Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 67
Capítulo 67 - Esclarecimentos, Discussões e Descul


Notas iniciais do capítulo

Oii!!! Não demorei muito dessa vez, certo?

Eu pretendo postar entre dez e quinze dias. De duas à três vezes por mês, ok? Mas pode ser que às vezes eu demore mais, ou poste mais rápido.

Bom, espero que vocês gostem do capítulo. Eu, particularmente, gostei de escrever o final...
Boa leitura!



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Capítulo 67 - Esclarecimentos, Discussões e Desculpas

POV Katherine

Foi impossível fugir das perguntas das garotas da sonserina. Elas não falaram nenhuma palavra sobre outro assunto e foram direto ao que interessava, pelo menos para elas:

- Pode ir contando tudo! - Melanie exclamou fechando a porta do dormitório.

- Sobre o quê? -eu tentei, apenas tentei, desconversar.

- Não se faça de boba, Kate! - Júlia revirou os olhos impaciente. - Pode ir falando tudo sobre você e o Potter.

Era óbvio que eu não conseguiria escapar delas, mas não custava nada tentar encontrar uma saída, não é mesmo? Passei os olhos por toda a extensão do dormitória procurando uma desculpa qualquer para não ter que responder àquelas perguntas agora, mas quando não encontrei nada me sentei derrotada em minha cama.

- O que querem saber? - perguntei depois de suspirar pesadamente.

- Desde quando estão juntos? - Rachel perguntou.

- Eu já respondi essa pergunta: desde a semana passada.

- Tem mais coisa aí! - Lexi falou não se dando por convencida. - Nos conte, por favor? - ela estava praticamente implorando.

- Nós sabemos que ano passado vocês dois estavam muito próximos. - Júlia falou e as outras concordaram.

- Tudo bem. Nós nos beijamos na noite do Baile de Inverno.

- E...? - elas estavam debruçadas sobre minha cama, todas olhando atentamente para mim.

- E ele perguntou se eu namoraria com ele. - risinhos animados escaparam dos lábios das seis garotas. - Eu respondi que se ele sobrevivesse ao Torneio Tribruxo, eu ficaria com ele.

- Mas com o retorno do seu pai as coisas não ficam um pouco mais complicadas? - Alexia perguntou.

- Não vai dizer que vocês estão namorando escondido? - Bianca questionou de olhos arregalados.

- Merlin, Bianca! Que ideia! - eu exclamei. - Meu pai sabe perfeitamente da minha atual relação com Harry Potter.

- O quê? - eu sabia que minha resposta seria recebida assim.

- Katherine, seu pai quer, mais do que tudo, ver o Potter morto. - Alexia comentou. - Não é?

- É. - eu concordei.

- Katherine Riddle, em que confusão você está se metendo dessa vez? - Melanie perguntou cerrando os olhos.

- No tipo de confusão que pode terminar em morte. - eu falei séria.

Um silêncio tenso tomou conta do quarto.

- Ok, Kate! Essa não teve graça. - Rachel falou rindo. - Era uma brincadeira, não era? - ela perguntou quando eu não alterei minha expressão.

- Não? - Lexi perguntou de olhos arregalados.

- Não. - respondi.

- Katherine, explique isso melhor. - pediu Alexia, seu tom de voz era preocupado.

- Eu estou exatamente no meio de uma guerra que está prestes a estourar, meninas. - falei. - E eu decidi lutar do lado, aparentemente, mais fraco.

- Você escolheu o Potter. - isso não era uma pergunta. - Riddle! Se o Lorde das Trevas descobrir isso, você... você...

- Eu sei, Alexia! - eu a interrompi.

- Nós estamos aqui sem compreender. - Bianca falou por todas as outras.

