Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte
Notas iniciais do capítulo
continuaa.....
Cheguei em casa pouco depois das cinco horas. Fiquei muito pouco em Los Angeles. Abri a porta e sorri ao ver mamãe sentada no sofá vendo um seriado chamado “Friends”.
- Oi mãe. – disse sentando ao seu lado.
- Oi filha. Chegou cedo hoje! Ah, é hoje é domingo. – lembrou-se.
Estávamos assistindo tranqüilas quando o telefone de casa toca. E se fosse Luke? Ou talvez Victor?
- Mãe, atende pra mim? – perguntei com carinha de cachorro que caiu da mudança.
- Ãhn? Por quê?
- Coisas de família.
- Rach.
- Porque eu briguei com o Luke. – disse.
- Por quê.
- Porque ele agora tá com uma namorada que é o cão chupando manga! – respondi sem paciência.
Mamãe nem perguntou mais e foi logo atender o bendito telefone.
- Alô? – ela disse e olhou para mim. Como se a pessoa do outro lado tivesse dito “a Rachel está?” Balancei a cabeça negativamente. – Não. Sinto muito ela não está aqui, querido. Sim, eu aviso quando ela chegar. Tchau!
- O que? – perguntei.
- Ele pediu para você ligar para ele.
- Vai esperar sentado. Não vou ligar mesmo! – disse cruzando os braços no peito e deitando a cabeça no sofá.
Nem percebi que tinha dormido até que uma batida na porta me acordou. Abri os olhos minimamente e esperei focalizar em algo até levantar.
Olhei no relógio e resolvi não abrir a porta. Poxa, abrir a porta para alguém nas primeiras horas da manhã, é o cúmulo da idiotice! Bom, na verdade já eram oito horas, mas vai se é um ladrão, assassino, sei lá...
Saí do sofá na ponta dos pés e subi as escadas. Troquei de roupa, desta vez com uma blusa rosa salmão opaco da Old Navy, uma calça rasgada (sim, tenho fetiche por calças rasgadas!), o all star preto e um óculos escuros.
Corri escada abaixo pegando as chaves de Cheer e tropecei em um jornal. Ah, o susto que eu levei foi só por causa do jornal? Que droga! Entrei no carro e acelerei. Senti-me meio tonta e quando cheguei ao colégio e levantei, minha visão ficou totalmente preta.
O sinal tocou e sai correndo em direção ao meu armário para pegar os livros. Quando abri a porta, um pequeno bilhete caiu aos meus pés.
“Não me julgue, mas adorei sair com você e se não se
importa, quero fazer isso hoje à tarde. Que tal
“T.K”
Sorri mordendo o lábio inferior. Seria legal. Se eu sobrevivesse até a última aula.
Quase morri nas aulas de física e biologia e passei mal na de química. O sinal bateu anunciando que as primeiras aulas da manhã tinham acabado. Finalmente a hora de comer.
Andei suave pelo corredor abarrotado de alunos. O ar estava pesado e com cheiro de desodorante masculino... Abri a porta do refeitório e minha cabeça girou muito. Apoiei-me na parede. O estômago reclamava e eu estava ficando enjoada.
Peguei um muffin de morango, uma coca-cola e uma pêra. Comi tudo muito rápido, o que me fez ficar pior do que já estava. Para completar, a próxima aula era a grande droga chamada Educação Física!
Tranquei-me no vestiário feminino e passei um pouco de água no rosto para dar a impressão de ‘estou-doente’ e saí com a mão na barriga e tentei parecer mal.
Encontrei com a professora no meio do caminho. Passei por ela e toquei seu ombro chamando sua atenção. Ela desviou os olhos da prancheta que levava nas mãos e me olhou com cara de poucos amigos. Jenner Krusch olhou para mim com os olhos arregalados.
- Você está bem? – perguntou ela.
Fiz cara de enjôo.
- Não. Na verdade eu queria saber se... – fiz uma pausa colocando a mão na boca dramaticamente. A professora me segurou na distância de um braço por preocupação.
- Vai. Pode ir! – ordenou se afastando.
Não sorri, só sai dali correndo. Encontrei com Trevor saindo do vestiário masculino.
- Oi. E ai? O encontro está de pé? – perguntou. Levantei uma sobrancelha. – Dessa vez eu prometo que escolho direito. Vai, por favor! – implorou.
Ri.
- Tudo bem. Pode ser. Um encontro não vai me matar. – respondi saindo do ginásio e dando espaço para os jogadores suados e seminus que passavam por mim.
Situação embaraçosa! Sussurrei a mim mesma.
Minutos mais tarde, o sinal tocou quase cantando em meus ouvidos: “Aleluia!”. Estava escorada na parede do refeitório. O corredor que antes tinha a minha presença e dos espíritos perturbados, leia-se o Zelador e a Diretora, agora estava abarrotado de adolescentes correndo em direções diferentes.
Levantei do chão e guardei os livros no armário. Senti alguém enlaçar minha cintura e me jogar sobre os ombros e fechar meu armário com o pé. Comecei a rir descontrolada. Chegamos ao meu carro até que Trevor me colocou no chão e estendeu a mão. Fiz-me de burra. Não vou o deixar dirigir a Cheer. Nem morto! Bom, muito menos morto!
- O que? – perguntei.
- A chave. – pediu.
- Que chave?
- A do carro.
- Só se você acertar o nome do meu carro. – desafiei. Ele não ia acertar. Não mesmo!
Trevor colocou o dedo indicador na boca e fuçou dentro da memória tentando lembrar-se do nome do carro. Quis gritar na sua cara a resposta, mas me segurei.
- Gue.. Jer... Cheer! – disse convencido.
- É. Mas você arranhou no começo e isso não valeu! – respondi emburrada.
Trevor abriu e fechou a mão algumas vezes. Uma mensagem clara de: Me dá a chave! Fiz a cara mais sonsa que já fiz na vida e cruzei os braços no peito. Ele olhou para frente da minha calça e sorriu cínico.
- Não vamos a lugar nenhum se você não liberar a chave, Rach.
Tirei a chave e estendi para ele dando a volta no carro e entrando na porta que já estava aberta a minha espera.
- Às vezes você consegue me deixar louca! – suspirei com pesar.
Trevor deu ré e foi dirigindo em uma velocidade absurdamente... Devagar.
- Quantos dias de viagem nessa velocidade? – perguntei sacana.
- Hum. Tudo bem. Quer velocidade? – perguntou. – Coloque o cinto.
Fiz o que ele mandou e Trevor pisou fundo. O vento parecia cortar meu rosto com a velocidade que batia nele. Gritei de felicidade colocando os óculos e abrindo os braços fazendo o vento passar por eles.
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continua...
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Um beijos grande,
Truestories