Pov Terceira pessoa

Um garoto andava pelas ruas de grande cidade de Nova York, com as mãos nos bolsos da calça. Seus cabelos negros caíam por seu rosto enquanto olhava para os lados, atento a tudo o que acontecia.

Nico Di Angelo era esse menino. Um filho de Hades não deveria ficar rondando pelas ruas de uma cidade repleta de monstros como Nova York, mas algo lhe chamava para aquele lugar. E semideuses tendem a seguir seus instintos e sentidos mais aguçados.

Continuou andando até que ouviu em sua mente, algo que já estava acostumado: Nico... Vá até o prédio amarelo há duas quadras daí. Tem que salvar uma pessoa. Ela é especial. Era a voz de seu pai, o deus dos Mortos.

O garoto começou a ouvir zumbidos em seu ouvido. Primeiramente fracos, mas aumentavam a medida com que chegava mais próximo do prédio. As pessoas a volta dele se afastavam quando o viam e o encaravam. Nico exalava algo estranho como se... Fosse a própria morte.

Ele aumentou o passo enquanto Hades lhe dava coordenadas de como chegar ao prédio. A porta estava fechada e Nico tapou os ouvidos, tentando conter os zumbidos. Não deu muito certo. Se jogou contra a porta do prédio e gemeu de dor. Preparou-se e deu um chute forte na porta de vidro. Ela quebrou e ele entrou, rapidamente.

Seus passos eram ouvidos na madeira do prédio abandonado enquanto ele procurava pela pessoa em perigo. Ouviu um metal se jogando contra o chão no andar de cima. Correu pelas escadas enquanto torcia para que conseguisse salvá-la a tempo.

Uma porta estava aberta no segundo andar. Nico empurrou-a um pouco e seus olhos se arregalaram. Uma mulher e uma garota estavam estendidas no chão. A mulher estava morta, pelo que ele podia ver. Sangue pingava de sua mão, mas quase tudo havia estancado. Então, ele olhou para a menina no chão do quarto. Nico não sabia quem ele deveria salvar. A menina estava viva e era a escolha mais sensata, mas nunca se sabe com Hades no comando de alguma coisa. O chão tremeu um pouco com os pensamentos do garoto.  É ela! É ela, Nico. Salve-a! A voz de Hades ecoava na mente do garoto enquanto ele analisava a menina. Ela tinha um corte em seu pulso um pouco profundo. O sangue jorrava de suas veias formando uma poça ao seu redor e se impregnando em seus cabelos.

Nico franziu o nariz e se agachou ao lado da garota. Ela tinha os cabelos pretos e seus olhos estavam fechados calmamente como se esperasse pela morte. Nico os imaginou de uma cor penetrante. Depois pensou em como estava sendo idiota naquele momento pensando em cores dos olhos ou cabelo. Tinha que tirá-la dali o mais rápido possível.

Ele a pôs em seu colo devagar para que o sangue não jorrasse mais e mais e a carregou até um canto da sala, onde o sol não batia em seus corpos. Se concentrou nas sombras e logo estavam viajando, o vento soprando rapidamente.

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Pov Brooke Thompson

Estava em um grande salão com dois tronos a minha frente. Em um deles, o maior, estava sentado um homem com vestes negras e os olhos e cabelos da mesma cor. Ele tinha o cenho franzido e parecia imerso em seus próprios pensamentos. O trono ao seu lado tinha o formato de uma flor negra decorada em ouro. Havia uma bela e jovem mulher de cabelos negros e olhos castanho calorosos, que usava um vestido cheio de diferentes tipos de flores.

Parecia até que as flores abriam e fechavam. Pude perceber que eles não me viam, olhavam fixamente para um ponto atrás de mim.

Me virei devagar e distingui minha mãe sentada em uma pequena cadeira de mármore preto. Queria correr e abraçá-la, mas algo me prendia no lugar onde estava.

Tentei gritar seu nome, mas minha voz não saia. E então o homem no trono maior quebrou o silêncio que ali se instalava:

-Por que veio aqui, Rose Thompson?

-Vim pedir que os senhores mesmos me julguem,rei e rainha do mundo inferior.-respondeu minha mãe calmamente.

Ela levantou, fez uma referencia e sentou-se novamente. Na minha frente estava o homem que fez minha mãe se matar. Ai, como eu queria pegar aquele pescoço e torcer até virar pó!

Hades disse então:

-Ok, vamos examinar sua ficha. -ele pegou uma prancheta que apareceu ali do nada e começou a lê-la com sua esposa.

- Você vai para os campos de Asfódelos. Suas últimas palavras?

-Eu queria falar pra minha filha que... -ela fez uma pausa e se virou para onde eu estava, como se me visse ali. -Que eu quero que ela tenha uma vida maravilhosa.

E com um simples gesto da mão de Hades ela sumiu numa fumaça negra e tudo ficou escuro outra vez.