- Quem é o próximo? - Matsuda perguntou.

   - Aizawa-san - respondeu L.

   Ouviram o barulho de metal caindo no chão e logo depois Aizawa aparece no palco, usando um avental escuro, e se dirige para a barca do Inferno.

   - Ei! Eu ainda não anunciei! - o narrador diz nervoso - Que seja. E surge um Sapateiro, que deveria estar carregado de fôrmas.

   - Ei da barca! - Aizawa chama.

   - Quem está aí? Oh! Santo Sapateiro honrado! - Raito diz irônico.

   - Para onde é a viagem?

   - Para o lago dos danados.

   Aizawa olha em volta - E os que morrem confessados, onde têm sua passagem?

   - Pare de tentar enrolar. Esta é a sua barca! Esta! - Raito gesticula energicamente.

   - Mas como pode ser? Confessado e comungado?

   - Você já roubou muito, então do que adianta tudo isso? Embarque, que há muito te espero!

   - Pois eu não quero! - Aizawa cruza os braços.

   - E eu perguntei se queria?

   - Todas as missas que ouvi, não serviram de nada?

   Raito balança a cabeça - Ouvir missa, então roubar... Seu caminho é mesmo por aqui.

   - E as doações à Igreja? E as rezas nos Finados?

   - E todo o dinheiro roubado?

   - Isso só pode ser brincadeira!

   Aizawa sai dali andando forte e vai até L.

   - Ei da santa caravela, pode me levar nela?

   L o olha desanimado - Só se me trouxer sorvete. O Mogi-san sumiu...

   - Ahn? - Aizawa o encara sem entender.

   - Acabaram os doces - Matsuda explica em voz baixa.

   - Ah...

   - Ryuzaki, a peça - Matsuda diz ainda em voz baixa.

   - Fazer o que - L se levanta aborrecido - Aqui não pode entrar. Vá à outra barca!

   - Mas eu acabei de vir de lá!

   - Então por que veio aqui?

   - Porque quero ir ao Céu!

   L volta a sentar - Então deveria ter trazido sorvete.

   Aizawa volta para Raito de cabeça baixa - Então vamos logo! Me leve ao Inferno! - e desaparece atrás da barca.

   - Onde você vai, Watari? - pergunta Yagami Soichiro ao ver o senhor se levantar.

   - Arranjar alguns doces, senão a peça não continua...