POV Ophelia:

Quisera eu ter duvidado de sua boa conduta quando criança, agora que crescido percebo como as coisas são, ele era o uma criança reclusa que de uma ora para outra tornasse o orgulho de sua familia, e eu?

 Bom, eu era a criança prodigio que de uma hora para outra torna-se a lunática. Mas, não era disso que falavamos, falavamos de escrupulos...

Bom, sabe qual o pior?Desse termo ele e eu somos desprovidos...

Felizmente.

Depois de algum tempo em estado de choque sua pele formiga, seus olhos ardem... Não, não é choro, eu nunca choro verdadeiramente. Além do mais suas pernas fraquejam.

Eu não apertei sua mão quando ele estendeu, eu não sorri quando ele sorriu, eu não gostei quando sua lembrança me veio a mente...

Não, nem um pouco.

 Tenho dois motivos e tenho duas razões. Nenhum são fortes suficientemente para que eu faça o que planejo...

Mas, qual o problema? Não tenho escrupulos mesmo...

POV Peter:

Ódio te deixa estranho depois de algum tempo...

Ah a vingança...

Só não conseguia enxergar o por que de tanta alegria de minha parte em ve-la.

Ah o reencontro...

Sua face ficou vermelha, contrastando com seus cabelos e lábios extremamentes carnudos.

- Peter Bloom. – Sorri estendendo a mão. Seu rosto pareceu desmoronar ainda mais, o lábio inferior tremeu e ela ficou calada por um tempo, estava em estado de choque...

Sorri, ela não retribuiu.

Me assutei quando ela levantou a mão abruptamente, tinha quase certeza de que fosse me bater...

Apertei sentindo-a estremecer.

Pov Ophelia:

- É um prazer... – Sorri falsamente. – Reencontra-lo...

Estevens nos olhou espantado. Quando entrei no quarto devidamente vestida, ele e...

Arrrrrrrg!

...Peter, estavam conversando alegremente.

- Voces se conhecem?! – Perguntou surpreso.

Assenti.

- É um velho... – Engoli a bile novamente. – Amigo.

O sorriso de Peter caiu significativamente. Deve estar me achando muito hipócrita...

 Eu não tiro o direito dele de pensar isso sobre mim. Eu mesmo o penso as vezes...

A janela ao meu lado foi aberta por uma rajada de vento fortissima, levando meus cabelos para o alto. Ajeitei-os cuidadosamente.

Peter foi calmamente fechar a janela, só para poder dar um sorriso sarcástico do meu nervosismo...

Algumas coisas nunca mudam  -  ele piscou repetidas vezes enquanto eu o encarava curiosamente -  como esses olhos verdes deliberadamente encantadores.

- Tinhamos casas vizinhas. – Ele continuou. – Em Holdvill. – Sorriu maldoso.

- É, em Holdvill... – Esmaguei minhas mãos uma na outra nervosamente.

Peter pegou algo do meu criado mudo e entregou-me com um copo de água. Tomei .

- Bom, Peter acho melhor irmos, tenho alguns problemas a resolver e... – O falatório de Stevens continuou ate quando os dois sairam e houve um baque surdo da porta.

Andei para trás ate me recostar na parede azul atrás de mim. Coloquei a mão em meu coração e peguei uma almofada da cama e enfie minha cara la dentro, gritando tudo o que havia para gritar e depois desabei no chão, cansada,triste, angustiada, confusa, dopada...

Não consegui ver seu rosto, mas sabia que era ele...

Pegou-me e colocou na cama.

- Por que? – Perguntou vendo meu estado. – Por que voce e não qualquer outro?

- Filho da mãe... – Sorri. – Por que até a loucura, prefere a mim, escolhe o melhor ...

Não pude perceber, mas acho que ele sorriu. Depois:

Escuridão.

Dessa vez pude ver, acho que ate mesmo sentir...

 Senti o verde em toda parte, nos olhos...

Na alma...

Em Peter.

POV Peter:

Quando o ar entrou pela janela, os cabelos cor-de-fogo voaram, ela os ajeitou, como se naquele instante, a única coisa que importasse fosse ela. Era assim, foi e será, ela nunca se importará com mais ninguém além dela...

Depois de ve-la ficar, vermelha,roxa, e o arco-íris a quatro, sai do quarto com Estevens, o velho nem percebeu quando parei na porta, continuou andando e conversando com o vazio ao seu lado.

 Ainda era possivel ouvir um gemido abafado, ela estava gritando...

Encontreia sentada no chão e abraçando a almofada, suas mãos estavam segurando firmemente , quase rasgando o tecido, mas seu rosto estava sereno, os olhos azuis perdidos, desfocados...

Suspirei pegando-a e colocando na cama.

O remédio fazia efeito rápidamente.

Cinceramente, não sabia o que fazer, não poderia dizer que era como qualquer paciente, não era, era Ophelia, era alguem que conhecia tão bem quanto a mim mesmo. Eu não sabia o motivo dela estar ali, eu só queria saber de uma coisa:

- Por que? – Perguntei vendo-a . – Por que voce e não qualquer outro?

-  Filho da mãe... – Sorriu. – Por que até a loucura, prefere a mim, escolhe o melhor ...

Gargalhei, mas fui o único ao ouvir, ela já havia fechados os olhos dopada...