Comentando Historinhas com Gendo e Cia. escrita por KakashiWontDie


Capítulo 4
Evangelion: Whisper of Death (Cap. 2)


Notas iniciais do capítulo

"Evangelion: Whisper of Death" é de autoria de Edvampire.



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Shinji foi acordando lentamente, o brilho fraco do sol infiltrando-se no quarto por uma pequena fresta na cortina da janela.

      Ed: Que engraçado! O sol é tão safado assim?

O uniforme estava dobrado em cima da cama, pronto para ser usado pela primeira vez. Ele levantou-se, estava usando só um short de dormir, e foi em direção ao banheiro. Escovou os dentes, tomou um banho rápido e em seguida vestiu o novo uniforme.
O casaco e a calça eram de uma cor amarelo-queimado,

      Gendo: De novo? Manda isso pra Marinete!

a gravata um tom acaju, e a camisa de dentro, branca. Que notou que na região do peito esquerdo, no casaco, tinha um símbolo e um nome. O nome estava bem claro: NERV; o símbolo é que foi difícil para Shinji dizer com precisão o que era ou que significava.

      Gendo: Manolo, É UMA FOLHA!

Estando uniformizado e muito nervoso, Shinji atravessou o quarto chegando à janela e, puxando um pouco a cortina para o lado, ele viu: vários outros jovens vestindo o mesmo uniforme que ele,

      Kyon: Lembre-se: Cientologia.

outros usando apenas a camisa branca de dentro e a gravata, e as garotas com vestidos vermelhos, casacos amarelo-queimado e gravatas borboletas acaju. Todos conversando uns com os outros, parecendo felizes por estarem ali, ao contrário do que Shinji sentia de verdade.

      Ed: Raiva.

Foi uma escolha sua, ele sabia, então não podia culpar a mais ninguém senão a si mesmo por ter aceitado o convite do pai. Talvez Gendou Ikari já soubesse que o filho diria sim, com certeza eu vou, visto que o garoto não sabia dizer não a ninguém em qualquer circunstancia.

      Kyon: Aí ele foi tomar uns drinques com a Misato e...

Agora era só enfrentar essa nova vida e continuar vivendo, Shinji refletiu.
A porta do quarto de Shinji foi aberta e por ela Kaji passou. Shinji largou a cortina deixando-a cair de volta ao seu lugar, dando ao quarto um tom mais escuro.
Kaji bateu duas vozes na porta com a mão fechada.

      Ed: Porque com a mão aberta estraga a pintura.

- Posso entrar? – perguntou.
-Claro – Shinji respondeu, imaginando o porquê da pergunta, se ele já estava dentro mesmo.
- Bom dia.
- Bom dia.
- Preparado? – perguntou Kaji.
- Sim, eu acho – Shinji baixou a cabeça.
- Você parece fazer o tipo tímido – afirmou Kaji. – Tô certo?

      Gendo: Essas palavras são a maior heresia da história dos animes.

– ele se dirigiu à cama de Shinji, sentando-se na ponta.
Shinji soltou um ruído baixo, traduzindo, um riso.
- Olha, Shinji, eu sei que pode soar estranho o que eu vou dizer agora – Kaji estava falando num tom bastante sério -, mas um dia, não muito longe - espero - você vai me entender.
‘’ Preste atenção. Eu sei, vai chegar um momento de sua nova vida aqui que você vai ter medo, e isso vai ser normal, pode confiar em mim. Mas o que eu digo é o seguinte: nunca desista, Shinji. O medo pode parecer maior, porém, não é. Sua força de vontade e determinação podem derrubar o medo, por isso não fraqueje, entendeu?’’
Shinji ficou aturdido com a declaração de Kaji. Do que realmente ele estava falando? ‘’Medo, um momento da vida que eu vou sentir medo?’’, Shinji repassava as falas de Kaji mentalmente, confuso.

      Ed: Que tal quando a TV Excelsior acabou? Só dando uma ideia.

Será que ele estava falando do primeiro dia de aula? E por que esse comentário logo de manhã? Por que Kaji parecia tão preocupado se com isso? O coração do garoto começou a disparar, a ansiedade de entrar na sala de aula aumentara consideravelmente.
- E nunca esqueça: eu sempre estarei aqui para te apoiar, certo? – O homem levantou da cama, olhando no relógio, e disse: - Agora é hora de trabalhar, meu caro.
Ainda fora de si e preso num mundo de pensamentos, Shinji murmurou um sim quase inaudível e mexeu-se rápido à procura da mochila.

