Charlote Delacour escrita por JuhMbeck, Aline_leite


Capítulo 14
O alçapão - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Como somos pessoas maravilhosas resolvemos postar o outro ainda hoje. Espero que gostem desse +_+



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Ao pé do primeiro lance de escada encontraram Madame Nor-r-ra, esquivando-se sorrateira quase no alto.

  Enquanto subiam cautelosamente contornando a gata, Madame Nor-r-ra virou os olhos de lanterna para eles, mas não fez nada.

Não encontraram mais ninguém até chegarem a escada para o terceiro andar. O Pirraça se balançava a meio caminho, soltando a passadeira para as pessoas tropeçarem.

- Quem está aí? – perguntou de repente quando se aproximara. E apertou os olhos negros e malvados – sei que está aí, mesmo que não consiga vê-lo. Você é um vampiro, um fantasma ou um estudante nojento?

E ergueu-se no ar tentando ver alguém.

- Eu devia chamar o Filch, se alguma coisa está andando por aí invisível.

- Pirraça – disse Harry um sussurro rouco e grosso - o Barão sangrento tem suas razões para andar invisível.

Pirraça quase caiu em choque. Recuperou-se a tempo e saiu planando a trinta centímetro dos degraus.

- Desculpe, sua sanguinidade, senhor barão, cavaleiro – disse untuoso – falha minha, falha minha, não o vi, claro que não. Perdoe o velho Pirraça essa piadinha.

- Tenho negócios a tratar aqui Pirraça – crocitou Harry. Fique longe desse lugar hoje a noite.

- Vou ficar, cavaleiro, pode ter certeza que vou ficar – prometeu Pirraça erguendo no ar outra vez – espero que seus negócios corram bem barão, não vou perturbá-lo.

E partiu ligeirinho.

- Genial, Harry! – cochichou Rony.

Alguns segundos depois, estavam no corredor do terceiro andar – e a porta já fora aberta.

- Bem, aqui estamos – disse Harry baixinho - Snape já passou por Fofo.

A visão da porta aberta por alguma razão parecia causar neles a impressão do que os aguardava. Harry se virou para os três.

- Se vocês quiserem voltar, não vou culpá-los.

- Non seja burro – respondeu Charlote.

- Vamos com você. – disse Hermione.

Charlote empurrou a porta.

Chegaram aos seus ouvidos rosnados surdos. Os três focinhos do cachorro farejaram furiosamente na direção deles ainda que o bicho não pudesse vê-los.

- O que é isso nos pés dele? – sussurrou Hermione.

- Parece uma harpa – respondeu Charlote.

- Ele acorda no momento em que se deixa de tocar. – disse Harry. – Bom, aqui vai...

Levou a flauta de Hagrid aos lábios e soprou. Lentamente os rosnados do cachorro cessaram – ele balançou as patas e caiu de joelhos,depois estirou-se no chão, completamente adormecido.

- Continue tocando. – Rony preveniu a Harry enquanto Charlote guardava a capa e eles deslizavam para o alçapão. Sentiram o bafo quente e fedorento do cachorro ao se aproximarem de suas cabeçorras.

- Acho que vamos conseguir abrir a porte. – disse Charlote espiando por cima do dorso do cachorro.

– Quer entrar primeiro, Hermione? – disse Rony

- Não, eu não!

- Tudo bem. – Rony se abaixou puxando o anel do alçapão, que se abriu.

- O que é que você está vendo? – perguntou Hermione ansiosa.

- Nada... Só escuridão... Teremos que nos jogar.

Harry, que continuava a tocar a flauta, fez sinal para atrair a atenção de Charlote e apontou para si mesmo.

 - Você quer ir primeiro? Tem certeza? – disse Charlote.

- Não sei qual é a profundidade dessa coisa. – disse Rony - Dá a flauta para Charlote manter Fofo adormecido.

Harry passou a flauta a ela. Ele passou por cima de Fofo e baixou o corpo pelo buraco até ficar pendurado pelas pontas dos dedos. Então olhou para Rony no alto e disse:

- Se alguma coisa acontecer comigo, não me siga. Vá direto ao corujal e mande Edwiges ao Dumbledore, certo?

- Certo.

Ele soltou os dedos, ele foi caindo,caindo, caindo e...

Pam!

- Tudo bem? – gritou Rony para Harry.

- Sim, a queda é macia pode pular!

Rony seguiu imediatamente, seguido de Hermione e por último Charlote.

- O que é isso? – foram as primeiras palavras de Rony.

- Sei lá, uma espécie de planta. Suponho que esteja aqui para amortecer a queda.

- É realmente uma sorte que essa planta esteja aqui. – disse Charlote. – Mesmo que ela seja nojente.

- Sorte! – gritou Hermione. – Olhem só para gente.

Os galhos estavam enroscados em Harry e Rony, Charlote conseguira se desvencilhar antes que a planta agarrasse pra valer. Agora observava aterrorizada os três lutarem para se livrar da planta.

- Para de se mexer! – Mandou Hermione. – Sei o que é isso, é visgo do diabo!

