A Volturi escrita por Nanda Parodi


Capítulo 1
Prólogo




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   Uma pequena e jovem família passeava pelas ruas de pedras de Volterra comemorando o festival do dia de São Marcos.    A família era constituída apenas por três pessoas: o pai não devia  ter mais de trinta anos, estava bem vestido e era muito bonito; como  sua mulher, de uns vinte anos, rosto em forma de coração e cabelos negros; a filha de quatro anos do casal era absolutamente linda, apesar de ser pequena, seu cabelo tinha a mesma cor e as mesmas proporções que o da mãe, também tinha grandes e redondos olhos verdes.

    A menina prestava mais atenção ao seu vestido vermelho carmim, que se agitava com o forte vento, do que nas pessoas a sua volta. Ela parou de mexer em sua roupa e analisou o sorriso de sua mãe ao vê-la brincar. Seu pai também se encantava com qualquer gesto seu, a verdade, é que a beleza infantil da garotinha encantava a todos.

    - Mamãe, to com fome.

    - Vamos pegar pipoca doce. Só tome cuidado com seu vestido. - ela a  pegou no colo e levou para um carrinho de pipoca ao lado.

   Enquanto isso, uma belíssima e escultural mulher andava apressadamente pelas ruas. (n/a: vou usar a descrição de Bella em Lua Nova) "Ela estava claramente vestida para destacar seus atributos. As pernas maravilhosamente longas, escurecidas com meias, estavam expostas por uma minissaia curtíssima. A blusa de mangas compridas era alta no pescoço, mas muitíssimo apertada e feita de vinil vermelho. O longo cabelo cor de mogno brilhava e seus olhos tinham o mais estranho tom de violeta - uma cor que podia resultar de lentes azuis sobre íris vermelhas." ·A bela mulher parou por um segundo e examinou toda a área, parando no homem de jeans e camiseta pólo vermelha. O sorriso que brotou em seu rosto era maldoso. Lentamente ela caminhou até ele, com uma expressão suave e atrativa.

    - Bom dia, senhor. Meu nome é Heidi e eu estou guiando grupos pelos principais pontos turísticos da cidade. Gostaria de participar? É gratuito.

   Ele nem piscou ao olhá-la, como muitos homens faziam ao ver sua beleza. Isso a deixou um tanto irritada. Ele vai ser o primeiro com quem irei acabar.

    - Claro. Vou falar com minha esposa. - ele chamou sua mulher e a garotinha. Heidi chamou vários outros casais, de idades, naturalidades e jeitos bem diferentes. Juntos passavam por monumentos, praças e outras construções históricas, as quais eram explicadas detalhadamente as histórias.

    - Este é o castelo dos Volturi. A lenda possui mais de 2000 anos, e segundo ela, os Volturi eram uma família de vampiros temidos por muitos países da antiguidade. Não foi comprovado que a lenda é verdadeira, porém, essa família realmente existiu, inclusive seu castelo.

   Flashes de câmeras iluminaram mais ainda a fachada da construção. A mulher, que não saíra da sombra nem por um minuto, piscou levemente pela luz.

    - Entrem, por favor. - o grupo passou a sua frente. Ao passar pela entrada, um único feixe de luz solar iluminou seu rosto, fazendo com que brilhasse como milhares de diamantes. As dezenas de pessoas passaram por corredores pouco iluminados e muito úmidos. A criança se encolhia nos braços da mãe, não gostava dali e queria sair logo. Pelo corredor, viram três pessoas vindo em sua direção. Heidi sinalizou para que parassem e muitos dos turistas aproveitaram para tirar mais fotos.

    - Bem vinda ao lar, Heidi. - um homem parou para cumprimentá-la.

    - Demetri - respondeu olhando para o casal ao lado de Demetri.

    - Boa pescaria.

    - Obrigada. Não vai entrar? - a única que parecia escutar, além do outro casal, era a menina.