       Kyon: Onde foi que eu deixei aquele roteiro?!

Saiu depressa do quarto, logo atrás de Kaji, sentindo o começo do friozinho na barriga.
Pelo menos duas pessoas ele já conhecia.
Kaji parou subitamente e virou pra trás, encarando Shinji bem fundo nos olhos.
- Desculpe por tudo que eu disse – começou. – Eu sei que fosse talvez esteja muito confuso, mas um dia você vai entender o motivo de cada palavra minha. E eu sempre vou estar do seu lado – ele sorriu -, de verdade.
Shinji apenas gesticulou um ‘’sim’’ com a cabeça, o qual pareceu ser o bastante para Kaji, que retomou sua caminhada em direção às escadas.
Quando chegaram fora do prédio principal, kaji

      Gendo: Vamos fazer um jogo. Toda vez que a gente achar um erro de ortografia a gente toma um gole de cerva.

tomou um rumo diferente do de Shinji, acenando com a mão para ele e dando-lhe um ‘‘boa sorte, rapaz’’. Shinji respondeu um obrigado mentalmente e seguiu para o prédio Central, o maior e mais comprido de todos os prédios da Academia NERV.

       Kyon: E o orgulho de Sigmund Freud.

Claro que deveria, pois lá se localizavam todas as salas de aula, pátios, bibliotecas e todo restante de locais normais de uma escola, só que muito maiores.
Shinji caminhava devagar, enquanto vários outros alunos corriam em direção ao Prédio Central, conversavam alto sobre coisas do dia-a-dia, ou ficavam vagando em grupos pelas praças e calçadas da Academia.

       Ed: *voz fina* Cara, a Rede Manchete saiu do ar!
      Gendo: A tela ficou preta por uns 20 minutos!

Ele era o novato atrasado, então já esperava que muitos rostos fossem encará-lo com curiosidade, ou ficassem de cochichos entre si.
Um grito alto de uma garota o sobressaltou. Vários rostos pareceram assustados também com o grito, todas suas atenções viradas à praça mais próxima em que Shinji atravessava para chegar ao grande prédio Central.

       Ed: FIUKIIIIIIIIII!!!!!ONZE!

Alunos se aglomeraram em torno de alguns garotos que pareciam estar discutindo. Shinji não queria chegar perto de uma discussão entra garotos veteranos, então se distanciou um pouco da multidão de alunos.
Outro grito, só que agora um de dor e de um garoto.

       Kyon: Isso aqui é uma escola ou é uma cadeia, cara***?!

Muitos alunos se dispersaram na hora, e foi aí que Shinji viu: um garoto, de cabelos cinza e uma aparência muito frágil, sendo espancado por três outros grandalhões, que lhe davam chutem no rosto e socos na cara.

      Gendo: É, porque o rosto fica beeeeem longe da cara...

Nenhum professor estava ciente do que acontecia, e os alunos só gritavam ou se distanciavam da briga, ou marginalidade, mas nenhum tinha coragem o suficiente para ir lá apartar.
O maior dos espancadores ergueu o garoto do chão pela gravata. Como se já não bastasse ele estar com o nariz sangrando muito e um olho roxo, o grandalhão ainda lhe socou três vezes na barriga e o atirou ao chão, fazendo-o bater a cabeça brutalmente contra o gramado. Os três sorriram um gesto de maldade e vitória suja. Pela suas expressões, ainda não haviam acabado o serviço.

       Ed: Tentativa de homicídio! Hummmmmmmm!

Shinji, que ficara petrificado com a cena, sentia o coração bater muito acelerado, quase saindo pela boca, a testa ensopada, e sentiu um grande pesar pelo garoto. Tava na cara que aquele menino não fizera nada para irritar aqueles três, nem tentar se defender ele não tentou, aceitou o que acontecera como um destino que ninguém poderia alterar, só tinha que acontecer.

       Gendo: Crono e Magus estão decepcionados.

