Voldemorts Daughter escrita por NatyAiya


Capítulo 20
Capítulo 20 - Dragão e detenção


Notas iniciais do capítulo

Como o prometido, postei antes do dia 20. Ou melhor, no dia 20.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/110329/chapter/20

Capítulo 20 - Dragão e detenção

POV Autora

Dumbledore conseguiu fazer com que Harry não voltasse a procurar o espelho. As férias acabaram e Hermione voltou para a escola. Para a decepção dela, eles não tinham conseguido encontrar nada sobre Flamel.

Harry já havia perdido todas as esperanças de encontrar Flamel em um dos livros da biblioteca, mas ele tinha certeza de que já tinha lido seu nome em algum lugar.

O primeiro jogo de Quadribol do novo período começou a se aproximar e Olívio começou a pegar mais pesado com o time. Algumas semanas antes do jogo, durante um dos treinos, Olívio chegou com uma notícia péssima para o time da Grifinória:

- Snape que irá apitar o jogo. - ele falou depois de mais uma brincadeira idiota de Fred e Jorge.

- O quê?! - Todos perguntaram juntos.

- Quando foi que ele apitou um jogo de Quadribol na vida dele? - Jorge perguntou. - Ele não será imparcial se tivermos qualquer chance de passar a Sonserina.

- Sei disso. Por isso, nós que teremos que tomar cuidado para jogarmos uma partida limpa. - Olívio falou antes de encerrar o treino.

Harry voltou para a sala comunal da grifinória com uma cara horrível e se sentou ao lado de Rony.

- Nem fale comigo agora. Preciso me concentrar. - ele falou antes de ver a cara do amigo. - O que aconteceu com você?

Harry falou baixinho para Rony e Hermione que Snape iria apitar o próximo jogo.

- Não jogue. - foi o que Hermione disse.

- Diga que está doente. - disse Rony.

- Finja que quebrou a perna.

- Quebre a perna de verdade.

- Não posso ficar sem jogar. A grifinória não tem um apanhador reserva. Se eu não jogar, a grifinória não poderá jogar.

Nesse momento, Neville entrou na sala comunal aos trancos e barrancos com as pernas grudadas, pelo que eles reconheceram ser o feitiço das Pernas Presas. Hermione se colocou em pé enquanto todos riam e fez o contra feitiço.

- O que houve com você? - Hermione perguntou.

- Malfoy. - Neville respondeu. - Eu encontrei ele na saída da biblioteca e ele falou que estava procurando alguém para praticar o feitiço.

- Vá falar com a Minerva. - Hermione sugeriu.

- Não quero mais confusão. - Neville respondeu negando com a cabeça.

- Você precisa enfrentá-lo. Ele está acostumado a pisar nas pessoas, mas não existe razão para você se deitar aos pés dele e deixar ele fazer o que quiser. - Rony falou.

- Não é necessário me falar que eu não sou corajoso o suficiente para estar na Grifinória porque o Malfoy já fez isso. - Neville falou soluçando.

- Você vale doze Dracos. O Chapéu Seletor te colocou na Grifinória, não é? - Harry falou dando um sapo de chocolate para ele, que  parecia prestes a chorar.

- Obrigado Harry. Acho que eu já vou para a cama. Você quer o cartão? Você coleciona, não é?

Harry olhou para o cartão de Bruxo Famoso.

- Dumbledore novamente. Ele foi o primeiro... - ele parou de falar e olhou pra o  verso do cartão. - Encontrei! Encontrei Flamel. Escutem: O Prof. Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindelwald, o bruxo das Trevas, em 1945, e ter descoberto os doze usos do sangue de dragão, e por desenvolver um trabalho de alquimia com Nicolau Flamel.

Hermione ficou em pé com um pulo.

- Não saiam daqui! - ela falou correndo para a escada que dava acesso ao dormitório das meninas. Segundos depois ela já estava de volta com um livro enorme nas mãos.

- Nunca pensei em olhar aqui. - ela falou agitada. - Peguei ele na biblioteca há semanas para me distrair um pouco.

- Você chama isso de distrair? - Rony perguntou, mas ela mandou ele se calar enquanto procurava alguma coisa no livro.

- Aqui está. Nicolau Flamel. - ela sussurou. - É ao que se sabe, a única pessoa que produziu a Pedra Filosofal.

- O quê? - Harry e Rony perguntaram juntos.

- Francamente, vocês dois não lêem não? Aqui, leiam. - ela falou virando o livro para os dois.

"A Pedra Filosofal, é uma substância lendária com poderes fantásticos. A pedra pode transformar qualquer metal em ouro puro. Pode também produzir o Elixir da Vida, o que torna quem o bebe imortal."

- Viram? O cachorro deve estar guardando isso. Aposto que ele pediu para Dumbledore a guardar em segurança por serem amigos, e por estar suspeitando que alguém estava atrás dela. - Hermione falou.

