Eu Beijei o Cara Errado escrita por FuckerNumber91


Capítulo 10
Mensagens (Nada) Claras


Notas iniciais do capítulo

Música Tema (Get Back): http://www.youtube.com/watch?v=lJXJ5rzcHVQ

Sorry pela demora. Tentei postar em todas as fics essa semana. Se alguém quiser acompanhar a minha short: http://www.fanfiction.com.br/historia/156450/You_Give_Love_A_Bad_Name



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Capítulo 9: Mensagens (Nada) Claras

Música Tema:Get Back

            Eu estava voltando de um almoço com o meu empresário. Ele não tinha lá ficado muito feliz quando eu disse que não queria mais atuar por enquanto e tinha saído de Sunny. Mas pareceu bem aliviado quando disse que queria continuar na música.

            Bom, eu acho. Porque estava meio distraída trocando mensagens com Sterling. Que me fazia rir a cada 2 segundos.

            Eu estava esperando notícias de Joe, mas nem sinal. E eu tinha certeza que Nick estava com ódio de mim a essa altura.

            Estacionei o carro e respirei fundo fechando os olhos. As coisas estavam meio que voltando aos seus lugares agora. De certa forma, isso é um grande alívio.

            -Esperando um milagre? – disse uma voz na janela oposta a minha.

            Abri os olhos e dei de cara com Nick.

            -Nick! – berrei e saí correndo do carro até me jogar nos braços dele num forte abraço. – Pensei que você estivesse furioso comigo!

            Ele ficou surpreso, mas não me largou.

            -Eu nunca ficaria furioso com você. Só quero o seu bem. Se você quer estar ao lado de Joe, eu te apoio.

            Eu suspirei e me afastei para olhar diretamente em seus olhos.

            -Você é incrível. Pensei que fosse ficar sem falar comigo pra sempre.

            -Eu nunca seria tão egoísta. – ele deu um meio sorriso. – E agora eu posso seguir em frente. Do tipo, ela não gosta de mim, então vamos lá. Não posso mais remoer os se eu tivesse... Você sabe e pronto. Vou procurar outro alguém.

            Meu coração falhou uma batida por infligir dor ao meu melhor amigo.

            -Você é ótimo, sabia? Qualquer uma com cérebro irá te amar. – falei abraçando-o novamente. Soltei-o e vi que ele estava com uma cara preocupada.

            -Olha, eu te apoio. Mas vá devagar dessa vez com Joe, certo? E não espere demais. Você me disse uma vez que gostava dele por tudo ser simples. Mas não se esqueça de que a mente dele também é simplória. – sua voz era de advertência e eu fiquei sem fala.

            O que eu poderia dizer depois disso?

            Antes que eu pudesse me recompor, chegou uma mensagem.

            “St_Kgnight: Acho que você se encaixa com seu nome. Saca só:

                   D(eus!)

             (D)E(mi)

                  M(e)

            (Be)I(jou)”

            Não pude deixar de rir. Mostrei a Nick. Ele deu uma risada também. Eu havia explicado a ele e a Joe sobre Sterling. Ambos pareceram bem aliviados.

            -Ele sabe sobre...? – eu o cortei.

            -Sabe. Ele me apoiou também. – sorri pra ele. Ele ergueu as sobrancelhas por um instante, processando algo.

            -Você não está dando esperanças a ele ou achando que tem alguma chance com ele, né? Porque se tiver, volte atrás com Joe o mais cedo possível. – o ar de Nick era sério.

            Eu gargalhei.

            -EU? E O STERLING? – e voltei a rir. – Não sei como vocês caíram nessa aquele dia. Ele é um bom amigo. E se mesmo assim você tiver algum medo em relação a isso, bom, ele acabou de sair de um relacionamento longo e difícil. E, além disso, eu estou bem certa sobre Joe, ta?

            Ele sorriu de lado.

            -Se você está dizendo...

            Mas estava claro que ele não acreditava em mim. Então eu tive de pensar em algo pra defender minha teoria.

            E aí saiu uma grande besteira.

            -Além de que, Sterling é gay. – claro que depois que saiu em quis me matar. Mas continuei com a cara mais séria do mundo... Enquanto Nick gargalhava – O que foi, droga? Está homofóbico agora?

            Ele continuou rindo mais um pouco e eu cruzei os braços impaciente.

            -Não, não. É que eu até acreditaria... Bem, não acreditaria, não, mas enfim, vou fingir que não acreditaria se não fosse o fato que a última namorada tinha um grayzômetro bom demais pra namorar com alguém gay.

            Armei um bico.

