Um Romance pra lá de Estranho escrita por Between the moon and the sun, Shinemoon


Capítulo 12
Uma proposta inesperada




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Acordei de manhã bem cedo, como eu fazia todo dia. Eu queria poder ficar mais tempo ali no sofá, mas eu tinha que levantar... Eu pensei nisso eu suspirei, tomado pela preguiça. Dafne ainda estava em meus braços. Ela estava dormindo tranquilamente e ela era tão... Linda. A única luz que iluminava sua pele perfeita, era a leve luz do abajur que ficava ao lado do sofá. Eu afundei o rosto nos cabelos dela e fechei os olhos, encostando a cabeça no ombro dela, ainda envolvendo ela em meus braços. Ela se mexeu devagar e passou os dedos pelos meus cabelos.

-Acho que alguém tem que se levantar agora. – Sussurrou ela no meu ouvido.

-Eu não quero ir. – Eu murmurei como uma criança que não quer ir pra escola.

-Apolo, a questão é: você tem que ir. – Eu estava com o rosto no cabelo da Dafne, sentindo o cheiro dela, que era simplesmente embriagante. Eu levantei o rosto pra olhar pra ela.

-Eu sei que tenho.

-A menos que você conheça outro deus do sol ou que queira que alguém mais dirija o seu carro. – Disse Dafne dando uma risadinha baixa.

-Ninguém dirige o meu carro não! – Eu disse e Dafne começou a rir mais alto.

-Foi o que eu pensei. – Ela disse sorrindo e olhando pra mim. Eu fiquei olhando nos olhos dela até me perder.

-Você é linda. – Eu beijei seus lábios rapidamente e ela me beijou também.

-E você é cego, pelo jeito. – Ela disse sorrindo, com os lábios ainda colados nos meus e aquilo me fez rir.

-Eu não sou cego!

-Claro que não. – Ela disse me beijando de novo. –Agora levanta desse sofá, você tem que fazer o dia amanhecer.

-Mas...

-Vamos logo. – Então ela fez um movimento, como se fosse se levantar do sofá, mas eu a segurei pela cintura e a puxei pra mais perto de mim. Agora tudo que separava os nossos corpos era um fino lençol branco. Ela olhou pra mim. –Apolo...

-Ah qual é, vamos ficar aqui só mais um pouquinho. – Ela rolou os olhos.

-Quanto mais cedo formos, mais cedo vamos voltar.

-Você vai comigo, é?

-Se o senhor lorde supremo do carro do sol permitir...

-Hm... Acho que ele não se importaria de ter a honra da sua companhia não. – Eu disse sorrindo pra ela. Ela corou e se sentou no sofá, foi quando o lençol branco que estava no sofá e que só cobria uma parte de seu corpo, caiu da parte de cima e a luz do abajur iluminou a pele das costas dela. Eu me sentei também e beijei o ombro dela e a pele dela se arrepiou, o que me fez sorrir. Comecei a beijar o pescoço dela devagar. Puxei ela devagar, deitando no sofá e fazendo-a deitar por cima de mim. Qual é, eu não pude resistir. Ela começou a me beijar e os beijos começaram a se aprofunda. Então ela interrompeu os beijos e colocou o dedo indicador nos meus lábios.

-Pára com isso, você sabe que temos que sair logo.

-Desculpa. – Eu disse rindo. Então ela se sentou de novo, segurando o lençol junto ao seu corpo para que não caísse dessa vez. Ela se levantou do sofá e subiu as escadas até o segundo andar da casa, usando o lençol como se fosse um vestido, o que me lembrava muito uma túnica grega. Imaginei como ela ficaria divina usando uma túnica grega.

Eu continuava deitado no sofá, simplesmente levantei a cabeça pra olhar enquanto ela subia as escadas e depois olhei pro teto, sem muita vontade de levantar. Finalmente me sentei no sofá e depois me levantei, pegando minhas peças de roupa que estavam espalhadas pela sala e me vestindo. Dafne logo se vestiu e desceu as escadas.

