A História que L. J. Smith Não Contou escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 3
Capítulo III - Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo..



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09 de abril de 1863

Os primeiros raios de sol tocaram a face de Giuliana, ela acordou. Estava ansiosa para ver os cavalos, ela quase não dormiu elaborando um plano para fugir dalí. Não que ela não gostasse deles, mas ela precisava fugir de seu pai, ela já tinha consciência que estava na idade de casar, sua mãe se casara aos 14 anos, ela já tinha 16 e não suportava a idéia de casamento. Para ela era apenas uma convenção da sociedade, uma instituição falida que envolvia algum interesse das famílias. “Para que casar?” ela pensava, “Para viver presa, tendo que obedecer a um homem, cuidar da casa e de seus filhos? Eu não nasci para isso” era no que acreditava. Ela tinha que fugir, pois sabia que se voltasse para Itália seria forçada.

  A chance dela era essa, em qualquer momento distrairia os irmãos Salvatore, usaria sua influência sobre Stefan e pediria para cavalgar um pouco. “Pobre Stefan, mal conseguia me olhar nos olhos” pensava, e quando concedesse seu desejo ela correria, correria sem rumo, sem saber aonde ir, mas casar a força, isso ela não poderia permitir que acontecesse. Enquanto eles estivessem no estábulo Giuliana estaria livre da sua guarda-costas, Carmela, que não sai de seu pé, pois ela estaria passando para os empregados da casa o gosto de sua senhora. Esse sem dúvida seria o momento propício para sua fuga.

  De repente a porta se abre e alguém entra, era Carmela trazendo seu café da manhã:

- O sol já raiou, a senhorita pediu que lhe acordasse.

- Ah sim, claro, Carmela.

  •

Os irmãos Salvatore já estavam no jardim da casa esperando a prima, eles tentavam jogar um jogo novo criado a 2 anos atrás no Canadá, hockey, Damon aprendeu esse jogo numa viagem que fez a negócios para seu pai. Giuliana assistia de longe essa cena, era horrível, os dois segurando seus tacos e tentando atingir o disco, tudo o que conseguiam era arrancar tufos de grama do chão, Giuliana não agüentou e soltou uma risada.

- O que foi prima? Perguntou Stefan

- Vocês estão jogando hockey, certo? Disse ela

- Você conhece o jogo? Questionou Damon.

- Claro que conheço esse jogo, eu estava num internato e não em outro planeta!

Damon deu uma breve risadinha sem graça, Giuliana percebeu e tentou se desculpar:

- Oh, Desculpe minha grosseria primo!

- Não há do que se desculpar prima, eu mereci, às vezes eu sou um troglodita. Disse Damon.

-Disso eu não posso discordar! Disse ela descendo a pequena escada e sorrindo em direção aos primos.

- Au, essa doeu! Disse Damon

- Brincadeira! Disse ela.

- Por que rias prima? Disse Stefan tentando entrar na conversa.

- Vocês estão jogando totalmente errado!

- E como se deve jogar? Perguntou Damon com tom de ironia.

- Primeiro vocês estão destruindo toda a grama, deixe o jardineiro ver isso, ele vai degolar vocês, e segundo o hockey deve ser jogado sobre uma superfície lisa e escorregadia, de preferência o gelo. Explicou ela levantando uma sobrancelha, estava tentando mostrar que conhecia mais esportes que Damon, era uma competição iniciada na infância dela.

Vendo que perdera essa batalha Damon se adiantou:

- Ora vamos, estamos a escutar conselhos sobre esportes de uma mulher! Debochou ele

- Machista! Exclamou Giuliana enquanto caminhava para junto deles.

- Exibida! Revidou Damon.

Se vendo entre os dois, novamente excluído da conversa Stefan sugeriu:

- Vocês deveriam parar de discutir, nos temos que ir logo ver os cavalos, pois em breve chegará o veterinário, hoje é sábado se lembra Damon?

