O que Otempo se Nega a Apagar. escrita por Deeh-chan


Capítulo 11
Verdades revoltantes.


Notas iniciais do capítulo

Gente, simplesmente revelador e muito tenso.
Aproveitem, daqui pra frente vocês veram muitas lágrimas nesta historia.

Reviews?



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Seu olhar estava diretamente ligado ao dela. Agora tremendo, assustada, confusa e angustiada, gélida e pálida como ele, ambos se olhavam magoados.

Foi como se o tempo paralisasse naquele instante, e só ficassem os dois contemplando a dor um do outro.

__Por favor, espera...

Era um fato. Deixou o Anel de suas mãos. Cair, sobre o chão, o mesmo que simbolizava o amor de ambos, agora cairá levemente solitário, e ali ficaria perdido, para sempre.

Ele logo nada disse simplesmente indignado saiu dali às pressas com a cabeça baixa.

__Não! Por favor! –Ela se punha a correr, mas fora parada pela ânsia e o ódio. __Desgraçado!

E voltou com um tapa no rosto do sujeito, que agora nada fazia.

__Como pode! Idiota! Pervertido! Nunca vou te amar, guarde bem essas palavras! –Estressada e aflita, olhando-o fixamente, sentia que aquelas palavras tiveram sido gravadas por ele.

__Tudo bem, vai lá traz dele, depois você vai voltar para mim do mesmo jeito que fez naquela noite...

__Idiota! –Com a ira crescente voltavaa novamente a bofeteá-lo.

__Não e a força que fazemos as pessoas nos amarem! Agora nem morta eu voltarei a ver a sua cara! 

Sem olhar para trás, ela correu quase caindo, às pressas, com o salto do sapato agora quebrado, chorando atrás do seu amado. Já Naruto, sorria triunfante, e ao mesmo tempo com ódio de si mesmo, pois ele não queria magoá-la, mas fora necessário.

__Você vai me amar agora... –Ele disse, sorrindo ao ver que desse jeito, ela ficaria totalmente para ele, sem ninguém no caminho.

Logo, a multidão teria se reunido no pequeno salão de festas da escola, a peça teatral haveria começado, e a pequena Naomi procurava aflita sua mãe e o Moço, que não estariam lá neste momento.

Enquanto.

__Espera! –Essa voz soou pelo vácuo da solidão daquele pátio agora vazio. __Sasuke!

Ele então sem escolha parou para encará-la, e quando ele se virou, ela quase morreu.

Morreu de culpa e ódio de si mesma, a ver que ele estava chorando.

__Não... –Ela foi parando, ao chegar perto, ao ver aqueles olhos profundos agora tão tristes. Ela nunca imaginou vê-lo chorando daquele jeito.

__Viu, como você retribui o meu amor, fez de propósito não foi?! –Sasuke estava indignado, sentindo a raiva e a ânsia de que estaria sendo enganado todo esse tempo.

__Não foi bem assim, ele me beijou a força... -Ela falava devagar, chorando.

__Eu tentei te explicar! –Ele gritou.

Gritou tão alto que até mesmo o vento parou de soprar.

__Você...

__Eu tentei te explicar desse jeito que eu nunca te traí! Então não me peça para acreditar em você se você não acreditou em mim!

Neste momento, o silencio reinou sobre eles, agora distantes. O vento tornou a soprar forte, era frio, triste, solitário.

__Me perdoa...

__Como eu posso?!

Ele sabia que ela estaria chorando, mas não ousava olhá-la diretamente nos olhos, pois sentira vontade de abraçá-la, de beijá-la, de esquecer ambas as traições, porque agora ele sentia a dor que ela sentiu anos atrás, e compreendia então, o motivo de tanta aflição e desconfiança, o motivo desse amor nunca ter florido como deveria.

__Eu... –Sakura chorava. As lagrimas caiam sobre seu rosto sem medo, lágrimas tristes e geladas, agora sobre o rosto pálido. __Por favor, eu não tive culpa...

__Você não teve somente a mim, como havia dito...

Então ela se calou, engolindo as palavras, para ouvi-lo, a voz que agora interrompia qualquer ruído que ali ousava tocar, a voz dolorosa de um homem solitário.

__ Eu sei que você já deve ter se deitado com ele, eu sei que você deve ter tido alguma coisa com aquele desgraçado! Eu sei! Eu sei! Eu sei!

