Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 68
Capítulo 68 - Dolores Umbridge


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora!!!
Eu queria postar antes, mas o mês de setembro foi mais corrido do que o esperado, por isso eu não pude postar antes. Me desculpem.

O capítulo está aqui, e eu espero que vocês gostem. Não vou ficar mais enrolando vocês...
Boa leitura!



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Capítulo 68 - Dolores Umbridge

POV Katherine

Logo depois de conversar com Harry e fazer com que ele percebesse que não estava agindo normalmente, nós deixamos o meu dormitório e fomos direto para o Salão Principal.

Não era preciso ser vidente para saber que o assunto durante o jantar nas mesas das casas seria a discussão de Harry com a Umbridge. Era simplesmente incrível como algumas notícias se espalhavam pelo castelo em um espaço tão curto de tempo.

Eu esperava que Harry se desculpasse com Rony e Hermione, e não voltasse a explodir com eles. Mas eu só poderia ficar sabendo das coisas na manhã seguinte, então achei melhor começar a fazer as tarefas de Runas Antigas, Herbologia e Transfiguração depois que voltei para o Salão Comunal da Sonserina. Era melhor manter minha mente funcionando.

- Katherine, não precisamos fazer isso agora. - Júlia reclamou quando me viu abrindo os livros.

- Eu sei. - respondi simplesmente, enquanto tentava ignorar Draco, Crabbe e Goyle do outro lado do Salão Comunal. Draco vinha abusando do poder do distintivo de monitor desde que colocamos os pés no Expresso de Hogwarts.

Foi fácil bloquear as vozes ao meu redor depois que comecei a escrever as traduções dos textos de Runas, que ocuparam uma boa parte da noite. Como eu ainda tinha tempo até o horário da monitoria, comecei a escrever a redação de Herbologia.

- Katherine, você desistiu apenas das aulas de História da Magia? - Alexia perguntou enquanto a minha pena corria pelo pergaminho.

- Não. Astronomia também. - respondi erguendo os olhos para ela e para as outras meninas.

- Amanhã a nossa primeira aula será vaga então, certo? - Bianca perguntou.

- Certo. Mas porque você desistiu de Astronomia, Bianca? Você tinha nota para continuar cursando a matéria e prestar os N.I.E.M's.

- É mesmo Bianca. - Lexi comentou. - E você gostava de Astronomia.

- Não gostava tanto assim. - Bianca deu de ombros. - E vocês também desistiram da aula, não teria graça continuar. - ela sorriu para nós.

- Katherine, nós podemos perguntar uma coisa? - Rachel perguntou hesitante.

- É claro. - respondi largando a pena e enrolando o pergaminho percebendo que não teria mais tempo para continuar a redação. Eu já desconfiava da conversa que viria a seguir.

- É verdade tudo o que estavam falando durante o jantar? - Rachel perguntou.

Eu via que elas estavam querendo falar comigo sobre esse assunto desde o jantar, mas estava fugindo delas desde o começo.

- Sobre o Harry e a Umbridge? - perguntei apenas para confirmar. Todas elas confirmaram assentindo.

- É verdade que ele falou sobre a noite do retorno do seu pai? - Júlia perguntou.

- Aparentemente sim. - respondi. - E ele gritou com a Umbridge e ganhou uma detenção logo no primeiro dia de aula.

- Katherine, o que você acha que vai acontecer nesse ano? O que você acha que a Umbridge pretende fazer aqui em Hogwarts? - Melanie perguntou.

- Não sei. Eu não sei o que pode acontecer esse ano, e não sei dizer exatamente o que a Umbridge pretende fazer aqui, mas a única coisa que eu tenho certeza é que ela vai defender tudo o que Cornélio Fudge falar e irá reportar tudo para ele.

- O que você pretende fazer? - Lexi perguntou me olhando preocupada. Elas deveriam saber que os fundadores não estavam gostando da intromissão do Ministério em Hogwarts apenas pela minha reação.

- Eu quero que Hogwarts não mude mesmo com a intromissão do Ministério. Eu gostaria de ter um ano calmo, mas com o retorno do meu pai e com Dolores Umbridge em Hogwarts, acho que será impossível. - respondi suspirando pesadamente. - Está na hora do meu turno da monitoria. - falei recolhendo os livros e me levantando.

Sem falar mais nada, subi as escadas para o dormitório feminino e deixei minhas coisas lá.

- Boa noite. - falei para as meninas ao passar pelo Salão Comunal para então sair dali.

Por algum motivo, os lugares de monitoria mudariam a cada três meses. Eu tinha que monitorar o sexto e sétimo andar durante os primeiros três meses até as férias de inverno, e quando as férias terminassem receberíamos as instruções para os próximos três meses.

- Quem mudou o "sistema"? - eu perguntei para os fundadores assim que cheguei ao sexto andar.

- Quem você acha? - recebi uma pergunta como resposta, enquanto eles apareciam na minha frente.

