Audrey acordou assustada. Sua cabeça doeu violentamente. O filete de sangue que descia da sua nuca para o couro cabeludo, demonstrava que ela estava de cabeça para baixo. Ela esperou estar no porão, para ser torturada, mas quando abriu os olhos teve uma surpresa: Estava pendurada no poço de água do jardim. Ariana e Lincon estavam escorados na borda do poço. Ela já foi tratando de falar mal de Ariana. Se ia morrer, pelo menos iria deixar a sua marca.

   -Você! Garota... Igual a sua mãe. Nojenta, repugnante. Só servia para roubar o Luke de mim

   -Cara Audrey...- Disse Ariana sorrindo e em um tom tranquilador, mas ao mesmo tempo perverso.- Você já deve saber que sua vida está para um fio não é?

   -E você vai o que? Me jogar nesse poço e deixar morrer? Eu esperava mais da sua parte...

   -Não Audrey... Eu nunca seria tão gentil assim com você. Mas já que você está prestes a morrer, sinto que tenho mais que a obrigação de explicar pelo menos como e com o que você vai morrer oras. Eu não seria tão boa a ponto de deixar você curiosa e tranquila.

   -Pode falar o que quiser. Eu não sou muito de me assustar.

   -Se é assim. Vou começar do início.- E agora seu olhar era tambem perverso e demente- Um mês depois que Thalita morreu, eu começei a me interessar sobre a tão falada teoria da genética, e principalmete mutação humana. Mas, para eu fazer meus estudos eu prescisava de uma cobaia. Um humano que estivesse disposto a dar o corpo para meus estudos. E adivinha só: Cadu Colliter, o namorado de Thalita foi quem se ofereceu para o serviço!

   "As primeiras esperiencias, com uma fórmula que eu injetava nele, eram um sucesso. Com uma ou duas semanas Cadu começou a desenvolver caracteríscticas, como força, resistencia ao calor e ao frio, a tortura, a fome. E também desenvolveram nele os dentes, e as unhas, que ficaram semelhantes a um tigre. Mas em compensação, por falha minha, ocorreu um erro."

  "Na terceira semana, em que as habilidades de Cadu estavam no auge, eu começei a ver que o Q.I. dele estava abaixando cada vez mais. Até que certo ponto ele agia só por instinto. Eu transformei um homem em um animal. Um animal totalmente carnívoro que come qualquer coisa que ver pela frente."

  "Resolvi escondê-lo aqui. E pedi para Alfred alimentá-lo. Eu tinha a cura óbvio. Mas como eu sempre quis um bichinho de estimação... Ganhei um"

   -E o que isso tem a ver com a minha morte?

   -Audrey, Audrey! E eu achando que você fosse mais esperta... Vamos dizer que Cadu te deu um convite para jantar. E o jantar será você.

   -Vá para o inferno vadia- Disse Audrey, e tinha o medo estampado em cada centímetro de seu corpo.

   -Te encontro lá- Respondeu Ariana sorrindo, e cortou a corda.

   Audrey caiu até bater com um baque surdo no chão. O poço era vazio, e em uma das paredes, havia um buraco. Ela fitou ele por alguns segundos e viu dois olhos brilharem no meio da escuridão. Depois, foi mais visível o que realmente era. As pálpebras de Cadu já não existiam mais, fazendo com que para ele lubrificar os olhos, ele ficesse girando as órbitas para cima e para baixo. Seus lábios estavam podres e sujos de sangue, e dentro de sua boca havia enormes dentes afiados. Audrey entrou em pânico. Ser jantar de um mutante não estava em seus planos.

   Lá de cima Lincon perguntou.

   -E se ela desmaiar? Aí não vai ter a mesma graça...

   -Eu usei amônia nela. Ela não irá desmaiar.

  Ariana e Lincon contemplaram a cena: Cadu enfiou as garras na barriga de Audrey, com gritos desesperados dela e começou a puxar a pela vorazmente, deixando exposta a carne viva. Depois num movimento brusco devorou as entranhas de Audrey e depois a carne de seus braços e pernas, lentamente, saboreando a carne, o sangue. Éntão com as unhas ele arrancou os olhos dela e os comeu com verocidade, enquanto arrancava orelhas e o que restava. Acabou que no final Audrey não era nada mais que um monte de ossos.

  Ariana após ver que Cadu terminara, soltou uma risada alta, psicopata, demente e assustadora, que faria até os mais resistentes estremeçerem. Depois olhou para Lincon, que estava levemente aterrorzado e simplesmente disse:

   -Cadu deve ter gostado do jantar- E boçejou- Estou prescisada de um sono... Quer vir comigo?