P.O.V Draco Malfoy.

Entrei no meu quarto fechando a porta atrás de mim. Deitei na minha cama, observando o teto bordado. O cheiro dela ainda reinava nos meus lençóis.

Não é possível que eu esteja sendo tomado por um sentimento tão fútil. Amor... Que coisa mais ridícula! Acho que não seria amor, mais sim atração. Coisa relativamente diferente.

Girei na minha cama passando a mão nos meus cabelos. Como uma garota daquela poderia me deixar... Assim?

Vê-la falando com as cobras era tão... Sexy e assustador ao mesmo tempo, coisa viciante.

Ela deve estar achando que eu não sei de nada, que eu sou um desinformado. Coisa que eu realmente não sou.

O fato de ela ser filha de Valdemort não me deixava com medo. O que me deixava com medo era que ela descobrisse que eu era um comensal da morte e me matasse, coisa que eu não duvido.

Desde que Dolores Umbridge entrou nesse colégio as coisas ficaram um saco. Aquelas regras pregadas na parede era o que mais me emputecia. Como aquele velho ranhoso do Dumbledore não fazia nada? Daqui a pouco ela se transforma em Hitler e faz dos alunos um exército.

A entrada de Slughorn era... Razoável. Afinal, ter Snape como Professor em DCAT era muito mais sinistro. O que também era muito animador era ver Hermione Granger passando pelos corredores cabisbaixa, já que seu amiguinho Weasley está maluco por Lilá Brown, que foi uma tremenda inteligente de jogar a poção do amor nele.Nunca vi o Weasley babar tanto.Chegava a ser engraçado.

Falando em amor, será que Pansy nunca vai parar de me jogar indiretas? Aquilo já parecia até chiclete do tanto que grudava. Argh.

Cada dia que passava, Crabbe e Goyle ficavam mais chatos do que a fome. Coisa que eles tinham toda hora, a julgar pelo peso deles. Certas horas eu queria que minha mãe tivesse concordado com o meu pai em me mandar para Durmstrang, porque aí eu não teria esse problema com garotas.

Esquece o que eu disse. Se eu não tivesse esse problema, eu provavelmente estaria namorando com Vitor Krum.

Esquece o que eu disse ²

Falando em garotas, eu já tinha me cansado de ver Austin Hendricks babando nas pernas da Leeves. Era no recreio, nas aulas, eu quero ver quando ela der um socão na cara dele. No dia que isso acontecer, eu vou mandar o meu pai proclamar feriado nacional.

Mas o cara tem razão. Aquelas pernas eram FE. NO. ME. NA. IS. Pra não falar daquele traseiro e daquele sotaque sexy, daqueles lábios vermelhos,. Parei. Se eu continuar, eu vou ter que usar o meu amigo.

O que também era divertido era ver Pansy roendo as unhas de inveja. Eu sei porque sempre que ela vai me entregar as provas,eu olho as unhas dela.Eca. Aquilo lá era pior do que dentadura de velho cagão.Ou tribufu desmiolado...Sei lá do que aquela coisa se parece.

Falando em provas, eu ando meio, não, muito mal nos meus NOMS. Ok, é fácil. Mais o que estava acabando comigo era as aulas de poções. Infernos! Porque minha mãe me obrigou a fazer essa Merda? No começo eu até aceitava, por causa do Snape. Agora, Slughorn? Saco.

Minha coruja voou ate mim, com um bilhete na mão. Sentei-me na cama, abrindo o bilhete.

“Filho, me encontre na floresta negra as sete. Naquele lugar que você sabe.

Não me desaponte

L.M;”

Oh,merda.

Olhei para o meu relógio de pulso. Seis horas. Isso me lembrava de alguma coisa...

Leeves.

Meu pai me mandou encontrá-lo as sete. Uma hora não ia ser nada.

Botei o meu sobretudo preto e fui até a minha chaminé.puxei o livro que ficava na estante do meu quarto e o elevador chegou. Entrei naquele buraco minúsculo da chaminé, agora em pé no elevador.

A sala de herbologia ficava em que andar? Humm... Terceiro.

- três - Falei. O elevador começou a descer. Ter um elevador secreto dentro de uma chaminé era legal, quando era única. Meu pai tinha me explicado que existiam pelo menos duas em Hogwarts, a minha e uma outra aí.

