Charlote Delacour escrita por JuhMbeck, Aline_leite


Capítulo 11
Norberto, o dragão norueguês


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora,a Aline meio que ficou de castigo e nem deu para postar.
Espero que gostem
Esse capítulo esta GIGANTE, mas não deixem de ler por causa disso, ele está super legal +_+



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111962/chapter/11

                Nas semanas seguintes, Quirrell estava ficando mais pálido e magro, mas não parecia ter cedido. Todas as vezes que eles passavam pelo corredor do terceiro andar, eles encostavam as orelhas na porta para verificar se Fofo continuava a rosnar lá dentro. Snape continuava no seu habitual mau humor, o que com certeza significava que a pedra continuava a salvo. Rony começou a censurar as pessoas que riam da gagueira de Quirrell, e Harry sempre lhe dava um sorriso quando o via.

                Hermione, parecia ter mais do que pensar do que na Pedra Filosofal. Começara a programar suas revisões, e até marcava em cores suas anotações de aula para classifica-las. Harry e Rony não teriam se importado com isso, mas Hermione não parava de chateá-los para fazer o mesmo, Charlote estava achando tudo isso extremamente chato, ela não era mais inteligente que Hermione, mas era mais do que os garotos, e achava que podia estudar sem a ajuda de Hermione, isso fazia que elas discutissem algumas vezes.

                - Hermione, os exames estão a séculos de distancia. – disse Charlote.

                - 10 semanas – retorquiu Hermione – Não são séculos, é como um segundo para Nicolau Flamel.

                - Mas nós não temos seiscentos anos – lembrou-lhe Charlote.

                -Em todo caso, o que é que você está revisando se já sabe tudo? – disse Rony.

                - Que é que eu estou revisando? Vocês ficaram malucos? Vocês já perceberam que precisamos passar nesses exames para chegar ao segundo ano, eles são muito importantes, eu deveria ter começado a estudar a um mês, não sei o que deu em mim.

                - Hermione, é impossível você reprovar, se fosse o Rony estudando tudo bem, mas é você.

                - Hei! – disse Rony bravo.

                Os professores estavam passando tantos deveres de casa que a páscoa não foi muito interessante, ficou difícil se descontrair com a Hermione recitando e praticando movimentos.

                - Eu nunca vou me lembrar disso – desabafou Rony uma tarde largando a pena de escrever na mesa, e olhando pela janela. Era na realidade o primeiro dia bonito que tinham em meses.

                Charlote estava lendo quando ouviu Rony exclamar.

                -Rúbeo!  Que é que você esta fazendo na biblioteca?

               - Só olhando – disse numa voz insegura. – Não continuam procurando Nicolau Flamel, continuam?

                - Ah, já descobrimos que ele é há séculos  - disse Charlote.

                - E você sabe o que é que aquele cachorro está guardando – falou Rony - É a Pedra Filo...

                - Shhhhhh! – Hagrid olhou a sua volta depressa . – Não saiam gritando isso por aí, que foi que deu em vocês?

                - Alias, tem umas coisinhas que queríamos perguntar a você – disse Harry – Sobre as outras coisas que estão protegendo a Pedra além do Fofo...

                - SHHHHHHHH! – fez Hagrid de novo – Escutem, venham me ver mais tarde, não estou prometendo que vou lhes dizer, mas não saiam dando com a língua nos dentes por aí. Vão achar que fui eu que contei para vocês.

                - Vemos você mais tarde então  - concordou Harry.

                Hagrid saiu arrastando os pés.

                - Que é que ele estava escondendo nas costas? – perguntou Hermione.

                - Acham que tinha alguma coisa a ver com a pedra?

                - Vou ver em que seção ele estava – prontificou-se Rony. Voltou em um minuto com uma braçada de livros e largou-os em cima da mesa.

                - Dragões – cochichou – Rúbeo estava procurando coisa sobre dragões!

                - Rúbeo sempre quis um dragão, ele me disse isso na primeira vez que nos vimos – comentou Harry.

                - Mas é contra as nossas leis – argumentou Charlote.

                - Vocês deviam ver as queimaduras que Carlinhos recebeu de dragões selvagens na Romênia – disse Rony.

                - Mas não tem dragões selvagens na Grã-Bretanha? – perguntou Harry.

                - Claro que tem – respondeu Rony – o Ministério da Magia tem um bocado de trabalho para mantê-los em segredo.

              - Então o que será que Hagrid está tramando? – perguntou Hermione.

                Quando eles bateram na porta da cabana, ficaram surpresos ao ver que todas as cortinas estavam fechadas. Hagrid perguntou “Quem é?” antes de deixá-los entrar em seguida fechou a porta depressa.