- Ela escolheu o lado do Potter. Se o Lorde das Trevas descobrir que ela não está fingindo e que ela está realmente apaixonada pelo Harry... Eu não consigo nem imaginar no que pode acontecer. - Alexia explicou para as outras. - Você pelo menos pensou nas consequências antes de tomar essa decisão? - ela questionou virando-se para mim.

- Com quem você acha que está falando, Nott? - perguntei. - Eu sabia que eu teria que escolher um lado desde que eu me entendo por gente. Eu sempre pensei que eu ficaria do lado do meu pai, mas acontece que as coisas mudaram. Eu conheci pessoas que fizeram com que mudasse de ideia. Pessoas que conseguiram me fazer parar para pensar melhor e então conseguiram mudar o meu ponto de vista.

- Mas Kate... - Alexia tentou me interromper.

- Eu sei exatamente o que eu estou fazendo, Alexia. - eu ergui a mão calando-a.

- Katherine, eu conheço você tempo suficiente para saber que você não mudaria tão facilmente de lado. Você sempre foi decidida e nunca deixou que outras pessoas interferissem nas suas decisões. - ela fez uma pausa, eu poder ver seus pensamentos embaralhados em sua cabeça, por isso dei alguns minutos para que ela conseguisse colocá-los em ordem e prosseguisse. - Kate, você sabe que eu pretendo segui-la. Você já viu meus pensamentos e por isso me conhece muito bem. Você sabe como eu sou impulsiva e geralmente guardo rancor da maioria das pessoas, você também sabe como eu te odiava. Em um geral, você me conhece perfeitamente bem e eu conheço você melhor do que todas as garotas. - eu concordei, já sabendo onde Alexia queria chegar. - Kate, por favor, me explique o que fez você mudar de ideia. - ela implorava.

As outras cinco garotas da sonserina me olhavam atentamente, exatamente da mesma forma que Alexia.

Eu tinha recebido inúmeras provas durante essas férias da lealdade delas, eu via a pergunta que gritava na mente de todas elas: Ela não confia em nós? Mas não era isso. Eu confiava tanto nelas quanto elas confiavam em mim. As provas que eu já recebera durante os cinco anos que passamos juntas era o suficiente para saber o quanto elas confiavam em mim, nas minhas decisões. Eu via que estava magoando as minhas amigas ao contar toda a verdade dos acontecimentos recentes, mas eu não queria envolvê-las naquilo. Eu queria deixá-las a salvo, e a forma que surgiu em minha mente para fazer isso, era deixá-las alheias aos fatos. Se elas não soubessem das verdades, elas nunca correriam os riscos. Foi por esse mesmo motivo que eu tentei afastá-las de mim no final do ano letivo, mas a teimosia sonserina delas me atrapalhou. E era novamente essa mesma teimosia que me deixava sem escolhas.

- Acreditem em mim quando eu digo que confiaria minha vida à vocês. - eu falei soltando o ar que prendia. - Eu quero que vocês entendam que eu quero apenas o melhor para vocês, para todas vocês. - elas me encaravam sem compreender. - Mantê-las sem saber dos fatos seria a solução mais fácil para tudo, mas eu conheço todas vocês o suficiente para saber que vocês não vão desistir facilmente até conseguirem arrancar toda a história de mim. - eu respirei fundo, esperando não me arrepender das próximas palavras que sairiam de minha boca: - Eu vou tentar contar tudo para vocês.

Os olhos arregalados de todas me disseram que elas não esperavam aquelas palavras de mim. Todas as seis tinham me aceitado exatamente da forma que eu era, elas tinham me aceitado com todos os meus segredos e defeitos e nunca tinham esperado que eu me abrisse completamente para elas. Elas sabiam de muitas coisas sobre mim, mas eu nunca conseguia dar todas as informações para elas, mas agora com o retorno do meu pai, omitir certas informações poderia salvar as vidas delas ao mesmo tempo que poderia matá-las.

