Opheliac escrita por Big Dreams


Capítulo 4
Peter


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora é que estou tendo uns problemas com meu computador.*-* (sempre tive).
Boa leiura.



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Eu sorri de novo levantando da cama e me apoiado no criado-mudo para verificar meu equilíbrio.

Tudo certo.

Arrisquei-me no primeiro passo. Nenhuma tontura.

Tudo certo.

Comecei a caminhar para o banheiro.

A água quente parecia cicatrizar minhas feridas mais profundas. As feridas da alma.

Sai do banho e coloquei um roupão de banho.

Depois de tanto tempo dormindo me toquei de uma coisa.

Suze.

Olhei muito temerosa para o relógio em minha parede.

Nove e vinte e seis da noite.

Não só dormi muito como está tudo acabado...

... Para Suze.

- Desculpe-me. – Murmurei. – Por não tentar impedir.

Uma lágrima desceu por minha bochecha. Eu suspirei alto.

A impotência é um dos piores castigos já inventados. Sinceramente, acho que mais potente que a impotência deve ser a morte. E disso Suze deve saber melhor que eu.

Mas na verdade, nenhuma dessas coisas se compara a esquizofrenia. Pelo menos foi isso que diagnosticaram em mim.

Me Encaminhei até a varanda, tudo em ordem. Me Debrucei apoiando o cotovelo na varanda e minha mão segurando meu queixo.

O céu estava mais brilhante esta noite, o vento frio lavava as preocupações (que já são muitas).

Olhei minha piscina particular não muito longe, era só descer a pequena escada de mármore.

Caminhei até a piscina azul, pelas lâmpadas ao fundo dela.

Encarei-a por um tempo e retirei o roupão branco.

Entrei vagarosamente dentro da piscina que mantinha a água sempre na temperatura certa, apesar do frio que fazia.

Mergulhei e nadei em alguns momentos, mas fiquei encostada na borda batendo os pés em um ritmo lento e relaxante. Virei-me e impulsionei meu quadril para cima para boiar de costas. Sempre foi uma de minhas brincadeiras favoritas que fazia junto com Dianna minha prima e Victória na piscina em minha casa em Monterrey onde íamos tirar ferias.

Gostei da sensação de ser sustentada somente pela água, me sentia carregada por algo menos complexo. Aliás, a única coisa que me carregava desde sempre foi à complexidade das coisas.

Sempre fui atraída da forma errada por coisas difíceis de resolver, mistérios enigmas e principalmente coisas arriscadas. O risco me atraia de forma dominadora, sempre fiz coisas que não deveria fazer. Sucumbi ao desejo de viver mais do que a vida de pianista e compositora poderia me proporcionar, por isso aderi ao que metade das mulheres adere:

Aos homens.

Sorri ao lembrar:

Ele me olhou como quem olha chocolate em dias de TPM. Mas isso ele tinha a vontade, o quarto inteiro estava decorado com pétalas de rosas e champanhe gelado por toda parte, além do que se mencionei antes ele é homem, e um absurdo de homem.

“Tenho que ir querido, talvez amanhã quem saiba... – Eu disse sorrindo maliciosamente.

Ele me retribuiu o sorriso do mesmo jeito. Que boca! Era carnuda e em formato de coração!

“Amanhã não dá... – Ele disse me abraçando por trás e desamarrando o nó do roupão branco. Descolou um pouco do meu corpo, mas só o suficiente para o roupão cair ao chão.“ Agora!”

“Claro...” Eu sussurrei. “Obrigue-me.”

Ele me segurou com força e me jogou contra a cama em uma velocidade absurda. Mal me importei com o baque, estava para ter uma das noites mais divertidas da minha vida.

Me virei bem devagar prendendo minha respiração. Abri os meus olhos olhando para as luzes azuis no fundo da piscina, meus braços subiram e minhas pernas também. Relaxei e boiando de costas. De repente a água começou a se agitar. Abri os olhos e senti mãos me envolvendo protetoramente, o pouco de ar que possuía em meus pulmões se esvaiu em uma tentativa de falar, ou melhor, dizendo. Gritar por socorro.

Quando subimos a superfície inspirei o ar com vontade. Arregalei os olhos ao ouvir sua voz.

- Está tudo bem? – Sua voz soou docemente rouca como da última vez em que ouvi. – Se machucou?

Uma lufada de ar saiu de minha boca com dificuldade.

Sussurrei um tímido e desajeitado “sim”.

- O que pensa que estava fazendo? – Ele disse me assustando.

Nossos corpos que estavam colados, mas agora mantinham uma distancia, digamos que...

...Saudável.

Levantei a cabeça lentamente para fita-lo.

O homem moreno que me encarava com seus olhos verdes balbuciou algo mal humorado.

Não sei o que acontecia, mas enquanto ele saia da água uma raiva incontrolável me atingiu.

- Espera ai! – Eu gritei exaltada.

Ele se virou completamente ensopado e somente de calça jeans.

- O que pensava você que estava fazendo! – Eu atirei a ele tremendo de raiva e de frio.

Ele me olhou incrédulo cruzando os braços fortes.

- Voce estava se afogando. – Ele disse apontando para a piscina com a mão.

- O que?! – Perguntei confusa. – Não estava me afogando! Estava boiando!

A camisa que ele estava vestindo desceu suavemente pelo seu corpo me deixando incomodada. Balancei a cabeça caminhando para fora da piscina.

- Em primeiro lugar... – Eu disse apontando para ele. – Não fale assim comigo!

- Em segundo... – Ele me incitou a falar com um sorriso petulante.

- Em segundo, tira esse sorrisinho cínico da cara e me diga seu nome! – Eu disse me equilibrando nos degraus da piscina.

Ele suspirou e ficou me observando dos pés a cabeça. Tudo bem, que não estou com os trajes mais adequados para afrontar meu novo enfermeiro, mas não precisamos tornar isso tudo mais difícil. Comecei a corar.

Oh meu Deus!

O que eu faço?

Eu certamente estou em uma daquelas situações em que o silencio não ajuda muito.

- Peter. – Disse ele dando meia volta e caminhando para o quarto.

Tá legal, ele disse alguma coisa. Isso é um progresso não é?

Definitivamente, não é.

Fiquei parada vendo-o entrar no meu quarto.

Peguei meu roupão de banho e vesti rapidamente.

Não conseguia sair do lugar estava e estado de choque. U choque que congelou até minhas veias.


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Notas finais do capítulo

Bom, prometo um tour pela Gestalte em outro CAP, sabe estou tento umas dúvidas e relação a esta FIC, aho que o pouco que eu pesquisei sobre psiologia para esta fic ainda não é o suficiente, (E e sinto péssia por isso) Sepre gostei que tudo o que fiesse saisse perfeito essa é minha prieira fic.

Prometo me informar mais, nem que eu passe o natal lendo liros de psianálise. (papai ficaria orgulhoso) *-*.
Bjos views. :*



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