- Uma pedra que transforma metal em ouro e que não deixa ninguém morrer. Não admira que Snape estava atrás dela. - Harry falou.

- E não me admira que não conseguimos encontrá-lo em Estudos dos avanços recentes em magia. Ele não é bem recente, se já faz seiscentos e sessenta e cinco anos, não é mesmo? - Rony que falou.

Eles finalmente sabiam quem era Nicolau Flamel, e também já sabiam o que o Fofo guardava.

POV Katherine

Fiquei admirada ao descobrir que Snape iria apitar o jogo de Quadribol da Grifinória contra a Lufa-Lufa. Mas fiquei mais admirada ainda ao descobrir que o trio grifinório descobriu quem era Nicolau Flamel e o que o Fofo guardava. Eles descobriram da forma mais sem noção possível. Pelos cartões de Bruxos Famosos dos sapos de chocolate.

Alguns dias depois, eu notei que Hagrid estava a horas na biblioteca. Enquanto eu explicava uma matéria para o trio grifinório, Harry e Rony decidiram seguir o meio gigante, depois que ele passou por nós pela centésima vez com um ar suspeito.

Eu fiquei junto com a Hermione enquanto os dois bancavam os detetives. Alguns minutos depois, eles voltaram com uma cara de espanto e incredulidade.

- E então? O que descobriram? - eu perguntei.

- Ele estava na seção sobre dragões. Dragões, Katherine! - Rony repetiu quando eu não demonstrei nenhuma reação.

- O que será que ele queria lá? - Hermione que perguntou.

- Não sabemos. Ei, o que acham de fazermos uma visita para ele hoje a noite? - Harry perguntou animado.

- Podemos ser pegos. - Hermione falou temerosa.

- Podemos usar a capa que era do meu pai. - Harry falou.

- Vou ficar no castelo. - eu falei quando os três olharam para mim com a mesma pergunta estampada no rosto. - Depois vocês me contam o que o Hagrid estava fazendo.

- OK. Iremos hoje a noite.

- Boa sorte. Agora vocês poderiam se sentar para mim terminar de explicar isso aqui?

*******

No dia seguinte, eles me contaram que Hagrid tinha ganhado um ovo de dragão e estava tentando chocá-lo.

Não perdi tempo para invadir a cabeça de Hagrid para descobrir quem tinha dado o ovo a ele. Infelizmente, para a minha frustração, ele tinha ficado tão bêbado que não se lembrava. E também não tinha visto o rosto da pessoa.

Descobri pela cabeça do Quirrell. Afinal, tinha sido ele que tinha dado o ovo de dragão ao Hagrid em troca da informação de como passar pelo Fofo. Hagrid nem percebeu isso porque estava bêbado demais. Agora Quirrell finalmente sabia como passar pelo Fofo, e não iria perder mais tempo para fazê-lo.

Alguns dias mais tarde, no café da manhã, Harry veio me mostrar um bilhete que ele tinha acabado de receber do Hagrid. Me mudei no mesmo momento para a mesa da Grifinória sendo seguida com os olhos pelas meninas que estavam sentadas comigo e por alguns professores.

Está furando.

Eram as duas palavras que estavam escritas no papel.

- Vamos até lá. - Rony e Harry falaram juntos.

- Eu não sei. Não podemos faltar na aula. - Hermione falou.

- Hermione, quantas vezes na vida vamos poder ver um dragão saindo do ovo?

- Vamos quando as aulas terminarem. No final do dia. Acho que até lá o dragão pode esperar. - eu falei colocando um ponto final na discussão dos dois.

- Mas... - Rony começou.

- Sem mas. - eu falei autoritária e ele ficou quieto.

No final do dia, não deu para irmos direto para a cabana de Hagrid. Combinamos de sair depois do horário que deveríamos estar na cama. Eu sabia dos riscos, mas resolvi correr do mesmo jeito.

Entramos na cabana de Hagrid alguns minutos depois das nove e meia da noite.

- Já está furando. - ele falou animado nos puxando até a mesa, onde o ovo já estava com profundas rachaduras.

Minutos depois o ovo se abriu. Quando o dragão estava em cima da mesa, ele espirrou e voaram algumas fagulhas de seu focinho indo direto para a barba de Hagrid.

Enquanto ele apagava o fogo que começou a pegar em sua barba, ele ficou repentinamente sério.

- Quem é aquele ali? - ele perguntou olhando para a janela com os olhos cerrados.

Nós quatro olhamos para a janela em tempo de ver Draco se virando para o castelo.

Ficamos mais alguns minutos ali e finalmente voltamos para o castelo. Eu tinha quase certeza que estávamos encrencados. Draco faria de tudo para prejudicar o trio grifinório e não teria esperado para ir atrás de um professor para dedurá-los, nem que fosse acabar me ferrando junto.

Chegamos no saguão de entrada e a minha sensação de que estávamos encrencados se concretizou no mesmo instante. Minerva estava parada no alto das escadas com uma cara nem um pouco amigável. Ao lado dela, Draco estava parado com um sorriso vitorioso estampado no rosto.

