Dois Mundos, Duas Sacadas. escrita por larrycavalcante


Capítulo 4
Capítulo 4 - Não é a mesma garota, impossível...


Notas iniciais do capítulo

Oi :D
Queria agradecer quem está lendo até agora, porque, confesso que fico atualizando toda hora para ver reviews OISAIOSA'
Pois é, escritoras tem carência de comentários u.u

Então, vim avisar que agora é a narração do Ichigo, a partir desse capítulo as coisas já vão alternando xD'

Falei demais já, espero que gostem do capítulo :DD



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– ICHIGOOO! – Meu pai gritou da sala.

– QUE É? – Gritei em resposta, sem muita paciência.

– TELEFONE PRA VOCÊ!

Eu desci as escadas rapidamente, ninguém me ligava nos domingos, só se fosse alguma emergência. Fui até o sofá, onde meu pai estava jogado assistindo algo na TV. Ele automaticamente me deu o telefone.

– Quem é? – Perguntei sem vontade de atender o telefone.

– Sei lá, filho. Acho que é aquele teu amigo que tem o tique de ficar arrumando o óculos toda hora...

- Moshi-moshi? – Eu perguntei colocando o telefone sem fio no ouvido, e voltei para meu quarto.

- Ichigo, é o Ishida! Desculpa te ligar agora mas eu preciso te perguntar uma coisa.

- Só me diz que não tem haver com game. Se não... – Eu ia ameaçar algo mas o tom de voz dele estava tão desesperado que decidi perguntar de vez. – O que você tem Ishida?

- É a Inoue, Ichigo. – Falou com o tom de voz ainda desesperado. – Eu não tenho parado de pensar nela! Eu não sei mais o que faço!

Sai do meio do quarto e ainda até a sacada, olhei para a casa vizinha as luzes do quarto da garota, que eu ainda não sabia o nome, estavam acesas. Não a tinha visto o dia inteiro, eu ainda estava bravo por ela ter jogado aquele coelho na minha cara. Voltei a prestar a atenção no que o Ishida falava e  fiquei de costas para a outra sacada, e voltei a falar com o Ishida.

– Não sabia que você gostava da Orihime...

– Nem eu há duas semanas atrás!

- Nesse caso...fala com ela. Se você tem certeza do que sente. – Disse meio hesitante, queria tentar ajudar, afinal era seu amigo. Depois que os pais dele morreram, Ishida nunca teve mais nenhum relacionamento amoroso, nem de amizade. Os amigos de sempre,na casa dele jogando game como sempre. Era como se fosse um parque de diversões dentro de uma casa.

– VOCÊ TÁ LOUCO KUROSAKI?! – Eu afastei o telefone da ouvido.

– Cala a boca! Não sou surdo. Você me ligou querendo uma solução...é isso que eu faria no teu lugar. – Eu me desencostei da grade e me virei ficando de frente novamente para a sacada da pirralha. Me debrucei na grade e afastei o telefone novamente não querendo escutar os xingamentos do Ishida.  – ISHIDA ESCUTA!  - Ele se calou no mesmo instante. – Você gosta da Orihime?

– Gosto.

– Então vai aos pouco conquistando ela, vira amigo, depois se declara. Ou se você preferir... – Fui interrompido de novo.

– Vou ver o que faço. Vai passar aqui amanhã? Eu comprei um jogo novo para o game cube. – Eu sinceramente não estava nem um pouco afim de ir, era um bando de marmanjo confinado dentro de um quarto jogando vídeo game e no PC.

– Nem vou, eu preciso fazer umas lições atrasadas.

– Okay, então até amanhã na escola.  – Ele desligou na minha a cara sem nem esperar eu dar um “boa noite.”

– Você deveria falar um pouco mais baixo não acha,poste?  - Aquele projeto de pessoa estava sentada no chão da sacada com um notebook no colo, sem nem olhar pra mim. Os dedos dela eram ágeis no teclado.

– De onde você surgiu?

– Eu estava aqui o tempo todo.  – Ela estava com os cabelos soltos, usava uma calça jeans toda rasgada e uma camiseta branca.

– Não te vi. – Eu ri sem humor. – Prova de que você é tão pequena que as pessoas nem percebem a sua presença.

– Ou é você que é muito alto e não repara nas pessoas.  – Aquela miniatura retrucou e eu fiquei sem palavras. Desviei o rosto olhando para a rua, vazia como sempre.

– E o meu coelho, lampião? – Ela me perguntou agora me fuzilando com os olhos.

– Nos conhecemos ontem e você já tem uma lista de apelidos?

–Não desvia do assunto!

