simplesmente Amor escrita por Bellsmarti


Capítulo 8
Capítulo 7 -Tocando a vida


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos os comentários do capítulo anterior.Eu amo vocês.

Quero também dizer que infelizmente esta fic está no fim, este é o penúltimo capítulo.

Tô pensando em fazer um POV Denis, e queria a opinião de vocês. SIM ou NÃO?



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Nove meses depois.

O Natal chegou e o Ano Novo também. Passei as festas na casa de meus pais. Lá sempre era tudo muito alegre, alguns vizinhos se reuniam e fazíamos a ceia todos juntos, soltavam fogos, e havia também muita musica e muita dança. Durante as festas havia muito trabalho, e fiz de tudo para ocupar meu tempo sem pensar em mais nada. As tardes andava à cavalo com meu pai.

Em uma dessas cavalgadas, paramos à beira do lago que dividia nossas terras com as de Spark, um bom amigo de meu pai.

Estava calor e os peixes faziam festa com os mosquitinhos que sobrevoavam o lago, pulando de quando em quando para fora, o lugar era lindo e as águas estavam completamente calmas, os pássaros cantavam e despreocupadamente enquanto sobrevoavam o lago.

Sentei na beirada e comecei a jogar pedras enquanto observava as ondas se formarem. Meu sentou-se ao meu lado.

- Não quer falar? – Ele perguntou depois de algum tempo que estávamos em silêncio.

- Não sei se posso? – Respondi.

- Talvez fosse bom, tente. É por causa daquele rapaz? – balancei a cabeça afirmativamente.

Meu pai era meu melhor amigo, quando completei 18 anos, ele me deu uma caixinha pequena toda embrulhada, e quando a abri encontrei a chave de meu carro lá dentro.

Nesse mesmo dia ele me disse. “Filha eu amo você mais do que tudo nesta vida, mas a partir de agora já é adulta e dona de seu nariz, já te ensinei e eduquei em tudo que podia, e de agora em diante mais do que seu pai quero ser amigo.” “- Você sempre foi meu amigo mais do que um pai, e eu te amo por ser assim.”   

- Quando você descobriu que amava mamãe?- Fez uma cara de surpreso pela minha pergunta, mas respondeu mesmo assim.

- Eu amei sua mãe desde o primeiro momento que bati os olhos nela, tinha sete anos e eu oito. Nunca olhei para outra mulher, nunca saí com outra mulher.

- Você ainda ama mamãe.

- Sim. Não há um dia sequer que não agradeça por ela estar ao meu lado.  Acho que não sou um bom exemplo pra você não é filha?

- Acho que não. Eu só não entendo porque ele me iludiu dizendo que gostava de mim se tinha intenção de partir. Eu me senti humilhada, como se fosse apenas uma coisa que depois que se usa não serve mais e jogamos em um canto.

- Você já pensou que talvez não seja esse o motivo. Que talvez ele não quisesse te fazer sofrer mais.

- Mas ele está me fazendo sofrer?

- Quem sabe ele também não esteja.

- Então porque não ligou pelo menos.

- Deve existir alguma razão para isso, quem sabe? Só ele pode responder esta pergunta. Saberá quando ele voltar.

- Provavelmente vou ficar sem a resposta.

- Às vezes o destino nos surpreende.

- Não sei se conseguiria perdoar.

- Isso quem vai dizer será seu coração.

Meu pai apesar de não ter muito estudo era um homem inteligente, mas quando se tratava das coisas do coração ele sempre foi um sonhador. Mas a nossa conversa me fez pensar em algumas outras hipóteses, mesmo assim não podia ter qualquer esperança, já que eram apenas hipóteses, preferia não me iludir.

 

Eu e minhas amigas saímos de férias em fevereiro e fizemos uma viagem para o nordeste e nos divertimos muito, infelizmente havia acabado e na segunda voltaria para o trabalho.

Eu ainda pensava muito em Denis, desde que ele desapareceu não fiquei com mais ninguém, alguns até tentaram, mas eu não podia, meu coração estava fechado, sabia que um dia eu precisaria recompor minha vida, dar chance a alguém, mas primeiro precisava acalmar meu coração, e ele me dizia que ainda não estava pronto para um novo recomeço.

