O que Otempo se Nega a Apagar. escrita por Deeh-chan


Capítulo 13
Eu chorei aquela véspera de Natal.


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo deprimente.
Revelando o abandono, e um amor que teria se acabado por mero orgulho e vingança.
Sasuke esta sendo injusto, e sakura sofrendo cada vez mais.

Ah, e algumas revelações...
hehehehehehe.

Reviews?



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Aquela semana se tornou dias e dias, chegando há meses. Naomi gostava de ficar com ele, e sempre que voltava no dia seguinte já queria estar lá novamente, e a minha companhia se tornou desnecessária. Sentia-me sozinha, deprimida por dentro e por fora, ao saber que a minha própria filha agora, preferia ficar com alguém que não me amava mais, e pior que isso, me esquecer completamente.

Já ele, bom, tivera me esquecido mesmo, não me ligava, e quando ligava somente Naomi falava comigo, ele mesmo, nada. Aquilo me doía por dentro, saber que depois de tanto, depois de sofrer para mantê-la comigo, agora, eu estaria tão sozinha desse jeito.

O Telefone tocava.

Eu corria das fornalhas quentes de biscoitos de chocolate, com luvas nas mãos, e touca nos cabelos, eu corria desesperada para atender ao telefone que tocava.

__Alô...

__Mamãe...

Ouvir a sua voz agora seria a melhor coisa do mundo.

__Meu anjo, você vai vir pra cá que horas, mamãe já esta preparando biscoitos, podemos fazer muitas coisas juntas...

__Não, mamãe...

Meu coração parou naquele instante.

__O que meu anjo? Mamãe quer te ver...

__Não quero ir agora, a gente iria viajar, as férias tão chegando e ele me levaria para conhecer a praia...

__A praia?

__Sim, é por aqui mesmo, e depois vamos passear, e tomar muito sorvete... Porque você não vem mamãe?

Eu não podia meu trabalho, minha casa, minhas responsabilidades, e acima de tudo, ele com certeza não iria querer a minha presença.

__Eu não posso, mas vou adorar que você me ligasse todos os dias, todos, todos...

__Ah, sim mamãe, agora eu tenho que ir...

__Não espera, mamãe...

__Vou pra casa, agora eu to ligando da casa da tia Suzuki.

__Hã? Que tia Suzuki?!

__A namorada do papai...

Não acredito.

__Como?

__Tchau mamãe, ela ta chamando pra comer biscoitos, Beijo!

__Mais, filha...

__Te amo...

Logo o telefone desligou.

Meu coração não ousava bater naquele instante. Ele tomou a minha filha, me esqueceu completamente, e agora teria outra, será que ele era ingênuo o suficiente para estar fazendo isso por vingança?! Não, não queria acreditar.

Coloquei o telefone no aparelho, tremendo muito, sem escolhas, via em volta a solidão, e comecei a chorar então, silenciosamente, andando ate a cozinha e assim, desligando o forno em chamas preparando deliciosos biscoitos quentes.

E fiquei lá, chorando.

Dois dias depois.

Eu não estava indo ao trabalho. Não conseguia sabendo de tudo aquilo, sabendo que a minha filha havia me deixado, e acima de tudo saber que ele estava feliz com outra ao seu lado.

__Você não vem hoje?! –Minha amiga falava ao telefone.

__Não... –Eu respondia completamente sem vida.

__Você não vem tem Três dias, vai perder o emprego...

__Não... Vou passar ai mais tarde, e acertar as coisas com ele, não quero mais trabalhar ai...

Então eu desliguei o telefone. Um dos motivos era Naruto, o segundo era com certeza a depressão que eu estaria entrando, uma que me impediria de ir trabalhar, e mais que isso, de viver.

Eu só chorava, dia e Noite, olhando a caminha dela vazia, olhando a solidão daquela casa, olhando-me no espelho, eu chorava com tudo, vivia assim agora, sem sorrir, sem cozinhar, sem limpar a casa, sem fazer nada.

Enquanto isso, os dias corriam velozes, dando assim uma semana até o Natal.

Batiam na porta. Eu me levantei da cadeia, estaria tomando um chá solitário ali mesmo, e fui ate a porta me arrastando, e quando a abri tomei um susto. De felicidade.

__Naomi!

__Mamãe!

Ela veio ao meu abraço, e eu ao dela, recebendo-a em mil beijos, abraçando minha anjinha.

__Mamãe sentiu saudades meu bem...

__Mamãe, eu também...

__Porque, você não veio antes meu bem?!

Eu olhava bem para ela, via se estava tudo certo, e percebia que ela estava bronzeada, e seus olhinhos verdes brilhando intensamente.

__estou bem mamãe, muito feliz, me diverti muito!

__Você passou três messes fora, veio me ver somente duas vezes, mamãe disse que queria que fosse toda semana, ou que você me ligasse sempre, e tinha vezes que você não me ligou!