Seus cabelos cinza cobriam seus olhos, e, descendo pelo seu rosto, Shinji pode ver uma lágrima.
- Não chore sua bixinha -

      Kyon: Que insulto mais educado!

um dos malditos veteranos escarneceu do garoto. – Isso não vai te salvar.
Os três deram altas gargalhadas.
Agora o sentimento de pesar de Shinji estava sendo substituído por uma cólera inexplicavelmente arrasadora, que o obrigou a largar a mochila no gramado da praça e sair correndo em direção aos caras que se achavam os reis da escola, e que automaticamente eram ridículos. Shinji era assim, sempre foi muito tímido e muito indeciso, mas quando estava com raiva, não pensava duas vezes e se deixava levar pela emoção.

      Gendo: Assista o anime pra você ver!

E sua vontade agora era esmurrar muito a cara daqueles bocós grandalhões. Todos os olhares correram para ele, assustados, pensando se aquele garoto podia ser tão burro quanto demonstrava ser, a ponto de desafiar espancadores juvenis por causa de um garoto aparentemente desconhecido.
Sim, Shinji estava indo fazer isso mesmo.

      Ed: Eu vou entrar na mente dele...

Precipitou-se para cima do maior, socando-lhe a cara em cheio, depois desviou do soco pesado de outro, abaixando-se e levantou com o punho pra cima, pondo toda sua força nesse outro golpe. O cara cambaleou e tombou, indo de encontro ao chão. Shinji sacudiu a mão direita sentindo a dor do ataque. Mas não pode se lamentar muito, pois o terceiro deles estava vindo com muita velocidade e o punho mirado no rosto de Shinji. Dessa vez o garoto não teve como se desviar do golpe e foi acertado em cheio no nariz, que espirrou um jato de sangue para todo lado. Shinji caiu de bruços ao chão, comendo um pouco do capim.

      Kyon: Eu chamo isso de "dieta do cavalo". A Haruhi me bota nisso de semana em semana...

Ao lado dele, o garoto caído parecia ver tudo, e seu rosto transmitia certa felicidade.
Shinji notou que o garoto tentava se erguer, sem sucesso. Então apenas disse para deixar tudo com ele, que os três brutamontes iriam pagar.
Colocou-se de pé num salto, cambaleando um pouco para o lado, correu resolutamente ao encontro do cara que havia acabado de lhe acertar as fuças. Os outros dois se encontravam logo atrás do amigo. Naquela hora, todos os alunos iniciaram uma gritaria de apoio ao herói Shinji.
Ao que parecia, ele fora o único aluno, e novato, com coragem suficiente para meter o punho na cara de um daqueles palhaços.

      Gendo: Meter o punho por mim tá bom, só não vale o--
      Kyon: GENDO!

Asuka esteve desde a manhã presa na biblioteca Sul, estudando para um trabalho que iria apresentar.

      Ed: Um trabalho chamado "Como Escrever uma Fanfic".

Decidiu tomar um ar fresco e retirou-se da biblioteca. Enfim do lado de fora, era viu ao longe uma aglomeração de alunos em volta de outras pessoas. Sentiu o estômago apertar e então correu para

      Kyon: O banheiro.

verificar o que quer que estiva acontecendo.
Shinji levou outro soco, na boca, só que desta vez não caiu, apenas cuspiu o sangue e avançou de novo contra o seu adversário.

      Gendo: Sempre desconfiei que esse moleque era um capeta de alguma forma.

Agora ele já estava mais ciente do que estava fazendo, assombrou-se com seu estado logo no primeiro dia e temeu ser expulso pelos seus atos um tanto rebeldes. Também reparou melhor nos seus adversários. O maior deles usava um uniforme preto de Educação Física, uma calça e uma camisa; o da frente, a quem ele esteve enfrentando nos últimos segundos, estava com seu uniforme da escola, e os cabelos vermelhos cobriam praticamente toda sua cara; o que estava atrás do outros dois foi o que menos fez qualquer coisa, usava só a camisa branca de manga comprida da escola e a calça do uniforme. Ele foi quem menos Shinji sentiu ódio, mas ainda assim, ele participou do mal feito. Nenhum deles era grande demais, Shinji notou, mas deu pra ver que eram bons em briga de rua.
O de cabelos vermelhos ordenou que os outros atacassem Shinji enquanto ele se recuperava do soco.