- Vocês precisam ter certeza de que querem saber de tudo. Precisam ter certeza de que vão aguentar os fatos. Precisam saber que ao sabendo de muita coisa pode não ser bom para vocês, da mesma forma que saber de menos pode ser perigoso. - eu continuei. - Não vou continuar despejando mais informações sobre vocês. Pelo menos não hoje. - eu olhei o relógio. - Já está tarde e as aulas começarão amanhã. Vamos dormir hoje e eu continuo contando outro dia.

Elas concordaram. Cada garota estava perdida em seus próprios pensamentos e por isso não falaram nada, mas eu sabia que elas voltariam a fazer perguntas sobre mim e Harry mais cedo ou mais tarde.

Eu adoraria poder dizer que consegui dormir perfeitamente bem na primeira noite em Hogwarts, mas eu acho que nunca tive uma noite tão ruim no castelo.

Os sonhos que tive eram perturbadores. Hogwarts destruída, tantas pessoas que eu conhecia agrupadas no Salão Principal, todas de olhos fechados, mortos. E uma série de imagens que ficaram gravadas em minha mente.

- Acho que está na hora de você aprender a bloquear esses sonhos premonitórios, querida. - escutei a voz de Rowena em minha mente quando eu estava tomando banho.

- É possível? - perguntei.

- Sim. - respondeu ela. - Nunca pensei que você fosse precisar aprender isso, mas pelo visto eu estava errada.

- Mas esses sonhos podem ser úteis, não é mesmo? - perguntei.

- Sim, mas se eles não deixam você dormir durante a noite, eles se tornam um problema.

- Me ensine. - pedi saindo do banho e me enrolando na toalha.

- É parecido com a Oclumência, meu bem. - ela falou já começando a aula. - Você precisa bloquear os sentimentos que a perturbam e a preocupam.

- Os meus sonhos premonitórios são derivados das minhas preocupações? - questionei surpresa.

- Mais ou menos. - Rowena respondeu. - Os sonhos que nós, humanos, temos quando estamos dormindo são derivados de desejos e coisas que aconteceram. Os sonhos premonitórios são derivados, na maioria das vezes, das sensações. No seu caso, eles são derivados das suas preocupações. Mas é apenas uma teoria não comprovada, na verdade, impossível de se comprovar.

- Mas, Rowena, porque eu tenho esses sonhos apenas em Hogwarts? - perguntei percebendo que eu só vejo esses sonhos estranhos quando estou no castelo.

- Porque sua sensibilidade a eles fica mais forte. - ela respondeu.

- Isso também é apenas uma teoria?

- Não, isso é uma coisa concreta. - ela riu. - Se você acha que pode continuar lidando com esses sonhos, fique a vontade à continuar a vê-los. Mas eu aconselho você a fazer um teste, principalmente quando estiver se sentindo tensa. É quando os sonhos aparecem mais claros.

Eu concordei. Fazer um teste era algo que valeria a pena.

As garotas ainda estavam absortas em seus próprios pensamentos quando saímos do Salão Comunal para irmos tomar o café da manhã. Mas eu soube que elas estavam de volta no momento em que eu cumprimentei o trio grifinório.

- Podem ir na frente. - falei para elas, que me olhavam com um sorriso enigmático no canto dos lábios.

- Tudo bem. - elas responderam entrando no Salão Principal junto com Rony e Hermione.

Olhei feio para um grupo de quartanistas da Corvinal que não paravam de lançar olhares assustados para Harry.

- Ótimo! A história está se repetindo. - Harry murmurou ironicamente.

- Do que está falando? - perguntei olhando para ele sem compreender.

- Não é a primeira vez que olham para mim desse jeito, se esqueceu?

- Se refere à Câmara Secreta? - ele assentiu. - Apenas relaxe e ignore. - eu aconselhei.

- É. Vou tentar. - ele falou. - Você está bem? - ele perguntou erguendo meu rosto. - Está mais pálida do que o normal, Kate.