__Desculpa mamãe...

__Você me deixou preocupada... Você-

__Deixa, a culpa foi minha...

Aquela voz soou pelos meus ouvidos, quando me levantei e ergui os olhos para porta, e o via, ali parado, me olhando a cada movimento.

__Você...

__Desculpa, eu deveria tê-la trazido antes...

__Como ousa me tirar ela assim!

__Não começa a gritar, por favor, eu já estou indo, não seja dramática...

Ele era frio, e completamente mudado, agora me olhava como se eu fosse uma doente, algo desprezível.

__Vai embora! Chega, você sabe muito bem que ela também é minha filha!

__Que bom que você disse ‘’Também’’...

Ele já estava distante de mim, e chegando até o carro, eu via uma mulher de cabelos vermelhos, e óculos por sinal, sorrindo para mim, gentilmente ao volante esperando por ele.

__O que...

__Antes você só via você nessa historia, logo eu vou pedir pela Naomi na justiça...

__Não foi esse o combinado!

__Eu quero voltar para Tóquio, viver aqui é horrível!

__Você não pode fazer isso comigo!

__Então, vamos ver quem o juiz vai preferir para cuidar da Naomi, Uma adultera, ou um pai que foi privado da existência da filha...

__Não! Você não foi! Você também errou!

__Mamãe, para de gritar as pessoas estão ouvindo... –A pequena segurou na minha saia, e me olhou envergonhada e com medo.

Eu estava descontrolada, e um estado realmente precário, cansada, deprimida, e ainda teria de agüentar isso, vindo do homem que apesar de tudo, eu ainda amava.

__Você não...

__Adeus, Beijo Naomi, papai volta depois... –Ele sorria para ela.

__Vou esperar papai, tchau tia Suzuki!

A mulher então acenou delicadamente para minha pequena.

Ele então olhou para mim, e indiscretamente percebeu o meu estado, e então sorrio.

__Fica com ela um pouco, não vou perturbar você...

Logo, se retirou para o carro, sentou no banco da frente, e a mulher passou para o seu lado.

Deixando-me ali para na porta, com Naomi segurando minha saia, e as suas malas ao meu lado.

__Não acredito... –Agora eu não resisti, as lágrimas desciam pelos meus olhos euforicamente.

Naomi olhou para cima, e ouvindo os leves gemidos de choro, abraçou a minha saia.

__Eu te amo mamãe, não chora, vamos, venha pra dentro, vamos comer biscoitos...

Apesar de tudo, mãe não tem outra igual, e Naomi tentava ser gentil, me alegrava saber que ela ainda me considerava essencial, mas agora meu coração estava despedaçado, ao vê-lo sair assim, sem ao menos, me olhar direito.

__Vem...

Ela então me puxou devagar, sorrindo para mim, como se agora eu me tornasse a filha, e ela a mãe.

__Vamos meu anjo... –Eu falei, tentando colocar um leve sorriso no rosto, para que ela se sentisse melhor, e deixasse de se preocupar.

Estava preocupada com esse assunto de juiz, será que Naomi preferiria ficar ele? Ou pior, o juiz decretasse que ele era o melhor para ela. E não sua mãe.

Eu morreria longe dela, do mesmo jeito que já estava morrendo longe dele.

Os dias se foram. A semana passou, e então chegou à véspera de Natal.

Estávamos contentes, eu e Naomi, juntas arrumamos a arvore de Natal, uma que eu pensei não arrumar esse ano. Fizemos biscoitos, vimos cantigas natalinas, eu dormia com ela abraçada ao meu corpo, fazendo carinho em seu rosto, era minha única chance de tê-la comigo, e ela dormia como um anjo, ao sentir o meu cheirinho de mãe, aconchegada ao meu abraço.

Mais o pior acontecera.

__Mamãe...

Naomi chamou a minha atenção. Estávamos arrumando algumas estrelas do teto da sala, ouvindo musicas natalinas.

__O que meu bem?

__Eu, eu queria ver o papai...

__Ah!

Eu deixei uma estrela cair pelas minhas mãos, e então chegar ao chão, se quebrando em mil pedaços. Naomi se assustou.

__Mamãe!

__Desculpa, vou limpar... Mas, você disse que quer ir vê-lo?!

__Sim, eu quero ir lá a casa dele, vem comigo mamãe, vamos passar lá, queria ver ele, e você vem junto... –A pequena começava a saltitar sempre que tivera uma boa idéia em mente.

Eu me abaixei até ela, e vendo-a tão animada assim, que mal teria, decidi então levá-la ate ele, de bom grado, para que ela pudesse vê-lo, era natal, época de passar em família.

Assim se fez.

Ela me indicou o caminho, era uma garota esperta. Estava nevando de leve aquele ano, havíamos chegado a casa dele.

As luzes estavam apagadas.

__Tem certeza que ele esta ai meu bem?

__Sim...

Naomi praticamente me puxava para chegar até lá.

__Bate na porta, vamos...

Quando eu iria bater, ouvimos então algumas risadinhas, e alguns gemidos.