                Estava um calor sufocante no interior da cabana. Embora fosse um dia quente havia um fogaréu na lareira.

                - Então vocês queriam me perguntar uma coisa?

                - Queríamos – disse Harry – Tivemos pensando se você poderia nos dizer o que mais está protegendo a Pedra Filosofal além do Fofo.

                Claro que não posso dizer. Primeiro, eu mesmo não sei. Segundo, vocês já sabem demais. Aquela pedra está aqui por uma boa razão. Quase foi roubada de Gringotes. Suponho que vocês já chegaram a essa conclusão.

                - Ah, vamos Rúbeo, talvez você não queira nos dizer, mas você sabe tudo que acontece por aqui – disse Charlote. A barba de Hagrid se mecheu e eles perceberam que ele estava sorrindo.

                - Só estávamos querendo saber realmente quem fez o feitiço de proteção – continuou Hermione.

                -Estávamos querendo saber em quem Dumbledore teria confiado o suficiente para ajudá-lo, além de você.

                O peito de Rúbeo se estufou.

                -Bem, vamos ver... Ele pediu Fofo emprestado a mim... Alguns professores fizeram feitiços... A Profª Sprout... O Prof. Flitwick... A Profª Minerva... O Prof. Quirrell...e o próprio Dumbledore também fez alguma coisa é claro. Ah, sim o Prof. Snape.

                - Snape?

                -É, vocês não continuam insistindo naquela idéia, ou continuam? É olhem, Snape ajudou a proteger a Pedra, não está prestes a roubá-la.

                Se Snape fora chamado para proteger a Pedra, devia ter sido fácil descobrir como os outros professores a tinham protegido. Ele provavelmente sabia de tudo – exceto, algo que parecia, o feitiço que Quirrell fizera e como passar por Fofo.

                -Você é o único que sabe como passar por Fofo, não é? – Harry perguntou ansioso – E você não diria a ninguém, não é, nem mesmo a um dos professores?

                -Ninguém sabe a não ser eu e Dumbledore – disse Hagrid orgulhoso.

                -Bom, isso já é alguma coisa – murmurou Harry. – Rúbeo, podemos abrir uma janela? Estou assando.

                -Não, não pode, desculpe Harry – disse Hagrid olhando para o fogo.

                -Rúbeo, o que é isso? - Perguntou Charlote olhando para dentro da chaleira, havia um ovo.

                -Ah – respondeu Hagrid – É... Ah...

                -Onde foi que você arranjou isso, Rúbeo? – perguntou Rony, abaixando-se para o fogo par olhar o ovo mais de perto. – Isso deve ter lhe custado uma fortuna.

                - Ganhei. A noite passada. Entrei num jogo de cartas com um estranho, acho que ele ficou bem contente de se livrar do ovo.

                -Mas o que você vai fazer com ele, quando chocar? – perguntou Hermione.

                - Bom, andei lendo um pouco – disse Hagrid tirando um grande livro debaixo do travesseiro. – É meio desatualizado, é claro, mas está tudo aqui.

                -Rúbeo, você mora numa cabana de madeira. – lembrou-lhe Hermione.

                Mas Hagrid nem escutou, estava cantarolando alegremente enquanto atiçava o fogo.

                Então agora tinham mais uma coisa com que se preocupar: o que poderia acontecer a Hagrid. Certo dia ao café da manha, Edwiges trouxe um bilhete de Hagrid. Ele escrevera duas palavras...

Está furando.

                Rony e Charlote queriam faltar aula de Herbologia e ir direto a cabana, Charlote não se preocupava com o ovo, mas ela odiava Herbologia. Mas Hermione nem quis ouvir falar nisso.

                -Hermione, quantas vezes na vida vamos ver um Dragão saindo do ovo?

                - Temos aulas, vamos nos meter em confusão.

                - Cala a boca! – cochichou Charlote. Malfoy estava apenas alguns passos e parou para ouvir. Eles não gostaram nem um pouco da expressão que viram na cara de Malfoy.

                Rony e Hermione discutiram todo o tempo a caminho da aula de Herbologia, e no final ela concordou em dar uma corrida a casa de Hagrid no intervalo.

                Quando chegaram na cabana, Hagrid cumprimentou-os parecendo vermelho e excitado.

                O ovo estava em cima da mesa. Tinha fundas rachaduras. Todos puxaram as cadeiras para junto da mesa e observaram com a respiração presa.