- Estou bem. - afirmei. - Só não tive uma boa noite de sono. - forcei um sorriso.

- Não foi só você. - ele fez uma careta.

- Sonhos?

- Também. Mas parece que sou um problema no meu dormitório.

- Simas Finnigan, não é? - perguntei pescando o nome do mestiço no meio dos pensamentos de Harry.

- Sim. Você leu minha mente, não é?

- O nome estava praticamente gravado na sua testa de tão claro que eu pude ver. - respondi dando de ombros. - Como eu disse Harry, relaxe e ignore. Não vale a pena perder tempo com esse tipo de coisa. - ele abriu um fraco sorriso para mim. - E lembre-se: você não está sozinho. Nunca esteve. Você tem amigos que acreditam e te apoiam. E eu também sempre estive do seu lado, mas não sei se isso ajuda em algo.

- Sempre ajudou, Katherine. - Harry abriu um sorriso sincera pela primeira vez. - E vai continuar ajudando muito.

- Acho melhor nós entrarmos. - falei indicando a porta do Salão Principal.

- É, eu também. - mas antes que eu pudesse dar um passo na direção da porta, Harry puxou meu braço. - Eu estava esquecendo uma coisa. - ele abaixou o tom de voz. - A coisa errada que você falou no Expresso...

Coloquei meus dedos sobre seus lábios, calando-o.

- Sim, era a Umbridge. - falei. - Você não pode ficar falando sobre isso em qualquer lugar Harry. - eu ralhei com ele. - os fundadores não estão nem um pouco satisfeitos com a intromissão do Ministério da Magia aqui em Hogwarts, mas eles não podem fazer nada e nem eu. E por favor, tente não causar problemas com ela, ok?

- Que tipo de problemas eu poderia causar?

- Não sei, mas você é um caso sério quanto causar problemas. - ele fez uma careta para mim mas não retrucou. - Tenha um bom dia, Harry. - dei um beijo no canto de seus lábios e entrei no Salão Principal, indo para a mesa da Sonserina.

Me sentei ao lado de alexia que ainda tinha o sorriso enigmático nos lábios.

- O que foi? - perguntei me virando para ela.

- Você e o Potter. - ela respondeu dando de ombros.

- Hã, Katherine... - me virei para frente, para Júlia. - Você acha que o Malfoy vai ficar quieto quando descobrir que você está com o Harry?

- Eu sei que ele não vai. - dei de ombros. - Mas eu não devo satisfações para ele, não é mesmo?

Eu peguei uma torrada e transferi minha atenção para ela, deixando claro que não iria mais falar sobre aquilo agora.

Não muito tempo depois, os diretores das quatro casas se levantaram da mesa dos professores para distribuírem os horários das aulas para os alunos.

Os alunos do sexto ano sempre ficavam por último, já que era necessário discutir quais aulas continuariam cursando, por isso, a maioria dos alunos já tinha deixado o Salão Principal quando Severo chegou até nós.

Os garotos sextanistas da Sonserina já tinham sido dispensados para suas aulas e ficou claro que Severo iria me deixar por último quando ele começou a falar com Bianca. - Ele trocava poucas palavras com as meninas antes de bater a varinha em um pedaço de pergaminho e entregar o mesmo à elas.

- Katherine Liwener Riddle. - ele falou finalmente chegando na minha vez, depois que Alexia saiu do Salão Principal para voltar para o Salão Comunal, já que tinha uma aula vaga agora. - Meus parabéns novamente, Katherine. Ótimas notas. - ele falou olhando um pergaminho. - E então? Pretende desistir de alguma aula?

- Sim. Astronomia e História da Magia, e estou em dúvida entre Aritmância e Runas Antigas.

- Você sabe que não precisa continuar cursando nenhuma aula, mas do mesmo jeito consegue passar nos N.I.E.M’s não sabe? - ele perguntou olhando sério para mim.