    - Num minuto, guarde um pouco para mim. - isso a deixou confusa. Guardar o que para o homem? Haveria um lanche depois? Heidi seguiu em frente e todos a seguiram. As três pessoas que antes passavam pelo corredor sumiram rapidamente da vista da garota, sumindo na escuridão atrás de si.

    - Este é o lugar onde prisioneiros eram trazidos para serem julgados pelos soberanos. - disse ao abrir duas grandes portas que levavam a uma sala feita inteiramente de mármore, com três tronos na ponta oposta à porta. Nos tronos estavam sentados três homens, belos e elegantes.

    O homem do trono do meio levantou-se e se apresentou.

    - Olá, queridos convidados. Me chamo Aro. E sou o anfitrião de vocês. Espero que aproveitem. - assim que terminou, todas as "pessoas" que surgiram do nada pularam nos pescoços dos turistas. A menininha, desesperada, fechou os olhos. A mãe a pegou no colo e a deixou no canto mais escuro da sala.

   - Não abra os olhos. Não faça nenhum barulho. E não saia daí. - disse beijando sua testa e saiu para procurar outro abrigo. Ela não conseguiu.

    A menina não conseguia se mover, ela chorava abafado, tentava parar para não chamar atenção, mas era impossível. Não fazia ideia do estava acontecendo e não queria nem pensar o motivo de tantos gritos e principalmente o porque dos gritos diminuírem cada vez mais até pararem completamente.

    Não se mexe! Fica quieta! Não chora! Era tudo que a menina pensava, se apertando mais a parede com medo.

    - Sentem esse cheiro?

    - Tudo aqui tem cheiro de humano, Alec.

    - E esse som?

    - Batidas de coração. - Como ele podia ouvir batidas de coração? - Estão aceleradas. Será que...?

    - Não. Não estão rápidas o suficiente para estar em transformação. - a voz de Aro chamou sua atenção. Que transformação? - Tem alguém aqui.

    Os olhos de Aro seguiram pela sala, parando no ponto mais escuro. Ele abriu um sorriso que parecia ser doce. Mas a garotinha não podia ver encolhida e com os olhos apertados.

    - Quem é essa menininha linda? - perguntou com a voz mais suave e ao mesmo tempo mais horripilante que ela já ouvira, fazendo com que o choro silencioso se transformasse em um aguaceiro barulhento. Aro a pegou no colo e a aninhou nos braços. - Shhh. Não precisa ter medo.

    - Tire isso daqui, Felix. - uma voz entediada ordenou. A menina não queria nem saber o que era "isso".

    - O que faremos com a criança? - uma voz cortante e gélida perguntou, a voz era tão macabra que só fez o choro aumentar.

   - Você a assustou, Caius. Tenha mais paciência.

    - Você está muito mole hoje, meu irmão. Já deixou aqueles Cullen irem embora sem mais nem menos, e agora isso!

    - Não foi sem mais nem menos. Eles prometeram e se não cumprirem faremos o que você tanto quer. Agora, vamos discutir isso em outro lugar, longe da criança.

    - Por mim nós a matávamos, já acabamos com a família dela...

    - Chega! - a voz entediada a interrompeu - Vamos conversar isso em outro lugar. Alec, dispense os Cullen. Jane, cuide da criança enquanto discutimos.

    A menina, que ainda não abrira os olhos, foi deixada em um dos tronos. Quando abriu os olhos só havia uma pessoa junto com ela. Uma menina loira e muito bonita.

    - Eu odeio crianças choronas. - murmurou. Isso não fez com que parasse, muito pelo contrário, a cada instante seu medo apenas aumentava. Alguns minutos depois, Aro voltou escoltado por inúmeras "pessoas" e seus dois irmãos.

    - Que decisão tomaram, mestre?

    - Calma, Jane querida. - ele se dirigiu ao trono em que a criança estava - Qual é o seu nome, criança?

    Ela parou de chorar por um instante e respondeu com uma voz fina e delicada:

   - Juliet.


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Notas finais do capítulo

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