A História que L. J. Smith Não Contou escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 5
Capítulo V - S de Solução ou de Stefan?


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho, mas quem espera sempre alcança...



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09 de Abril de 1863

    Giuliana estava em seu quarto penteando seus cabelos, faltava um pouco mais de duas horas para o pôr-do-sol quando Carmela entra em seu quarto para lhe noticiar um convite:

- Senhorita, o Sr. Salvatore lhe convida para um chá da tarde no jardim.

Giuliana deu um breve riso:

- Qual Sr. Salvatore Carmela?

- O mais moço, o Senhor Stefan. Disse a Ama.

- Diga que aceito e logo me juntarei a ele, só vou terminar de escovar meus cabelos. Disse a moça. Em seguida a criada acenou com a cabeça e saiu.

     Agora estava sozinha novamente, começou a refletir sobre sua quase fuga:

“E se eu tivesse fugido o que teria acontecido? Talvez Damon tenha razão, talvez não, ele tem, meu pai iria mesmo iniciar essa tal Guerra Mundial” Ela riu.

“Por um momento eu entrei em pânico, pensei que ia cair do cavalo e ele ia me pisotear. Eu gritei tanto, se não fosse Damon não sei o que seria de mim, e eu nem agradeci, estava tão preocupada que eles não percebessem que inicialmente eu estava tentando fugir, esqueci completamente de agradecer meu herói.” Continuava pensando

“Salvador, Savior, Wybawca, Salvatore, Sauveur, etc, são várias as palavras que podem representar a mesma pessoa... Damon. Aquele machista, grosso, convencido, preconceituoso e namorador. Até hoje não entendo como aquela figura conseguiu se tornar meu melhor amigo. Não devo fazer o Stefan esperar, vou descer!”

Carmela guiava sua patroa até um canto do jardim que não podia ser visto pelas pessoas que estavam na casa. E lá estava uma mesa repleta de biscoitos e doces, haviam apenas duas cadeiras e em uma delas estava sentado Stefan esperando Giuliana.

Ele se levantou e puxou a outra cadeira para a moça, que agradeceu:

- Que bom que a senhorita aceitou meu convite. Pensei que precisava se distrair um pouco depois da manhã conturbada que teve. Disse Stefan sentando-se.

- Eu adorei o convite, mas pare de me chamar de senhorita, isso fica tão formal! Nem parece que nos conhecemos desde criança. Disse a moça

- Tudo bem, se deseja assim. Disse ele.

- Claro, enquanto você me chama de senhorita eu te chamo de Stef, isso fica estranho. È como se você quisesse que eu te chamasse de Senhor Salvatore! Afirmou ela.

- Não, para mim está ótimo ser chamado de Stef. Disse ele.

- Então pare com isso e me chame de Giuliana ou de você. Retrucou ela.

    Stefan sorriu. Enquanto isso Carmela ficava um pouco distante apenas observando e tomando conta da menina, como se Stefan fornecesse algum perigo à menina que ela praticamente criou depois da morte da mãe quando ainda era um bebê.  

      Conversa vai, conversa vem, Stefan resolveu tocar em um assunto delicado para a menina:

- Quer dizer que Tio Alonzo vai te levar de volta para a Itália para casar você?

- Bem, segundo ele já estou na idade de casar.

- E quem foi o noivo escolhido? Perguntou Stefan.

- Ele não escolheu o noivo, respeitando um pouco minhas idéias sobre esse assunto ele pelo menos vai me apresentar vários pretendentes escolhidos por ele para que eu escolha o que mais simpatize. Disse ela tristemente.

- Mas eu sei que não vou me agradar com nenhum. Como italiana nata, para um homem conseguir meu afeto tenho que conhecê-lo a muito tempo, pois a conquista acontece aos poucos. Continuou ela.

- Entendo... O que a senhorita... Perdão, VOCÊ acha do casamento? Indagou Stefan.

- Sinceramente... Eu acho um circo. Uma convenção que deveria ser fundada pelo amor entre um casal, mas que foi totalmente banalizada pela sociedade através dos anos. Respondeu Giuliana.

- Nossa... VOCÊ é segura no que diz e defende suas idéias com bastante firmeza para uma...

- Para uma mulher? Ela interrompeu bastante aborrecida.

- Eu ia dizer: “... para uma moça tão jovem!”.

Os dois riram.

- Sinceramente, além de não querer casar com um desconhecido eu também não quero voltar para a Itália. Eu amo minha terra natal, mas me encantei com este país, ele é tão, tão...

- Tão selvagem. Completou Stefan.

- Eu ia dizer: “... tão excitante”. Disse ela.

E riram outra vez.

- Eu tenho uma solução para seu problema. Disse Stefan criando coragem.

- Então me diga! Disse Giuliana com os olhos cheios de esperança.

- É só você se casar com um americano! Disse ele.

- Meu pai nunca permitiria que eu casasse com alguém de uma cultura diferente da nossa, Stefan. Disse ela desanimando-se.

- Então se case com um americano de família italiana! Exclamou ele.

- É uma boa idéia, mas eu não conheço muitos rapazes dessa procedência, vou avaliar as poucas opções. Muito obrigada Stefan! Disse Giuliana.

De repente a coragem de Stefan o abandona:

- De nada prima! Ele teve sua chance, mas a deixou passar, talvez estivesse muito cedo, afinal tinha pouco mais de 24 horas que ela estava na casa.

     E lá eles continuaram até bem perto da hora do crepúsculo, conversando sobre outros assuntos.


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Notas finais do capítulo

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