      Ed: Né, Zack Fair?

O garoto temeu que sua vida fosse tirada nesse ataque triplo. Ele conseguiu desviar do primeiro soco, atirando-se para o lado direito, mas o segundo foi desferido pelo maior deles e com mais força e rapidez, acertando Shinji na barriga. Ele arfou, estava sem fôlego, ofegante. Caiu de joelhos no gramado, tentando aliviar a dor no estômago, e um chute o pegou de surpresa no rosto, jogando-o para trás. O dono dos pés malditos era simplesmente o garoto que lhe pareceu o menos imprudente - Obviamente Shinji se enganara feio.
- Isso – urrou o garoto dos cabelos vermelhos.
Os alunos ao redor urravam vaias aos três.

      Kyon: Hoje! Shinji Ikari vs. O Trio de Vagabundos! Façam suas apostas!

- Se quiser, pode matar ele logo Toji. – berrou de novo o dos cabelos de fogo.
O maior deles, o tal de Toji, deu alguns passos ao encontro de Shinji, que estava deitado de costas ao chão, gemendo de dor. No momento em que Toji levantou o pé direito com a intenção de pisotear a barriga de Shinji, ouviu-se um grito agudo de uma menina ordenando para que ele parasse. Os olhares agora se voltaram para o sul da praça, Shinji também virou com dificuldade a cabeça e viu, determinada e corajosa, Asuka, com as mãos postas ao lado da cintura, os olhos flamejando de pura raiva, contida presa em sua garganta.
- Vocês são muito inconvenientes – ela gritou. – Sabem quem é esse garoto caído aos seus pés?
- Um babaca que tentou salvar a pele do amiguinho – respondeu o Toji.
Shinji lançou o olhar ao garoto de cabelos cinza e viu seus olhos marejados e sua boca contorcida.
- IDIOTAS! – ela berrou. – Ele é o filho do Diretor Gendou Ikari: Shinji Ikari.

      Ed: A questão é: isso vai ajudar?

O mundo dos três garotos pareceu cair. Seus rostos estavam estupefatos, incrédulos, e perna de Toji que estava prestes a esmagar a barriga de Shinji voltou a pousar na grama.

      Kyon: BUM!

A notícia desencadeou um inferno de cochichos insuportáveis, e Shinji corou violentamente. Toji recuou alguns passos para trás, ainda atônito, assim como os outros dois.
- E agora – continuou Asuka -, satisfeitos? Vão pagar por tudo que fizeram, e agora talvez vocês aprendam a ser garotos com quem as pessoas possam conviver sem se preocupar em qualquer hora ser atingido no rosto sem nenhum motivo. – A galera aplaudiu Asuka. Ela saiu de onde estava e andou ao local onde Shinji jazia caído, o rosto ensangüentado e a mão direita contra a barriga. A essa altura os garotos que causaram todo o alvoroço já estavam ausente. Correram a qualquer lugar logo que Asuka apertou o passo na direção de Shinji.
- Ah meu Deus, garoto, você está todo ensangüentado! – Asuka exclamou preocupada. – Está tudo bem?
- Ah, claro, fora o fato de eu estar todo arrebentado e com o estômago doído, o resto tá beleza – ele deu um gemido de dor e depois sorriu para Asuka.

      Ed: Brigado pela noitada...

- Seu pai vai expulsar aqueles moleques – Asuka garantiu com muita convicção.
- Ah, não quero que ele saiba disso, por favor, Asuka – Shinji suplicou. – Nem meu pai nem Fuyutsuki-san precisam saber disso.
- Mas, Shinji, eles devem saber de qualquer jeito. Aqueles três não podem ficar impunes. – Asuka ajudou Shinji a se levantar. – Além do mais, suas feridas não vão deixar você guardar segredo. – Ela olhou em volta. – E nem essa multidão de alunos.

      Kyon: E nem o Conselho Tutelar.

- Não sei. Depois a gente resolve isso. Agora tem alguém que precisa de ajuda mais do que eu.
Shinji correu ao encontro do garoto que havia sofrido na briga antes dele. Asuka o seguiu, tentando manter o andar estável.

      Gendo: Fi, nessa escola tem uns sete banheiros. Esqueceu?

