Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte


Capítulo 14
Capítulo 14 - Encontros


Notas iniciais do capítulo

continuaa.....



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   Cheguei em casa pouco depois das cinco horas. Fiquei muito pouco em Los Angeles. Abri a porta e sorri ao ver mamãe sentada no sofá vendo um seriado chamado “Friends”.

- Oi mãe. – disse sentando ao seu lado.

- Oi filha. Chegou cedo hoje! Ah, é hoje é domingo. – lembrou-se.

   Estávamos assistindo tranqüilas quando o telefone de casa toca. E se fosse Luke? Ou talvez Victor?

- Mãe, atende pra mim? – perguntei com carinha de cachorro que caiu da mudança.

- Ãhn? Por quê?

- Coisas de família.

- Rach.

- Porque eu briguei com o Luke. – disse.

- Por quê.

- Porque ele agora tá com uma namorada que é o cão chupando manga! – respondi sem paciência.

   Mamãe nem perguntou mais e foi logo atender o bendito telefone.

- Alô? – ela disse e olhou para mim. Como se a pessoa do outro lado tivesse dito “a Rachel está?” Balancei a cabeça negativamente. – Não. Sinto muito ela não está aqui, querido. Sim, eu aviso quando ela chegar. Tchau!

- O que? – perguntei.

- Ele pediu para você ligar para ele.

- Vai esperar sentado. Não vou ligar mesmo! – disse cruzando os braços no peito e deitando a cabeça no sofá.

   Nem percebi que tinha dormido até que uma batida na porta me acordou. Abri os olhos minimamente e esperei focalizar em algo até levantar.

   Olhei no relógio e resolvi não abrir a porta. Poxa, abrir a porta para alguém nas primeiras horas da manhã, é o cúmulo da idiotice! Bom, na verdade já eram oito horas, mas vai se é um ladrão, assassino, sei lá...

   Saí do sofá na ponta dos pés e subi as escadas. Troquei de roupa, desta vez com uma blusa rosa salmão opaco da Old Navy, uma calça rasgada (sim, tenho fetiche por calças rasgadas!), o all star preto e um óculos escuros.

   Corri escada abaixo pegando as chaves de Cheer e tropecei em um jornal. Ah, o susto que eu levei foi só por causa do jornal? Que droga! Entrei no carro e acelerei. Senti-me meio tonta e quando cheguei ao colégio e levantei, minha visão ficou totalmente preta.

  O sinal tocou e sai correndo em direção ao meu armário para pegar os livros. Quando abri a porta, um pequeno bilhete caiu aos meus pés.

“Não me julgue, mas adorei sair com você e se não se
importa, quero fazer isso hoje à tarde. Que tal

“T.K”

   Sorri mordendo o lábio inferior. Seria legal. Se eu sobrevivesse até a última aula.

   Quase morri nas aulas de física e biologia e passei mal na de química. O sinal bateu anunciando que as primeiras aulas da manhã tinham acabado. Finalmente a hora de comer.

  Andei suave pelo corredor abarrotado de alunos. O ar estava pesado e com cheiro de desodorante masculino... Abri a porta do refeitório e minha cabeça girou muito. Apoiei-me na parede. O estômago reclamava e eu estava ficando enjoada.

   Peguei um muffin de morango, uma coca-cola e uma pêra. Comi tudo muito rápido, o que me fez ficar pior do que já estava. Para completar, a próxima aula era a grande droga chamada Educação Física!

   Tranquei-me no vestiário feminino e passei um pouco de água no rosto para dar a impressão de ‘estou-doente’ e saí com a mão na barriga e tentei parecer mal.

   Encontrei com a professora no meio do caminho. Passei por ela e toquei seu ombro chamando sua atenção. Ela desviou os olhos da prancheta que levava nas mãos e me olhou com cara de poucos amigos. Jenner Krusch olhou para mim com os olhos arregalados.

- Você está bem? – perguntou ela.

   Fiz cara de enjôo.

- Não. Na verdade eu queria saber se... – fiz uma pausa colocando a mão na boca dramaticamente. A professora me segurou na distância de um braço por preocupação.

- Vai. Pode ir! – ordenou se afastando.

   Não sorri, só sai dali correndo. Encontrei com Trevor saindo do vestiário masculino.

- Oi. E ai? O encontro está de pé? – perguntou. Levantei uma sobrancelha. – Dessa vez eu prometo que escolho direito. Vai, por favor! – implorou.

   Ri.

- Tudo bem. Pode ser. Um encontro não vai me matar. – respondi saindo do ginásio e dando espaço para os jogadores suados e seminus que passavam por mim.

   Situação embaraçosa! Sussurrei a mim mesma.

   Minutos mais tarde, o sinal tocou quase cantando em meus ouvidos: “Aleluia!”. Estava escorada na parede do refeitório. O corredor que antes tinha a minha presença e dos espíritos perturbados, leia-se o Zelador e a Diretora, agora estava abarrotado de adolescentes correndo em direções diferentes.

   Levantei do chão e guardei os livros no armário. Senti alguém enlaçar minha cintura e me jogar sobre os ombros e fechar meu armário com o pé. Comecei a rir descontrolada. Chegamos ao meu carro até que Trevor me colocou no chão e estendeu a mão. Fiz-me de burra. Não vou o deixar dirigir a Cheer. Nem morto! Bom, muito menos morto!

- O que? – perguntei.

- A chave. – pediu.

- Que chave?

- A do carro.

- Só se você acertar o nome do meu carro. – desafiei. Ele não ia acertar. Não mesmo!

   Trevor colocou o dedo indicador na boca e fuçou dentro da memória tentando lembrar-se do nome do carro. Quis gritar na sua cara a resposta, mas me segurei.

- Gue.. Jer... Cheer! – disse convencido.

- É. Mas você arranhou no começo e isso não valeu! – respondi emburrada.

   Trevor abriu e fechou a mão algumas vezes. Uma mensagem clara de: Me dá a chave! Fiz a cara mais sonsa que já fiz na vida e cruzei os braços no peito. Ele olhou para frente da minha calça e sorriu cínico.

- Não vamos a lugar nenhum se você não liberar a chave, Rach.

   Tirei a chave e estendi para ele dando a volta no carro e entrando na porta que já estava aberta a minha espera.

- Às vezes você consegue me deixar louca! – suspirei com pesar.

   Trevor deu ré e foi dirigindo em uma velocidade absurdamente... Devagar.

- Quantos dias de viagem nessa velocidade? – perguntei sacana.

- Hum. Tudo bem. Quer velocidade? – perguntou. – Coloque o cinto.

   Fiz o que ele mandou e Trevor pisou fundo. O vento parecia cortar meu rosto com a velocidade que batia nele. Gritei de felicidade colocando os óculos e abrindo os braços fazendo o vento passar por eles.


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Notas finais do capítulo

continua...
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Um beijos grande,
Truestories



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