- Eu poderia saber o que os senhores estavam fazendo a uma hora dessas fora da cama? - ela perguntou.

Estávamos ferrados. Mas eu sabia que Draco viria junto, afinal, ele também estava fora da cama. Ela nos levou até a sala dela e nos passou um belo de um sermão. Além de tirar 50 pontos de cada um de nós e estávamos de detenção. Que seria no dia seguinte.

*****

Às 11 horas da noite do dia seguinte, eu, Draco, Harry, Rony e Hermione nos encontramos no saguão de entrada com Filch. Ele nos levou até a cabana de Hagrid, que parecia estar se preparando para entrar na floresta.

- Vocês irão junto com Hagrid essa noite. Ele tem uma tarefa para cumprir na floresta. - Filch falou. - Voltarei amanhã de manhã para buscar vocês. Ou o que restar de vocês. - ele falou rindo maldosamente enquanto se virava para voltar para o castelo.

- Não vou entrar nessa floresta. - Draco falou se virando para Hagrid com uma nota de pânico em sua voz.

- Vai sim. A não ser que queria ser expulso de Hogwarts. - Hagrid respondeu com ferocidade.

Draco voltou a retrucar mas eu nem me dei o trabalho de escutá-lo.

- Hagrid, o que vamos ter que fazer? - eu perguntei depois que Draco calou a boca.

Ele nos guiou até estarmos alguns metros dentro da floresta. 

- Estão vendo isso? É sangue de unicórnio. - ele falou parando ao lado de uma poça prateada. - Vamos nos dividir em dois grupos para procurar o pobrezinho.

- E o que faremos se o que feriu o unicórnio nos encontrar antes? - Draco perguntou tentando controlar o pânico em sua voz.

- Não há nenhuma criatura viva nessa floresta que irá te ferir se você estiver comigo ou com Canino. - Hagrid falou. - E siga a trilha.

- Eu quero o Canino. - Draco falou olhando para as presas de Canino.

- Tudo bem. Mas ele é um covarde. Harry, Katherine e Malfoy, vocês vão com o Canino. Rony e Hermione, vocês vêem comigo. Se encontrarem alguma coisa, lancem faíscas verdes. Se ficarem encrencados lancem faíscas vermelhas. Agora peguem as varinhas e pratiquem antes de entrarmos mais fundo na floresta. - Hagrid falou sério.

Praticamos por uns 5 minutos antes de nos separarmos nos dois grupos. Eu, Harry, Draco e Canino seguimos pelo caminho da direita, enquanto Hagrid, Rony e Hermione seguiram pelo caminho da esquerda.

Ficamos andando por alguns minutos, ou horas, sem encontrar nada. Eu tinha aberto minha mente, estava com os ouvidos e com a mente aguçada. Os pensamentos de Harry e Draco estavam se misturando com os meus. Afinal, estava jogando minha legimência em um raio de 5 metros. Qualquer ser que pensasse, e que estivesse dentro dessa área, eu sabia através dos pensamentos.

Antes que eu pudesse notar qualquer coisa com meus ouvidos ou com a mente, Harry apontou para um lugar um pouco mais a frente. No mesmo segundo que ele ergueu o braço, eu pude sentir uma pessoa. E o pior, foi que eu sabia quem era a pessoa.

Chegamos mais perto para ver o que era a coisa mais a frente. Era o unicórnio. Ele já estava morto com um ferimento em seu flanco. Um vulto saiu de trás de uma das moitas próximas do unicórnio e foi até o animal morto. Ele se abaixou sobre o ferimento e começou a beber seu sangue.

Draco deu um berro e saiu correndo, sendo seguido por Canino. Eu e Harry ficamos para trás. Mesmo sabendo quem era a coisa a minha frente, não pude evitar de ficar um pouco assustada e com medo do que eu via. A "coisa" olhou diretamente para mim e para Harry, com o sangue prateado escorrendo pelo peito, antes de se levantar e se aproximar de nós. Criei uma barreira invisível entre nós e a "coisa". Sabia que Harry deveria estar sentindo uma dor insuportável na cicatriz, porque ele caiu no chão com as mãos na cabeça. Escutei o barulho de cascos atrás de mim e me virei em tempo de ver um centauro passando por cima de nós e pousando entre nós e a "coisa". Me abaixei ao lado de Harry e o ajudei a se levantar quando a dor parecia ter melhorado.

O centauro se chamava Firenze. Ele falou comigo e com Harry, dizendo ao Harry quem era o ser que estava matando e bebendo o sangue do unicórnio.

Logo depois, Hagrid chegou com Hermione, Rony, Draco e Canino em seus calcanhares.

Voltamos para o castelo antes do amanhecer. Hagrid nos levou até a porta, onde encontramos com um Filch mais nervoso e resmungão do que o normal.

Agora o trio grifinório estava sabendo. Voldemort estava na escola.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentem, beijos.