Clarice o esperava ansiosa, ao o ouvir o bater da porta saiu correndo, mas sua mãe a segurou e disse.

-Senta ai! Vou falar com ele primeiro.

Sua bochechas coraram, parecia que ia sair sangue pelos poros.

Sua mãe abriu a porta, Caio por sua vez não ficou diferente de Clarice.

-Ola Caio, veio buscar minha filha?- perguntou a mãe de Clarice.

-S... sim. – Caio gaguejou.

-Onde pretendi ir com minha filha? O que pretende fazer com ela? Beijá-la?

Clarice interrompeu sua mãe pegando na mão de Caio e dizendo.

-Mãe só iremos sair pra conversar, ok?

-Irei acreditar em você, e espero que se aconteça algo a senhorita me conte, agora vá, mas não chegue depois da meia noite.

-Ta bom mãe.

As duas se despedem e eles saem, Caio estava ofegante, pois Clarice ainda segurava sua mão.

A mão de Caio suava, então Caio soltou a mão de Clarice para secar o suor, Clarice pensou. “O que aconteceu? Porque ele soltou minha mão?”. Clarice um pouco confusa juntou as duas mão e as colocou do lado esquerdo onde a mão de Caio não alcançava, após secar sua mão Caio tentou segurar a mão de Clarice novamente, mas não há encontrou então desistiu.

Ao chegarem ao parque Clarice viu um banquinho perto da roda gigante e decidiu se sentar, Caio ainda confuso com o lance da mão a segui e sentou ao lado dela.

Após se sentar os dois se olharam dentro dos olhos um do outro e se afastaram por vergonha, Clarice se virou um pouco para ver os palhaços, Caio se aproximou e pegou na sua mão, Clarice o olhou confusa e disse.

-Ham, porque pegou na minha mão? Quando estávamos vindo vocês a soltou, se esqueceu?

-Clarice, eu só soltei porque estava nervoso e minha mão suava, só fui secá-la.

-MAS... Clarice foi interrompida por Caio que colocou a mão em sua boca e fez um barulho como se pedisse para que ela ficasse quieta, Clarice o respeitou, Caio ficou parado com a mão em sua boca admirando sua beleza, e ao tirar a mão nem deu tempo para que Clarice pronunciasse absolutamente nada, Caio a beijou.

Foi um beijo bem infantil, mas bem romântico, com uma mão Caio segurava uma das mãos de Clarice e a outra estava na cintura dela.

Após aquele beijo Clarice o olhou bem e disse meio que gaguejando.

-Me desculpe se não foi exatamente o que você esperava ou queria, é que você foi o primeiro. Clarice disse abaixando a cabeça.

Caio segurou seu queixo e levantou seu rosto.

-Relaxa você também foi à primeira. - Caio disse com um sorriso um tanto maroto.

Clarice neste momento pintou em sua face um sorriso de orelha a orelha.

Eles se olharam e se beijaram novamente, ficaram sentados um pouco ali contando segredos sobre o que sentiam um pelo outro.

Ate que Caio olhou para Clarice e disse.

-Podemos ir à roda gigante?

-Lógico, mais porque na roda gigante?

-Sei lá, sempre achei um lugar bem romântico!

Clarice ficou sem jeito, Caio a pegou pela mão e os dois foram à roda gigante.

Os dois já tinham perdido a vergonha ao entra na roda gigante.

Clarice se sentou e encostou a cabeça no ombro de Caio que passou sua mão sobre seu corpo a abraçando.

Os dois ali juntinhos no ponto mais alto da roda gigante, um momento bem romântico.

Caio pegou em seu rosto e começou beijá-la, Clarice por sua vez o interrompeu e disse.

-Posso te morder. -Caio fez a penas um movimento com a cabeça negando seu pedido.-Por favor Caio, eu juro se machucar eu te dou beijinho.

Caio deu um sorriso acanhado e antes mesmo de Clarice morde-lo ele gritou.

-Ai, poh Clarice, ta doendo. -Clarice fez cara de quem não entende nada e Caio continuou. -Agora como o prometido você pode me dar um beijinho, um não um monte só pra valer o enorme hematoma que sua mordida vai me deixar.

Clarice soltou uma risada bem gostosa, e então o beijou.

-Como eu não tinha te mordido irei te morder agora!

Clarice se sentou e inclinou sua cabeça em direção à boca de Caio, e só então mordeu seu lábio, eram mordidinhas leves seguidas de selinhos no canto de sua boca.

Caio não pode se conter e a segurou forte e quando Clarice parou de beijá-lo Caio a fez deitar em seu colo fazendo carinho em sua cabeça, Caio começou a beijar seu pescoço, Clarice se arrepiava, mas não falava nada, pois estava gostando.

A roda gigante desceu e os dois saíram, Clarice olhou no relógio, era dez e vinte, o parque fechava as dez e meia.

Os dois então decidiram sair do parque e ir para pracinha ali por perto.

A pracinha era bem grande e movimentada, tinha uma estatua viva, algumas barraquinhas de comidas e umas crianças correndo pra lá e pra cá.

Caio avista de longe um pequeno lago e vai se sentar lá com Clarice, não tinha bancos, era apenas uma grama bem verdinha em volta do lago, os dois se sentaram e Clarice novamente olhou para o relógio.”Será que ela esta entediada? Não para de olhar pro relógio”. Pensou Caio.