            -Ah, é? Como você está tão certo disso? – fiz de mau humor.

            -Porque ela era modelo e vivia cercada de estilistas gays. Nunca cairia nessa de um gay tentando se passar por hétero. A Trish Tunner é bem mais esperta que isso. Quero dizer...

            -Trish Tunner? Você quer dizer que Sterling namorou com Trish Tunner? E como você sabe disso?!

            -Sim e sei disso porque o Frank é fã dela. Tem um pôster dela na parede e tudo. Quis porque quis que a gente levasse ele ao estúdio de Sunny pra poder dizer pro Sterling que ele era “O Cara” por ter ficado com ela. Frankie ficou de coração partido quando soube que ela terminou com ele. (Ela postou no twitter que tinha terminado com ele na festa ou algo assim.) Segundo Frankie, preferia que ela ficasse com o Sterling a outros riquinhos mimados. – Nick revirou os olhos, riu e ficou me encarando esperando que eu risse junto.

            Mas eu não vi a menor graça.

            Quero dizer, Sterling foi chutado por uma modelo internacional... E eu ocupando a mente dele com as meus problemas.

            Como era mesmo naquele livro da Meg Cabot? Em que o cara tinha se divorciado de uma modelo e era padrinho de um casamento junto com uma mulher que o odiava?

            Ah, sim. Ela chamava ele de “Tarado por Modelos”.

            Certo, agora eu não poderia olhar pra o Sterling sem pensar nisso.

            E sem pensar que eu era uma idiota por ocupá-lo quando ele devia estar sofrendo. (Certo, eu sabia que ele tinha terminado com uma namorada e tal. Mas ela postar no twitter que terminou com ele? Brutal.)

            -Por quanto tempo eles namoraram? – perguntei. Nick tinha a testa franzida e não entendia a minha seriedade.

            Nem eu entendia, na verdade.

            -Hum... Por uns 5 meses, eu acho. – Nick disse.

            Ah, é claro. Foi aí que eu me lembrei que eu sabia que Sterling tinha uma namorada antes da premiação. Ele já tinha a mencionado antes! Mas eu nunca havia prestado atenção.

            Bom, não realmente.

            Eu precisava falar com ele sobre isso. E meu celular apitou de novo.

            “St_Knight: Você quer dar uma volta no shopping do centro? Tem um café novo e eu queria falar com você.

            (Certo, eu estou curioso: Joe já deu notícias? –Credo, pareço uma menininha comentando com a melhor amiga sobre o novo namorado. Digo, o novo namorado da melhor amiga, é claro.)

            Que tal em meia-hora? Como foi com o empresário? Enfim... Pode ser?

            -ST.”

            Nick tentou olhar a nova mensagem, mas tirei-a do seu campo de vista. Assim, escrevi uma resposta correndo:

            “Demi_Demis: Claro. Vou pra lá agora, se puder ser antes. Nick está aqui comigo e está me irritando, como sempre.

            E, sem querer ofender, você sempre parece uma menininha curiosa. Quer dizer, tem algum assunto que não te interesse? Porque você adora perguntar da minha vida!

            -D.”

            Nick limpou a garganta.

            -Desculpe. Tenho que ir. Sterling que falar comigo. Ele está curioso sobre Joe. – dei de ombros. E o mostrei as mensagens.

            -Vou junto, então... Se você não se importar. – rolei os olhos e fui pro banco de motorista. Ele entrou no do passageiro. E meu celular emitiu outro bipe.

            “St_Knight: Au. Essa doeu. Já estou indo também.”

            No caminho, Nick me perguntava sobre Sterling. Então eu resumi a coisa toda pra ele (tive de contar de novo sobre a noite do beijo, que antes eu só tinha dito o ter beijado erroneamente).

            -Certo. Sterling e eu sempre fomos bons colegas. Sem ameaças de morte, nem nada. Víamos até Supernatural juntos, mas nada que fosse uma amizade firme nem nada. Se bem que ele foi me levar o boxe de supernatural “lá” – falei mencionando a clínica. – Enfim. Teve o plano sobre a vingança de Joe e eu acabei beijando-o por engano. Mas ele ficou do meu lado e nós acabamos conversando até que ele teve que ir. E teve a discussão com você em que ele me apoiou, de novo. E me levou quando eu fui falar com Joe. Enfim. Ele tem sido um amigo presente.

            Nick confirmou com a cabeça.

            -Certo. E o que você acha que Joe vai fazer? Como gesto ou sei lá? – ele perguntou com uma expressão indecifrável.

