Four Seasons escrita por Karol Oliveira


Capítulo 11
Capitulo XI - Festas de fim de ano


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo deveria ter sido postado a meses, mas a fanfic tava no capitulo 8 aqui no nyah ainda na epoca e nao quis posta tudo de uma vez ;)



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- Está nevando...- Comentei, contemplando os delicados flocos que pintavam de branco todo a paisagem que eu podia ver pela janela do meu quarto. Era uma daquelas manh\'e3s em que voc\'ea se pergunta por que foi que saiu da cama, e no meu caso, o motivo se chamava maldito despertador e sua maldita pontualidade, depois que aquela coisa tocou as sete da manhã e eu não consegui mais pegar no sono um minuto sequer.

- Yuu-Chan ! Levante, preciso que me faça um favor. - Minha mãe gritou do andar de baixo.

- J\'e1 estou indo ! - Sai do quarto com a preguiça estampada no rosto e fui em direçao banheiro. 

...
- Bom dia mam\'e3e...bom dia Kei...- Respondi bocejando. 

- Ah...bom dia Yuu-Chan. - Disso o Kei.

- Escute querida, eu estou indo ao Kassai comprar algumas coisas, ser\'e1 que voc\'ea pode...- Ela nem teve tempo de terminar a frase e foi com tudo pro chão

- Mãe!

- Tá tudo bem querida...não precisa se preocupar...quando eu voltar garanto que estarei bem melhor e...

- Quê ? Nada disso. Esta nevando bastante, e a senhora não pode sair assim.

- Mas...nãp posso parar os preparativos para o natal. 

- Desculpe mas...a Yukari tem razão, a senhora poderia fazer uma lista das coisas que precisa e nós dois compramos, o que acha ?

- Keisuke-san...

- Boa idéia! E você mamãe, por favor, tem que descançar.

- Ah...- Ela suspirou. - Tudo bem...voltem logo e se cuidem sim? 

- Pode deixar mamãe vamos Kei ! 

Ok. Eu disse que nunca mais colocaria os pés naquele lugar, e não consigo imaginar o inferno que aquilo deve estar, já que o movimento triplica devido poca do ano, mas...

..

Pessoas, pessoas e...mais pessoas. Estava me sentindo uma sardinha gorda enlatada. Por todo esse pessoal nãp deixou para fazer suas compras em um outro dia ? Ah, lembrei. Hoje é 24 de dezembro. Musicas alegres velhinhos vestidos de papai noel, e sacolas e mais sacolas de presentes. Até uma mula notaria que estávamos na vespera do natal. 

- Yu-Chan...

- O que foi Kei ?

- O que é "Natal" ?

Respirei fundo, e pensei em uma forma simples de faze-lo me entender, o que geralmente era dificil. Olhei em volta, e uma l\'e2mpada se acendeu na minha cabeça, ou seja, eu tive uma ideia. 

- Bem...é um dia do ano em que as pessoas celebram o significado da familia, entendeu ? . basicamente isso. Ok, consegui resumir quase dois milenos de historia natalina em uma frase de uma duzia de palavras. Palmas pra mim.

- Familia...- Percebi que seu olhar se perdeu e ele ficou olhando o nada por alguns segundos. \par

- Tá tudo bem Kei ?
- E...quem não tem uma ? - Keisuke falou com um tom de voz melancolico. Lembrei da praia, das coisas que me contou naquele dia, e senti um enorme aperto no peito. 

Silêncio.Estiquei os braços e me espreguiçei .

- Hum...temos muito o que fazer não é ? Então...vamos lá !- Fiz uma cara boba e sorri tentando anima-lo. - O que acha de passarmos no vendedor de aves agora ? 

- Tá legal.
...

Bem, como eu já disse, o Kassai é o tipo de lugar em que você pode encontrar todo o tipo de comercio. Entramos no primeiro lugar que vendia tais tipos de ave. Um lugar bem arrumado. 

Nos dirigimos até o senhor dono do estabelecimento, um homem baixinho, de cabelo e barbas laranja,com uma cara de estrangeiro. 

- Com licença senhor...serque npodemos ver os perus pra ceia desta noite. - Minha familia é a unica da vizinhança que come peru no natal, pelo menos onde eu moro é mais comum frango, mas fazer o que, nunca disse que vivia numa familia normal. 

- Sim claro. Vocês dois estão com sorte meus jovens, estou fazendo uma promoção exclusiva hoje .

- Promoção ?

