۝ ۩  A vida e amizades de Maximilliano ۝ ۩

                                             † First Act – Opening†

Max se levantou olhando zonzo ao redor, naquele dia ele teria escola quando todos deveriam estar em casa descansando. Era feriado, mas o pobre Max teria que fazer uma prova de segunda chamada, ele teria infelizmente que acordar cedo num feriado para ir fazer uma prova que ele considerava completamente desnecessária.

    Max ficou parado olhando ao redor, ele ficou parado pensando na vida.

    O telefone tocou e Max correu para a sala tentando atender a tempo. Quando ele se conectou ouviu a conhecida voz de seu melhor amigo: Andrew.

    − Max! Olha, hoje uma galerona vai para o shopping zoar da cara dos idiotas. Quer ir junto? − Andrew perguntou com sua voz de garoto certinho.

    − An... Você querendo ir zoar da cara de alguém?

    − Ué! Às vezes eu preciso tirar folga da minha fama de bom garoto! Hahahahahahahaha

    − Hehehe, infelizmente, hoje não posso... Tenho prova de história.

    − Aquela que você perdeu?

    − Sim. − Max respondeu, desanimado.

    − Ahn... Okay! Mas diz aí, como você está?

    − Desanimadamente desanimado.

    − Uau! − disse Andrew, caindo na gargalhada.

    − Vou me vestir pra ir à escola; tenho que desligar! Diz pra galera que adorei me convidarem, e... Ah,  divirtam-se.

    − Obrigado, Max. Hei, o Gabriel vai estar lá! − disse Andrew, animado.

    − Brinca!? Que merda! Vai ser divertido... É, mas tenho a droga da prova. Vou nessa, mano!

    − Tchau

    − Tchau.

    Max desligou o telefone e foi tomar banho.

    Se arrumou e foi em direção a escola, aquele seria um dia chato, mas era bem legal para o jovem ver o movimento das pessoas. Era interessante ver o quanto as pessoas ficavam felizes em feriados.

    Maximilliano era um jovem de dezesseis anos, seus cabelos eram castanhos claros, repicados, isso lhe dava uma aparência instigante; seu rosto era afilado; o garoto tinha uma postura perfeita. Muitos o chamavam de “lord” da escola.

    Ele foi andando e logo chegou a escola — que por sinal estava bem vazia – e foi para a sala de aula. Sentou-se na carteira e logo Srtª Dayanne, a coordenadora, que — a propósito era muito feia — entregou-lhe a prova. Ele começou a fazer a prova. Como era de se esperar, a prova estava bem fácil. A professora dele era bem largada quanto a provas, e isso ajudava muito.

    Eram apenas doze questões, essas que Max conseguiu responder em meia hora. Após terminar, ele correu atrás de um telefone público para ligar para Andrew. Ao chegar à esquina, ele procurou o cartão pra ligar para o amigo.

    − Cadê, cadê, cadêêêêê!!!!? − Max foi desajeitadamente procurando o cartão para poder ligar. − Graaawn! Esqueci a droga de cartão! AH, vai a cobrar mesmo!

    Ele ligou a cobrar para o celular de Andrew... Chamou uma vez... Duas vezes... Três...

    − Tem pobre ligando pra mim, tem pobre ligando pra mim. Quem é o pobre ligando pra mim? − Andrew atendeu com suas brincadeirinha toscas.

    − Max, sou eu, Andrew.

    − Diz logo, porra, vai comer meu credito todo, caralho.

    − Uau, quem te ensinou a falar palavrões? Okay; parei! Olha, acabei de terminar minha prova. Onde vocês estão?

    − Ebaaa, estamos no Cizako Shopping Mall.

    − To indo.

    − To esperando.

    Max pegou um ônibus e foi rapidamente para o shopping, ele não conhecia a maioria dos amigos de Andrew, mas seria um bom dia para conhecer. Ele desceu em frente ao shopping, olhou num calendário eletrônico que ficava na frente do shopping: 32º C, 14h, 27/03/ 2032.

