Retsam. escrita por -LienK


Capítulo 3
Deslumbre. - parte dois.


Notas iniciais do capítulo

" Menos irritada, peguei o papel e percebi que tinham alguns rostos e nomes neles. Do lado estava escrito algumas informações pessoais e alguns intens em branco.

- Creio que esteja vendo essas partes em branco. Esse é seu dever, só deve ver os lugares onde essas pessoas frequentam e segui-las. Se nós, adultos os seguissemos seria duvidoso, eles sabem da existência de Retsam, mas estamos quebrando uma das regras colocando uma criança nisso. Então ... "



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 Steven olhou diretamente em meus olhos, pela primeira vez.  Desviei meu olhar de seus olhos escuros e observei a folha de papel novamente. Focalizei em uma mulher, era a terceira na lista. Na sua foto três por quatro ela parecia ser uma mulher comum, e não passava disso. Cabelos castanhos, pele clara, lábios rosados...  Mas olhando além de sua foto, no lado estavam em branco o seu nome, idade, natalidade e várias outras informações pessoais. A única coisa que estava preenchida era o lugar onde ela freqüentava e os "crimes". Me assustei de início, era uma criança ainda, não tinha tomado conhecimento de tais coisas...

  - Ela é uma ladra de primeira Senhorita Lienda. Precisamos que você a investigue, ninguém consegue saber o nome verdadeiro dela. Como pode ver, já foi acusada de homicídio e outras coisas... - Steve falava quando eu ultrapassei a sua voz.

  - Isso é perigoso de mais para uma criança, meus superiores não vão deixar que eu faça esse tipo de coisa, além de que... - novamente tamparam a minha boca. 

Eu fiquei extremamente irritada, sempre falava até a saliva acabar quando estava em casa ou com as minhas amigas. 

  - Fique calma, ninguém vai revelar nada de você para ela. Só escute. - disse Carlos. 

  Algumas pessoas que estavam nos computadores ou passavam ficavam rindo algumas vezes. 

  - Lienda, escute. Precisamos de você para esse trabalho, não precisa ficar se quiser, mas só nesse trabalho, eu te peço. - disse Ricardo ainda tampando a minha boca. 

Mordi a mão dele e quando me vi solta comecei a falar de volta:

  - escolham outra pessoa! porque tinha de ser eu hein? eu não tenho poderes e nem pareço uma super atriz de filmes - cruzei os braços.

  Steven riu. 

  - Criança, você vai saber de tudo isso quando entrar em Retsam e ser uma agente oficial daqui. Sabe, Retsam não é um lugar que se explique, você tem que viver para saber o que acontece aqui, por isso nunca fomos pegos. Temos apoio da polícia, não se preocupe - disse. 

  - se eu for fazer isso, quero apoio em meus problemas pessoais, quando eu crescer vou ser adolescente, e eles tem muito disso,eu vejo pelo Davi, ele é meu irmão - eu disse orgulhosa. 

  - Nunca diga esse tipo de informação para quem não conhece. - Ricardo me deu um tapa de leve na cabeça.

  Pela primeira vez me senti confusa. Vai saber se aquilo não era uma mafia tentando me enganar e me levar para algum lugar duvidoso,tirar meus orgãos e me transformar em um robo-humano para trabalhar para eles? Ninguém garantia nada. Mas eu não podia dizer que não sentia um novo sentimento brotando pelo meu corpo, era o que o Davi chamava de adrenalina quando ia fazer as bagunças dele. 

  Quando Steven estava virando para ir embora, eu gritei por seu nome. Ele se virou, sem olhar para mim. 

  - Isso dá "adrenalina" ? meu irmão diz que isso é divertido 

  - é muito mais do que você imagina, criança. 

  - Aceito. Mas eu vou querer bolo de chocolate e alguns pirulitos. E não vou trabalhar mais de três horas pro dia, já que  estudo e tenho que brincar na rua, até porque você não brinca mais, mas deve se lembrar de quando brincava, deve saber que é divertido e eu preciso disso. 

  Ele sorriu e se virou.

  - Pode ir para casa, nos vemos quando eu resolver alguns assuntos. Vai ser coisa básica para você de início. Ricardo, Carlos - ele chamou - vocês vão ficar cuidando dela. Deixem que comece no primeiro andar. 

  Os dois garotos assentiram juntos e me levaram para casa novamente. 

Davi ainda não tinha chego em casa. E os garotos pediram para que eu continuasse fazendo as minhas coisas e fizesse o que queria. Pensei se eles estariam me avaliando. Em todo caso,resolvi não dizer nada, já que pelo que Steven disse, aquilo seria divertido. 

  Admito que fiquei com medo e receosa, mas aquilo era uma sensação boa. Não sabia se era o certo ou o errado, só sabia que eu ia ser uma super detetive. E logo comecei a brincar no quarto fingindo ser uma de verdade. 


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Notas finais do capítulo

Continua.



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