            -Sei lá. – fui sincera. – Eu nem sei o que eu queria. Eu só sei que queria que ele fizesse algo que me tirasse o fôlego e que quando eu olhasse, eu pensasse “Ual, ele realmente me ama”.

            Nick assentiu e depois negou com a cabeça.

            Eu pensei em perguntar, mas sua expressão já deixava claro o que ele queria dizer: Joe nunca conseguiria fazer algo assim.

            E eu realmente torcia pra que ele estivesse errado.

            Quando chegamos no shopping, Nick fez menção de ir em direção ao cinema.

            -Hey, a praça de alimentação é pra lá. – apontei. – O café deve ser também.

            -Sei disso. Queria vir com você até o shopping pra ir ao cinema. Não pra ir ao café. – ele rolou os olhos. – Não vou ficar entre você e o Sterling. Tenho certeza que isso não vai acabar bem e não quero estar metido nisso. Só sei que alguém vai sobrar no final: Sterling ou Joe. Ou pior... Você vai ficar completamente indecisa pelos dois e vai desistir de ambos. Resultado, três corações partidos.

            Encarei Nick de boca aberta. Ele girou e saiu andando com um aceno de cabeça.

            Claro que ele estava completamente errado. E foi por essa certeza que eu saí andando em direção a praça de alimentação.

            Não foi difícil achar o café novo: era aquele que eu nunca tinha visto ali antes. Entrei e me deparei com Sterling numa mesa do fundo tomando algo.

            -Olá. – falei quando me sentei na cadeira oposta a dele.

            -Oi. – ele cumprimentou abrindo um grande sorriso. – Notícias de Joe?

            Neguei com a cabeça. Sterling não pareceu se abalar, como se já esperasse por isso.

            -Na verdade, eu estava mais curiosa sobre Trish Tunner.

            Aquilo sim fez com que Sterling se abalasse e perdesse o sorriso.

            -Me googlou, é? – ele perguntou tentando sorrir novamente. – Ou se lembrou de quando eu tinha comentado dela antes?

            -Nenhum dos dois. Disse a Nick que você era gay e ele disse que sem chances porque você tinha namorado a Trish Tunner e eu fiquei toda “Como assim?” e ele...

            -Pára. Por que diabos você disse que eu era gay, pra começo de conversa? – Sterling não parecia nada feliz. – Eu pareço gay?

            Eu não podia falar a verdade sobre Nick estar cismado sobre nós, podia?

            Quer dizer, ele simplesmente riria da minha cara. Ou acharia que eu estava andando pra trás em relação a Joe e dando sinais disso a Nick.

            Deus!

            -Errr... – fiquei dizendo.

            -Pensei que você estivesse brincando na mensagem quanto ao menininha curiosa. – ele disse parecendo ofendido.

            Certo, agora eu tinha ferido a masculinidade dele.

            Boa, Demetria.

            -Você não parece gay. É que... – PENSA! – Nick queria te apresentar a Dallas e eu disse que não porque você era gay.

            Sterling franziu totalmente a testa e eu percebi uma coisa.

            Que não teria como responder a próxima pergunta que ele faria.

            -Certo. – ele disse condescendentemente - E você fez isso por quê...?

            Engoli em seco.

            -Errrrr... Por que você acabou de sair de um relacionamento e eu pensei que você não estivesse pronto pra outro? – soou como uma pergunta.

            Sterling agora me encarava divertido.

            -E você não disse isso por quê...?

            Comecei a ficar sem idéias.

            -Porque eu pensei que fosse pessoal. Sabe, mencionar o término de seu namoro e tudo mais.

            E aí ele explodiu numa grande gargalhada. E eu me vi rindo também.

            Não que eu soubesse o porquê da risada dele. Era só que a risada dele era contagiante demais. Era como ver alguém comendo algo que parecia muito bom e você tivesse que comer também. Como se parecer sério fosse errado diante da risada dele.

            -Ok. – ele falou parando de rir. – Agora me conte a verdade. Porque você é uma péssima mentirosa. E pior ainda em arranjar desculpas.

            Senti que eu estava corando.

            -Nick acha que tem uma chance de nós estarmos começando a gostar um do outro e que isso pode acabar comigo e Joe e com a nossa amizade. – falei. – Quando ele falou isso, comecei a listar motivos opositores, mas ele não acreditou em mim. Daí eu TIVE que inventar que você era gay.

            Ele ainda estava sorrindo de lado.

            Só que tinha algo a mais naquele sorriso que eu reconhecia...

            -Ah, então tá certo. – ele disse. – Enfim, como foi com o empresário? Espero que as mensagens não tenham de distraído muito. É só que...

            Era orgulho.