– Está no meu quarto, nem tente vir sequestrá-lo, eu tranco a porta à noite.  – Eu brinquei, ela nunca faria isso, me arrenpendi logo em seguida depois de ter dado a idéia. Ela não retrucou nem me xingou. Agora sim, eu iria mesmo trancar a porta.

–Na verdade você o sequestrou de mim. – Minha vizinha que eu ainda não sabia o nome ainda disse dessa vez me fitando por cima da tela

– É verdade, mas eu o considerei como “presente”.

– Háháhá. – Ela riu sem humor. Ficamos alguns minutos em silêncio, aquilo me incomodava apesar de eu gostar do silêncio, eu queria conversar com ela...não, na verdade eu queria que ela ficasse daquele jeito, calada... tanto faz!

– Qual é o seu nome, fósforo? – Ela interrompeu meus pensamentos.

– Meu nome é Ichigo Kurosaki... – Falei já esperando que ela risse, ou algo assim.

– Ichigo? – Vi que ela segurava um riso.

– Não eu não me chamo morango! É só uma semelhança! Meu nome se escreve com Ch! – Meu sangue subiu a cabeça.

– Não se estressa morango-kun. Eu nem falei nada!

Revirei os olhos, eu não queria discutir com ela de novo.  A pintora de rodapé fechou o notebook, se levantou e com esforço ela esticou a mão para me cumprimentar, eu tive que me curvar um pouco para tocar-lhe a mão.

Prazer Ichigo, sou Kuchiki Rukia. – Logo depois soltei para que ela não precisasse mais se esticar.

Havia algo de diferente nela, algo que eu não conseguia identificar. Mas eu sabia que ela estava diferente da garota que briguei ontem à noite, e a que viu quando fui jogar o lixo fora de manhã.

– Ichigo... – Falou meu nome, agora pensativa.

– O que, vai zoar com meu nome de novo?

– Não, só que eu imaginava todos os nomes, menos Ichigo. – Ela riu com as próprias palavras. – Combina com você até. Não, não é por causa do cabelo... sei lá.

– É você mesma?

– Como assim? – Perguntou levantando uma das sobrancelhas.

– Está mais simpática. Continua implicando comigo mas ainda assim... Ainda não discutimos!

– Discutimos ontem porque você falou mal dos meus Chappys, sendo que eu nem tinha trocado uma palavra com você.

– Mas ainda assim você está diferente.  – Quando falei isso ela abriu um sorriso.

– Não mudei em nada, só de cidade.

– E veio para Karakura, me encher o saco e tirar a minha privacidade, é entendo. 

– Engraçadinho. Eu só não jogo um Chappy em você, porque não quero perder outro.

– Me fala, da onde você veio?

– Então, eu vim de... – Rukia não pôde mais falar porque alguém a chamou do corredor.

– Rukia, eu já coloquei o jantar na mesa. – A mulher que chamou Rukia entrou no quarto. As duas eram idênticas, quase iguais, só podiam ser irmãs. E logo que me viu sorriu para mim, o mesmo sorriso de Rukia.

– Olá, você deve ser o nosso vizinho, somos a família Kuchiki. – Ela ficou ao lado da Rukia, eu estava pasmo como elas eram parecidas.

– Ele já sabe, mamãe. – Rukia sorriu envergonhada quando a mulher se curvou para apertar a minha mão.

– Espera, a Rukia é a sua filha? Mas vocês são iguais... – A tal mãe da Rukia apertou minha mão e passou o braço em volta dos ombros dela.

– Todo mundo diz isso. E sim sou mãe dela. Kuchiki Hisana casada com Kuchiki Byakuya, pai da Rukia. - Ela sorria muito feliz para mim, fiquei me perguntando porquê tanta simpatia, eu só era um vizinho qualquer.

Ah, desculpa ter confundido. – Falei coçando a nuca, provavelmente eu estava corado.

– Tudo bem, todos confundem. Bem agora vamos jantar, até...er...

– Ichigo, Kurosaki Ichigo. – Rukia falou, parecia que ainda estava envergonhada.

– Até logo, Kurosaki. – Hisana falou já dando as costas para mim, Rukia apenas sorriu e saiu do quarto junto com a mãe.

Parece idiotice minha mas realmente algo havia mudado nela, era a mesma garota que havia brigado, e a mesma que não conseguia desviar o olhar.

– Para de pensar besteira, Ichigo. Ela é só mais uma vizinha sua. – Falei sozinho e sai do quarto. Ia ter que jantar ainda, e tinha que dormir. Amanhã enfrentar mais um dia de colégio,e ainda suportar o Ishida suspirando pela Orihime.


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Notas finais do capítulo

Capítulo pequeno, mas as coisas vão aumentar OISAISIAOISA

Bem, obrigada e espero reviews ^-^
Até!