O Elevador parou.

Alguma coisa me empurrou, e eu me vi caído em um chão de mármore no meio do corredor.

-Cacete- Eu disse me levantando e massageando as minhas costas.

Comecei a caminhar pelo corredor, tentando encontrar a sala 2030.Estava tudo escuro,a não ser pelas velas acesas que ficavam no teto.

- Ei- Eu olhei para trás. Filch e o seu gato que mais parecia uma bola de pelos estavam vindo até mim.

-Aluno fora da cama-Ele começou a gritar. Revirei os olhos, sacando a minha varinha. Mirei nele.

Strambelius

PAFT.

Filch caiu no chão. A lamparina que ele segurava caiu em cima da bola de pelos, que também desmaiou.

O feitiço só ia deixá-lo desmaiado por uma hora. Tempo suficiente.

O problema era que eu não poderia deixar seu corpo lá. Se alguém passasse, provavelmente iria chamar aquele velho ranzinza do Dumbledore e ia dar problema.

Comecei a chutar o Filch e aquela bola de pelos para um armário qualquer do corredor. Fechei a porta e comecei a caminhar.

Quando achei a sala, que estava com a porta fechada,encostei o meu ouvido.

A cobra, larry né?

Ela riu.

Uhum.

Então, ela me contou. No começo eu fiquei chocado, mas...tudo bem.

Fica tranqüilo. eu não estou planejando te matar,como o meu pa...valdemort quer.

Graças a deus.

Eles riram.

Então é verdade que você tem mesmo a cicatriz?

É grande. Parece um raio.

Eu sei.

Agora eu entendo o porquê que de te chamarem de testa rachada

Eles riram.

Eu pensei que você fosse ser assim... Antipática.

Eu sou?

Ela riu.

Não, claro que não, você é muito simpática. Uma pessoa muito legal. Eu achei pelo fato de você ser da sonserina e eu da grifinória, você não iria muito com a minha cara...

Harry, eu não sou uma pessoa de preconceitos. Eu entendo... A diferença sabe?Você é uma pessoa legal. E é isso que importa.

Tocou o meu coração.

Eles riram.

Que gay.

Então, me explica esse negócio da sua mãe, três bruxas...essa coisa aí.

Bom Harry, é complicado, mais eu vou resumir pra você. As três bruxas eram como se fossem as fundadoras da magia sabe?Elas também tocaram muito terror...

Tocaram terror?

Eles riram

É, começaram a querer dominar as pessoas e tal. Até que um dia, a população se uniu contra elas e as condenou a fogueira. Só que Felpa, a terceira bruxa, se relacionou com um mago,e aí nasceu uma criança, que deu origem a minha geração.

Que louco.

Ele riu.

e, você tem algum  poder especial?

Harry, você tá achando que eu sou o que? Mulher maravilha?

Eu acho. Em todos os sentidos.

Ele riu.

É sério Claire.

Ok, bom alem do sangue puro, que eu não considero poder, eu posso fazer magia sem o uso de uma varinha.

Serio?Que foda!

Harry,você tá passando muito tempo comigo.

Eles gargalharam.

Sua mãe vai morar em Hogwarts assim como você não é?

Aham. Não sei se você percebeu,mais você acha que tá rolando um clima com a minha mãe e com o Snape?

Elizabeth e Snape? Acho meio difícil.

Harry, Difícil é lavar aquele cabelo ensebado do Snape.Isso nem mata barata consegue.

Essa eu ri.

Você tem razão. Aquilo é mais difícil do que um Malfoy bonzinho.

Como é que é, Potter? Repete pra você ver o que acontece.

Harry, o Malfoy é como... Uma bicha brava.Não fala com ninguém,mas quando amolece fica toda amorosa.

Eles riram.

VAI. TOMAR. NO. MEIO. DO. CU.

Você tem um senso de Humor adorável.

Obrigada.

Potter definitivamente não sabe dar indireta.

Então, é verdade que vocês estão... Tendo um caso?

Fala que sim! Fala que sim! Fala que sim!

Não. Nós somos apenas amigos.

Esse status vai mudar em breve.

Como você consegue ser amiga daquele cara?