Já fazia quase um mês que eu e Dafne estávamos juntos e parecia que a cada dia eu me apaixonava mais por ela, se é que isso é possível. Tudo nela me fazia amá-la ainda mais, ela sempre me surpreendia.

Nós passávamos a maior parte do tempo juntos, mas como tínhamos que trabalhar na imobiliária - porque eu não a deixaria sozinha na imobiliária, iria continuar trabalhando lá por ela - e eu também tinha o meu “trabalho” como deus, nós tínhamos meio que uma rotina.

Não que eu não gostasse disso, mesmo que todos os dias nós fizéssemos quase as mesmas coisas, sempre era diferente, não sei explicar. E eu queria que todo dia se repetisse pra sempre, pelo simples fato de eu poder estar com a Dafne. Porém ela era especial, eu queria a levar pra fazer alguma coisa diferente, pra algum lugar onde pudéssemos ficar um tempo juntos nos divertindo, sem preocupações com o serviço, sem preocupações com nada, onde pudéssemos esquecer o mundo. Eu estava pensando nisso, enquanto estávamos juntos, em um banco na varanda da casa dela. Ela estava vestindo um vestido estilo anos 60. Era um vestido azul claro com bolinhas brancas, com uma fita de cetim azul claro, do mesmo tom do vestido, amarrada debaixo dos seios dela e as alças do vestido eram finas. O vestido vinha mais ou menos até uns 4 centímetros a baixo do joelho dela. Ela estava sentada, segurando um livro com a mão direita e eu estava deitado com a cabeça no colo dela, olhando pra ela, enquanto ela acariciava o meu cabelo com a mão esquerda, devagar.

-Dafne? – Ela tirou os olhos do livro e olhou pra mim.

-Sim?

-Quer visitar o Olimpo? – Ela levantou uma sobrancelha e riu.

-Ah é claro. E depois quem sabe eu não possa beber néctar até morrer?

-Eu falo sério. – Ela ainda olhava o meu rosto, me estudando.

-Mas eu sou só uma humana, Apolo.

-E daí? Eu quero te levar lá porque é um lugar especial, sabe? E você vai estar comigo, ninguém pode te fazer mal algum. – Ela fechou o livro e olhou diretamente pra mim, fazendo caminhos pelo meu rosto com a ponta dos dedos. –E então, quer? – Eu disse sorrindo.

-Você realmente acha que essa é uma boa idéia?

-É claro que acho.

-Eu ainda sou só uma humana, eu não deveria ir ao Olimpo.

-Escuta. – Eu disse pegando a mão que ela passava pelo meu rosto. Eu beijei a mão dela e olhei nos olhos dela. –Você não é só uma humana. Você é MINHA humana agora. – Eu disse rindo e ela riu também. –Dafne, é sério, nunca deixe ninguém te falar que você não pode fazer algo. Você pode fazer o que quiser porque você é especial, você sabe disso. E eu te amo.

-Apolo... – Eu sabia que ela não queria que eu falasse que a amava porque ela não acreditava naquilo, ou pelo menos não queria acreditar. Ela tinha medo de se magoar de novo e eu a entendia. Eu me sentei ao lado dela e segurei o rosto dela, acariciando a bochecha dela devagar.

-Shhhh – Eu a beijei. –Não fale o que eu estou pensando que você vai falar. Eu te amo sim, não me peça pra não dizer isso. Mesmo que você não acredite nisso, eu te amo. – Não importa quantas vezes eu a beije ou quantas vezes eu tente falar o quanto ela é importante pra mim, eu nunca me canso disso. E eu nunca conseguia por em palavras o que eu sentia por ela, o que me deixava frustrado. –Então, quer ir ao Olimpo comigo ou não? – Ela me olhou em dúvida e mordeu o lábio inferior, pensando.


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