- Umbridge? - questionei, mas antes que eles respondessem eu já sabia.

- Sim.

- O Ministério está com tanto poder assim dentro de Hogwarts? - eu não queria acreditar que em tão pouco tempo, tanta coisa tivesse mudado dentro do meu castelo.

- Dumbledore não pode retrucar muito, querida. - Rowena respondeu. - Cornélio Fudge poderia tentar dispensar Dumbledore da diretoria da escola pressionando o conselho caso ele não aceite certas mudanças.

- Mas isso não é justo! - eu sabia que estava parecendo uma criança birrenta, mas realmente não era justo.

- Katherine, por favor, tenha paciência esse ano. - Salazar pediu. - Nós sabemos perfeitamente da sua situação, mas tente não discutir com a Umbridge. Ela e o Ministro ficarão satisfeitíssimos se conseguirem expulsar você e o Potter da escola.

- Pode ficar tranquilo, Salazar. - eu falei tentando tranquilizá-los. - Eu não vou dar esse gostinho de vitória para eles.

- Vamos deixar você continuar a sua monitoria tranquilamente. - Godric disse e eles desapareceram, me deixando sozinha para a monitoria.

No dia seguinte, eu terminei a redação de Herbologia e adiantei a redação de Transfiguração durante a primeira aula, já que era uma aula vaga. As meninas não tinham nem tocado nas tarefas dizendo que teriam tempo depois, mas eu desconfiava que no final de semana elas estariam desesperadas.

A segunda aula seria uma aula dupla de Poções antes da primeira aula de DCAT, aula da Umbridge.

- Katherine, tenha paciência. - Severo me alertou antes que eu deixasse a sala.

- Pode deixar. - respondi fechando a porta da sala e indo com as meninas até a sala de DCAT.

- Como você acha que será a aula? - Alexia perguntou para mim quando paramos em frente à sala.

- Não faço ideia, mas pelo o que Harry me contou ela não permite a prática de feitiços. - respondi.

- O quê? - Rachel questionou indignada, ao mesmo tempo que a porta era aberta e Umbridge aparecia com um sorriso em sua cara de sapa.

- Posso saber o que há de errado, srta. …?

- Simmons. - Rachel respondeu corando levemente.

- O que há de errado, srta. Simmons? - Umbridge perguntou novamente.

- Nada demais. - Rachel respondeu.

- Professora Umbridge. - ela falou analisando Rachel.

- Desculpa? - Rachel perguntou sem compreender.

- Nada demais, profa. Umbridge.

Rachel olhou para mim incrédula, mas eu não podia fazer nada.

- Nada demais, profa. Umbridge. - Rachel falou com um toque de raiva na voz.

- Ótimo. Por favor, entrem. - ela convidou todos nós.

Quando todos os alunos se sentaram, Umbridge falou pela primeira vez com a classe:

- Bom dia, classe! - ela falava pausadamente, como se falasse com crianças de cinco anos da mesma forma que falara com toda a escola no banquete há dois dias atrás.

- Bom dia. - alguns alunos responderam.

- Tss-tss. - muxoxou a professora. - Assim não vai dar, concordam? Eu gostaria que os senhores, por favor, respondessem: “Bom-dia, Profa. Umbridge.” Mas uma vez, por favor. Bom-dia, classe!

- Bom-dia, Profa. Umbridge. - todos nós falamos com monotonia na voz. Alexia, Rachel e todas as outras garotas da sonserina estavam incrédulas, mas provavelmente todos os alunos presentes estavam surpresos.

- Agora sim. - disse a professora com meiguice. - Não foi muito difícil, foi? Guardem as varinhas e apanhem as penas. - mandou.

- Eu escutei direito? - Melanie sussurrou para mim. - Ela mandou nós guardarmos as varinhas?

- Mandou. - respondi fechando os punhos.

A aula foi monótona. Umbridge mandou que nós copiássemos o que ela colocou no quadro-negro e explicou como seria as aulas dela. Já no final da aula, Júlia fez a pergunta que provavelmente estava na mente de todos os alunos presentes:

- Nós não praticaremos feitiços durante as aulas? Nenhum feitiço?

- Qual é o seu nome?

- Júlia Robbins.

- Srta. Robbins, eu não vejo o porque do uso prático de feitiços. Se vocês aprenderem corretamente a teoria não terão problemas para executá-los.

- E quando entraremos nos feitiços defensivos? - Alexia perguntou.

- Feitiços defensivos? - Umbridge repetiu, seus olhos estavam esbugalhados.

- Nós queremos aprender como nos proteger do que nos espera lá fora. - Lexi falou.

- Não há nada esperando por vocês lá fora, minha querida. - Umbridge falou com um sorriso enjoativamente doce. - O que você acha que pode atacar uma garota de dezesseis anos? - ela passou os olhos pela sala.

- Meu pai, talvez. - falei erguendo os olhos do livro pela primeira vez.