    − Hoje a temperatura tá ótima. − comentou um homem ao lado do jovem.

    − Verdade.

    O garoto foi até o próximo telefone público, discou o telefone do amigo e esperou.

    − O que é!?

    − Onde vocês estão, vei? − Max perguntou.

    − Terceiro andar.

    − Okay.

    Max entrou no shopping e foi de elevador para o terceiro andar. Ao chegar lá ele, nem precisou procurar, logo viu uma galera e foi correndo.

    − Aaaan! Cheguei!

    − Oi, cara! − disse Andrew dando um abraço em Max.

    − Maximilliano Hadsovict Mulietere! Cara, quanto tempo!!! − disse Gabriel correndo para abraçar Max, seu amigo de infância.

    − Achei que nunca mais te veria, meu! Gabe, seu cabelo ta rosa meu..

    − Ah sim, tá na moda, sabe?

    Max olhou para o resto da galera, só havia mais um de cabelo pintado, era roxo. O garoto de cabelo roxo tinha uma cara de marrento muito estranha. Max parou de olhar para ele e se concentrou em gravar todos os seis rostinhos que lá estavam.

    Fora seus amigos e o cara de cabelo roxo, tinha um garoto loiro; ele tinha uma cicatriz que atravessava o olho até chegar a bochecha; ele parecia um emo revoltado. Depois os olhos de Max bateram em um garoto com cara de malandro; ele tinha o cabelo preto, uma expressão debochada, usava uma boina que o dava um aspecto de... Marginal (?)

    Max olhou para o próximo, era um garoto de pele bem branca, o cabelo era loiro e curtinho; o garoto tinha olhos que encantaram até mesmo a Max. Nem um homem poderia ignorar os olhos daquele garoto. Logo depois, ele observou para um de cabelo loiro e longo, o cabelo do cara batia bem abaixo dos ombros! “Que gay”, Max pensou; esse garoto era meio autista. O ultimo era um garoto de cabelos loiros e escuros, ele tinha cara de arrogante. “Que grupo ein!” Max pensou encafifado.

    − Max, venha logo! − disse Andrew puxando Max.

    Logo Max se enturmou com a galera. Ele, por incrível que pareça, tinha se dado melhor com o cara de cabelos longos. Ele tinha uma boa conversa e se chamava Benjamin, ou Ben. O cara de cabelo roxo de chamava Daniel, o com a cicatriz era Demetrio. O malandro era Henry, o de olhos azuis estranhamente perfeitos era Valentine, e o de cabelos loiros escuros era Pietro. Eram juntos um grupo estranho.

    − E aí, galera, já ficaram sabendo sobre aquele jogo que vai sair agora? − Daniel perguntou.

    − Aquele em que você meio que entra no jogo? − Andrew perguntou.

    − Sim, vai sair no sábado. Hoje é segunda; falta pouco. Vai ser meio caro, mas muito massa! − Daniel disse, ainda mais animado.

    − Como vamos entrar no jogo? − perguntou Max se intrometendo.

    − Não me pergunte, não sei a resposta. − Daniel respondeu ríspido.

    Max se encolheu, Bem se aproximou e cochichou para Max:

    − Não ligue, ele é assim, bem chato.

    Max deu um sorrisinho.

    Durante a conversa, Max pôde conhecer muito bem aquela galera: Daniel era o mais chato, e Demetrio era ignorante. Daniel ficava o tempo inteirinho observando as garotas passarem, quando tinha chance jogava uma cantada barata. E o pior é que elas se interessavam por ele!

    Max não era um pegador, sua ultima namorada — a única que teve — dizia que ele era lindo e maravilhosamente legal. Se ele era assim, por que nenhuma menina corria para namorá-lo?! Ele às vezes ficava bem nervosinho com isso, era um saco, pois Max valorizava a companhia de alguém. No momento, ele estava triste e sozinho.

    Mas ele tinha seus amigos, e isso bastava.

                                                                      ͼFirst Act - Closedͽ