A Little Bit Longer escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 45
Eu Beijo a Minha Melhor Amiga




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Justin POV:

De repente eu ouvi alguém perguntando por mim. Era Gabby. Eu não conseguia mais respirar, meu pulmão ansiava por oxigênio, o que eu não tinha no momento. Tudo começou a girar ao meu redor, e começou a escurecer. E escurecer... Escurecer... Até que tudo apagou. Quase morri de novo. Que original. Minha vida é realmente trágica.

Gabby POV:

-Justin!! Justin!! – Nada. Ele não respondia mais. Resolvi procurar por conta própria. Fui procurando de quarto em quarto da enorme mansão. Até que num deles eu encontrei alguém estirado no chão. Justin.

-Justin! Justin!! – Cheguei perto dele e fui ver como ele estava. Assim que o virei de barriga para cima, o que eu encontrei era o mais próximo de "horrível" que encontrei. Seu olho direito estava roxo, e, um pouco abaixo de seu olho esquerdo, havia um hematoma enorme. Tinham cortes em sua cabeça.

Comecei a acariciar seu rosto, de pena. A verdade era que, mesmo apagado, bebendo, totalmente ferrado, ele continuava com o mesmo rosto sereno e inocente. E aquilo me hipnotizava.

Ai, eu não ia agüentar! Mesmo tendo uma vontade danada de meter um tapa na fuça dele por estar fazendo todas as besteiras imagináveis, aquele rosto era muito tentador! Eu não conseguia esquecer nossos momentos juntos, desde pequenininhos!

Comecei a aproximar meu rosto ao dele, e nos beijamos. Quer dizer, eu o beijei. Minha língua explorou cada centímetro de sua boca, e eu acariciei seu cabelo delicadamente enquanto eu o beijava. Que terrível, eu me aproveitei de um ser inconsciente. Quando meus lábios se separaram dos dele, por necessidade de ar, seus olhos angelicais cor de mel se abriram, curiosos.

-Você fez o... O que eu senti? – Ele disse. Assenti para ele, corada, e toquei seu braço sem querer.

Justin POV:

-Ai! – Exclamei ao sentir seu toque em meu braço.

-O que foi? – Ela perguntou. Segurei meu braço, na altura do pulso, e percebi que ele estava doendo pra caramba. E meio inchado.

-Está... Doendo... – Mas o que estava em minha mente era “DEUS! A GABBY ME BEIJOU! ELA ME BEIJOU!”. Aliás, ela estava linda, havia trocado o cabelo ruivo por uma cor castanho escura, ela estava muito linda. Como eu não havia percebido a mudança?

-Consegue levantar?

-Sei lá, nem tentei... – Eu murmurei. Ela não se impediu de rir. Ela se levantou e estendeu a mão para ela. Eu segurei sua mão com o braço que não estava doendo, e me ergui facilmente.

-Eu quebrei o braço! – Eu disse, quando ela me perguntou novamente o que havia acontecido.

-Calma, Justin! Vem, vamos embora daqui! Pra um hospital! – Ela me puxou pelo braço machucado. Quase dei um infarto. – AAAAARRRGHHHH!!! MEU BRAÇOOO!! EU FALEI QUE EU QUEBREII!!

-CALMAA!! FOI SEM QUERER!! Sério, sem querer mesmo! Desculpa! – Gabby gritou.

-Ok... Ok... Gabby, liga para o Scooter, eu não consigo dirigir assim e você nem carteira tem. – Falei.

-Ok. Ah, cadê seu celular? – Ela me perguntou.

-Bolso esquerdo traseiro. – Indiquei. Ela fuxicou na minha calça e pegou o celular. Aí ligou para Scooter. Só ouvi ela falando coisas do tipo “Scooter? É! Ele está comigo!”, aí, quando ela falou que eu estava com o braço quebrado e totalmente ferido, eu só notei que ela teve que dar uma acalmada básica nele.

Mas, enfim, ele entendeu que eu precisava ir para o hospital imediatamente. Antes que, sei lá, o osso calcificasse torto e eu ficasse com o braço torto para sempre. Tudo bem, eu estou mesmo exagerando.

Bem, Scooter apareceu logo e me levou para o hospital com Gabby. Só digo uma coisa: Eu dei MUITO chilique quando passamos por uma rua irregular. Não diria chilique. Diria que eu gritei de dor bem alto e tentei ao máximo imobilizar meu braço.

Quando chegamos no hospital, descobri que sou mais fresco do que eu imaginava. Claro, depois dos cuidados dos outros machucados. Muitos band-aids no rosto, uma compressa de gelo na cabeça, uma dor de cabeça forte.

Bem, eu quebrei meu braço, mas quando eu vi no raio-x, a fratura era uma coisica tão pequenininha que eu imaginei se era aquela rachadurazinha no meu osso era mesmo o motivo da dor enorme que eu senti. Bem, eu tive de engessar o punho, e a primeira assinatura foi a de Gabby. Depois Scooter assinou. Depois o médico. É um costume.

Depois eu pude ir pra casa. Fiquei deitado o resto do dia inteiro na cama, vendo TV e tentando esquecer a dor de cabeça tanto das pancadas que levei tanto do álcool. Scooter até perguntou se eu bebi, e eu tive de falar a verdade e disse que sim.

-Você precisa mudar, Justin... – Ele disse. Eu cobri o rosto e disse que estava com muita dor de cabeça, e pedi para ele me deixar sozinho. Scooter suspirou e saiu. Eu virei para o lado e caí no sono. Sonhei com Gabby. É, eu estava definitivamente gostando dela. Era impossível negar! No meu sonho, ela era como... Como uma deusa!

Tudo bem, não é tão diferente da realidade (tirando, claro, as calças jeans retas, as roupas de skatista, o cabelo sempre bagunçado, e colocando roupas de princesa e um penteado digno de Kate Middleton), mas era uma deusa!

Eu acordei atrasado para a escola no dia seguinte, só meia hora, mas atrasado, a soneca do celular é fogo, mas minha mãe me disse que eu não precisava ir para a escola. Eu tinha atestado médico para comprovar que eu estava ferrado o suficiente. Então, eu assenti e caí na cama novamente.

Quando eram lá para suas meio-dia, nota, eu ainda estava dormindo, Gabby apareceu no meu quarto. Ela não tinha as formalidades de alguns amigos meus. Chegou batendo a porta e arrancando meu cobertor.

-Aaaahh, me deixa dormir!! – Berrei, colocando a cabeça por debaixo do travesseiro.

-Não! – Ela respondeu, arrancando o travesseiro de mim. – Por que faltou hoje?

-Como sabe? – Perguntei, num murmúrio. – Você nem estuda na mesma escola que eu, Gabby!

-Ah, acho que você esqueceu que eu tenho quase os mesmos amigos que você! Agora, por que faltou a escola hoje?

-O meu estado ontem não explica? – Perguntei, tomando meu travesseiro de volta. – Sério, Gabby, me deixa dormir, minha cabeça está explodindo!

Gabby suspirou. Pelo menos sabia que eu não havia passado a noite bebendo. Acho que foi insanidade mental dela pensar isso. Ela havia me visto totalmente roxo!

Bem, mas assim que eu voltei a ir para a escola, eu passei noites fora bebendo. Muitas. E eu estava cada vez  mais destruindo minha família. Meu pai nem tanto, eu nem aparecia bêbado perto dele, nunca tive coragem mesmo. Mas sim minha mãe e Scooter. Foram várias fases. A primeira começou quase uma semana depois.


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