A Buscadora escrita por Tamires Vasconcelos


Capítulo 21
Ajudada


Notas iniciais do capítulo

Ai gente, mais um capitulo que eu estava louca para escrever rsrs



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Minha consciência foi retornando aos poucos.


Eu sabia que estava sentada, minha cabeça ainda latejava de dor, esperei que Jamie chame-se meu nome de novo, mais não ouve nada, apenas o silêncio, eu estava com medo de abrir os olhos, mais o fiz.


Eu estava sentada em uma cadeira, minha mão estava amarrada no encosto dela, olhei em volta, era uma sala de hospital, toda branca com luzes brancas, tinha uma maca e duas prateleiras de medicamentos, ao lado de uma maca, havia uma mesinha onde tinha vários bisturis, estremeci ao ve-los.


- Até que fim você acordou.


Olhei para porta, e ela estava lá, a buscadora que tomou o corpo da minha mãe.


- Então vamos acabar com isso logo, onde estão eles?


- Eles quem? - Minha voz estava falhando.


- Não se faça de besta, os outros humanos, onde eles estão?


- Não há outros.


- Mentira! - Ela gritou.


Meu corpo todo agora estava tremendo. De repente ela veio para cima de mim e me deu um tapa na cara.


- Eu sei que tem outros, você não conseguiria viver sozinha.


Ela me olhou nos olhos, esperando impacientemente pela resposta.


- Tinha um garoto com você, não adianta mentir de mim.


- Ele era uma alma.


- Mentirosa!


Ela me deu outro tapa na cara, que começou a arder.


- Uma alma não viveria com um humano.


- Não é isso que eu andei ouvindo, pelo que sei eles estão começando a fugir.


Ele me olhou de modo estranho durante um tempo.


- Isso é mentira...


- Não, e você sabe que não é.


Ela deu de ombros.


- Já que você não vai falar do modo fácil, vai falar do modo difícil. 


Ela foi andando em direção a porta e saiu rapidamente, estava conversando com alguém do lado de fora.


- Fords, faça a inserção nela.


- Não vai funcionar, ela é uma hospedeira resistente - Falou um homem.


- Ela só tem 15 anos, vai dar certo.


Varios passos foram se afastando. 


Não ouvi mais nada. deixei minha cabeça cai pelo cansaço, o que eu ia fazer agora?, eles iam fazer a inserção em mim, talvez eu conseguisse ficar que nem John, é isso, tinha que me manter consciente.
De repente o homem, estava parado na porta, levantei minha cabeça. Era um homem ruivo, uma barba ruiva e um cabelo ruivo, ele olhava para mim com a preocupação pulando de seus olhos.
Ele se abaixou em minha frente, pegou meu queixo com delicadeza e virou meu rosto de uma lado para o outro.
- Não gosto quando ela faz isso - Ela sussurrou.
Senti as lágrimas descendo do meu rosto, eu estava com medo, e não conseguia controla-la.
- Não chore.
- Por favor, não faz isso - Eu sussurrei.
- Sinto muito.
Abaixei minha cabeça e comecei a soluçar. Ele levantou meu rosto.
- Se tivesse uma chance para fugir, você acha que conseguiria?
- Como?
- Se eu te ajudar a fugir daqui, você consegue fugir?

- Acho que sim.


Ele sorriu.


- Vou ter que cedar você um pouco, o bastante para eu te curar.


E se ele estivesse só tentando me acalmar.


- Mais, você prometo para mim.


- Prometo, assim que você acordar você tenta sair daqui o mais rápido possível.


- Mais como eu vou sair daqui?


Ele me olhou durante um tempo, também pensando como iria sair.


- Acho que vou saber mais ou menos que horas você vai acordar, por isso vou tentar afastar os médicos daqui, você desce a primeira escada que você ver seguindo este corredor, lá em baixo tente passar despercebida pela recepcionista.


- Tudo bem. - Eu concordei.


Ele foi até uma das prateleiras e pegou alguma coisa ele veio até mim, e o espirrou na minha frente.


- Agora cheire.


Fui para frente e cheirei, tinha um cheiro estranho, eu comecei a ficar tonta e tudo escureceu.





Abri meus olhos rapidamente assim que despertei. Eu estava deitada de barriga para baixo, me levantei rápido dali, eu estava tremendo, com a mão trêmula passei em minha nuca, não havia nada ali.


Respirei fundo.


Tenho uma chance para fugir, lembrei a mim mesma. 