- Oh sim. Venham comigo. - O simpatico homem nos conduziu até os fundos da loja, onde havia uma area ao ar livre com coberta de terra e neve onde galinhas, perus e etc corriam alegremente, desconhecendo o destino trágico que os aguardava. -Ali está ele ! - Completou, apontando para um rabujento ser de asas que fazia sons irritantes.

- Realmente é um animal muito grande.- Observou Keisuke. 

- È o seguinte crianças, se conseguirem pega-lo, ele é de vocês, de graça. So precisam traze-lo pra çá. Bem simples não acham
È exatamente por ser tão simples que eu fico preocupada. Todos os perus que conheci na minha, diga-se de passagem, curta vida, eram gordos, mal-humorados e bastante burros. O vendedor, que aquela altura já estava me deixando desconfiada, talvez estivesse querendo se aproveitar dos dois primeiros idiotas que viu pela frente pra poupar seu trabalho de pegar o tal bicho.

- Só que tem um porem: Se vocês não conseguirem, teram que pagar o dobro por uma das minhas aves congeladas. Combinado ? 

- Então...o que acha Kei ? - Perguntei.

 - Bom...eu costumava correr atrás de galinhas quando era criança. No deve ser tão dificil. 

- Ah, então ta tudo bem.- Não sei por que, mas estou com o precentimento de que vou me arrepender de ter dito isso.

- Òtimo, se precisarem de alguma coisa, estarei lá dentro. - Disse o homem, antes de fechar a porta que nos separava da civisação de humanos e nos prendia em um cubiculo com um monte de bolas penosas barulhentas.

Céus, era só um simples e indefeso peru. 

- Escuta aqui bichinho...por favor, colabore e eu prometo que voc\'ea se tornara um peru de natal delicioso tá legal ? - Sussurrei, me aproximando do alvo pronta pra dar o bote. - 1...2...3...DROGA



E no momento em que eu voei em cima da criatura, eis que ela começa a berrar desesperadamente "glugluglu", ou sei lá qual é o som que perus fazem, e correu, o que resultou em uma Yukari espatifada no chão coberta de terra . E o Kei, pra variar, ria.

- Haha, vai, fica rindo, quero ver você pegar ele . 

- È apenas uma questão de técnica. Olha só. - Tecnica, ah sim. Só se for a de correr incansavelmente 
atrás do pobre ser até que ele ficasse extressado e tentar arrancar fora o nariz de um certo garoto convencido.

- Yukari ! - Gritou ele. Agora o caçador era outro. 

- Cad\'ea a sua tecnica infálivel meu querido ? - Ri, jogando uma pedra na cabeça do peru, e vendo o mesmo se virar furioso pra mim. - Socorro. 

Foi dificil sair daquele mini zoologico, principalmente depois que eu chutei longe o balde de milho das galinhas enquanto corria pra porta e elas se alistaram no exercito "vamos matar os dois idiotas"

Depois disso, chegamos a conclus\'e3o de que pagar mais caro pelo congelado talvez não fosse tão ruim assim.

- Que preço absurdo. - Exclamei, pagando o infeliz vendedor com um tremendo desgosto. 

- Sinto muito, mas trato, é trato. Se tivessem conseguido pega-lo, freddy certamente faria parte da ceia de sua casa esta noite. 

O que mais podiamos esperar de um ser humano que batiza um peru de natal de Freddy ? O animal tinha que ser revoltado com a vida mesmo. 

...
- Chegamos ! - Anunciei, me jogando no sofá. - Estou morta...

- Ah, Yukari, Keisuke-San ! - Meu pai entrou na sala.

- Oi papai. - Respondi sorrindo. 

- È que estamos com um problema querida...sua mãe não está se sentindo muito bem e precisamos preparar as coisas para hoje a noite. Sera que vocês não se incomodariam em me ajudar ? Ainda tenho que ir buscar os presentes. 

- Claro. Faz o seguinte, deixa que eu e o Kei cuidamos da comida ok ? 

Depois que meu pai saiu da sala é que a ficha caiu. 

Primeiro, só temos algumas horas graças ao tempo perdido brincando de pega-pega com o peru "Freddy".

Segundo, eu cozinho muito, muito mal. 

È...parece que temos uma problema.

- Bem...já estamos na cozinha e temos a comida certo ? Já é um bom começo...- Suspirei.- Já sei. Podemos começar pelo bolo tradicional.

Farinha espalhada pela cozinha inteira, ovos quebrados pelo chão e um objeto nao voador identificado como "Algo que a Yukari preparou e que deveria se parecer com um bolo" assando no forno. Se minha vida fosse um seriado de comedia certamente seria possivel ouvir milhoes de pessoas invisiveis rindo da minha desgraça.