- Ah, fico tão contente que você saiba como se chama, é uma grande ajuda. – resmungou Rony, tentando impedir que a planta enroscasse no seu pescoço.

- Cala a boca, estou tentando me lembra como matá-la! – disse Hermione.

- Bom, anda logo, não consigo respirar! – ofegava Harry.

- Visgo do diabo, visgo do diabo... O que foi que a professora Sprout disse? Gosta da umidade e da escuridão...

- Então acenda um fogo – engasgou-se Harry.

- É... é claro... mas não tem madeira...

- Lumos solem. – gritou Charlote, apontando a varinha para a planta. Saiu uma grande quantidade de luz dela e os quatro caíram no chão.

- Que sorte você prestar atenção nas aulas de Herbologia, Hermione. – disse Charlote.

- É. – comentou Rony. -, E que sorte que Harry não perde a cabeça numa crise “Não tem madeira”, francamente.

- Por ali – disse Harry apontando um corredor de pedra, que era o único caminho que havia.

- Vocês estão ouvindo alguma coisa? – Rony cochichou.

Charlote apurou os ouvidos. Um farfalhar acompanhado de um ruído metálico parecia vir de um canto mais adiante.

- Parecem asas. – disse Hermione.

Chegaram ao fim do corredor e depararam com uma câmera muito iluminada, o teto abobado no alto. Era cheio de coisas brilhantes como jóias, que esvoaçavam e colidiam no aposento.

- Eles não parecem muito bravos – disse Harry -,mas suponho que se todos mergulhassem ao mesmo tempo... Vou correr.

Tomou fôlego, cobriu o rosto com os braços e atravessou a câmara correndo. Nada aconteceu. Os outros três o seguiram, todos fizeram força para abrir a porta, mas ela nem sequer se moveu, nem mesmo quando Hermione experimentou o seu feitiço Alorromora.

- E agora? – perguntou Rony.

- Esses pássaros... Não podem estar aqui só para enfeitar – disse Hermione.

            Eles observaram os pássaros voando no alto, brilhando.

            - Eles non são pássaros – exclamou Charlote – são chaves! Chaves aladas, olhe com atenção. Enton isso deve querer dizer...

            - É, olhe! Vassouras! Temos que apanhar a chave da porta – disse Harry.

             Mas eram centenas!

            Rony examinou a fechadura.

            - Estamos procurando uma chave bem grande e antiga, provavelmente de prata, como a maçaneta. – disse ele.

            Cada um apanhou uma vassoura e deu um impulso no ar, mirando o meio da nuvem de chaves. Tentaram agarrá-las, mas as chaves encantadas fugiram e mergulharam tão rápido que era quase impossível pegar uma.

            - Aquela ali! – gritou Harry para os outros – aquela grandona ali... não... lá... com as asas azul forte. Está toda amassada de um lado.

            Rony precipitou-se na direção que Harry apontava, bateu no teto e quase caiu da vassoura.

            - Temos que cercá-la – gritou Harry – Hermione, você cerca por cima. Charlote fica embaixo e não deixa ela descer, e eu e Rony vamos tentar pegá-la. Certo, agora!

            Charlote mergulhou, Hermione disparou para o alto. Harry, Rony partiram atrás dela, a chave correu para a parede, Harry curvou-se para frente e, com uma pancada feia, prendeu-a contra a pedra com a mão.

            Eles pousaram em seguida e Harry correu para a porta, enfiou-a na fechadura e virou-a – deu certo. No instante em que ouviram o barulho da fechadura se abrindo, a chave tornou a alçar voo, parecendo agora muito mal tratada depois de ter sido apanhada duas vezes.

            A câmara seguinte era tão escura que não dava para ver absolutamente nada. Mas ao entrarem nela, a luz inesperadamente inundou o aposento, revelando uma cena surpreendente.

            Estavam parados na borda de um enorme tabuleiro de xadrez atrás das peças pretas, que eram todas mais altas do que eles. De frente para eles, do outro lado da câmara estavam dispostas as peças brancas. Eles sentiram um leve arrepio – as peças brancas e altas não tinham feições.

            - Agora o que vamos fazer? – sussurrou Harry.

            - É óbvio, não é? – falou Rony.

            - Temos que jogar para chegar ao outro lado da câmara – completou Charlote.

            Por trás das peças brancas eles podiam ver outra porta.

            - Como? – perguntou Hermione nervosa.

            - Acho que vamos ter que virar peças.

            Ele se dirigiu a um cavalo preto e esticou a mão para tocar seu cavalheiro. No mesmo instante, a pedra ganhou vida. O cavalo pateou o tabuleiro e o seu cavaleiro virou a cabeça para olhar Rony.

            - Temos que nos unir a vocês para chegar ao outro lado?

            O cavaleiro preto confirmou com a cabeça. Rony virou-se para os outros três.

            - Isso exige reflexão – disse – suponha que a gente tenha que tomar o lugar de quatro peças pretas.

