8 Cartas para Você escrita por NoOdle


Capítulo 15
15º Capítulo - Marcos


Notas iniciais do capítulo

Genteee, desculpa a demora!!!!
eu viajei, fui pro fim do mundo onde nao tinha net nem celular --'
mas aqui estou eu de novo! mais um cap.!
espero que gostem.....!
beijos!
NoOdle :)



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“Oi pai

Hoje é sábado e você morreu (diz o comunicado em minha mão). Amanhã será domingo e você continuará morto (de acordo com o comunicado em minhas mãos). Depois de amanhã será segunda e você ainda não estará vivo. Seu coração não pulsa mais, nenhum ar é puxado pelas suas narinas até entrarem em seus pulmões. Escrevendo desse jeito eu posso até acreditar nisso tudo.

Mas sabe o que eu acho? Você não está morto, é impossível. Eu continuo viva, portanto você continua com o coração palpitante. Só quando eu não existir mais eu vou aceitar que meu pai não está mais aqui.

Sabe, eles não especificaram no comunicado quem exatamente estava morto! Então ainda tenho uma chance, não? É claro que sim! Você mesmo diria que é besteira, é impossível você estar morto quando continua vivo e salvando vidas, até mesmo encontrando maneiras para voltar para casa.

Então eu continuo aqui, viu, pai? Estou respirando, espero que você esteja fazendo o mesmo. Meus amigos estão comigo, toda minha imaginação está comigo. Caso você volte, preciso te avisar: não estou com a mamãe nem mesmo com Jonas, estou na minha casa, na minha cabeça, na minha árvore. Aqui é até confortável, sabia? Tem essa mesa no centro, uma cadeira... E o melhor de tudo: amigos que me apóiam e entendem o que estou passando.

Porque receber uma carta, mesmo que seja por engano, dizendo que você está morto é uma coisa ruim. Mas não se preocupe, não se preocupe!! Eu sei que continua vivo!

Então voltei logo, tá? Aqui na árvore tem algumas comidas que meus amigos imaginários fazem, mas mesmo assim; comer com você é melhor ainda. Beijos, se cuide!

\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t  Para sempre sua: Bela.”

Isabela fechou o caderno sem ao menos arrancar a folha - ato bem anormal, na verdade. Mas, se fossemos analisar sua vida atual, ela não era nem um pouco comum; estava, desde a noite passada, morando em uma árvore sozinha – apesar de achar que estava com seus amigos.

Colocou o pequeno bloco de notas em cima da mesa, junto com os envelopes e o comunicado. Mal olhara para os documentos, pensar que seu pai nem ao menos recebera uma das cartas que escrevera desde que ele se fora era deprimente; todos em sua imaginação diziam para ela não tocar nos papéis.

Sentou na cadeira, passando a mão pela barriga.

“Jim, estou com fome...” Disse a menina para um grande pássaro roxo que estava em pé em um canto, cuidando da janta.

“Os ovos já estão saindo, Iss!” A sorridente Jim respondeu, mexendo a panela. “Bem queimados e crocantes na borda, como você gosta!”

“Obrigada, não sei o que faria em vocês!” Isabela disse, se arrumando sentada. As folhas do chorinho se moveram à sua frente, ela encarou o cachorro de cartola que entrava, ofegante.

“Isa, Isa! Não sabe o que eu encontrei!” Ele falou, abanando o rabo. A garota franziu as sobrancelhas, o olhando. “Aposto que você vai amar, é uma ótima companhia...!”

O animal se moveu, dando um espaço para algo entrar. Ela continuou sentada e olhando, estranhando muito, sem estar preparada para o que poderia passar por ali.

Aos poucos uma figura humana foi aparecendo e um garoto entrou na grande arvore, olhando em volta. Parecia confuso e perdido, mas quando viu Isabela sorriu, esticando uma mão.

“Olá! Sou Marcos...!” Cumprimentou, animado. A menina tocou suas mãos, boquiaberta.

“Oi... Sou a...” Começou a falar, mas ele logo a interrompeu, dando a volta pela mesa.

“Bela, eu sei!” Segurou em suas mãos, balançando-as. “Puxa, você está realmente bonita, querida!”

Isabela estranhou, olhando os cabelos castanhos do garoto que não devia ter mais do que sua idade. Se afastou, não entendendo.

“Obrigada, mas... Você me conhece?” Perguntou, tentando ser delicada.

“Oras!” Marcos respondeu, indiferente, o sorriso ainda no rosto. “Não me reconhece mais, princesa?” Sentou na mesa, balançando as pernas como ela mesma sabia que alguém tinha a mania de fazer. “Faz tanto tempo assim?”

“Me desculpe, você parece mesmo familiar, mas...”

Ele desceu e voltou a segurar as mãos dela. “Isa, sou seu pai!”


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Notas finais do capítulo

O QUEEEE?
O PAI DELAAAAA?
xii, ela realmente começou a pirar hahahahahaha
hmmmm, mas será que vai dar rolo??
bom, desculpem novamente a demora!!
Mereço reviews? -qq
beijos!!