                De repente ouviram um som arranhado e o ovo se abriu. O dragão bebê caiu molemente em cima da mesa. As asas espinhosas eram enormes em contraste com o corpo preto e magro, tinha um focinho longo com narinas largas, tocos de chifres e olhos cor de laranja.

                Espirrou, voaram fagulhas do seu focinho.

                -Ele não é lindo? – murmurou Hagrid.

                - Com certeza – disse Charlote ironicamente.

                O bicho tentou morder os dedos de Hagrid deixando a mostra suas presas pontiagudas.

                - Deus o abençoe, olhe, ele conhece a mamãe! – exclamou Hagrid.

                - Rúbeo – perguntou Hermione – exatamente com que rapidez um dragão norueguês cresce? 

                Hagrid ia responder quando ele deu um salto e correu a janela.

                - Que foi?

                -Alguém estava espiando pela fresta nas cortinas, um garoto está correndo de volta para escola.

                Harry e Charlote correram para porta e olharam para fora. Mesmo a distancia não havia como se enganar.

                Malfoy vira o dragão.

                Alguma coisa no sorriso que rondou a cara de Malfoy durante a semana seguinte deixou os quatro muito nervosos, passaram a maior parte do tempo livre na cabana de Hagrid, tentando argumentar com ele.

                -Deixe o dragão ir embora – insistia Harry.

                -Solte ele – dizia Charlote.

                -Não posso – disse Hagrid – Ele é muito pequeno. Morreria.

                Eles olharam para o dragão, aumentara três vezes de comprimento em uma semana. Hagrid não estava cumprindo suas tarefas de guarda caça porque o dragão o mantinha muito ocupado.

                -Decidi chamá-lo de Norberto – anunciou Hagrid – ele realmente sabe quem sou, olhe. Norberto! Norberto! Onde está a mamãe?

                -Rúbeo – disse Harry – Dê mais 15 dias e Norberto vai ficar do tamanho da sua casa. Malfoy pode procurar Dumbledore a qualquer momento.

                - Eu... Sei que não vou poder ficar com ele para sempre, mas eu também não posso largá-lo assim.

                Harry virou-se para Rony e disse:

                -Carlinhos.

                -Você também – disse Rony – Eu sou Rony, está lembrado?

                - É claro que ele lembra, idiota – suspirou Charlote.

                - Não, Carlinhos... Seu irmão, Carlinhos. Na Romênia. Estudando dragões, poderíamos mandar Norberto para ele. Carlinhos pode cuidar dele e depois devolvê-lo a floresta – disse Harry ignorando o comentário de Charlote.

                -Brilhante! – exclamou Rony – O que é que você acha, Rúbeo?

                Hagrid concordou que poderiam mandar uma coruja a Carlinhos.

                A semana seguinte se arrastou. Na noite de quarta feira, o relógio da parede acabara de bater meia noite quando o buraco do retrato se abriu de repente. Rony se materializou ao tirar a capa de invisibilidade de Harry. Estivera na cabana de Hagrid, ajudando a alimentar Norberto, agora comendo caixotes de ratos mortos.

                -Ele me mordeu! – disse ele mostrando a mão, enrolada em um lenço ensangüentado. – Não vou conseguir segurar a pena de escrever por uma semana. Vou lhe contar, aquele dragão é o bicho mais horrível que já conheci, mas quem ouve Rúbeo falar pensa que é um coelhinho fofo. Quando dragão me mordeu, ele ralhou comigo por telo assustado. E quando saí, estava cantando uma canção de ninar. – Charlote precisou se segurar para não rir. 

                Ouviu-se uma batida na janela escura.

                - É a Edwiges! – disse Harry – Deve estar trazendo a resposta de Carlinhos!

                Caro Rony,

                Terei prazer em cuidar do dragão Norueguês. É melhor mandá-lo por alguns amigos que estão vindo me visitar na próxima semana.

                Mas você teria que levá-lo na torre mais alta a meia-noite de sábado,pois dragão é ilegal.

                Mande-me uma resposta mais rápido possível.

                Afetuosamente, Carlinhos.

                Eles se entreolharam.

                -Temos a capa de invisibilidade – disse Harry – Não deve ser muito difícil: acho que a capa é bastante grande para cobrir nós e o Norberto. Poderá aparecer os pés, mas não será problema.

                - Nossos pés ou a perna inteira, se esse dragão crescer mais. – disse Charlote –

Desculpe, estou um pouco nervosa.

O fato de todos concordarem indicava como a semana fora ruim. Qualquer coisa para se livrarem de Norberto – e de Malfoy.