- Ei, cara, beleza aí? – Shinji se abaixou levando a sua cabeça ao chão, lado a lado com o garoto, que parecia desacordado. – Eu sei que não. Vem... Eu vou te ajudar – ele passou o braço pelo garoto e fez força levantá-lo.
- Não faça tudo sozinho – Asuka envolveu o garoto do outro lado com o braço, ajudando Shinji na simples tarefa de erguê-lo.

      Ed: Tipo tomar banho?

Os três atravessaram a praça. Andaram por detrás do Prédio Central e enfim chegaram à ala hospitalar. Nagisa, o garoto dos cabelos cinza, andou todo o tempo apoiado em Asuka e Shinji, que também estava muito ferido, mas garantiu que conseguiria carregar o novo amigo. Nagisa foi colocado em uma cama médica, enquanto Shinji deitou-se na outra. Asuka permaneceu pouco tempo com Shinji, depois correu para sua aula, pois tinha que apresentar um trabalho e estava atrasada. Shinji pediu para que ela não falasse nada para o seu pai, e ela assentiu.
O espaço entre os dois garotos estava sendo dividido por uma cortina leve e branca. Shinji não se atreveu a dirigir a palavra ao companheiro por motivos pessoais – timidez.

      Kyon: E verba.

Passado um bom tempo desde sua chegada ao hospital, Shinji viu a cortina branca sendo puxada totalmente para que pudesse revelar um garoto de cabelos cinza cheio de curativos no rosto e um braço direito numa tipoia.

      Kyon: Porque uma gostosa de cabelo azul toda enfaixada não é o suficiente.

- Oi – cumprimentou. – Obrigado.
- Não precisa me agradecer. Qualquer um faria aquilo por você.
Nagisa apertou os olhos para Shinji e o garoto logo entendeu a mensagem: ele estava sendo espancado e ninguém, exceto Shinji, tentou ajudá-lo.
- Bem... Talvez eles não tivessem tanta coragem, mas com certeza se tivessem iam lhe ajudar – Shinji sorriu.
- Está certo – Nagisa parecia nada convencido. – Agora já passou. Há tempos eles me ameaçavam de fazer isso.
- Ei, mas por que eles ti bateram daquele jeito? – Shinji sentou-se no momento em que se lembrou da pergunta que estava engasgada na sua garganta.

      Gendo: "Você costuma cheirar suas calcinhas?"

- Nada demais – Nagisa riu. – É complicado e até irônico. Eles freqüentemente perturbavam um amigo meu que estudava aqui, e que foi embora por causa dessas ameaças. Pois bem, eu fiz exatamente o mesmo que você, e fui à defesa do meu amigo. Assim, depois que ele saiu da escola, eu passei a ser alvo das ameaças deles, e elas passaram de apenas ameaças para ação.
- E por que você nem mesmo tentou se defender? – Shinji estava indignado.
- Pra quê? Eu só iria sofrer mais ainda. Eles eram três, eu, só um. E além do mais, eu nunca fui bom de briga – Nagisa sorria inocentemente da sua explicação.

      Ed: Sabe como é, eu só sei pilotar robôs.

- Tá, você pode dar qualquer desculpa, mas mesmo assim, deveria ter pelo menos entregado eles ao Diretor.
- Eu não ia fazer isso – Nagisa afirmou. – E, a propósito, se me lembro bem, você também não quis fazer.
Shinji baixou a cabeça.
- Eu sei – murmurou.

      Kyon: Não seja uma Geisy.

Nagisa sentou-se em sua cama.
- Agora eu vou passar a ser a vítima deles – Shinji disse com muita convicção.
- Ah, duvido disso – garantiu Nagisa. – Graças à Asuka, agora todo mundo sabe que você é o herdeiro da escola.
- Não, eu posso ser o filho do Diretor – disse Shinji -, mas não sou o herdeiro.

       Gendo: Isso é uma escola, não um reino.

Nagisa percebeu que aquele comentário de Shinji expressava uma óbvia falta de aproximação familiar. Não perguntou mais nada para o amigo por que certamente ele iria ficar incomodado em falar de sua vida à uma pessoa praticamente desconhecida, além do que, isso não era da conta de Nagisa.


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