Dangerous Feelings escrita por Razi


Capítulo 4
Trio


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de dezembro, fazer algo mais notável hoje.
Dois cap. de Feelings não tão saídos do forno assim.



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-Me chamo Noelle – a morena se apresenta estendendo sua mão para mim que aperto com um sorriso – Muito prazer em conhecê-la, Angelique.

-Posso dizer o mesmo – digo educada – Eu acho – acrescento mentalmente.

-Deve estar achando estranho que eu tenha ido te chamar na sua sala, não? – indaga ela me olhando pelo canto do olho, nem parecia a mesma de minutos atrás. Fato.

-Devo achar? – arrisco querendo bancar a despreocupada, apesar de ter certa curiosidade correndo nas minhas veias.

Ela dá um sorriso rápido antes de virar a esquerda.

-Não, claro que não – disse ela decidida – Apenas quero esclarecer que preciso que conheça algumas pessoas que estão interessadas em você.

-Em mim? – indago pondo a mão no peito.

-Sim – ela balança a cabeça para reforçar a afirmação – Eles acabaram de chegar também e querem conhecer a garota mais famosa do colégio.

-Então deveriam procurar a Loren – digo meio seca – Afinal de contas por que eu?

Ela dá de ombros enquanto virá à direita caminhando um pouco mais apressadamente.

-Faz o segundo ano certo? – indaga ela me olhando por cima de seu ombro

Faço que sim com a cabeça antes de ajeitar meu rabo de cavalo e arregaçar mais as mangas de minha blusa.

Queria estar apresentável para não passar de idiota.

Logo noto para onde estávamos indo.

A área onde ficavam as mesas de granito perto da biblioteca que estavam apinhadas de alunos com livros abertos sobre as mesas ou então conversando entre si apenas.

Além do que a atenção de alguns uma hora ou outra era desviada para o trio que estava sentado de maneira displicente em uma mesa.

Um era completamente diferente de qualquer garoto que já tenha visto, pelo menos ao vivo. Possuía o cabelo liso, longo perto do ombro, negro com olhos rubis na pele morena brilhosa, os músculos criavam um grande contraste com sua altura meio exagerada para mim. Ele parecia um urso enorme.

E seria se não fosse o piercing que tinha no nariz que atravessava-o no meio.

Havia então uma garota pequenina parecia uma anã, exagero de minha parte, mas era baixinha de cabelo ruivo vivo com a grande mecha branca que cobria parcialmente seu olho esquerdo que a cor me surpreendeu um instante lilás. A pele branca marcava bem mais seu rosto que seria seu ponto forte já que curvas apenas Noelle tinha para mostrar.

Já o terceiro integrante era alguém que fazia seu ar evaporar enquanto o fitava.

O cabelo era curto, meio repicado completamente branco sem um único fio de qualquer outra cor, os olhos dourados que ganhavam destaque na pele alva do corpo que devia nem fazer esforço para parecer atlético além é claro da postura autoritária e pomposa que emanava.

Um trio terrivelmente chamativo.

Noelle para a poucos centímetros do moreno que me olha de cima abaixo antes de dar um sorriso prazeroso.

Como se estivesse aprovando algo.

A ruivinha então retira seus olhos da revista que lia para me encarar e sem aviso prévio joga-se na minha direção nos derrubando.

-Wade largue-a – ordenou o de cabelo branco sem nem ao menos nos olhar.

-Pode abraçá-la depois, Dythan – disse ela fazendo um bico que me fez sorrir chamando sua atenção – O que é engraçado?

-Sua careta – respondo apontando para o bico que ainda fazia.

Ela logo suaviza sua expressão para depois sair de cima de mim que arrumei minha roupa que ficara suja.

-Desculpe – desculpou-se ela colocando a mão detrás da cabeça – Me empolgo fácil.

-Não se importe – digo gesticulando com a mão freneticamente.

Ela tomba a cabeça para o lado analisando minhas roupas.

Só que me falta ela dizer que não tenho estilo.

-Você parece que pegou a primeira peça que viu no guarda-roupa – comentou ela batendo com o indicador no queixo.

Sorrio amarelo.

O que mais posso fazer?

-Temos que ir as compras! – exclama ela de repente me dando um susto – Ah desculpe, Selena, desculpe.

-Pare com isso, Wade – a recrimina o moreno deixando sua voz grossa povoar nosso ambiente – Chega desses ataques.

-Seth não seja tão duro com ela – intromete-se finalmente Noelle pondo sua mão no ombro dele nos olhando – Apenas quebre algumas costelas que se resolve.

É praticamente notável ver o amor com que se tratam.

Dythan levanta-se vindo ao meu encontro com seus olhos dourados sobre mim me analisando.

-Vamos comer algo – ele me convida pegando minha mão e puxando-me para longe dali – Não vai querer ver o que Wade faz com Noelle quando ela provoca.

Fico calada, não sabia quem era aquele quarteto e talvez nem sentisse vontade de conhecer eram completamente diferentes dos demais alunos.

Ao segundo que a alma do perigo emanava de algum lugar. Bastava saber qual.

Ele larga minha mão girando em seus próprios calcanhares para me encarar novamente.

Isso já está começando a virar habito.

-Quando veio para cá? – pergunta ele estreitando as sobrancelhas.

-Nasci aqui – respondo calma cruzando os braços.

-Vancouver? – disse ele deixando um sorriso aparecer nos lábios dele – Interessante.

-Completamente – concorda uma voz rouca por minhas costas que me faz estremecer.

De novo não.

Dythan deixa seus olhos irem para quem estava nas minhas costas fazendo sua expressão ficar meio seria.

-Não nos conhecemos...

-Leon – ele o corta passando seu braço ao redor da minha cintura – Prazer em conhecê-lo...

-Dythan – apressa-se o garoto de cabelo branco deixando um sorriso aparecer em seus lábios quando suas pedras douradas recaem sobre mim – Nos vemos numa outra hora, Angelique.

Assenti com a cabeça e logo depois ele se afastou dobrando a esquerda.

Dou um rápido suspiro e percebo que ainda estava grudada em Sebastian. Retiro seu braço de minha cintura.

Não tinha lhe dado essa liberdade.

Retorno meu olhar para ele que me encarava com suas pedras azuis profundas.

-Não sei qual é o problema com ele, mas... – Não termino de falar, pois sua expressão é meio seria demais pro meu gosto – Qual o problema?

-Vou pedir uma coisa que para você vai parecer idiota, mas crucial para mim – respondeu ele inclinando-se na minha direção a ponto de nossos lábios estarem apenas dois centímetros um do outro – Fique fora do nosso caminho.

Encaro suas pedras azuis opaca.

O que era que ele pensava que sou?

-Não faço a menor idéia do que esteja falando – digo seria e sem vacilar – Mais o que diz a respeito de você não me interessa nem um pouco, por isso ficar fora de seu caminho é a coisa mais fácil que poderei fazer.

Dito isso, me afasto de sua figura magnética que atraiu todos os olhares do corredor para nós.

Passei por Loren que deu um riso malicioso e invejoso para mim, mas sabia realmente para quem foi destinado.

Que ela faça muito bom proveito.


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Notas finais do capítulo

Quem chamou mais a atenção?



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