- Desculpa? - Umbridge perguntou. - Você é...?

- Katherine Liwener Riddle. - respondi mesmo sabendo que não precisava me apresentar para ela.

- Srta. Riddle. - ela falou fingindo reconhecimento. - Você e o Sr. Potter insistem em dizer que um certo bruxo das trevas, seu pai, retornou do mundo dos mortos, mas tudo isso é uma mentira. - ela disse a última parte enquanto passava os olhos sobre todos os alunos na sala: todas as garotas sextanistas da sonserina, dois garotos da sonserina, dois garotos e duas garotas da corvinal.

- Então como a senhora explica a morte de Cedrico Diggory? - perguntei sabendo que estava agindo exatamente como Harry agira no dia anterior.

- A morte do Sr. Diggory durante do Torneio Tribruxo foi um trágico acidente. - disse ela com frieza.

- Foi, é claro. - falei ironicamente. - Cedrico era brilhante! Ele não morreria facilmente, ele não morreria apenas com as provas no Tribruxo.

- Katherine... - Alexia me chamou com um tom de alerta.

- Eu tenho vergonha em dizer que meu pai matou Cedrico Diggory logo após ganhar um novo corpo. - eu falei falando pausadamente e em alto e bom som para que todos escutassem e absorvessem as minhas palavras.

- Uma pessoa morta não pode reviver! - Umbridge retrucou.

- Ele não estava morto! - exclamei e sem perceber meus olhos tomaram a cor vermelha.

- Já chega, srta. Riddle! - ela bateu as mãos na mesa. - Eu terei uma séria conversa com o diretor da sonserina e menos cinquenta pontos para a sua casa. Vocês estão dispensados por hoje.

O medo que eu vi nos olhos daquela sapa velha foi o suficiente para que um sorriso brilhasse em meu rosto e o vermelho se intensificasse nos meus olhos.

Juntei todas as minhas coisas e joguei tudo de qualquer jeito dentro da bolsa antes de sair da sala.

- Katherine, espere! - Alexia e as outras garotas corriam atrás de mim.

- Vejo vocês no Salão Principal. - gritei sobre o ombro e desci as escadas até as Masmorras.

Depois de ter certeza que Severo estava sozinho na sala de Poções, eu entrei e joguei a bolsa sobre uma das mesas.

- O que aconteceu? - ele perguntou assim que me viu.

- Perdi o controle. - respondi e deixei que ele visse as imagens da aula de DCAT.

- Katherine, eu avisei você. - ele falou me repreendendo.

- Eu sei, Severo! - exclamei afastando-o de mim.

- Ela não te deu nenhuma detenção?

- Não. Ela estava assustada demais com os meus olhos para fazer isso.

- Pelo menos isso. - ele disse aliviado. - Tente se acalmar e vá almoçar. Deixe que eu me entendo com ela.

- Me desculpe. - pedi finalmente me acalmando o suficiente para que meus olhos retornassem ao azul.

- Tudo bem. Vá almoçar. - Severo mandou entregando minha bolsa e me empurrando para fora de sua sala.

Minha raiva ainda era grande, mas eu não podia voltar a perder o controle. Eu mesma tinha dito para Harry ter calma com a Umbridge e estava perdendo o controle. Eu teria que aguentar a velha sapa até o final do ano, teria que engolir todos os desaforos e aceitar os absurdos dela para ter uma vida normal no castelo.

Os fundadores precisavam de mim e Harry também. Eu simplesmente não podia falhar com eles.

- Você nunca falhou conosco, Katherine. - Salazar falou ao meu lado.

- Não será agora que falhará. - Godric estava do meu outro lado.

Rowena e Helga sorriam para mim, apoiando as palavras dos dois fundadores.

- Obrigada. - sussurrei.

Seria como eu tinha falado na noite anterior para os fundadores. Eu não daria o gostinho da vitória para a Umbridge, eu não daria o gostinho do prazer para ela ou para o Ministro. Eu faria o possível para fazer as coisas do meu jeito e não deixaria que eles interferissem.

Mas no final de tudo, no final do dia, depois de pensar melhor nos acontecimentos da manhã, eu percebi que o meu sexto ano estava apenas começando. Muita coisa ainda estava para acontecer e eu sabia que muitos problemas vinham pela frente, mas eu só precisava passar por eles, passar pelos obstáculos que me esperavam nesse ano ao lado de Harry. Porque dessa vez, os problemas dele também eram meus, porque dessa vez nós estávamos ligados de uma forma diferente. Não apenas por estarmos juntos, namorando, mas por defendermos a mesma causa: a verdade do retorno do meu pai.

Era hora de juntar de vez as minhas forças com Harry. E também era hora de falar novamente com meu pai, informá-lo sobre as mudanças em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?

Estou trabalhando no próximo capítulo e se tudo der certo, eu devo postar antes do dia 15.

Nos vemos nos reviews.
Beijos, NatyAiya.