            Harry, Hermione e Charlote ficaram quietos, observando Rony refletir. Finalmente ele disse:

            - Agora não vão se ofender, mas nenhum dos três é tão bom assim em xadez...

            - Non estamos ofendidos – interrompeu Charlote.

            - Diga o que vamos fazer – continuou Harry.

            - Bom, Harry, você toma o lugar daquele bispo e, Hermione e Charlote substituem as torres.

            - E você?

            - Vou ser o cavaleiro.

            As peças pareciam estar escutando, porque ao ouvir isso, um cavaleiro, um bispo e as duas torres deram às costas as peças brancas e saíram do tabuleiro.

            - No xadrez as peças brancas sempre jogam primeiro – explicou Rony – É... Olhem.

            Um peão branco avançara duas casas.

            Rony começou a comandar as peças pretas. Elas se mexiam em silêncio indo para onde eram mandadas.

            - Harry, ande 4 casas a direita em diagonal.

            O primeiro choque de verdade que levaram foi quando outro cavalo foi comido. A rainha branca esmagou-o no chão e arrastou para fora do tabuleiro, onde ele ficou deitado imóvel, de borco no chão.

            - Eu tinha que deixar isso acontecer – disse Rony – assim você fica livre para comer aquele bispo, Charlote, ande.

            Todas as vezes que eles perdiam uma peça as peças brancas não demonstravam piedade. Dali a pouco havia uma coleção de peças pretas enormes inermes na parede. Duas vezes, Rony reparou que Harry, Hermione e Charlote estavam em perigo. Ele próprio disparou pelo tabuleiro comendo quase tantas peças brancas quanto as pretas que haviam perdidos.

            - Estamos quase chegando – murmurou de repente – me deixem pensar... me deixem pensar...

            A rainha branca virou o rosto vazio para ele.

            - É... - continuou ele baixinho – é o jeito... preciso me sacrificar.

            - Não! – gritaram Harry, Hermione e Charlote.

            - Isso é xadrez - retorquiu Rony – a pessoa tem que fazer alguns sacrifícios! Dou um passo para frente e ela me come, isso deixa você livra para dar o cheque mate no rei, Harry!

            - Mas...

            - Você quer deter Snape ou não?

            - Rony...

            - Olhe, se você não se apressar, ele já terá apanhado a Pedra!

            - Pronto? – perguntou Rony, o rosto pálido, mas decidido – então vamos, agora, não se demore depois de ganhar a partida.

            Ele avançou e a rainha branca o atacou. Golpeou Rony com força na cabeça com braço de pedra, e ele caiu com um estrondo no chão. Hermione gritou, mas continuou parada em sua casa – a rainha branca arrastou Rony para um lado. Ele parecia ter sido nocauteado.

            Harry se deslocou três casas para esquerda.

            O rei branco tirou a coroa e jogou aos pés dele. Os meninos tinham ganhado o jogo. As peças se afastaram para os lados e se curvaram, deixando o caminho livra para a porta em frente. Com o ultimo olhar desesperado para Rony. Harry, Hermione e Charlote se precipitaram para a porta e para o corredor seguinte.

            - E se ele...? – perguntou Hermione.

            - Claro que non – disse Charlote – Ele vai ficar bem.

            - Que é que vocês acham que vai acontecer agora? – disse Harry

            - Tivemos o feitiço de Sprout, o visgo do diabo. Flitwick deve ter encantado as chaves. McGonagall transfigurou as peças de xadrez para lhes dar vida. Falta o feitiço de Quirrell e o de Snape.

            Tinham chegado a outra porta.

            - Tudo bem? – cochichou Harry.

            - Vamos.

            Harry empurrou a porta para abri-la.

            Um fedor horrível entrou por suas narinas fazendo os três puxarem as vestes para cobrir o nariz. Os olhos lacrimejando, eles viram, deitado no chão diante deles, um trasgo ainda maior do que haviam enfrentado, desacordado e com um calombo na cabeça.

            - Que bom que não precisamos lutar contra esse aí – sussurrou Hermione, enquanto, cautelosamente saltavam por cima da perna maciça do trasgo.

            - Vamos, não estou conseguindo respirar – disse Harry.

            Quando Charlote estava passando pela perna do trasgo, ele urrou e começou a levantar.

            - Vão, corram, eu seguro ele até vocês voltarem! – gritou Charlote para os dois que estavam mais a frente.

            - Mas... – murmuraram Harry e Hermione.

            - Non temos outra escolha, se vocês non forem rápido Snape irá pegar a Pedra.

            Charlote observou Harry e Hermione passarem pela porta e se virou para o trasgo ainda tampando o nariz com as vestes.


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Notas finais do capítulo

Foi muito igual ao livro G_G Mas prometemos que o próximo será muito melhor, e terá várias partes inventadas ~aleluia~Não se esqueçam dos reviews, falo mesmo, vai que esquece u_uE... se alguém estiver a fim de recomendar ninguém vai reclamar sabe, a mão não vai cair,e só pra informar esse é o penúltimo capítulo.