__Espera aqui Naomi... –Eu falei baixinho.

Estava realmente muito fria aquela noite, agasalhada a uma imensa blusa de frio, eu abri a porta que estava com a chave debaixo de um vaso, segundo Naomi.

__Mais...

__Espera...

Eu já imaginava o que seria aquilo.

Eu entrei pela casa, observando o extremo cuidado, e admirando quantos cristais haviam ali, pelo visto a nova ‘’Namorada’’ era completamente diferente dela, gostava de luxo e brilho.

A casa estava escura.

Os gemidos estavam agudos.

Eu não ousei me aproximar. Fiquei lá parada no corredor, ouvindo, e imaginando tudo o que estaria acontecendo naquele quarto, cuja porta estaria escorada.

Chorando em silencio, girei os calcanhares, e voltei apressada para porta.

__Ele não estava aqui...

__Mamãe porque você esta chorando?!

__Vamos embora...

Eu peguei em seu braço, e a levei comigo.

__Mas mamãe!

__Ele não esta aqui, venha comigo...

Eu então a peguei no colo, e a levei ate o meu carro.

A pequena não entendeu o porquê do meu choro, e muito menos o motivo da minha pressa, eu não queria que Naomi entrasse lá e visse tamanha baixaria, ficaria perplexa, estava mais do que tudo claro para mim, ele me esqueceu completamente, eu teria que aceitar isso por mais difícil que fosse.

__Mamãe...

Eu entrei no carro. Sentei no banco, e apertei o acelerador.

Teria deixado aquela casa para sempre.

A noite então caiu, era madrugada. Começou a chover, pelas janelas escorriam os pingos de água. Eu estava em casa, Naomi agora dormia profundamente na cama, e em meu colo. Estaria sentada, guardando seu sono, olhando para janela, observando os pingos da água, e imaginando-o com ela agora mesmo, na cama, juntos, aproveitando a casa vazia, quanto a mim, sendo esquecida, deixada para baixo, completamente só, tendo de superar o abandono. Porque ele esta fazendo isso comigo? Porque isso aconteceu?

Eu chorei aquela véspera de Natal, como havia fazendo todos esses dias. Estava prestes a perder o emprego, prestes a perder minha filha no juiz, a agora teria o perdido para sempre.

Eu não agüentaria mais.

Enquanto isso. 

__Você...

Uma mulher distinta se aproximava do loiro, que agora estaria debruçado pela varanda de uma praça enfeitada.

__Quem é você, porque chegou assim?-O loiro levantou os olhos azuis, para ver quem era.

E reparou que seria uma mulher de cabelos rosados e olhos verdes.

__Sakura...

__Não... Sou a mãe dela... 

__Mãe?! -Ele se espantou.

__Sim, amanhã irei a casa dela, visitá-la, como mãe, eu devo fazer isso... 

__O que você quer aqui, eu nem te conheço...

__Eu andei falando com a minha filha, ela me contou o que você fez, e também o que aquele idiota fez...

__Quem?!

__Sasuke... 

A mulher então se aproximou, e colocou as mãos nos ombros do loiro agora assustado.

__Você ama minha filha não ama?

__Muito!

__Então, quero que você fique com ela, a console nesse momento difícil, procure-a, eu falarei de você, tentarei fazer com que você conquiste ela... 

__Porque?! Você esta ao meu lado, contra a filha?!

__Aquela garota é ingênua, ainda ama aquele bastardo!

__Porque você queria vê-la separada dele?

__Eu já tentei separá-los uma vez, por anos pensei ter conseguido, mas aquele idiota voltou, e ainda a ama... 

__Mas...

__Eu contratei uma mulher para ficar com ele, da mesma forma que fiz antes, ela agora neste momento deve estar dormindo com ele, por hora estamos conseguindo, agora, preciso fazer com que a minha filha esqueça aquele idiota, usando você... 

__Ela não me ama! E por que você quer isso?! -O loiro agora se afastou, um pouco assustado, e surpreso com aquela ilustre figura.

__Simples... -Ela então se aproximou, e do bolso retirou um envelope cheio de dinheiro.__Além de você ser pago, irá ficar com a sakura, o quer você quer mais?

__Estranho, porque você odeia tanto assim eles juntos?

__Porque eu odeio qualquer ser, que possua o sobre nome ''Uchiha'' 

Era obvio, Naruto aceitou o pagamento, e aceitou o contrato, queria ficar com quem amava, custe o que custar, e assim como ela não gostava de vê-los juntos, mas com certeza, alguma coisa teria acontecido no passado daquela mulher, para que ela guardasse esse rancor pelos Uchihas. 

__Haha, então... -Naruto ligeiramente sorria ao ver quanto dinheiro ela teria lhe dado.__A propria mãe armou para separar a filha?

__Você não me conhece, eu sou cheia de''Amigos'' -Ela então sorrio maliciosa, refletindo os olhos verdes em meio ao escuro daquela noite de Natal.

Continua. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.
Muita historia esta por vir ;)



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