A Estrela Mestra escrita por Modena


Capítulo 36
Sem muita perspectiva


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Eu sei que é segunda à noite, mas eu tou cumprindo a promessa do mesmo jeito rs.
Eu ia esperar pra ver se vinha mais reviews no capítulo anterior mas não ia deixar na mão quem aguardava o cap. 36.
Então aqui vai, boa leitura.



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- Mentira. Hades não iria... – ela quis argumentar.

- Juro pelo Rio Estige. – ele interrompeu.

                Como ele não morreu de jeito nenhum, Áster não teve alternativa se não acreditar. Ela deixou escapar um silvo. Percy não conseguia enxergar direito o semblante em seu rosto, mas calculava uma expressão de dor que fazia ele mesmo sentir-se mal por aquilo. Primeiro ele achou que ela explodiria. Aí pensou que era mais provável que ela caísse sobre ele aos socos, ou quebrando as velharias empoeiradas ali dentro – agora ele sabia que era um templo.

                Ela não fez nada daquilo. Percy viu o vulto de Áster desabando sobre os joelhos e enterrando o rosto nas mãos. Ela ficou em silêncio por um tempo e depois levantou a cabeça, soltando um longo e arrastado suspiro.

                - Perdonami, amore mi o.*– disse ela, em um sussurro quase inaudível. Percy soube logo que não era com ele que ela falava.

Percy ainda ficou em silêncio um longo momento antes de voltar a falar:

                - Áster... – ele tentou soar o mais suave possível.

                - É.

                Ele nem quis saber o que “É” significava. Estendeu a mão para ela, para ajudá-la a se reerguer. Áster aceitou e Percy soube, ao sentir seus dedos gélidos, que ninguém no mundo poder dizer que ela filha de outra deusa que não Nyx. Era como tocar uma madrugada em plena primavera. Ela se levantou e o conhecido mal-estar de viajar nas sombras tomou conta dele. No segundo seguinte estavam no lobby do aeroporto novamente.

                - Oh, céus! – exclamou Annabeth e jogou os braços ao redor do pescoço dele. – Eu imagino que vocês tenham estado enrolados numa briga por aí, mas pelos deuses, vocês rolaram em carvão?

                Percy reparou. Sua camisa estava em um tom cinza-escuro nada característico. Áster estava descabelada e preta como... a noite. Seus olhos azuis fitavam o nada, anormalmente mortiços. Algo em sua aparência desolada fez Nico abraçar Sally, como se ficar longe dela o fosse deixar triste daquele jeito. Sally, aliás, fora trazida de volta pelo lobo e passara aquela meia hora tentando, em vão, tranqüilizar Annabeth.

                - Oh, Percy, você não imagina o que Nico, Sally e Cath descobriram! – ela continuou, sem soltar o pescoço dele.

                Ela começou a falar. Áster foi prestando cada vez mais atenção à história. Ela estreitava os olhos à medida que a raiva crescia dentro de si. Percy se recusava a acreditar.

                - Então é tudo manipulação? – indagou ele, indignado.

                - Ora. – Áster quebrou seu silêncio – Eles me devem uma alma, eu devo um favor a Vishnu e os gregos me devem desculpas. Acho que já sei como resolver essa conta.

                - O que vai fazer? – disse Sally.

                - Quanto menos souberem, melhor. Di Ângelo e garotinha – disse Áster se referindo a Catherine – acham que conseguem levar todos até Delfos?

                - Ah... Não. Mas já sei como dar um jeito nisso. – respondeu ele.

                - Certo. Esperem lá. E por nada, – ela rangia os dentes ao dizer – por nada digam aos deuses o que aconteceu. Não digam que me encontraram, não digam sobre Cronos, não digam nada.

                - Espere, não podemos voltar tão cedo e tão sem nada! – reclamaram.

                - Digam apenas que haverá algo grande.

                - Zeus furioso é grande... – resmungou Sally.

                - O fim do mundo também. Parem de reclamar e não estraguem o meu plano. Vocês vão dar um jeito. Não é sempre que cinco semideuses obtêm, em dois dias, sucesso em uma missão que uma deusa vem fazendo há milênios. – ela eu um meio sorriso com a intenção de encorajar, mas eles só ficaram mais apreensivos.

                Eles não podiam argumentar com o ar, ela já havia sumido. Percy bufou. Ninguém disse nada por algum tempo.

                - Gente? – Catherine perguntou timidamente.

                - De Katmandu até Delfos são 4 horas de diferença, isso significa que lá ainda nem amanheceu... – comentou Annabeth – Não temos nem para onde ir!

                - Podíamos voltar e contar a verdade só para Nyx, não podíamos? – disse Nico.

                - Melhor não, Áster mandou não dizer nada... – respondeu ela, pensativa.

                - Tá, então não contamos a história inteira. Dizemos que há a possibilidade de que tudo dê certo e que nós precisamos que ela nos ajude a não morrer derretidos por um raio irado de Zeus. – tornou ele.

                Eles pensaram por um momento e ninguém teve idéia melhor. Decidiram ir embora antes que amanhecesse na Grécia também. Saíram para o estacionamento e Nico assobiou. De repente lá estavam eles, dois Cães do Inferno dos tamanhos dos carros, correndo abestalhados e lambendo todos com suas enormes línguas viscosas.

                - Senhora O’Leary! Você está bem de novo! – festejou Percy – E você como vai, Elvys! Calma, garotão...


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Notas finais do capítulo

E aí, gente, aprovado?
Até quarta-feira, então :D



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