- Sim, Sev... Prof. Snape, eu sei. - eu me corrigi a tempo. - Mas acho que é melhor eu cursar algumas aulas, não acha?

- Sim. Será complicado explicar como você conseguiu tirar ótimas notas, sem ter comparecido em nenhuma aula. Mas, e então? Astronomia, História da Magia e qual aula?

- Pensando melhor, apenas Astronomia e História da Magia. - respondi depois de pensar por alguns segundos. Ele concordou e bateu com a varinha no pedaço de pergaminho antes de entregá-lo para mim.

- Ah, e já estava me esquecendo. - ele olhou ao redor e verificando que não estávamos sendo observados, me passou um segundo pergaminho. - Hidromel. - ele murmurou me empurrando levemente na direção da saída.

Naquele momento eu não entendi nada, e não tive tempo para abrir o pergaminho para ver o que estava escrito. Apenas depois de me acomodar na sala de Runas Antigas que eu pude abrir o segundo pergaminho e então compreendi.

No final do dia, na aula vaga de História da Magia, eu não perdi tempo para subir até o sétimo andar e ir até a gárgula que daria passagem para o gabinete de Dumbledore.

- Hidromel. - falei parando em frente a gárgula, que saltou para o lado, deixando a escada visível.

- Entre. - Dumbledore mandou quando eu bati na porta. - Olá, Katherine. - ele me cumprimentou. - Pensei que você só viria depois do jantar.

- Desisti de História da Magia. Aula vaga. - eu expliquei.

- Ah, é claro! - ele sorriu. - Sente-se. - fiz como ele mandava. - Bom, você e Harry namorando foi uma verdadeira surpresa. - ele me encarou por sobre os óculos meia-lua, ao mesmo tempo que um sorriso cheio de significados brincava em seus lábios.

- Devo presumir que a informação veio pelos fundadores?

- Ah, sim. - Dumbledore assentiu. - Mas eu não a chamei aqui para falarmos sobre suas preferências amorosas, não é mesmo? - ele juntou as pontas dos dedos. - Muito bem, quais são os planos de Tom para chegar até a profecia que se encontra dentro do Ministério da Magia? Mais precisamente, no Departamento de Mistérios?

- Ele já sabe que apenas aqueles que possuem o nome marcado na profecia podem retirá-la do Departamento de Mistérios, mas ele ainda não sabe como fazer isso. Seus planos ainda estão em andamento.

- É claro. - Dumbledore ficou pensativo. - Acho que ele não vai tentar entrar pessoalmente no Ministério, certo?

- Ah, sim. No momento, ele ainda pretende se manter no anonimato. - respondi confirmando. - Professor, se me permite perguntar, porque o senhor vem evitado Harry?

A surpresa nos olhos de Dumbledore me disseram que ele não esperava por essa pergunta.

- O que quer dizer com isso, Katherine?

- Harry me contou que o senhor não falou e nem sequer olhou para ele no dia da audiência no Ministério. - eu dei de ombros como se não quisesse nada com isso. - E eu cheguei a uma conclusão sobre isso, mas não fez sentido. E agora faz menos sentido ainda já que o senhor está falando normalmente comigo e está se “arriscando” a ficar sozinho comigo em uma sala.

- Posso saber a qual conclusão a senhorita chegou? - ele perguntou visivelmente interessado.

- Harry tem uma ligação com o meu pai, não tem? Não da mesma forma que eu tenho, mas um tipo de ligação que surgiu por causa da cicatriz que Harry possui não é? - esperei um pouco para que ele pudesse concordar ou discordar, mas como não houve nenhuma reação, eu prossegui. - O senhor sabe disso e está com medo de meu pai usar essa ligação para chegar a você, mas não está com medo de que ele use a ligação que tem comigo para fazer isso.

- Por que você acha isso, Katherine?