As vezes as pessoas ficam anos tentando encontrar um amor, procurando por alguém que faça sentir que a vida vale a pena ser vivida, enquanto que eu sem estar procurando por ninguém, vivendo minha vida tranqüila e sossegada, tropeço nele, e apesar da  confusa relação que tivemos, confesso que era feliz, que nunca fui tão feliz quanto aqueles dias tumultuados.

A noite que passamos juntos então, foi a emoção mais absurdamente incrível que senti, não pelo fato de estar fazendo sexo pela primeira vez, mas pelo fato de como me sentia quando ele me tocada, a sensação de ouvir suas palavras sussurradas, o seu beijo quente, o seu sorriso e calor de seu corpo junto ao meu, o seu olhar e a sua capacidade de ser o cara mais maravilhoso do mundo quando estava sóbrio. Ele me deu o mundo e logo em seguida me jogou dele e eu caí e me machuquei muito e as feridas ainda não estavam cicatrizadas.          

Durante o dia me enfiava no trabalho e procurava não pensar, mas as noites eram difíceis ainda, tudo me lembrava ele. Agora os pesadelos eram mais esparsos. Meu coração já não acelerava tanto quando passava pelos pinheiros, já que não tinha mais esperanças que ele estivesse lá.

Mais uma semana se passou e sexta feira chegou. As garotas e eu tínhamos combinado de sair bem cedo no sábado para fazer compras na cidade vizinha e depois iríamos ao teatro, então naquela sexta todas íamos cedo para a cama, nada de vida noturna.    

Fui para casa, tomei um banho quase gelado, o calor era sufocante, coloquei um shortinho bem curtinho e uma camiseta regata, liguei o ar condicionado e me joguei no sofá, pequei o livro que estava lendo – Querido John de Nicholas Sparks. Era uma história triste, assim como a minha.

Ouvi a campainha, nem imaginava quem poderia ser talvez o porteiro com alguma correspondência, imaginei, nem me dei ao trabalho de olhar.

Abri a porta de supetão. Fiquei imediatamente sem ar, meu coração parou. Desmaiei.

Senti o cheiro de álcool entrar pelas minhas narinas. Abri os olhos devagar, não tinha muita certeza do que tinha acontecido, a princípio achei que tinha sonhado, mas vi aquele rosto novamente em minha frente e fechei os olhos rapidamente.

 

- Bella, não sou nenhum fantasma, quer abrir os olhos, por favor. Está me deixando assustado.

- Vai embora, eu tenho medo de assombração.

- Deixa de ser criança e abre os olhos. – Fiz o que mandou abri um olho de cada vez bem devagar. Toquei seu rosto para ver se era mesmo verdade que estava ali na minha frente. Ele sorriu. Não cheirava mal nem a álcool, pelo contrário exalava um perfume delicioso.

De repente a imagem do último dia que nos vimos voltou na minha mente, me sentei rápido no sofá. Ele estava tão perto, mas não ia vacilar desta vez.

- O que quer aqui. Veio me humilhar de novo? Fique sabendo...

Não deixou que eu terminasse, me agarrou e me beijou, resisti no começo, tentei empurrá-lo, mas ele era forte, tentei resistir então ao seu beijo, mas a saudade e o desejo de sentir novamente os seus lábios e sua língua me invadindo foi mais forte e então me entreguei, e o beijo durou até perdemos o fôlego.

Não sabia o que dizer, então fiquei esperando por uma explicação. Ele segurou minhas duas mãos, sentou ao meu lado, respirou fundo.   

- Sei que está esperando uma explicação, mas primeiro quero pedir perdão por todo o sofrimento que te causei. Você não mereceu tudo aquilo que falei e eu fui um canalha, não houve um dia sequer que não me arrependesse do que fiz e se não me perdoar vou entender. Por favor Bella, diga que me perdoa?   


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Notas finais do capítulo

jubailarinaaaa, mais uma vez obrigado pela Capa.
[lariissiinha94 - Fiquei a mil com sua recomendação.
Não me matem!!!!!!!!!!
Espero que tenham gostado do capítulo e bom não deixem de comentar e recomendar. Dedinhos não vão cair e a autora aqui fica muito feliz.
VOU COMEÇAR A POSTAR MINHA NOVA FIC DE BELLSEDWARD - "ENTRE O MEL EO FEL" (Até que enfim né Rapha)
Prometo que não vou demorar a postar o último cap, afinal ele já está prontinho.
Beijos a todas.
*Bells*