Teenage Dream escrita por dancehalldrug


Capítulo 14
I want to hold your hand II


Notas iniciais do capítulo

Resolvi dividir porque ficou muito grande. :)



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POV James 

Passei a noite inteira repetindo para mim mesmo que Katie sabia o que estava fazendo. Obviamente, eu não gostava nem um pouco daquela história de Alex fingir ser seu namorado, mesmo que apenas por alguns dias. Por mim já teríamos contado tudo para Kendall na segunda semana em que estávamos juntos, mas a idéia de Kendall saber parecia apavorar Katie de tal forma que eu preferia continuar escondido a ver a forma como ela ficava quando tocávamos no assunto. Eu não gostava da idéia de Alex fingir ser seu namorado por uma noite e gostei ainda menos quando ela me disse que iria com ele ao tal Baile de Inverno na semana seguinte. Não que eu não quisesse que ela fosse, eu até achava bom que ela estivesse se envolvendo nesses assuntos sociais da escola por conta própria, normalmente Logan tinha que convencê-la a ir em festas e coisas do tipo, mas a idéia de que Alex estaria com ela lá... Não me animava muito. 

Eu vi os dois juntos hoje. Sempre que eu podia, eu olhava para o camarote e procurava por ela, e eu vi como ela estava se divertindo. Eu vi a dancinha ridícula que eles estavam fazendo e como aquilo parecia ser muito engraçado, porque eles estavam sempre rindo. Eu não podia ser um chato e pé no saco que reclama quando eu via que Katie estava se divertindo ali. Mas eu realmente não me importava por ela estar se divertindo com ele, porque eu estava convencido de que Katie sabia o que estava fazendo. E também porque... Bem... Eu sou bem mais bonito que ele! E eu estou em vantagem, já que eu JÁ SOU o namorado dela. Convenhamos, ele não tem chance nessa competição. Ha ha. 

Depois do show, Gustavo pediu para que nós fossemos à um restaurante com um pessoal da gravadora. Aquilo acontecia com freqüência e nós nem nos importávamos, na maioria das vezes era até divertido. Era só pra que eles conhecessem a gente fora do palco e que se sentissem mais a vontade para colocar dinheiro no nosso trabalho.

Quando acabamos de jantar, Carlos sugeriu que fossemos à algum outro lugar. 

- Nós podemos ir conhecer aquela boate nova, o que vocês acham? – ele falou, já pegando o celular do bolso. 

- Ah, eu estava mesmo falando com a Jo que queria ir lá. – Kendall comentou, parecendo aprovar a idéia. 

- Liga pra ela, leva ela junto. – Logan sugeriu. – Eu topo! 

- Eu também. – concordei. 

- Certo, então nós vamos. – Carlos concluiu. 

- Vou ligar pra Jo. – Kendall levantou-se da mesa com o telefone. 

- Eu vou avisar a Katie que não voltaremos pra casa cedo. – Logan falou, já pegando o telefone. 

- Deixa que eu aviso. – falei. Ok, eu confesso, eu queria saber se ela ainda estava com o tal Alex e o que eles estavam fazendo. Logan e Carlos trocaram olhares divertidos e eu achei que eles fariam algum comentário constrangedor, mas Logan apenas fez um sinal para que eu ligasse, dando ombros. 

Eu disquei o numero de seu celular e aguardei enquanto chamava. Depois do terceiro toque ela atendeu. 

- Oi. – falou com a voz aparentemente cansada. Tudo estava silencioso atrás dela. 

- Oi Katie. – respondi, estranhando um pouco. – Tudo bem ai? 

- Tudo sim. – ela falou desinteressada. – Eu estou em casa. – disse. 

- Sozinha? – perguntei. Só depois de ter perguntado é que eu notei que a pergunta era ridícula, claro que estava sozinha. 

- Sim. – ela respondeu, aparentemente não notando.

- Hm. – resmunguei. Ela estava estranha, eu não estava gostando daquilo. – Eu... Os caras querem ir àquela boate nova que abriu, sabe? – falei. 

- Ah, sei. Parece legal. Divirtam-se. – ela demonstrou apenas o interesse necessário para que não fosse falta de educação. 

- Quer que eu passe ai e te pegue? Você pode ir junto. 

- Nah, eu to cansada. – falou. 

- Katie, ta tudo bem mesmo? – perguntei mais sério. 

- Ta. – falou, sem muita convicção.

- Não me convenceu. – falei. Ela riu fraquinho do outro lado da linha, o que me tranqüilizou um pouquinho. 

- Ta tudo bem. – falou de novo, tentando parecer mais sincera dessa vez. 

- Quer que eu vá pra casa ficar com você? – sugeri. Ela demorou alguns segundo para responder. 

- Quero. – falou. Eu achei que ela ia dizer que não precisava e que eu ia ter que insistir um pouco. Assim é mais fácil. 

- Chego daqui a pouco. – falei.

- Vou esperar. – ela garantiu. Eu esperei que ela desligasse. 

Eu dei uma desculpa qualquer para os garotos e entrei em um taxi o mais rápido possível. Obviamente Logan e Carlos não acreditaram na minha súbita dor de cabeça, mas eu não me importava. Em mais ou menos 20 minutos estava chegando em casa. 