- Liguei umas informações que eu possuía com a profecia de Harry e cheguei a conclusão que ele e meu pai possuem uma ligação. - Dumbledore ficou em silêncio. - Harry é uma horcrux, não é?

- Como? - a surpresa nos olhos de Dumbledore foi maior do que eu previ.

- Uma horcrux. - Quando meu pai tentou matá-lo quando ele era apenas um bebê e não conseguiu, meu pai morreu, não é? Mas por causa das horcruxes que ele já possuía ele não morreu exatamente, a parte da alma que ainda estava ligada ao seu corpo se abrigou na única coisa viva no lugar, Harry.

- Eu subestimei a sua inteligência, Katherine. - Nunca imaginei que você chegaria a essa conclusão com a quantidade de informações que possuía. - ele sorriu para mim me dando a certeza que eu precisava.

- Nem meu pai e nem Harry ainda perceberam essa ligação, não é mesmo? - Dumbledore negou.

- Eu tenho tentado me manter afastado de Harry para que Tom não descubra essa ligação e não tente fazer uso dela.

- Não acha que meu pai poderia tentar usar a nossas ligação também? - questionei.

- Você sabe como se defender das investidas dele, Katherine. Harry, não.

- Eu ficarei o mais próxima que puder de Harry. Não pretendo deixar que meu pai use Harry como uma marionete. - Dumbledore sorriu para mim e assentiu. - Mas mudando de assunto, por que Dolores Umbridge?

- Não consegui encontrar um substituto para DCAT e então Cornélio sugeriu ela.

- Com “sugeriu” o senhor quer dizer ordenou. - a maioria dos antigos diretores estavam de cara feia com esse assunto. - Os fundadores não estavam nem um pouco satisfeitos.

- Eu sei. - ele suspirou cansado. - Mas não pude fazer muita coisa.

- Ela vai proteger o ponto de vista de Cornélio Fudge, e eu só espero que Harry não discuta com ela. - eu deixei que as palavras escapassem de minha boca. - Gostaria de poder saber exatamente o que ela e o Ministro planejam para Hogwarts.

- Vamos conseguir passar por isso. - Dumbledore falou com um sorriso encorajador. - mas agora, porque você não volta para seu Salão Comunal? Logo sua aula vaga acabará e você não teve a oportunidade de relaxar.

- Irei seguir o seu conselho, diretor. - me levantei. - Tenha um bom fim de tarde. - desejei antes de sair.

Eu realmente pretendia voltar para o Salão Comunal da Sonserina, nas Masmorras, mas antes de que pudesse descer um andar o alerta dos fundadores me fez parar.

- Harry está com problemas. - Godric falou me deixando imediatamente alerta.

- Onde ele está? - perguntei, sem me preocupar com o fato de estar no meio de uma das escadas, sem ninguém ao meu redor e eu estar falando, aparentemente, sozinha.

- Ele foi mandado ver Minerva McGonagall. - Rowena respondeu.

- Mandado? Por quem? - questionei voltando a descer as escadas, ansiosa para chegar ao primeiro andar.

- Dolores Umbridge. - os quatro fundadores responderam juntos.

- Droga! - exclamei. - Eu tinha falado para ele não se meter em encrencas com ela.

Eu não sabia com quem eu estava mais irritada naquele momento, com Harry ou com a Umbridge. Mas eu não estava com humor para pensar nisso agora, a única coisa que eu queria fazer era chegar até Harry naquele momento e ouvir da boca dele o que tinha acontecido durante a sua aula de DCAT.

Ele estava saindo da sala de Minerva quando eu dobrei o corredor.

- Harry! - eu o chamei correndo atrás dele.

- Katherine? - seu semblante estava carregado de raiva, mas foi rapidamente substituído por surpresa assim que me viu. - O que você está fazendo aqui?