Aquilo soou pelas arvores, e pelos seus ouvidos. Ele estaria desabafando aos poucos algo que tanto o atormentava, parecia tudo tão bem, então porque agora? Por que acabar tudo, por este mesmo motivo, pelo simples fato de estar dando certo que tornava essa conversa ainda mais dolorosa, porque ele a amava, a o amor não e nada mais e nada menos do que sofrer por quem se ama sofrer por qualquer que seja o gesto que te deixe sozinho, ou longe desta mesma pessoa amada.

__O que você vai fazer...? –Ela sussurrava.

Os cabelos rosados agora molhados de lagrimas caíram sobre o rosto, escondendo seus olhos verdes. Ela estaria envolta em seus braços, apertando a si mesma, como se fosse um abraço confortador, agora tão desnorteada.

__Eu te amo, e não quero que você vá, pelo amor de Deus olhe nos meus olhos e me diga se eu não estou mentindo...

__Não vou olhar!

Seu coração parou naquele instante.

__Não vou olhar por que você não olhou nos meus, quando eu te pedi!

Acabou tudo, ela agora queria somente uma coisa. Morrer.

__Mas...

__Eu vou querer terminar essa conversa! E acredite em mim, eu não vou te privar de nada! Mas eu não agüento!

Ela sabia o que aquilo significou, aquela voz alterada e nervosa, chegava em seus ouvidos com pedras amaldiçoadas pela solidão, como espadas cortantes, era horrível escutá-lo falar aquilo, mas então, chegamos ao auge de uma separação, pelo pior motivo de todos. A traição.

__Fale para ela que eu sou seu pai! E mas que isso, diga para ela me reconhecer, por que eu tenho direito, e não vou deixar minha filha com você, você não tem esse poder! Eu quero ficar com ela, não se faça de vitima!

Ele havia gritado com ela, como se ambos fossem estranhos.

Quieta, e sem forças, ela nada fez, nem disse, aceitou aquelas palavra rudes, e mais que isso, tomou-as como punição para si mesma.

__Vou... –Ela então abaixou a cabeça, levou as mãos tremulas ate o seu bolso, e de lá tirou nada além de uma parte do seu coração.

O Anel que ele deixara cair no chão, ela o encontrou brilhando, e deduziu que seria para ela.

__Dar isto a ela... –Então estendeu o Anel sobre suas mãos para ele.

Com um olhar caído, e debilitado, seu verde não apareceria mais diante do vermelho das lágrimas.

Sasuke a olhou perplexo e boquiaberto quando ela o estendeu o Anel, e o olhou sem medo, sem ódio, sem acusações no olhar. E ele então via que ela tomaria toda a culpa para si mesma, e não o culparia de nada.

__E dizer-lhe a minha historia e a sua, e a partir daí você será pai...

Seus olhos a encararam, vendo aquela mulher ali parada diante dele, corajosa, tomando toda a culpa para ela. A maior prova de amor viria deste momento.

__Eu te perdôo...

Então uma lágrima solitária escorrera sobre seu rosto.

__Eu te perdôo, e acredito que você não me traiu, e mesmo que você não acredite em mim, ou pense que eu acreditei em você para me defender, por favor... –Ela então engolia a seco, e se acalmava para falar respirando profundamente. __Não diga mais que me ama... Esta seria a minha maior punição...

__O que?! –Agora recuando, respirando fundo e sentindo as palpitações no seu peito, ele a escutava atentamente.

__Eu te amo sasuke... –Então ela fechou os olhos, e trouxa para o seu peito o Anel.__Se você quiser... –Com a voz chorosa disse.__Eu abro mão da Naomi...

Só Deus sabia o quando aquela menina era importante para ela, e agora, ela abria mão do amor da filha para dar ao pai, devido à culpa que carregou anos, de privá-lo de conhecê-la, de ser orgulhosa, o suficiente para tamanha atrocidade, ela agora abria mão do seu bem mais precioso, para vê-lo feliz.

Eles se olhavam, o vento soava em seus ouvidos, ela chorava a sua frente, e ele mal acreditava em tamanhas palavras.

__Espero... –Então disse, com a voz rouca, sem vida. No fundo sentia raiva de ter sido traído por ela, sofreu ao ver aquela cena, sofre ao saber que ela teve outro em seus braços o tempo que ele a amava, e agora, não seria mais que justo ele ficar com a Naomi, depois de tudo.

O sinal então tocou. As crianças saíram correndo diante deles, eufóricas com as lembrancinhas nas mãos. E lá estava à pequena Naomi, raivosa em sua expressão jovem por não encontrar sua mãe e o Moço no palco a vê-la ler o pequeno trecho do texto resumido em três palavras.

A pequena correu, com passos fortes ao chão, e chegou até sua mãe.

