo – Edward falou baixo – Só penso no que ela pensaria de nós agora – Edward se virou para Jasper que estava ofegante por causa dos gritos.

-Eu já teria trazido mais desgosto do que todos juntos – Jasper falou abaixando a cabeça – Faça um favor Edward – ele olhou para Edward como se suplicasse – Faça um favor para ela e realmente nos deixe! Nossa família só decaiu desde que ela se foi – Jasper se aproximou de Edward e o pegou pelos ombros – Você é forte e muito bom. Não se corrompa como nós, por favor! Por ela!

-Jasper não diga isso – Edward pediu com os olhos marejados – Nem tudo está perdido.

-Não quero uma esposa para que ela não sofra – Jasper falou sinceramente também com lagrimas nos olhos – Imagine a mulher de um falido e viciado em jogos? O que darei a pobre coitada a não ser uma vida de desgosto?

-Você pode concertar as coisas Jasper – Edward falou apoiando o irmão – Quanto deve?

-Não devo mais nada, por enquanto – Jasper falou aliviado – Mas já perdi demais, e não sei quando vou decair novamente.

-Por que não vem morar comigo um tempo, para se distrair dessas coisas? – Edward perguntou com um sorriso

-Não seria uma má idéia – Jasper falou balançando a cabeça.

-Amanhã então podemos ir – Edward disse animado.

-Não – Jasper falou parecendo se lembrar de algo – Amanhã terá uma festividade no centro da cidade e eu prometi ao papai que ficaria.

-Festividade? – Edward perguntou franzindo o cenho – Desde quando?

-Há mais ou menos quatro anos – Jasper disse sentando-se na cama – Lembra-se daquelas duas garotas que se perderam no bosque, há nove anos?

-Me lembro remotamente – Edward disse pensativo – Elas entraram lá para colher frutas, não?

-Sim – Jasper também parecia pensativo se lembrando – Duas amigas entraram no bosque para pegar frutinhas silvestres, mas sumiram. Dizem que as duas morreram e fora esquartejadas por uma bruxa – Jasper gargalhou e Edward apenas sorriu – Desde então ninguém mais se atreve a se quer passar perto do bosque.

-Esse povo acredita em qualquer asneira – Edward sorriu – Por certo as garotas se perderam e acabaram morrendo por razões naturais. Mas o que isso tem haver com a festividade?

-Essa é a melhor parte – Jasper disse rindo – Uma menina que perdeu sua fita de cabelo disse que correu par buscar enquanto ela voava, e chegou próxima a entrada do bosque, que esta completamente deserta e cheia de plantas rasteiras, e disse para todos que viu duas moças olhando para ela como se tivesse hipnotizada, uma tinha olho azul desfocado e a outra castanhos penetrantes – Edward começou a gargalhar e Jasper o seguiu – A garota disse que elas não a fizeram mal, mas que pelo olhar delas ela sentiu frio e ao mesmo tempo um calor insuportável – Edward apesar de achar graça prestava atenção atentamente - Desde então as pessoas velam pela memória de ambas, pois dizem que se não o fizerem as duas moças irão hipnotizá-los com seus olhos que causam pavor.

-Interessante – Edward falou ainda com um sorriso debochador.

-Pra mim é só um motivo para esse povo não trabalhar e farrear por ai – Jasper disse honestamente.

-Com certeza – Edward disse pensativo.

-Como antes – Jasper falou com um sorriso perdido.

-Como antes o que? – Edward perguntou confuso.

-Nossas brigas – os dois riram – Brigávamos feio e depois fazíamos as pazes em questão de minutos.

-Acho que sempre será assim – Edward disse rindo e sentando ao lado do irmão – Quer saber de uma coisa?

-Diga irmão – Jasper falou apertando o ombro de Edward.

-Vou ficar com você aqui pra essa festividade – Edward disse alegre – E que saber de mais?

-Diga então!

-Eu vou entrar naquele bosque – Edward falou debochado – Virá comigo?

-Para provar pra esses tolos a mentira em que caíram? – Jasper franziu o cenho – Com certeza! – ele disse também alegre.

-Bom... – Edward deu um pulo e se levantou da cama – Então minhas homenagens as duas garotas que vão parar de servir de motivo para esse povo farrear.

-Só quero ver a cara do Emmett quando contarmos isso – Jasper riu e Edward também.

-Aquele bobo acredita em tudo – Edward ainda ria – Bom... Mas amanha acabaríamos com essa patacoada.

-Assim seja – Jasper disse levantando sua mão como se brindasse.

-Boa noite meu irmão – Edward acenou e se retirou do quarto.