- Eu poderia dizer que estava andando pelos corredores e sem querer encontrei com você aqui, mas isso seria a mentira mais deslavada que eu poderia inventar, então eu vou sincera: os fundadores me falaram que você estava com problemas. - seu semblante se fechou novamente, - Você realmente está com problemas. - eu afirmei vendo como seus ombros ficaram rígidos.

- É, Katherine! Parece que minha vida é um problema! - ele exclamou irritado e deu as costas para mim.

Respirei fundo antes de segui-lo.

- Realmente a sua vida é cheia de problemas, mas você vai descobrir que existem pessoas que possuem problemas muito maiores do que você. - falei andando ao seu lado.

- Eu sei que você também tem os seus problemas, e que eles são iguais aos meus, talvez até maiores, mas você não está sendo atacada a cada minuto. Você não precisa rever todas as noites um amigo morrendo na sua frente, sem poder fazer nada para ajudá-lo. Sua vida é perfeita! - ele cuspiu as palavras sobre mim.

- Espera um pouco, Potter! - ele tinha conseguido me irritar agora. - Você acha que a minha vida é realmente perfeita? - questionei, sentia meus olhos oscilando entre o azul e o vermelho. - Acha mesmo que eu nunca fui atacada a cada minuto por ser filha de quem eu sou? Acha que eu não tenho sonhos durantes as noites que me fazem ficar acordada pensando no quanto eu sou fraca por não conseguir ajudar aqueles que eu amo? Acha que eu não sei o que é ter problemas? Pois se você acha isso de mim, Potter, você está muito enganado. - eu respirei fundo tentando me controlar e manter meus olhos na cor azul. - Ultimamente você está apenas atacando e não está vendo que ainda tem amigos que sempre estiveram do seu lado nos momentos mais difíceis. Não está vendo o que está machucando as pessoas que querem apenas te ajudar. Abra os olhos, Harry.

- Kate... - ele murmurou, seu olhar se suavizando junto com suas feições, mas eu ainda não tinha terminado de falar.

- Você está caindo em uma armadilha que nunca deveria cair. Preste mais atenção ao seu redor e com o que fala, ou você ficará completamente sozinho, perderá as pessoas que sempre te apoiaram por nada. - então voltei a andar, deixando-o para trás com os próprios pensamentos.

- Katherine! - ele logo me alcançou. - Olha, me desculpe. - ele pediu.

Não olhei para ele, olhei para o relógio em meu pulso e apenas o puxei pelas escadas até o sétimo andar, até o meu dormitório. E assim que ele se sentou no sofá em frente a lareira, ele começou a se desculpar.

- Me desculpe. Eu realmente não queria ter explodido com você e me desculpe por tudo o que eu falei. Eu falei sem pensar e... Desculpa, Kate.

Eu olhava para ele com a sobrancelha arqueada, mas eu sabia muito bem que as palavras de eram sinceras, só que parte da fúria que se desencadeara em mim minutos atrás ainda existia.

- Apenas pense um pouco antes de falar, Harry. Pense antes de começar a gritar com as pessoas. - eu respirei fundo, não queria voltar a gritar com ele. - Você está machucando Rony e Hermione sem perceber, e eles só querem ajudar você. - ele olhou para mim surpreso, mas logo a compreensão tomou conta da surpresa.

- Vou me desculpar com eles também. - ele falou. - Mas Kate, - ele procurou meus olhos. - eu não perdi você como aliada, não é?

- Não Harry. - eu sorri para ele, tentando não rir da sua cara desesperada. - Estarei sempre ao seu lado, Sr. Potter. - me inclinei sobre ele e  selei nossos lábios em um beijo terno.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Espero, sinceramente, que tenham gostado.

Eu estou trabalhando no próximo capítulo, onde finalmente a Kath deve ter uma conversa com a sapa velha.
Pretendo terminá-lo e postá-lo antes do meu aniversário - dia 10.

Bom, eu espero que tenham gostado, e espero por comentários. Então, nós nos vemos nos reviews.
Beijos, NatyAiya.



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