__Mamãe! Por que vocês na estavam lá?! –Ela parou de puxar a saia da mãe, ao vê-la chorando.__Mamãe... O que houve?!

Seus olhinhos estariam brilhando cheios de medo.

Sakura olhava para ele, distante no mar de crianças que corriam sem parar.

__Naomi venha aqui...

A pequena se virou para mãe, meio que sem compreender o porquê daquela cara de choro.

__O que foi mamãe... Moço venha cá! –A pequena olhou para ele, e o viu ali parado, sem mover um músculo e sem sorrir para ela.

__Olha para mim! –Ela então segurou a pequena diante dos seus olhos.__Chegando em casa, quero conversar com você, vai para o carro agora...

Sasuke só as via conversar, mas não ouvia nada, sabia que era algo relacionado ao que ela havia acabado de lhe dizer.

__Tudo bem mamãe... –A pequena ainda confusa, pegou sua mochila, e andando devagar olhando para trás, seguiu em frente, deixando o Moço a olhando prosseguir.

__Moço, porque você não sorriu para mim...?

Então ficaram novamente só os dois se olhando, as crianças teriam ido embora com seus pais, sorridentes, alegres pela apresentação, e aquilo que seria um dia em família se tornou o pior de suas vidas.

Ela então se virou, e sem olhar para trás, prosseguiu, chorando de costas para que ele não a visse. E o mesmo seguiu por outro caminho, mas tarde passaria lá para ver Naomi, e ver sua reação ao saber que ele era o seu pai, por que Sakura iria contar-lhe a verdade.

Seu coração doía ao vê-la indo sem ele, tão solitária, terminaria ali esse grande amor?

Mais tarde.

15h00min horas da tarde. Começava a escurecer nuvens de chuva onde uma primavera belíssima acabaria iniciando o inverno.

O carro parava em frente a casa.

A pequena estaria quieta agora, ao ver a mãe naquele estado, com os olhos vermelhos e deprimida.

__Vai para dentro meu amor...

__Ta bem mamãe... –A pequena então abriu a porta do carro, devagar, esperando a mãe sair, e então foi para dentro, ainda confusa.

A porta se fechou.

A pequena estaria distraída colocando sua mochila em cima da mesa.

__Quero conversar com você Naomi...

__Hã... –Ela então se voltou para mãe, que estava parada na porta fechada, olhando para ela seriamente.__O que aconteceu mamãe, por que o Moço não esta aqui, e porque vocês não viram minha peça?

Ela então se abaixou até a filha, e ambos os olhos verdes se encaravam neste instante.

__Mamãe não chora...

__Você gosta dele meu anjo? Do Moço...

__Muito mamãe... Ele é especial...

Ao ver a pequena sorrir e ter seus olhos brilhando ao falar dele sabia que no fundo seria o certo.

__Há muito tempo eu o conheci meu bem...

__Como mamãe?

Então com olhos tristes, ela disse.

__Eu já o amei, amei tanto que desse amor nasceu você...

__Como assim mamãe?! –A pequena agora a olhava, ainda mais confusa.

__Ele é o seu pai meu anjo... Papai não morreu, ele e a mamãe só não se falavam, mais ele voltou, e o Moço que você conheceu...

A pequena então começou a imaginar tudo, o sentimento de afeto profundo que ela sentia por ele não era de fato por acaso, era o que ela queria que fosse, seu pai.

__Papai... –Ela recuou dos braços da mãe, ainda surpresa e agora com os olhos brilhando.__Tenho papai então, pra dar presente, pra abraçar, pra brincar de cavalinho como minhas amigas...

Sakura olhava a filha tão pequena e tão surpresa, com ternura nos olhos via o afeto crescer nos pequenos verdinhos que agora tanto brilhavam de alegria.

__Mais mamãe...

Então chegamos a pergunta que tornaria tudo mais difícil.

__O que meu bem...?

__Por que você brigou com ele?! –Agora a pequena demonstrava certo rancor no olhar.__Por que você não me disse, e eu estou confusa mamãe...

Ouve-se o silencio, sakura sabia o que viria daí por diante.

__Por que ele não estava aqui todo esse tempo?!

Sua voz agora estaria eufórica, a pequena não era boba, sabia que alguma coisa não andava bem.

Para o medo de Sakura. Por que se ela contasse que por orgulho o privou de ser pai, e a privou de crescer junto a ele pelo simples fato de odiá-lo naquela época, sua filha com certeza se sentiria revoltada, e a odiaria por isso.

__Fala mamãe! -A pequena agora chorava, ao entender um pouco dessa historia tão confusa.

Continua. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo. ; )



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