Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte


Capítulo 3
Capítulo 3 - Dia de Viagem


Notas iniciais do capítulo

bom, gente, foi mal mesmo. É que a formatação do capítulo tava ruim e bla, bla, bla...
Foi mal mesmo!
Beijos, beijos!



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   Uma semana se passou e o dia da viagem chegou. Não consigo mais falar direito, dormir bem... Parece que toda a minha paz vai embora com ele.

   Estavam todos reunidos no gramado dos Malory’s. Eles não gostavam muito da idéia de ficarem separados do filho mais novo. Ainda mais em um lugar desconhecido.

- Hey, você ouviu uma palavra do que eu disse? – perguntou mamãe irritada.

- Não.

- O que foi?

- Não quero perder ele.

- É para seu crescimento profissional e humano também. Relaxa, ele vai te ligar! – disse convincente novamente.

   Olhei para Luke que abraçava seus pais carinhosamente e depois olhei para dentro da casa. O quarto de Luke era de frente para a rua, então era mais fácil localizar o que ele havia deixado. Nada. Só a cama. Péssimo sinal.

   Quando os olhos de Luke passaram por mim, sorri. Não podia o deixar acreditar que o melhor era deixar tudo para trás e ficar comigo. Apesar de ser uma boa opção, seria forte. Por mim, por ele, por nós!

   Um par de braços fortes me abraçou. O cheiro de menta, natureza e canela invadiu meu nariz e me deu vontade de chorar.

   Legal, ser tachada de excluída é a única coisa que não quero ser. Pensei estar esquecendo-me de algo muito importante.

- Não vou te deixar. Eu prometo que volto. Não chora! – suplicou ele. Só depois que fui perceber que os soluços eram meus.

- Desculpa. – disse eu levantando os olhos em sua direção.

   Sorri quando vi que seus óculos estavam na ponta do nariz. Arrumei-o com a ponta do dedo e beijei seu rosto.

- Não se esqueça de mim. – sussurrou me apertando mais ainda.

   Enfiei a cabeça em seu peito e inspirei fortemente para guardar na memória o cheiro.

(...)

   A cabeça girou com todas aquelas informações.

- Como você consegue decorar todas essas minúsculas palavras? – perguntei.

- Como você decora a tabela periódica.

- Eu não decoro. – uma luz se ascendeu em minha cabeça. – Você não decora. Você enrola! – acusei Luke.

   Estávamos ensaiando para o filme de Luke. Era uma pequena produção, mas já era o começo.

   Perguntei-me se Luke também faria as poses para ir ao banheiro e comecei a gargalhar.

- Porque você está dando risada? – ele quis saber.

- Estou aqui imaginando se você ficará tão preocupado com as câmeras dos paparazzi no banheiro! – gargalhei mais ainda.

   Luke ficou uns segundos sem entender o que queria dizer, mas entrou na brincadeira e fez uma pose bem torta. Comecei a chorar de rir. Até que a barriga começou a doer.

- Tá legal! Chega vamos se concentrar nas suas falas. – eu disse limpando as lágrimas que teimavam em cair.

   Ficamos revisando aquele roteiro até as onze e meia da noite. Quando o telefone dele começou a tocar, desejei voltar o dia inteiro e poder fazer as coisas de antes. Tomar sorvete de chocolate, assistir a um filme de ficção científica, falar bobagens, reclamar por eles não se enturmarem, verem o pôr-do-sol, cantar na borda da piscina...

   Quando Luke foi embora, a sensação incomoda de abandono me invadiu. Lembrei-me do caderno e corri para o quarto. Dane-se que seja particular, ele é meu melhor amigo!

   Parei com a mão na gaveta. É errado, é errado, É ERRADO, CARAMBA! Gritava meu anjinho. Que mal faz olhar nas coisas dele? Ele nunca vai ficar sabendo disso mesmo. Dizia minha insanidade.

   Puxei a gaveta que quase se deslocou do criado-mudo, e tirei de lá o pequeno caderno preto. Ele estava cheio de folhas soltas dentro. Estranho. Muito estranho!

   Abri o caderninho de uma vez e sorri. Dentro estava cheia de fotos nossas. Dos meus aniversários, as cartas que mandamos, o vestígio da primeira briga, e uns desenhos feitos por Luke. Meu rosto na maioria das vezes, o pôr-do-sol e alguns esboços das minhas flores preferidas.

- Que saudades! – disse apertando a boca.

   Virei mais algumas páginas e encontrei piadas feitas por nós, um ticket de estacionamento de um parque de diversão...

   Estaquei ao ver uma foto tirada recentemente. Luke estava com a cabeça abaixada e eu pulava tentando alcançar a cabeça dele com os dedos fazendo dois chifrinhos. Passei algumas páginas em branco e parei em uma que tinha outra foto. Velha. Amarelada.

   Eu com três anos, com aquele horrível vestido verde-limão, os sapatos de boneca, o cabelo de lado, a boneca sem cabeça e a meia calça suja e Luke, com três anos também. Aquela horrível camisa branca que de suja estava marrom, a calça social, o sapato caro, o cabelo tigelinha loiro aguado, o arranhão no rosto e o braço cruzado, deram a impressão é que este não estava feliz.

   Guardei o caderninho abarrotado dentro da gaveta, tomei um banho rápido, escovei os dentes, me troquei, e deitei na cama esperando o sono vir. Coisa que não aconteceu tão rápido. Ou, melhor não aconteceu.

   Pouco depois das duas da manhã, bufei derrotada, chutei a coberta longe, e desci as escadas arrastada. Fui até a cozinha e abri a porta da geladeira. O que comer quando não se está com fome?  Vaguei os olhos pelas prateleiras e optei por um copo de água.

   Olhei para a TV preta lançando sua luz. Ela estava me chamando. Dizendo: ‘Venha, me assista. Eu sei que você precisa disso!’

   Deixei o copo repousar na mesinha de centro e peguei o controle a ligando. Passei os canais inutilmente até que um chamou minha atenção.

“Os atores que farão os papéis do filme ‘All I Have’, foram confirmados na tarde de hoje, dia vinte de Novembro, em entres eles estão...”

   A mulher começou a falar nomes que nem sequer sabia que existiam. Peguei o copo e já tinha tomado um pequeno gole, mas ainda não tinha engolido quando a vaca loira diz o nome. O NOME! Cuspi tudo na televisão e fiquei lá parada feito uma idiota.


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Notas finais do capítulo

acho que melhorou! Um beijo e deixem reviews!



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