A cada minuto que passava a tensão no ar aumentava, os dois permaneciam estáticos olhando para o lago, Clarice estava totalmente distraída com os patinhos, já caio não parava de encarar a menina, ele a observava, parecia querer decorar cada gesto da menina ao seu lado.

O menino já não agüentava vê-la ali presa em uma espécie de hipnose, e então para quebrar aquele tremendo silencio o menino se levantou fazendo um barulho na grama que despertou a menina.

-Aonde você vai? – uma enorme interrogação na testa de Clarice se estampou no momento em que o menino se levantou.

-Espere ai, vou ali, você verá!- O menino se levantou e rapidamente desapareceu em meio a alguns arbustos.

Clarice ficou confusa, mais não conseguia negar, estava amando, e por mais que ela tentasse desconfiar de algo não conseguia, tinha plena certeza de que estava sendo correspondida.

Caio após se levantar começou a pensar. “Estou realmente amando, mais não sou bom nas palavras! Tenho que fazer algo que ela consiga compreender, não será muito difícil, Clarice é uma menina muito culta e esperta, entenderá rapidamente o que tendo dizer a ela, mais ai surge outro problema, ela é uma menina muito esperta, o que farei para surpreendê-la?”

Ele pensou em dar flor, “Darei flores para representar quão delicada e cheirosa ela é.”, mais pensou que flores seria algo muito comum.

Perto dali havia uns palhaços e um homem que tocava um instrumento no meio da praça para conseguir uns trocados, “Posso cantar uma musica para ela me declarando.”, mais então lhe veio à cabeça a lembranças de sua mãe gritando quando ele cantava no banheiro, então resolveu desistir d musica alem do mais ele também não sabia tocar instrumento algum.

O menino já estava aflito, não podia demorar muito, se não Clarice iria embora. Ate que acendeu uma daquelas infelizes lâmpadas na cabeça de um cidadão.

Clarice não tão longe dali já estava ficando preocupada, “Onde ele foi? O que foi fazer? Com quem esta?”, eram esses tipos de pergunta que Clarice se fazia a todo o momento.

Ao olhar de relance para um lado do lago viu um homem aparecendo em meio as luzes que iluminavam o lago, ele trazia consigo um instrumento que Clarice não identificou, logo atrás dele Clarice pode ver alguns palhaços dançando.

-O que esta acontecendo? É algum tipo de espetáculo? – Pergunto Clarice um tanto confusa.

-Não amor, fiz isso pra você. – Caio disse enquanto surgia detrás dos arbustos.

Clarice sustentou um belo sorriso de orelha a orelha, o homem começou a tocar seu instrumento, era uma musica romântica, mais era apenas o som do instrumento, que por sinal era belíssimo, as luzes mudaram de cor no momento em que começou a cantar, era uma musica linda sua letra a deixava fascinada, era uma letra que carregava com si uma enorme importância para a vida de Clarice.

Caio percebeu a emoção dela e se sentou ao lado dela, ele tinha pensado em tudo, no momento em que o musico terminaria de cantar a musica o chafariz do lago iria ser acionado, ele cronômetro para que saísse tudo perfeito, mas não acertou muito nas contas, quase perto do final da musica o chafariz foi acionado fazendo com que os olhos da bela Clarice se encheram de lagrimas e ela o abraçou, ao final da musica todos foram embora (palhaços e musico), só ficaram os dois ali, e quando o chafariz foi desativado Caio tirou uma rosa de traz das costas e entregou para Clarice.

-O que é isso?- perguntou ela

Ele tirou a rosa da mão dela delicadamente, e revelou o segredo da rosa artificial, dentro dela havia uma caixinha, parecia ser feita a mão, era amarada por uma coisa verde que parecia ser uma espécie de planta, as cores da caixa eram claras e rústicas, a deixando com um ar de misterioso.

Caio a entregou para Clarice que ainda sem palavra examinava cada detalhe da caixinha, ao abrir ela soltou um enorme grito de surpreso, a caixinha era musical e toda vez que a abria ela tocava a musica do lago do cisne, Caio tirou o anel da caixa e enfim falou.

-Clarice, você aceita me namorar? – O menino abaixou a cabeça ao ver que a menina permanecia quieta. Após um longo minuto de silencio Clarice o responde.

-Por que não aceitar, quero poder criar minhas próprias teorias sobre o amor e... – Clarice percebeu que estava deixando seu intelectual se apossar dela, então se calou e respondeu da maneira mais clara possível. - Sim Caio, eu aceito te namorar!

O menino radiante colocou o anel no dedo da amada e a beijou, sem perceber Clarice sussurrou no ouvido dele “Eu te amo”, foi bem baixinho mais alto o possível para que ele a ouvisse e a respondesse “Eu também te amo”, os dois estavam tão juntos, eles não eram de quebrar aquele contato, ate que...