Contos da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 35
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Quanto ridículo pode parecer uma ficwritter exprimir seus sentimentos por meio de uma nota em uma fic? Não sei, mas acho que não é tão estranho assim. Melhor, é um preço que vale a pena pagar. Afinal, não é por isso que escrevemos?
Aquele que lê, que acompanha, semana após semana, não é outro senão aquele que sonha. Aquele que gosta de imaginar outros pontos de vista e não estão apenas presos no intelecto do criador original dos personagens, mas também no que a imaginação de centenas de outros autores podem fazer, podem escrever exatamente aquela cena que sentimos no fundo do estômago: ficou faltando no trabalho original.
Não estou querendo dizer que o trabalho original é falho, nada disso. Mas deixa brechas às vezes para que os leitores possam imaginar o que os personagens sentem, e assim conquistar leitores pelo próprio sentimento de apropriação que surge quando este se identifica com alguma emoção narrada: dados aos personagens nossos próprios sentimentos, e sentimos com eles o desenrolar da trama. É isso que nos cativa.
Quando este sentimento é forte o suficiente, em uma batalha inconsciente (ou não) para manter a coerência e, somente, agradar nossos semelhantes, resolvemos escrever nós mesmos. Resolvemos compartilhar aquela parte da história que tanto queríamos que fosse possível, dando-nos ao trabalho de por nossas ideias, sentimentos e um pouquinho (senão muito) de nós mesmo no papel. Muitas vezes sacrificamos nosso tempo, sono, trabalho, estudos, uma parte de nossas vidas fazendo isso, e pra que? Com certeza não por nós, não somos pagos por isso. Pelo prazer de escrever! Apenas.
Quando alguém elogia, comenta, indica... é claro que ficamos felizes! Afinal, é para agradar os leitores que fazemos o que fazemos, e queremos quando recebemos um review não tão positivo, mas depois a gente se acalma, analisa se faz sentido ou não. Reviews construtivos são uma dádiva dos céus, ato explícito de Kanzeon Busatsu apenas para que possamos chegar aquela vírgula mais próximos da perfeição. Mas isso quando é construtivo.
Um comentário destrutivo nada mais é que a destruição de um sonho. E um sonho destruído, é uma vida que deixa de ser. Sério? Não gostou, não leia. Não seja cruel.
Se um autor deixar de acreditar no que lhe é mais caro, a mais sincera expressão de sua alma, o que será de sua vida? De seu talento não mais aplicado? Será que ele vai optar por mudar de carreira? Não perseguir o que seu coração lhe clama por fazer e se dedicar à um trabalho infrutífero e infeliz? Você está disposto a arcar com isso? Está sinceramente feliz em carregar esse peso sobre seus ombros? Creio que não.
Ah, do que isso se trata? De um desabafo apenas. Para aqueles que não tem nada a ver com isso, peço que me perdoem. Para aqueles que concordam comigo, peço que deixem uma nota parecida em suas atualizações. Aparentemente alguns seres imaturos precisam se conscientizar sobre esse tipo de comportamento: que eles saibam que não está ferindo uma pessoa apenas, somos muitos, e vamos defender uns aos outros. Agradeço a todos pela atenção.



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            –Quando eu era criança... Eu queria ser astronauta! – Disse Celas, estranhamente animada com a conversa. Integra tinha dado de ombros há horas, achando o assunto absurdo. – Não, não! Ser chefe de cozinha! Ou melhor...

            Vlad sorria com a indecisão da vampira, tão animada em contar sobre sua infância.

            – Mas isso foi antes do orfanato...

            – Por quê? – Vlad se manifestou, realmente curioso com a queda do humor dela.

            – Depois eu soube que seria policial.

            Para fazer justiça.

            – Queria ser o que? – Ela perguntou, vendo a expressão triste que Vlad assumiu ao lembrar-se.

            – Eu mesmo, e não um cruzado. Não um assassino...


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Notas finais do capítulo

Eu pensei em fazer Vlad responder "Humano", mas achei o humor negro por trás disso sem graça...

Agradeço a todos pela atenção!



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