Depois de Stefan dizer isso Damon e Giuliana se entreolharam e sorriram um para o outro, Stefan nunca entendia as brincadeira deles, por isso sempre ficava por fora.

- Claro Stefan! Disse Damon dando dois passos até chegar em Giuliana, então ofereceu seu braço à moça que aceitou, vendo isso Stefan entristeceu-se, mas após aceitar o braço do primo ela puxou também o do outro. Queria segurar o braço dos dois, afinal Giuseppe designou essa missão aos dois.

 •

Chegando lá Damon pediu permissão à prima e retirou a mão dela de seu braço, ele estava indo abrir a porta do estábulo.

Entrando no estábulo Stefan sentiu-se em seu território, guiava a sua prima a todos os cavalos até aos que não eram de raça pura. Agora quem se auto excluíra fora Damon, estava um pouco atrás dos outros dois. Giuliana percebeu, mas não fez nada, pois se lembrou da conversa da noite passada e concluiu que não deveria ser fácil para o primo estar naquele local depois de anos, então ela deixou Stefan entretê-la e fazê-la esquecer um pouco do outro primo.

- Este é Trovão, um puro sangue árabe! Disse Stefan todo empolgado.

- Ele é lindo e muito alto também! Exclamou ela.

- Ele é mesmo. Concordou Stefan

\t\t  Estavam os dois acariciando o pescoço do cavalo, Stefan direcionava seus olhares ora para o cavalo, ora para Giuliana. Perto dela ele se sentia anestesiado, aquela imagem era realmente divina para ele. Sua prima estava com os cabelos meio presos, alguns cachos caíam sobre seu ombro e ela vestia um vestido azul bem bonito, um pouco mais simples que o da noite passada, seu pequeno decote era humilde, mas ainda deixava visível seu sinal de nascença. Ele sentia-se em paz vendo aquela figura angelical acariciar seu cavalo favorito, de repente uma doce voz o trazia para realidade, era ela:

- Stef... posso faze-te um pedido?

- Tudo o que você quiser meu anjo. Sussurrou Stefan

- O que você disse Stefan, eu não consegui ouvir, você falou muito baixo. Disse ela sem ter mesmo escutado

- Eu disse, que po... podes pedir o que quiseres. Falou Stefan

- Ah, é que, bem, eu, eu queria muito cavalgar um pouco com Trovão. Ela estava colocando seu plano em prática

- Claro que pode, deixe-me selá-lo! Disse Stefan ainda um pouco anestesiado.

\t\t  Neste momento Damon resolveu sair da sua auto exclusão e pronunciar-se:

- Eu acredito que não seja uma boa idéia! Meu pai não irá gostar nem um pouco.

- E desde quando você se importa com o que o papai gosta? Que eu me lembre sua última namorada era casada. Disse Stefan

Damon não se ofendeu, mas surpreendeu-se, Stefan sempre foi o menino de ouro do pai, nunca nem sequer pensou em desobedecer uma ordem dele, por isso era o filho queridinho:

- Tudo bem, eu é que não vou impedir que milagres aconteçam.

- O que você quer dizer? Perguntou Stefan.

- Nada irmãozinho, só quis dizer que por mim tudo bem. Damon justificou-se.

Giuliana já estava montando no cavalo quando Stefan instruindo-a disse:

- Tome o chicote, use apenas para ameaçá-lo mostrando na altura de seus olhos.

E lá estava ela montada no Trovão, sentada de lado claro, como qualquer dama sentaria. Deu alguns galopes até sair do estábulo, então bateu o chicote no traseiro do cavalo e ele começou a correr.

“Agora sim livre, eu consigo sentir o vento da liberdade em meu rosto, nada de casamento, nada de jaulas, guarda-costas, e principalmente nada de homens querendo mandar na minha vida” pensava ela enquanto o cavalo corria com toda velocidade e se afastava do estábulo e da mansão Salvatore.


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Notas finais do capítulo

Estão com alguma expectativa? o que vai acontecer agora?..
Por favor Review!! =D