Andei na ponta dos pés até a porta, eu estava descalça, mais não tinha tempo para procurar o meu sapato. O corredor estava vazio, passei por ele em passos rápidos, quando do lado direito vi uma escada, era uma escada grande, assim que cheguei no final dela, vi a recepcionista, tente passar despercebida disse Fords, esperei ela atender o telefone, assim não puxaria conversa, assim que o telefone tocou comecei a andar, como se fosse uma alma e estivesse indo embora.


- Tchau - Ela gritou atrás de mim.


- Tchau.


Estava chovendo, olhei em volta e não tinha ninguém ali, para onde eu ia?, tinha que me esconder em algum lugar, até quando for seguro, andei escondida por ali, tinha muitas arvores, talvez em algum lugar tivesse uma floresta e poderia me esconder.


Assim que entrei no que parecia um rua principal começou a haver mais concentração de arvores, vi uma derrapagem no chão indo direto para a floresta.


Onde eu e Jamie havíamos derrapado com o carro, segui a marca dos pneus do furgão, talvez eu pudesse encontrar Jamie, assim que cheguei no furgão nem tive tempo de me esconder, minha mãe e o outro dois buscadores estavam lá revistando, tudo.


Quando ela me viu, parecia que não acreditava no que estava vendo. Imediatamente comecei a correr pela mata fecha, eles corriam atrás de mim.


Eu corria o mais rápido que podia, meu pulmão parecia que ia explodir de dor como se estivesse tentando respirar debaixo d'agua . Eu ja estava completamente molhada, meus pés estavam descalços e sujos pela a lama, daquela floresta que era muito fechada o que dificultava para correr, fiquei correndo em zigue e zague o que me causava muitos tombos, estava toda ralada e sangrando meu corpo todo doia.    


Mas mais nada importava agora, eu tinha apenas que correr não havia outra opção, talvez eu até conseguisse me salvar ou salva - los. Continuei correndo não parei um segundo se quer para olhar para tras. A unica coisa que podia ouvir alem do meu coração pulsando em meus ouvidos, era os passos deles atras de mim.



- Não precisa correr, vai ficar tudo bem - Disse a voz de um homem com tanta preocupação que quase parei, é claro a não ser pela a outra voz.


- Não adianta ela nem correr - disse a mulher com tanta raiva que comecei a tremer.


Acelerei o passo ainda mais, meu corpo todo tremia agora sem parar, não foi pelas palavras da mulher, mas sim que as disse.

Estava chovendo e não conseguia ver quase nada, lágrimas começaram a cair no meu rosto sem permissão, misturando - se a chuva, passei a mão rapidamente nos olhos para limpa - las mas continuavam caindo dificultado minha visão ainda mais. Foi quando vi meu fim, e estava apenas poucos metros de mim. Parei bruscamente a beira de um penhasco, olhei para baixo para ver se havia alguma solução, e não havia, o mar esta muito agitado e batia fortemente nas pedres. Eu tinha duas opções, ou morria nas mãos deles ou pulava e morria nas pedras. Mas com minha insignificante falta de coragem, fiquei parada apenas olhando, três buscadores aproximando - se, um com um sorrisinho no rosto. Não vi mais dada não ouvi mais nada, a não ser minha respiração que estava irregular e Ela.


- Ora, ora, ora - disse a buscadora - vejo que não tem mais saida não é.


Fiquei parada ali, tremendo, tremendo tanto que parecia que ia ter uma ataque epiléptico.


- Por favor - minha voz saiu rouca e baixa o que me assustou.


- eu te avisei.


- Por fa... por favor mãe... Eu te amo - disse fexando meu olhos e esperando pela morte.


- Ângela?


Aquilo fez minhas pernas ficarem bambas, aquela voz era a mesma voz que havia me ameaçado tantas vezes, mas o tom era diferente, a voz que me dava segurança, conforto, a voz que sempre fazia minhas lágrimas secarem, minha tristeza ir embora. Nem mesmo por um segundo tive duvida que aquela era minha Mãe.


- Mãe?


Senti as pedras no meu pé começarem as cair, a beira o penhasco estava caindo, empurrei minha mãe para que ela não cai-se.


Então eu cai, só senti quando toquei a aguá gelada, afundei como uma ancora, comecei a nadar para cima, mais antes que pudesse recuperar o fôlego, uma onda me cobriu totalmente, e me afundando, bati meus braços desesperadamente para conseguir subir, mais não conseguia, as ondas me lançavam para as pedras, então desisti, apenas fechei meus olhos, e deixei a escuridão tomar conta. 


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