- Yukari...quando aquela coisa ficar pronta...vamos ter que come-la ? - Keisuke perguntou, zombando da minha cara, claro. 

- Espero estar bem longe daqui quando isso acontecer...- falei desapontada. 

Depois da esperiencia nada legal com o bolo, meu pai chegou e não precisamos incendiar a cozinha tentanto preparar o maldito prato principal. O que não significava que nosso trabalho tinha acabado. Agora vinha a parte 2.

...

- Megumi-San ! - Minha mãe, que a esta altura já estava bem melhor foi abrir a porta para a minha tia de Osaka. - Quanto tempo. Nossa , a pequena Mayu está tão linda.

- Pois é irmã. O tempo voou. Por falar nisso, onde está a Yukari-Chan? 

- Estou aqui tia. - Falei entrando na sala acompanhado do meu namorado. Quando me viu, ela ficou com os olhos brilhando de tanta emoção. 

- Yukari como você cresceu ! - Eis aqui uma das frases mais odiada pela minha pessoa. - Da ultima vez que te vi você era uma garotinha no primario.

- È...pois é né...como o tempo passa...

- E esse lindo rapaz, quem é ? - Eu sabia que ela ia perguntar.

- O Kei...ele...é...meu namorado...

- Keisuke é filho de um casal de amigos que faleceu em um acidente a quase um ano. desde de então mora aqui com a gente. È um menino muito especial - Explicou minha mãe. - Hum...Yukari, se importa em ficar de olho na Mayu ? A Megumi vai me ajudar com a ceia. 

- Ok. - me abaixei ate a altura da garotinha de sete anos e falei sorrindo. - Oi Mayu-Chan. 

Ela fez uma careta e virou a cara. Eu tenho a leve impressão de que ela não gostou de mim. Espero que tenha sido só impressão. 

Ah, mas como eu estava enganada. E tive total certeza disso quando a garota simplismente mordeu minha mão. E pra variar, ela gamou no Kei. Disse até que ia casar com ele quando ficasse maior. Sai durante alguns minutos para buscar uns doces para ela e quanto voltei, a encontrei dormindo. Era por volta das dez da noite. 


- Que bonitinho...-Sussurrei. - Acho que brincar de pega com você e pisar no meu pé cansaram a Mayu-Chan não acha ?

- Huh, tem rasão.

Minha mãe sugeriu que eu e o Keisuke saissimos para ver as luzes da cidade, coisa comum entre os casais de jovens na noite de natal. E foi o que fizemos.

- È tão lindo...é uma das épocas mais bonitas do ano pra mim...

- È...- respondeu ele, como o mesmo tom de voz triste de mais cedo. 

- Aconteceu...alguma coisa? - Perguntei.

- Sabe Yukari...faz muito tempo que eu não sei o que é ter uma familia...e hoje, eu percebi com sinto falta disso. Você tem muita sorte Yuu. muita mesmo... - Dizendo isso, ele virou o rosto. 

- Idiota ! - Exclamei, fazendo-o me encarar de novo. - Quer dizer que já se esqueceu de tudo que passamos juntos desde que você veio para a minha casa ? Você faz parte dessa familia Kei, nunca se esqueça disso. 

- Yukari eu...- Ele sorriu. - obrigada.

- Não precisa agradecer bobo, eu que sou grata por você ter aparecido na minha vida, Keisuke, esse ano eu recebi o melhor presente de natal da minha vida. 

Eu o beijei e nós ficamos observando as estrelas, abraçados. Logo, os fogos de artificio anunciaram a meia noite. 

- Feliz natal...Kei. 

Voltamos para casa para a ceia. O bolo até que não ficou tão ruim, pelo menos ninguem saiu correndo pro banheiro depois de comer.

A noite de ano novo nao foi muito diferente.

È...e assim terminou aquele ano, que eu jamais apaguei da memoria. 


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Notas finais do capítulo

Bem, ok, o capitulo ficou horrivel ._. O final besta foi resultado de que eu só consegui termina-lo tres horas antes de ir viajar, e acabei fazendo correndo >—< Mas enfim, esse capitulo encerra o arco inicial da fanfic, que mostrou o primeiro ano do relacionamento do Keisuke e da Yukari, e também foi mostrada um fato importante na vida dela, a formatura do colegial. Pretendo mudar um pouco o ritmo da fanfic daqui pra frente, mas acho que vão gostar.



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