Draco é bom. Você pode não acreditar, mais ele tem um lado bom. Só que ainda não... Brotou

Preciso dizer que eu me sinto uma planta?

Bom, eu não acredito, mas se você diz... Sinceramente?Eu acho que você está amiga dele só por causa da beleza.

Beleza?Harry, você acha que eu sou interesseira?Claro que não.

Mas porque ele?

Porque eu tenho charme, testa rachada.

Porque eu gosto de mudar as pessoas. Ok, Draco é um tremendo gostosão, mas não é por isso que eu estou com ele. Quer dizer,sendo amiga dele.

Sabia! Você também não é nada mal, Leeves.

Desculpa.

Não, tudo bem, você é mulher eu entendo isso.

Eu também entendo. E pelo que eu já vi, eu entendo e MUUIITO.

Olhei para o meu relógio.

18:55

Oh,merda.

Comecei a correr, descendo as escadas.

XXXXXXXXXXXXXXXXXX

-Sete horas em ponto. Está tentando puxar o meu saco filho?- Meu pai disse encostado em uma árvore. Sua varinha estava acesa, criando uma suave claridade. Eu sorri.

-Pai, com todo o respeito, mais isso pegou mal. - Eu estava pronto pra receber um tapa na nuca. Ele gargalhou.

Ele gargalhou.

Oi?

-Draco, você está sendo muito influenciado por aquela garota. - Meu pai disse, sério, olhando diretamente em meus olhos.Seu cabelo reluzia na lua,assim como o meu.

-Enfim, - Meu pai continuou, - Lorde quer que você traga a garota pra ele.Estamos entendidos?Não. Fracasse. Eu dei a minha palavra.

-Sim senhor. - Eu olhei para baixo. Um cheiro atingiu as minhas narinas.

-Ótimo - Ele olhou pra mim. – Tchau filho.

-Tchau Pai. - E voou em uma sombra preta.

Olhei em volta. Eu estava em uma clareira desmatada, só com arvores ao redor.

-LUMUS!-Gritei. Continuei olhando em volta.

-Eu sei que você está aí. - Falei para a escuridão. Claire saiu detrás de um tronco.

-Sua mãe não te ensinou que é feio ouvir a conversa dos outros?Leeves?-Falei, sorrindo sarcasticamente. Ela mordeu o lábio inferior.

-Isso também serve para você Malfoy. - Co...Co...Como? Como ela sabia?

-Como você sabe?- Eu perguntei, enquanto caminhávamos para Hogwarts.

-Você acha que eu não vi você saindo adoidado dali?Harry quase se cagou de tanto rir.-Seus olhos,ao invés da varinha,era o que iluminava o caminho.

-Saber que você é um comensal da morte tambem não é novidade.Eu já suspeitava a muito tempo.-Ela continuou olhando para o caminho.

-E...Você está bem com isso? - Falei,botando a minha mao esquerda no bolso.

Ela acentiu e olhou para mim. A luz atingiu os meus olhos em cheio.

-Você quer me cegar?-Eu disse, ”desligando” a minha varinha.

-Ah, desculpe. - E seus olhos voltaram ao normal. Agora já estávamos nos corredores da escola.

-Então, - Eu comecei. Subimos a escada-eu sempre soube que você me achava gostoso, mais não tanto assim.- Ela fez uma careta. Eu ri.

-Sem comentários-Ela falou. Entramos no terceiro andar, e começamos a ouvir ruídos estranhos. Eu olhei para cara dela, que também não sabia o que era.

Puxei a mão dela. E começamos a ir de porta em porta. Ela cruzou os braços.

Hum...humm...

-Leeves - Sussurrei. Apontei para a próxima porta do corredor. Ela encostou seu ouvido na porta. Eu fiz o mesmo.

Mais forte...Severo...hum...Snape...Mais forte

Nós começamos a ter um ataque de risos em silêncio. Minha barriga doía muito. Vi que ela ia explodir de risos e botei a mão na boca dela.

Elizabeth...uhhh...Eu vou...eu estou quase lá...uhhh...

A careta que ela fez quando viu que era a mãe dela foi hilária. Eu ria maiis e mais.

-Ei -Os olhos de Claire congelaram. Eu olhei para trás e vi Filch e o bola de pelos nos encarando.

Merda.