                Na manhã seguinte, a mordida do Dragão fizera a mão de Rony inchar, ficando duas vezes o seu tamanho normal, ele não sabia se era seguro procurar madame Pomfrey. A tarde, porém, não houve mais jeito o corte adquiria uma feia cor verde. Dava a impressão de que as presas de Norberto eram venenosas.

                Harry, Hermione e Charlote correram para a ala do hospital no fim do dia e encontraram Rony acamado numa situação horrível.

                -Não é só minha mão – cochichou ele – embora ela pareça que vai cair. Malfoy disse à Madame Pomfrey que queria pedir emprestado um livro meu, para poder vir dar uma boa gargalhada. Ficou ameaçando contar a ela o que realmente me mordera. Eu disse que foi um cachorro, mas acho que ela não está acreditando. Eu não devia ter batido nele no jogo de quadribol, é por isso que ele está agindo assim.

                - Tudo vai terminar a meia noite de sábado – disse Charlote, mas isso deixou Rony mais nervoso, ele desatou a suar.

                -Meia-noite de sábado! – disse ele com a voz rouca. – Ah, não... Ah, não... Acabei de me lembrar: a carta de Carlinhos estava no livro que Malfoy levou, ele vai saber que vamos nos livrar de Norberto.

                Madame Pomfrey apareceu naquele instante e fez os três saírem, dizendo que Rony precisava dormir.

                - Agora é tarde demais para mudarmos de plano. Teremos de ariscar. E temos a capa de invisibilidade, Malfoy não sabe disso.

                Quando foram contar a Hagrid encontraram Canino do lado de fora com a calda enfaixada.

                -Não vou deixar vocês entrarem, Norberto está numa faze difícil, nada que eu não possa cuidar sozinho.

                Quando lhe contara sobre a carta, seus olhos se encheram de lágrimas, embora talvez fosse porque Norberto acabara de mordê-lo na perna.

                -Aí! Tudo bem, ele está brincando, afinal é um bebezinho.

                O bebê bateu com o rabo na parede fazendo as janelas estremecerem. Harry, Hermione e Charlote voltaram para o castelo achando que sábado talvez não chegasse rápido o bastante.

                Era uma noite muito escura e anuviada, se atrasaram para chegar a cabana de Hagrid porque precisaram esperar Pirraça desimpedir o caminho para o saguão, onde estivera jogando tênis contra a parede.

                Hagrid aprontara Norberto numa grande caixa.

                -Pus muitos ratos e um pouco de conhaque para a viagem, embalei junto um ursinho de pelúcia.  Até a vista Norberto! – soluçou Hagrid – Mamãe nunca vai esquecer você!

                Como conseguiram levar um caixote de volta ao castelo nunca souberam. Eles subiram com Norberto pela escadaria e pelos corredores. Mais uma escada, mais outra...

                Então um movimento brusco quase fez com que deixassem cair o caixote. Esquecendo que estavam invisíveis, encolheram-se nas sombras. Uma lâmpada se acendeu.

                A Profª Minerva, num robe de lã escocesa e rede no cabelo, segurava Malfoy pela orelha.

                -Está detido – gritou – e são 20 pontos a menos para Sonserina. Perambulando no meio da noite, como você se atreve...

                -A senhora não compreende, Harry Potter está vindo aí, vem trazendo um Dragão.

                -Que absurdo! Como se atreve a contar tais mentiras!

                A escada em espiral até o alto da torre pareceu a coisa mais fácil do mundo depois disso. Quando saíram para o ar frio da noite se livraram da capa de invisibilidade. Hermione dançou uma jiga escocesa.

               - Malfoy vai ficar detido! Eu seria capaz de cantar - diz Hermione.

                -Não cante - disseram Harry e Charlote juntos.

                Passados uns dez minutos quatro vassouras surgiram da escuridão mergulhando em direção a torre.

                Os amigos de Carlinhos formavam um grupo animado. Mostraram os arreios que tinham trazido de modo a poder suspender Norberto entre eles.

                Finalmente Norberto estava indo... Indo... E finalmente se foi.

                Eles desceram a escada sem fazer barulho, os corações leves como as mãos. Nada de dragão, Malfoy detido, o que poderia estragar essa felicidade?

                A resposta estava no final do corredor.

                -Ora, ora, ora. – sussurrou Filch na escuridão – estamos encrencados.

                Haviam esquecido a capa de invisibilidade na torre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vamos tentar postar o outro ainda hoje mas provavelmente será só amanhã.Não se esqueçam dos reviews lindos e maravilhosos +_+Sério, não se esqueçam O_ÓHouve um pequeno erro no final do outro capítulo em relação ao jogo,no final mesmo, mas já arrumamos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Charlote Delacour" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.