            Não do tipo que você está pensando. Mas orgulho do tipo de quando você consegue algo que queria muito.

            E eu saquei na hora o que ele tinha conseguido que queria!

            -Nem vêm. Eu sei o que você está tentando fazer.

            Ele ergueu a testa.

            -Sabe? – confirmei com a cabeça brava. – Ah, que bom que deixei claro que queria estabelecer uma conversa, então. Ou você se refere a nossa crescente amizade? Por que se você acha que Nick está certo, eu...

            Deus, o cara é bom.

            -Não. Me refiro a você fugir do assunto Trish Tunner!

            Ele fez uma cara confusa.

            -Trish quem? – ele perguntou e senti uma raiva crescente.

            -Trish Tunner, sua ex... – e ele começou a rir. – Sterling!? Pare, ok?

            Mesmo assim ele estava gargalhando.

            -Foi mal. Você tinha que ver a sua cara.

            Eu não queria ter visto a minha cara. Eu queria que ele estivesse conversando comigo, isso sim.

            -Sterling, você nunca falou muito sobre ela. E não é possível que você não esteja sofrendo. Você é um cara legal. Não namoraria alguém por cinco meses...

            -Seis. – olhei mais atentamente pra ele e ele voltou a me olhar nos olhos, coisa que ele tinha evitado desde que eu comecei a falar. – Seis meses de namoro.

            -Certo. Você não namoraria alguém por seis meses a não ser que gostasse dela.

            Ele parecia estar se segurando para não ser rude.

            -Nós namoramos. Eu era apaixonado por ela. Ela terminou comigo. Anunciou até no twitter. Eu supero. Fim da história. Você ouviu mais do que qualquer um sobre esse assunto até hoje. Feliz?

            Na verdade, não.

            -Não fale com essa indiferença! Você me fez falar sobre a clínica e não quer falar sobre uma ex?! – eu elevei a voz, confesso.

            Ele parecia tão irritado quanto eu.

            Eu nunca havia o visto irritado como agora, devo acrescentar.

            -Você falou pouco sobre a clínica também, não vêm, não! – ele disse na mesma altura que eu.

            Alguns olhares passaram a cair sobre nós vindo das outras mesas.

            Isso fez com que eu baixasse o tom.

            -Eu falei com você sobre isso mais do que com qualquer um. – e percebi que ele tinha me dito a mesma coisa.

            -Viu como também foi insuficiente! – ele revirou os olhos.

            Certo, sua lógica era irrefutável.

            -Ok. Me pergunte. Te responderei sobre qualquer coisa. Eu quero ser sua amiga. Falarei pra você sobre os meus traumas se isso fizer com que você conte sobre uma modelo estúpida que terminou com você e fez com que você ficasse chorão!

            E plaft! Foi como uma bofetada na cara.

            -Você não tem idéia do que acabou de dizer. – ele falou incrédulo.

            Eu dei um riso sem humor.

            -Então me conte a história e me corrija. – ordenei. Meu coração batia acelerado e meu rosto queimava de raiva.

            -Você quer a verdade? Lá vai... – e fomos cortados pelo dono do café que correu até nós e apontou pra televisão.

            -É sobre você, senhorita Lovato. – ele informou e aumentou o som.

            Na tela, estava ninguém mais, ninguém menos que Joe. Eu fiquei de pé e me aproximei do aparelho na hora.

            -Demi – dizia o Joe na Tv. A câmera estava apenas mostrando seu rosto – é o meu amor. E eu demorei demais pra perceber isso. Eu tive de perde-la pra me dar conta de quanto eu a amava. Mas ela me deu, ou dará, uma segunda chance, porque tem um coração imenso. E isso pra ela. Espero que ela esteja me vendo em algum lugar agora.

            Então a câmera se afastou e vi que Joe segurava um grande cartaz escrito: ‘Demi, volta pra mim?’.

            E foi desse jeito que ele começou a cantar Get Back, acompanhado de Kevin na guitarra.

            Nick estava perdendo todo o show. Eu tinha que dizer pra ele que, dessa vez, Joe não havia sido nada simplório.

            Oh, me beije, como se você quisesse, como se tivesse sentindo a minha falta, porque eu sei que você sente, eu quero voltar, voltar, com você.

            Meu coração estava disparado. Só que eu não estava certa se era por causa de Joe ou por causa da briga com Sterling.

            Eu não vou mentir, tenho estado uma bagunça desde que você se foi, e toda vez que eu te vejo fica mais e mais intenso.

            Quando eu olhei pra trás, Sterling havia sumido.

            De algum modo, meu coração bateu mais rápido.


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Notas finais do capítulo

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