(Ponto de vista de Freddie Benson)

Segunda-feira, que dia odioso! Estudar, estudar, estudar, tomar bronca de professora estudar mais. Bem-vindo a feliz rotina de Freddie Benson. E com muito prazer vos digo que o babaca do Benson sou eu.

Dei uma olhada na minha agenda, cuidadosamente elaborada para o dia de hoje, e pensei que, talvez, entre a aula de biologia e a de matemática, eu tenha um tempo para pensar... E eu precisava muito disso. Parar para pensar, organizar meus pensamentos, e analisar o que aconteceu com minha vida. D um tempo pra cá foram tantas mudanças que eu não consegui acompanhar. Eu tenho muitos “novos” na minha vida. Novo corpo, novos amigos, novos pensamentos, novo amor... Falando em novo amor lá vem ela com o namorado à tira-colo, eca!

– Fredalupe, oi! – Sam cantarolou. Era muito estranho vê-la tão alegrinha pela manhã. Mas eu tenho de acostumar, já que ultimamente ela vive saltitando e espalhando alegria por aí.

– Oi, Sam. – a respondi sorrindo à ela. – E, oi, namorado da Sam. – olhei para ele com uma sutil carranca, o suficiente para ele entender que não é muito querido.

– Freddie, eu não contei, mas acho que eu já te disse mais de trinta vezes que o nome dele é Lucas... – ela me corrigiu sorrindo para sujeito que estava ao seu lado.

– Oi, Lucas. – eu o cumprimentei o olhando fixamente.

– E aí, Freddie. – ele me respondeu. Eu o olhei e notei os braços dele em volta da cintura dela. A minha pergunta é por que ele tem de ficar pendurado na cintura dela o tempo todo? Estão colados? Irmãos siameses?

– Tenho mais o que fazer, nerd. – ela disse novamente cantando. – Vamos, amor? –ela perguntou e só deus sabe o quanto eu queria que ela estivesse perguntando a mim.

– Vamos. – ele respondeu. E eu ainda tive que presenciar o beijo dos dois. Eu me voltei para o meu armário e fingi estar pegando algo para não ficar observando os dois se engolindo. Nem percebi quando os dois começaram a se afastar.

– Diz a Carly que eu vou a casa dela mais tarde – Ela gritou por cima do ombro.

– Tá bom, tchau. – eu murmurei para mim mesmo. Enquanto olhava os dois se afastando. Notei quando ele sussurrou algo no ouvido de Sam que tombou o pescoço para trás rindo. – Idiota – eu xinguei, mas nem ao menos sabia se havia xingado a ele ou a mim mesmo.

– Bom dia, Freddie. – Carly me cumprimentou abrindo o armário.

– Ah, oi Carly... – eu respondi olhando para o meu tênis.

– Nossa, você tá estranho. O que houve? – ela perguntou desarrumando o meu cabelo.

– Por que os assuntos do coração são tão difíceis para mim? – eu indaguei.

– Ah, Freddie. Pensei que você já tinha entendido que essa história de nós ...

– E eu entendi. Eu entendi. – bati a porta do armário e sai. Deixando uma Carly provavelmente boquiaberta.