O apartamento estava vazio e silencioso, então deduzi que Katie estava em seu quarto. Dei uma batidinha leve na porta antes de abri-la. 

Katie estava na cama, aparentemente concentrada na TV. Seu rosto iluminou-se ao me ver, o que me deixou muito feliz. Ela sentou na cama, fazendo sinal para que eu me sentasse com ela. 

- Hey... – falei, dando um beijo em seu rosto. Ela parecia uma criança pequena se sentindo abandonada, precisando de carinho. Sentei-me ao seu lado e passei minha mão pelos seus ombros para abraçá-la. Ela me abraçou de volta, com tanta força que parecia achar que eu fosse fugir ou qualquer coisa assim. Afastei o cabelo do seu rosto para poder olhar em seus olhos. – Tem alguma coisa acontecendo? – perguntei baixinho. Ela balançou a cabeça dizendo que não. – Tem alguma coisa que você quer me contar? – perguntei pela ultima vez. Ela desviou os olhos por alguns segundos. 

- Se você não se importa, eu não quero conversar. – ela falou com um semi-sorriso, mordendo o canto da boca. 

- Ah é? – falei, deixando que ela passasse suas pernas sobre as minhas. – E o que você quer fazer? – perguntei, me fazendo de desentendido. 

- Tenho algumas sugestões... – provocou, distribuindo alguns beijinhos pelo meu pescoço. – Nenhuma delas deixaria o meu irmão muito feliz. – comentou. Eu ri com aquilo, trazendo seu rosto para perto do meu para que eu pudesse beijá-la. Minha boca encontrou a dela com facilidade, encaixando de uma forma que só acontecia com ela. 

Ela passou uma mão pelo meu pescoço, brincando com os cabelos da minha nuca, descendo a ponta dos dedos pelo meu ombro enquanto a minha mão deslizava pela sua perna.

Minha consciência dizia “Se comporta, James”, mas eu não estava muito inclinado a obedecer. Katie afastou seu rosto para respirar por alguns segundos. Sua boca estava vermelha e um pouco inchada, eu imaginei que a minha também estivesse. Mordi o canto de sua orelha só para vê-la se encolher, porque eu adorava a forma como ela ria. Continuei brincando com minha boca pelo seu pescoço, rindo de como ela apertava meus ombros com força quando sua pele se arrepiava. Ela apoiou os joelhos ao meu lado, praticamente sentando no meu colo e segurando meu rosto com as duas mãos para me beijar. Minhas mãos correram pelas suas costas, instintivamente parando em sua cintura. A voz dentro de minha cabeça praticamente gritava “JAMES, SE CONTROLA”, mas era quase impossível controlar qualquer coisa que estava acontecendo. Estava muito quente ali, como se alguém tivesse ligado o aquecedor no máximo. As mãos de Katie passaram a abrir os botões da minha camisa, mas ela não parava de me beijar, o que estava dificultando um pouco as coisas. Ela já tinha chegado à metade do caminho quando eu me dei conta do que estava acontecendo. 

- K-Katie. – chamei, com a voz falhando pela falta de ar, minha boca ainda colada na dela. Ela me ignorou. – Katie, para. – falei um pouco mais alto. Ela parou de me beijar e afastou se rosto, completamente corada e ofegante. 

- Eu sei o que você vai falar. – ela resmungou, as mãos ainda segurando a minha blusa. – Mas isso não é errado. Eu amo você e eu sei que você também me ama. – falou, deixando um sorriso discreto escapar. – E eu... Quero... – ela deixou o resto da frase se perder, ficando constrangida e olhando para o chão. 

- Eu amo você. – falei. Aquela era a primeira vez que eu falava aquilo pra ela, assim. - Eu amo você. Muito. – repeti. – Eu amo você o bastante para não querer que isso aconteça assim, no meio dessa confusão toda em que a gente está. – afastei uma mexa de cabelo que insistia em cair em seu rosto. Ela permaneceu em silencio, ainda um pouco ofegante.

- Você é a melhor coisa que já aconteceu pra mim. – falou depois de alguns segundos. – É sério. 

Eu a abracei. Aquilo não era verdade. A verdade é que ELA era a melhor coisa que eu jamais poderia imaginar que aconteceria pra mim. Era ela. Ela que fazia com que aquelas músicas bregas fizessem sentido e que me dava vontade de levantar da cama nas manhãs mais frias.

Com um movimento rápido, fiz ela cair na cama. No inicio ela pareceu assustada, mas logo começou a rir. Eu me deitei ao seu lado, ainda com uma mão em sua cintura.

- Nós vamos ser um daqueles casais chatos e melosos que ninguém agüenta. – avisei, dando um beijo rápido no canto da sua boca. 

- Eu não ligo. – ela respondeu rindo. Eu sorri de volta e voltei a beijá-la. Nós ficamos ali pelo resto da noite. Não precisávamos de mais nada, apenas saber que estávamos juntos, e que continuaríamos juntos. Quer podíamos fazer planos e deixar coisas para depois. Ninguém pretendia ir à lugar algum. 

xx


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